Erickson David da Silva, suspeito de matar o policial da Rota Patrick Bastos Reis, morto na quinta-feira (27) no Guarujá, litoral paulista, gravou um vídeo para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário de segurança do Estado, Guilherme Derrite, pedindo para que eles “parem com a matança” de inocentes.
“Quero falar para o Tarcísio e para o Derrite parar de fazer a matança aí. Matando uma ‘pá’ de gente inocente”, disse Erickson. “[Estão] querendo pegar a minha família, sendo que eu não tenho nada a ver. Estão me acusando. É o seguinte: vou me entregar. Não tenho nada a ver”, diz Erickson no vídeo.
A Ouvidoria das Polícias informou, no domingo (30), que identificou ao menos dez mortes em decorrência de uma operação policial iniciada na sexta-feira (28) em busca dos suspeitos pela morte do PM.
O suspeito, considerado o “sniper” dos traficantes, foi preso na Zona Sul de São Paulo, durante a noite de domingo (30), segundo Tarcísio de Freitas. A tradução da palavra ‘sniper’ para o português é franco-atirador.
“O autor do disparo que matou o soldado Reis, no Guarujá, acaba de ser capturado na Zona Sul de São Paulo. Três envolvidos já estão presos, após trabalho de inteligência encabeçado pela @PMESP. A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, escreveu o governador nas redes sociais.
Guilherme Derrite também se manifestou, dizendo que ao “atentar contra nossos policiais terá a devida resposta”.
“Foi preso na zona Sul de São Paulo o bandido que matou o soldado Reis, no Guarujá. A prisão não traz o pai de família e profissional exemplar de volta, mas dá o recado de que em São Paulo, quem atentar contra nossos policiais, terá a devida resposta”, escreveu o secretário de segurança.
Denúncias serão investigadas
Há relatos de moradores sobre tortura e execução de, pelo menos, um homem pelas mãos de policiais militares, bem como uma ameaça de que 60 pessoas seriam mortas em comunidades da cidade.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que todas as denúncias serão investigadas, mas até o momento não foram constatados abusos policiais.