Sylvia Jane Crivella apresenta projeto social pela primeira vez
Tímida, muitas vezes calada, a primeira-dama do Rio, Sylvia Jane Crivella, só consegue se soltar quando está entre pessoas mais próximas. Na tarde desta quarta-feira (29), foi uma prova de fogo, já que ela foi obrigada, diante de uma plateia, a participar do lançamento do Projeto “Transformando Meu Quadrado”, no Museu do Amanhã, na zona […]
POR Redação SRzd29/03/2017|5 min de leitura
Tímida, muitas vezes calada, a primeira-dama do Rio, Sylvia Jane Crivella, só consegue se soltar quando está entre pessoas mais próximas. Na tarde desta quarta-feira (29), foi uma prova de fogo, já que ela foi obrigada, diante de uma plateia, a participar do lançamento do Projeto “Transformando Meu Quadrado”, no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio.
O projeto é uma iniciativa da Obra Social da Cidade do Rio de Janeiro que tem como objetivo cuidar das comunidades e transformar a vida das pessoas. “Começamos de uma maneira muito singela. Cada uma de nós tem a possibilidade de fazer a diferença no nosso quadrado. O que eu chamo de ‘quadrado’? É a parte que a gente vive, transita, que só pertence a nós. O seu quadrado não é o meu quadrado. E a gente pode fazer uma diferença. Como? Com pequenos gestos. Pequenas coisas fazem uma grande diferença. Uma cidade solidária é uma cidade menos violenta”.
A cerimônia também serviu para homenagear mulheres que se destacaram nas suas funções na Prefeitura.
“Como eu tive essa ideia?”, ela própria se pergunta e responde: “Quando eu era livre, leve e solta, que eu podia dirigir meu carro… Naquela época, eu dirigia meu carro e parava no sinal de trânsito e via os meninos jogando bola no sinal de trânsito e aquilo me incomodava. Eu abria o vidro e perguntava o nome. Qual é o seu nome? Geralmente, é um nome especial, né? Wesley, Robson. Um nome assim bem americano. E eu dizia: ‘Puxa, esse seu nome tão legal, com esse nome, você vai arrebentar, cara. Você tem tudo para dar certo na vida’. E eu comecei a falar com ele muito rápido no sinal. Num dado momento, ele esticou o braço para me cumprimentar. E eu aprendi ali naquele gesto que ele queria um contato. Ele é invisível à sociedade. A sociedade não olha para essas crianças. Eles passam e preferem não ver para não se incomodarem com aquilo. Mas num momento em que você faz um gesto simples de perguntar o nome, de dizer ‘puxa, que sorriso bonito você tem; que nome lindo’, alguma coisa nele que seja verdade, ele vai aceitar aquilo com uma força, com uma auto-estima dele vai lá em cima. E no dia seguinte, você encontra de novo… ‘Olha, Wesley, eu passei no mercado e comprei umas frutas, pensei tanto em você e trouxe essa maçã pra você’. Essas coisinhas vão sedimentando dentro dele, ‘eu sou alguém, eu tenho valor, alguém se importa comigo’, até o ponto que esse relacionamento, ele vai dar ouvidos ao que você tiver que ensinar a ele. Você vai dar um livro pra ele. A gente pode adotar entre aspas essa criança, trazê-la para o museu, criar uma afinidade com ela e mudar o entorno da vida dela. Isso é apenas um exemplo.”
A cerimônia contou com a banda sinfônica representada pelo Corpo feminino da Guarda Municipal do Rio de Janeiro.
Tímida, muitas vezes calada, a primeira-dama do Rio, Sylvia Jane Crivella, só consegue se soltar quando está entre pessoas mais próximas. Na tarde desta quarta-feira (29), foi uma prova de fogo, já que ela foi obrigada, diante de uma plateia, a participar do lançamento do Projeto “Transformando Meu Quadrado”, no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio.
O projeto é uma iniciativa da Obra Social da Cidade do Rio de Janeiro que tem como objetivo cuidar das comunidades e transformar a vida das pessoas. “Começamos de uma maneira muito singela. Cada uma de nós tem a possibilidade de fazer a diferença no nosso quadrado. O que eu chamo de ‘quadrado’? É a parte que a gente vive, transita, que só pertence a nós. O seu quadrado não é o meu quadrado. E a gente pode fazer uma diferença. Como? Com pequenos gestos. Pequenas coisas fazem uma grande diferença. Uma cidade solidária é uma cidade menos violenta”.
A cerimônia também serviu para homenagear mulheres que se destacaram nas suas funções na Prefeitura.
“Como eu tive essa ideia?”, ela própria se pergunta e responde: “Quando eu era livre, leve e solta, que eu podia dirigir meu carro… Naquela época, eu dirigia meu carro e parava no sinal de trânsito e via os meninos jogando bola no sinal de trânsito e aquilo me incomodava. Eu abria o vidro e perguntava o nome. Qual é o seu nome? Geralmente, é um nome especial, né? Wesley, Robson. Um nome assim bem americano. E eu dizia: ‘Puxa, esse seu nome tão legal, com esse nome, você vai arrebentar, cara. Você tem tudo para dar certo na vida’. E eu comecei a falar com ele muito rápido no sinal. Num dado momento, ele esticou o braço para me cumprimentar. E eu aprendi ali naquele gesto que ele queria um contato. Ele é invisível à sociedade. A sociedade não olha para essas crianças. Eles passam e preferem não ver para não se incomodarem com aquilo. Mas num momento em que você faz um gesto simples de perguntar o nome, de dizer ‘puxa, que sorriso bonito você tem; que nome lindo’, alguma coisa nele que seja verdade, ele vai aceitar aquilo com uma força, com uma auto-estima dele vai lá em cima. E no dia seguinte, você encontra de novo… ‘Olha, Wesley, eu passei no mercado e comprei umas frutas, pensei tanto em você e trouxe essa maçã pra você’. Essas coisinhas vão sedimentando dentro dele, ‘eu sou alguém, eu tenho valor, alguém se importa comigo’, até o ponto que esse relacionamento, ele vai dar ouvidos ao que você tiver que ensinar a ele. Você vai dar um livro pra ele. A gente pode adotar entre aspas essa criança, trazê-la para o museu, criar uma afinidade com ela e mudar o entorno da vida dela. Isso é apenas um exemplo.”
A cerimônia contou com a banda sinfônica representada pelo Corpo feminino da Guarda Municipal do Rio de Janeiro.