Turistas em visita a um dos cartões-postais mais famosos do mundo, o Corcovado, irão receber, a partir desta semana, kits com mapas sobre como chegar ao local e como evitar que caiam em armadilhas. O material será distribuído por policiais do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur).

Os kits incluem mapa (desenhado no verso de uma sacola de plástico), que indica o caminho para se chegar ao Cristo Redentor; e folhetos, com dicas de outros pontos turísticos.

Segundo o comandante do BPTur, o tenente-coronel Ronaldo Menezes, a iniciativa surgiu após investigação dos agentes do Serviço Reservado. Disfarçados de turistas, eles descobriram que falsos guias estão atuando na área. Os policiais constataram que os guias descredenciados cobram de R$ 75 a R$ 150 para acompanhar os turistas até o Cristo.

“Quando a pessoa se recusa a usar o serviço, os guias sugerem que ela suba pela Ladeira dos Guararapes (caminho mais longo e sem sinalização). Lá, o turista, perdido, pega informação com outro grupo, que faz parte do mesmo bando, e acaba caindo na armadilha”, contou o comandante.

Turistas assaltados

Em média, seis turistas são assaltados por dia no estado do Rio de Janeiro. A área com o maior número de ataques tem apenas quatro quilômetros de extensão: a Avenida Atlântica, em Copacabana, onde são registrados 39% dos casos em todo o estado. De janeiro a julho deste ano, já foram registrados 742 roubos a turistas no estado, 6,5% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Policiamento reforçado

Há uma semana, a Polícia Militar anunciou que intensificou o policiamento ostensivo nos corredores turísticos, em especial na Avenida Atlântica, em Copacabana, que concentra 54% dos quartos de hotéis do Rio de Janeiro. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Hudson de Aguiar, ônibus da corporação passaram a retirar crianças e adultos moradores de rua da orla de Copacabana e ruas adjacentes. E a Polícia Civil se comprometeu a intensificar o trabalho de investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, para identificar e deter os menores infratores, já que a maioria dos ataques é praticada por menores de 12 a 14 anos.