Acadêmicos da Tamarineira é a mais nova verde e branco do Carnaval Virtual
A Acadêmicos da Tamarineira estreia no Carnaval Virtual apostando todas as fichas no milho como seu enredo, com o título: Eu quero é Maiz. Milho, o sustento da vida visando disputar o título do Grupo de Acesso 2. O enredo é de autoria de seu presidente Marcelo Santos. Confira a sinopse abaixo: Que me desculpem os […]
POR Carnaval Virtual12/06/2021|6 min de leitura
A Acadêmicos da Tamarineira estreia no Carnaval Virtual apostando todas as fichas no milho como seu enredo, com o título: Eu quero é Maiz. Milho, o sustento da vida visando disputar o título do Grupo de Acesso 2. O enredo é de autoria de seu presidente Marcelo Santos.
Confira a sinopse abaixo:
Que me desculpem os outros cereais, mas eu sou de”maíz”! Está para nascer cereal mais importante que eu, quer ver? Primeiro, eu sou o sustento da vida. Sem mim, você, caro leitor, nem existiria. Assim contam os Maias, em seu livro Popol Vuh, sobre a criação do mundo. O mundo era só escuridão e água, um grande vazio. Ali estavam a Serpente Emplumada Kukulkán (o deus supremo), e Tepeu (o arquiteto), deliberando sobre a criação do homem. Decidiram então, junto de Huracán (o deus da grande tempestade), que ao criarem a luz, conceberiam também árvores e trepadeiras, preparando o terreno para a criação do homem.
Bem, aí veio a dúvida: qual a matéria-prima para o homem? Logo eu entro na história, calma aí. Primeiro, tentaram criar o homem com lama. Mas ele, coitado, nem ficava de pé, se desmanchava… e não conseguia falar, emitia apenas alguns sons guturais. Então os deuses o destruíram e fizeram uma nova tentativa, desta vez com madeira. Este aí ficava de pé, já foi um avanço. Mas não tinha alma nem coração, todo duro. Projeto também destruído.
Enquanto mais uma reunião rolava entre os deuses, tentando decidir como fariam o novo homem, eis que 4 animais (um gato da montanha, um corvo, um coiote e um papagaio) chegam dizendo que havia uma rica e linda planta (desculpa aí) crescendo por ali. Óbvio, era um milharal! Os deuses então pegaram algumas espigas e moeram. Misturaram água a essa farinha e fizeram uma massa, com a qual moldaram quatro homens, os “Quatro Pais”. Não só isso, ofereceram uma pasta de milho para dar força e energia aos Quatro Pais e, enquanto eles dormiam, moldaram as “Quatro Mães” com a massa de milho. Então, querido sambista, sem euzinho aqui, você nem estaria lendo minha história. E, da mesma forma que alimentei os primeiros homens, eu sou até hoje o sustento da mesa. Ah, como eu sou versátil, quantas comidas e preparos diferentes você consegue fazer com milho. Lembra do cheirinho daquele bolo de milho bem gostoso do café da tarde, feito pela sua avó tão amorosa? Aliás, eu estou na sua boca quase todo dia! Aquele docinho, aquela bala, aquele sorvete que adoça e alegra o seu dia? Tem milho. Aquela energia especial para começar o dia, naquela tigela com leite, frutas ou o que você imaginar? Também estou ali. No seu churrasco? Ora, também! Afinal, eu estou na ração que alimenta os animais. Aposto que você não pensou nisso. E nem falei ainda das festas juninas, viu? Ali é uma esbórnia! Pamonha, curau, milho cozido, muita música boa, aquela quadrilha encantadora… Sem a minha presença não dá, né? Viva toda a alegria, viva todo o colorido, viva São João! Você já viu que eu desperto memórias afetivas, sou a alma de festas, mas não é só isso. Eu também sou o sustento das emoções. Afinal, você não consegue entrar num cineminha sem aquela pipoca com cheirinho de manteiga como companheira… olha aí mais uma memória afetiva comigo ao seu lado! Quando você chorou com Miguel, Mamá Coco, Hector e Ernesto de La Cruz, eu estava lá, te dando alento. Eu temperei suas risadas com os Minions na telona e tornei aquele momento mais gostoso ainda. Quando seu coração pulava à boca com os dinossauros e toda a ação, a minha pipoca aliviava a tensão. E você certamente não se esquece da pipoca voando pela sala a cada susto em Jogos Mortais e outras películas de terror. Em cada emoção, dentro do cinema, eu estava ao seu lado. Se ainda não consegui te provar que eu sou de”maíz”, então aí vai meu último argumento: eu sou o sustento da vida moderna também! Você não viveria sem mim nos dias atuais. Vai pintar a sua casa ou precisa de qualquer tipo de tinta? Eu estou ali, na forma de amido. Aqueles potinhos plásticos que todo mundo pega emprestado e nunca devolve? Eu também estou na composição deles. Até na hora da sua faxina eu participo, pois sou componente de diversos produtos de limpeza. No antibiótico que você toma, no seu suplemento vitamínico, nas cápsulas dos seus remédios… adivinha? Pois é, também estou ali. Tem mais ainda! Eu faço veículos rodarem, com o etanol de milho. Também sou o futuro, tá? Afinal, sou o grão mais usado na pesquisa genética. Sem falsa modéstia, eu sustento a sua vida desde a sua criação, caro sambista. Por isso eu mereço ser enredo e passar lindo na passarela virtual, com muitos fogos de artifício (e eu também estou na composição deles, tá, meu bem?) Por tudo isso, eu quero é maíz!
SETORIZAÇÃO DO DESFILE 1º SETOR: O SUSTENTO DA VIDA – sobre a criação do ser humano segundo a mitologia maia. 2º SETOR – O SUSTENTO DA MESA – sobre o milho em nossa alimentação, fechando com as festas juninas. 3º SETOR – O SUSTENTO DAS EMOÇÕES – um setor todo dedicado ao cinema e as emoções por ele despertadas, sempre com uma boa pipoca. 4º SETOR – O SUSTENTO DA VIDA MODERNA – sobre diversas coisas da vida moderna que, mesmo que poucos saibam, levam milho em sua composição. O setor é encerrado com uma pegada futurística, por conta da pesquisa genética com o cereal.
A Acadêmicos da Tamarineira estreia no Carnaval Virtual apostando todas as fichas no milho como seu enredo, com o título: Eu quero é Maiz. Milho, o sustento da vida visando disputar o título do Grupo de Acesso 2. O enredo é de autoria de seu presidente Marcelo Santos.
Confira a sinopse abaixo:
Que me desculpem os outros cereais, mas eu sou de”maíz”! Está para nascer cereal mais importante que eu, quer ver? Primeiro, eu sou o sustento da vida. Sem mim, você, caro leitor, nem existiria. Assim contam os Maias, em seu livro Popol Vuh, sobre a criação do mundo. O mundo era só escuridão e água, um grande vazio. Ali estavam a Serpente Emplumada Kukulkán (o deus supremo), e Tepeu (o arquiteto), deliberando sobre a criação do homem. Decidiram então, junto de Huracán (o deus da grande tempestade), que ao criarem a luz, conceberiam também árvores e trepadeiras, preparando o terreno para a criação do homem.
Bem, aí veio a dúvida: qual a matéria-prima para o homem? Logo eu entro na história, calma aí. Primeiro, tentaram criar o homem com lama. Mas ele, coitado, nem ficava de pé, se desmanchava… e não conseguia falar, emitia apenas alguns sons guturais. Então os deuses o destruíram e fizeram uma nova tentativa, desta vez com madeira. Este aí ficava de pé, já foi um avanço. Mas não tinha alma nem coração, todo duro. Projeto também destruído.
Enquanto mais uma reunião rolava entre os deuses, tentando decidir como fariam o novo homem, eis que 4 animais (um gato da montanha, um corvo, um coiote e um papagaio) chegam dizendo que havia uma rica e linda planta (desculpa aí) crescendo por ali. Óbvio, era um milharal! Os deuses então pegaram algumas espigas e moeram. Misturaram água a essa farinha e fizeram uma massa, com a qual moldaram quatro homens, os “Quatro Pais”. Não só isso, ofereceram uma pasta de milho para dar força e energia aos Quatro Pais e, enquanto eles dormiam, moldaram as “Quatro Mães” com a massa de milho. Então, querido sambista, sem euzinho aqui, você nem estaria lendo minha história. E, da mesma forma que alimentei os primeiros homens, eu sou até hoje o sustento da mesa. Ah, como eu sou versátil, quantas comidas e preparos diferentes você consegue fazer com milho. Lembra do cheirinho daquele bolo de milho bem gostoso do café da tarde, feito pela sua avó tão amorosa? Aliás, eu estou na sua boca quase todo dia! Aquele docinho, aquela bala, aquele sorvete que adoça e alegra o seu dia? Tem milho. Aquela energia especial para começar o dia, naquela tigela com leite, frutas ou o que você imaginar? Também estou ali. No seu churrasco? Ora, também! Afinal, eu estou na ração que alimenta os animais. Aposto que você não pensou nisso. E nem falei ainda das festas juninas, viu? Ali é uma esbórnia! Pamonha, curau, milho cozido, muita música boa, aquela quadrilha encantadora… Sem a minha presença não dá, né? Viva toda a alegria, viva todo o colorido, viva São João! Você já viu que eu desperto memórias afetivas, sou a alma de festas, mas não é só isso. Eu também sou o sustento das emoções. Afinal, você não consegue entrar num cineminha sem aquela pipoca com cheirinho de manteiga como companheira… olha aí mais uma memória afetiva comigo ao seu lado! Quando você chorou com Miguel, Mamá Coco, Hector e Ernesto de La Cruz, eu estava lá, te dando alento. Eu temperei suas risadas com os Minions na telona e tornei aquele momento mais gostoso ainda. Quando seu coração pulava à boca com os dinossauros e toda a ação, a minha pipoca aliviava a tensão. E você certamente não se esquece da pipoca voando pela sala a cada susto em Jogos Mortais e outras películas de terror. Em cada emoção, dentro do cinema, eu estava ao seu lado. Se ainda não consegui te provar que eu sou de”maíz”, então aí vai meu último argumento: eu sou o sustento da vida moderna também! Você não viveria sem mim nos dias atuais. Vai pintar a sua casa ou precisa de qualquer tipo de tinta? Eu estou ali, na forma de amido. Aqueles potinhos plásticos que todo mundo pega emprestado e nunca devolve? Eu também estou na composição deles. Até na hora da sua faxina eu participo, pois sou componente de diversos produtos de limpeza. No antibiótico que você toma, no seu suplemento vitamínico, nas cápsulas dos seus remédios… adivinha? Pois é, também estou ali. Tem mais ainda! Eu faço veículos rodarem, com o etanol de milho. Também sou o futuro, tá? Afinal, sou o grão mais usado na pesquisa genética. Sem falsa modéstia, eu sustento a sua vida desde a sua criação, caro sambista. Por isso eu mereço ser enredo e passar lindo na passarela virtual, com muitos fogos de artifício (e eu também estou na composição deles, tá, meu bem?) Por tudo isso, eu quero é maíz!
SETORIZAÇÃO DO DESFILE 1º SETOR: O SUSTENTO DA VIDA – sobre a criação do ser humano segundo a mitologia maia. 2º SETOR – O SUSTENTO DA MESA – sobre o milho em nossa alimentação, fechando com as festas juninas. 3º SETOR – O SUSTENTO DAS EMOÇÕES – um setor todo dedicado ao cinema e as emoções por ele despertadas, sempre com uma boa pipoca. 4º SETOR – O SUSTENTO DA VIDA MODERNA – sobre diversas coisas da vida moderna que, mesmo que poucos saibam, levam milho em sua composição. O setor é encerrado com uma pegada futurística, por conta da pesquisa genética com o cereal.