Festival de Parintins. A abertura do Festival de Parintins 2024 foi de altíssimo nível. Responsável por iniciar a festa deste ano, o Boi-Bumbá Caprichoso entrou no Bumbódromo às 21h (horário de Brasília) e proporcionou um grande espetáculo para sua galera e todos que estavam assistindo.

O ponto alto da passagem do bumbá azul foi a plástica. Colorida, luxuosa e repleta de efeitos especiais, o touro negro foi impecável e impressionante nos quesitos visuais. Aliado a uma técnica apurada em outros itens, o Caprichoso fechou sua apresentação sob gritos de “tricampeão”.

Bloco A

O bumbá teve uma passagem correta nos itens comuns e musicais. Destaque para a Organização do Conjunto Folclórico. A equipe azulada deu um show ao movimentar os grandes módulos alegóricos, manter a arena sempre ocupada e fechar a apresentação com tempo para brincar de boi no final.

Propor um repertório mais explosivo e voltado à galera, melhorar o som e evoluir nos versos do amo do boi são questões que o Caprichoso pode dedicar atenção para aprimorar nas noites seguintes.

Bloco B

Os itens individuais também tiveram boa exibição na primeira noite. Destaque total para a cunhã-poranga Marciele Albuquerque Munduruku, que se transformou em cobra, impactou a arena e viralizou na internet.

A coreografia e a evolução do boi ao som da toada “Málúù Dúdú” também chamaram a atenção positivamente, assim como os figurinos. O da porta-estandarte, porém, pareceu um pouco pesado e não proporcionou uma evolução tão explosiva.

Bloco C

A parte plástica foi o grande destaque do Boi-Bumbá Caprichoso. Alegorias gigantescas, coloridas e impressionantes do ponto de vista artístico. Um trabalho irretocável na arena.

O touro negro também investiu em efeitos, como fogos, guindaste, projeção na arena, hologramas e ilusionismo, que potencializaram ainda mais o espetáculo. Destaque para o ritual indígena Mothokari, a lenda amazônica A Criação da Noite e a figura típica regional Mestres e Mestras da Cultura Popular.