Abre alas: alegoria muito além da folia, inspiração contra ditadores
“Adereço, adorno, dístico ou carro alegórico que, durante desfile, movimenta-se à frente de uma entidade carnavalesca (bloco, escola de samba); Ou, grupo de pessoas que conduz esse abre-alas ou que abre o desfile da entidade carnavalesca”. As definições acima são da gramática para identificar imediatamente um símbolo dos desfiles de escola de samba; o Abre […]
POR Redação SRzd11/06/2022|3 min de leitura
“Adereço, adorno, dístico ou carro alegórico que, durante desfile, movimenta-se à frente de uma entidade carnavalesca (bloco, escola de samba);
Ou, grupo de pessoas que conduz esse abre-alas ou que abre o desfile da entidade carnavalesca”.
As definições acima são da gramática para identificar imediatamente um símbolo dos desfiles de escola de samba; o Abre Alas. Assim como outros elementos do universo do Carnaval, inspirou artistas para a produção de suas obras nos mais diferentes segmentos.
Na música, ainda mais. Nesta semana, o cantor Ivan Lins completa 77 aos, no dia 16. De seu talento, nasceram canções e melodias imortalizadas no rico cardápio da música brasileira.
Filho de militar, o carioca e tricolor foi um dos artistas que utilizaram sua arte para criticar o regime militar instalado no Brasil entre os anos de 1964 e 1985. Entre suas composições de protesto contra a Ditadura estão Aos nossos filhos e Cartomante, ambas de 1978, consagradas na voz de Elis Regina.
Numa das mais importantes parcerias da MPB, com o colega de pescarias Vítor Martins, Ivan produziu, muito. Esteve nas paradas de sucesso em 1974 com uma canção engajada, cheia de entrelinhas, a primeira parceria dos dois; Abre Alas. Esta, ganhou uma versão definitiva nos arranjos perfeitos e nas vozes afinadas do Quarteto em Cy. Usar essa figura alegórica, carnavalesca, foi um jeito encontrado por Ivan para driblar a censura dos militares naquele tempo.
“Abre alas pra minha folia Já está chegando a hora Abre alas pra minha bandeira Já está chegando a hora Apare os teus sonhos que a vida tem dono E ela vem te cobrar A vida não era assim, não era assim Não corra o risco de ficar alegre Pra nunca chorar A gente não era assim, não era assim Encoste essa porta que a nossa conversa Não pode vazar A vida não era assim, não era assim Bandeira arriada, folia guardada Pra não se usar”.
“Adereço, adorno, dístico ou carro alegórico que, durante desfile, movimenta-se à frente de uma entidade carnavalesca (bloco, escola de samba);
Ou, grupo de pessoas que conduz esse abre-alas ou que abre o desfile da entidade carnavalesca”.
As definições acima são da gramática para identificar imediatamente um símbolo dos desfiles de escola de samba; o Abre Alas. Assim como outros elementos do universo do Carnaval, inspirou artistas para a produção de suas obras nos mais diferentes segmentos.
Na música, ainda mais. Nesta semana, o cantor Ivan Lins completa 77 aos, no dia 16. De seu talento, nasceram canções e melodias imortalizadas no rico cardápio da música brasileira.
Filho de militar, o carioca e tricolor foi um dos artistas que utilizaram sua arte para criticar o regime militar instalado no Brasil entre os anos de 1964 e 1985. Entre suas composições de protesto contra a Ditadura estão Aos nossos filhos e Cartomante, ambas de 1978, consagradas na voz de Elis Regina.
Numa das mais importantes parcerias da MPB, com o colega de pescarias Vítor Martins, Ivan produziu, muito. Esteve nas paradas de sucesso em 1974 com uma canção engajada, cheia de entrelinhas, a primeira parceria dos dois; Abre Alas. Esta, ganhou uma versão definitiva nos arranjos perfeitos e nas vozes afinadas do Quarteto em Cy. Usar essa figura alegórica, carnavalesca, foi um jeito encontrado por Ivan para driblar a censura dos militares naquele tempo.
“Abre alas pra minha folia Já está chegando a hora Abre alas pra minha bandeira Já está chegando a hora Apare os teus sonhos que a vida tem dono E ela vem te cobrar A vida não era assim, não era assim Não corra o risco de ficar alegre Pra nunca chorar A gente não era assim, não era assim Encoste essa porta que a nossa conversa Não pode vazar A vida não era assim, não era assim Bandeira arriada, folia guardada Pra não se usar”.