Alô, som! Grande Rio enfrenta problemas técnicos em noite com Vila e Portela na Sapucaí

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Rio. Seguiu, na noite deste sábado (8), a temporada de ensaios técnicos gerais para as escolas de samba do Grupo Especial carioca. As apresentações simulam os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí e se tornaram um dos momentos mais importantes do universo das agremiações e dos apaixonados pela festa maior da cultura popular no país. […]

POR Redação SRzd09/02/2025|11 min de leitura

Alô, som! Grande Rio enfrenta problemas técnicos em noite com Vila e Portela na Sapucaí

Ensaios técnicos – Rio 2025. Foto: SRzd/Juliana Dias

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Rio. Seguiu, na noite deste sábado (8), a temporada de ensaios técnicos gerais para as escolas de samba do Grupo Especial carioca.

As apresentações simulam os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí e se tornaram um dos momentos mais importantes do universo das agremiações e dos apaixonados pela festa maior da cultura popular no país.

Neste sábado, um início em azul e branco, com Unidos de Vila Isabel e a maior campeã da cidade, a Portela. Para fechar, uma das apontadas como favorita no concurso deste ano e dona de um samba aclamado, a Acadêmicos do Grande Rio.

Atraso. Programado para começar às 19h, o treino de abertura, da Vila, começou com quase meia hora de atraso. Problemas no carro de som adiaram o início do evento.

Para a escola de Caxias, sobrou. O carro de som, novamente com problemas, agora no gerador de energia, falhou, diversas vezes, comprometendo a apresentação que foi garantida, em termos de canto, pela força do gogó de seus componentes.

SRzd e Arpoador juntos

A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Sapucaí, nas instalações do camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e conferiu de perto tudo o que rolou. Veja o que eles disseram sobre cada uma das apresentações!

Alex Rangel (comissão de frente e passistas): Em seu enredo sobre assombração, a Vila Isabel trouxe na sua comissão de frente gatos pretos coreografados por Alex Neural e Márcio Jahú e contou no elenco com a participação do Gael, filho do mestre da bateria Macaco Branco, que abrilhantou a apresentação. É fato que no oficial veremos algo surpreendente!

Gostei muito da ala de passistas da Vila, com a disposição dos passistas masculinos em torno das passistas que trouxeram samba e charme com um figurino muito tradicional e cheio de brilho.

A comissão da Portela comandada por Kelly Siqueira e Leo Senna, abriu o ensaio da escola de Madureira trazendo seu elenco com um lindo figurino para homenagear Milton Nascimento, uma coreografia bem marcada, com adereços de mão e pegando pela emoção do público ao final de sua apresentação.

A ala de passistas da Portela como sempre dando o seu recado, com sua ala mesclada de malandros e cabrochas, dando show de graça e samba no pé. Salve Nilce Fran!

*Alex Rangel faz parte da comissão de frente da Grande Rio e, por questões éticas, não teceu comentários sobre essa escola.

Célia Souto (evolução e harmonia): A Vila abriu a noite dos ensaios técnicos trazendo para a Avenida componentes animados, cantando com segurança o samba, na totalidade, dançando e evoluindo com leveza. Apresentou um ensaio bastante sincronizado entre ritmo e melodia. Foi possível observar um ensaio comprometido, com ótimo desempenho e muito animado. A escola preencheu a Avenida com toda a sua musicalidade!

Em seguida, a Portela apresentou um ótimo desempenho, demonstrando habilidade e experiência na apresentação. O canto foi destacado, com os componentes mostrando entusiasmo e comprometimento com a performance. A escola mostrou uma evolução fluida e sincronizada, refletindo a dedicação e o trabalho sério dos componentes juntamente com os demais.

A Grande Rio encerrou os ensaios técnicos da noite com a maioria dos componentes cantando o samba. O andamento do canto, juntamente com a evolução, foi se desenvolvendo ao longo do desfile com regularidade. A escola demonstrou que está se preparando para o desfile oficial.

Eliane Souza (MSPB): “A minha Vila sempre foi bicho papão, por isso, me encantei com esse feitiço, que hoje causa reboliço arrastando a multidão”. Baianas evoluindo com a graça sem medo de se entregar. Velha Guarda, como um capitão maquinista, impondo a ancestralidade da escola na avenida. Ala de passistas entregando com empenho seu trabalho, com destaque para os passistas masculinos! Um coral em procissão, num canto potente, que nos invadindo, obrigava a gente a cantar. Que é isso, Vila Isabel? Bruxaria no samba! Coisa boa de apreciar! Casais dançando com elegância e determinação. Muito lindo observar o bailado de Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, com sua performance moderna e plena dos movimentos característicos. Gosto demais de assistir meu belo Jackson Senhorinho cortejar a potente Barbara Dionísio!!! E que mimoso o terceiro casal Kayo Figueiredo e Rayra Guarinho! Voltando ao início, não pude deixar de me encantar com os felinos da comissão de frente, cuidadosa com o filhotinho Gaelzinho (bisavô Jaiminho e bisavó D. Lourdes plenamente contemplados, axé!), que arrasou na performance! A Vila Isabel passou virada na bruxaria! Um ensaio técnico de arrepiar”.

“Num milagre ser farol e continuar
Quem acredita na vida não deixa de amar”!

Um manto azul, enfeitado por milhares de girassóis, em canto forte da comunidade, assim foi o ensaio técnico da Portela. No carro de som, a belíssima Ledjane Motta, ao lados dos interpretes, com toda força seu canto! A eterna Vilma Nascimento deslizando com sua dança no cortejo. Baianas em seu ritual e Velha Guarda sempre empenhada em trazer o melhor! Linda performance do primeiro casal – Marlon Lamar e Squel Jorgea – confirmando seu conhecimento e destreza na execução do bailado. Encantadores!

Segundo casal – Emmanuel Lima e Thainara Mathias – em dupla jornada, pois formam o primeiro par da Unidos da Ponte, singelos e elegantes, em trajes e gestos, deslizando pela avenida! Bonito de apreciar a passagem de Vinícius Jesus e Osanna Baptista, o terceiro casal da escola. Rememorando o cortejo, não podemos esquecer: Tia Surica, desfilando no elemento alegórico que trouxe para o ensaio a Águia altaneira. A escola fez uma bonita passagem, no qual se destacou o forte cantar da comunidade. Fechando o ensaio técnico, as “Herdeiras do Samba” lideradas por Geisa, a filha de Zé Keti, um portelense fervoroso!

“A mesma Lua da Turquia
Na travessia foi encantada
Maresia me guia sem medo”

Com uma ala grande de mestre-sala e porta- bandeira executando uma dança em acordo com a letra do samba e uma Ala de Passistas exuberante em gestos e passos, a escola fez seu ensaio técnico.

A bateria chamando a comunidade a dançar e entregar seu canto com alegria. O primeiro casal – Daniel Werneck e Taciana Couto – apresentaram a dança com galhardia, executando movimentos característicos do bailado acrescentados por outros passos, em acordo com a letra do samba e com a proposta do enredo. Um ensaio técnico realizado com empenho e dedicação da comunidade de Caxias.

Cláudio Francioni (samba-enredo): Assim como já havia feito em 2023, a Vila Isabel optou por um samba-enredo com características típicas dos desfiles assinados por seu carnavalesco, Paulo Barros. Samba alegre com toques de irreverência, inclusive destoando da onda atual de sambas mais densos. Naquele ano, o samba rendeu boas notas para os quesitos de chão, porém foi despontuada no quesito.

A Portela, assim como a Vila Isabel, optou por não seguir a onda de sambas mais densos e escolheu uma obra quase toda em tom maior e com versos mais espaçados do que o habitual dos tempos atuais. Gilsinho, que tradicionalmente encaixa bem nos sambas escolhidos pela escola, mais uma vez conduziu de forma corretíssima a merecida homenagem a Milton Nascimento.

O bom samba da Grande Rio vinha em um bom desempenho na voz de Evandro Malandro quando o carro de som começou a silenciar antes ainda da bateria sair do primeiro recuo. Com o som indo e voltando, a escola segurou muito bem o canto em alguns setores da escola.

Bruno Moraes (bateria): A bateria da Vila Isabel, comandada pelo Mestre Macaco Branco fez um excelente ensaio, com uma “pegada” firme, grave e muito segura. As bossas foram executadas com perfeição. Uma bateria tradicional, dando um show de ritmo.

A bateria da Portela se apresentou muito bem nessa noite de ensaio técnico. Mestre Nilo já tem uma fórmula, com um andamento mais confortável e bossas com sua identidade. Experiência que se fala, né?

Mestre Fafá estava ligado nos 220 volts! Que energia! A bateria da Grande Rio entendeu o recado do Mestre e fez um baita ensaio nesse fechamento de noite. Mesmo com o som falhando diversas vezes, os ritmistas fizeram tudo de forma impecável e resultou em um casamento perfeito com o samba. Bossas, ritmo, marcações, peças leves, tudo onde devia estar. Que clima!

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): “Abre os braços, amor! Olha a Vila Isabel aí!”. Assim começou o agito do Povo do Samba neste sábado de ensaios técnicos! Espera levantar a poeira e exorcizar fantasmas com o enredo que é puro néctar de Carnaval: “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”. Assombrações para todo lado, a Vila quer garantir a diversão do público com o seu desfile oficial. O caldeirão vai ferver!

A proposta do seu ensaio técnico foi bem cumprida por sua comunidade que estava virada na bruxaria! Sem medo de ser feliz, cantou forte e se divertiu, deixando um recado claro para os críticos: “Cara feia para ela é fome”, afirmando que quer ser o “bicho-papão” de 2025! Pela alegria contagiante da comunidade, parece que teremos um oásis de diversão garantida com o seu desfile oficial. Boa sorte, Vila, e faça o favor de soltar o bicho, as bruxas e a alegria nessa Avenida”.

Portela: No ensaio técnico, a Águia de Madureira alçou voo, celebrando o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”. A Avenida se transformou em um “trem azul”, com a comunidade cantando o samba-enredo com orgulho e força, como um verdadeiro coral. O orgulho e o amor à agremiação eram evidentes em cada rosto.

O samba, porém, não emocionou como o do ano anterior, faltando aquele arrepio contagiante. Um enredo com tamanha força emocional pedia um samba mais arrebatador. A química do Carnaval é surpreendente, e a explosão que não aconteceu neste ensaio pode estar reservada para o dia do desfile oficial”.

Com um atraso de quase uma hora e meia, a Grande Rio finalmente iniciou seu ensaio técnico, trazendo para a Avenida a magia da Feitiçaria Parawara com o enredo “Pororocas Parawaras – As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”.

A comunidade de Caxias, com seu canto apaixonado, foi o destaque do ensaio técnico.

No entanto, nem mesmo a força dos voduns, caboclos e Orixás foi capaz de evitar um problema com o carro de som, que teimava em apresentar um som baixo. A comunidade, porém, não se deixou abater e, com garra e a força de suas vozes, superou as dificuldades, chegando a momentos em que, sem o apoio do intérprete, algumas passagens pareciam se embolar em meio à dificuldade de pronúncia.

Apesar dos percalços, o ensaio técnico serviu para mostrar a força do canto da comunidade e a paixão dos componentes da Grande Rio. Afinal, ensaio é para isso mesmo. Agora, resta à diretoria fazer os agrados certos aos encantados e às entidades das matas e dos rios, para que tudo corra como esperado no desfile oficial.

CURTA +:

+ VEJA AS FOTOS DA NOITE DE ENSAIOS TÉCNICOS NA SAPUCAÍ (em breve)

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Folia que segue, veja a sequência do calendário!

15/2

19h – Salgueiro
20h30 – Imperatriz Leopoldinense
22h – Viradouro

21/2 (teste de luz e som):

21h – Unidos de Padre Miguel
22h40 – Unidos da Tijuca
0h30 – Mocidade Independente
1h40 – Paraíso do Tuiuti

22/2 (teste de luz e som):

18h – Lavagem
19h – Beija-Flor
20h30 – Mangueira
22h10 – Vila Isabel
23h50 – Portela

23/2 (teste de luz e som):

19h – Salgueiro
20h30 – Grande Rio
22h10 – Imperatriz Leopoldinense
23h50 – Viradouro

*Fotos: Juliana Dias/SRzd

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

Rio. Seguiu, na noite deste sábado (8), a temporada de ensaios técnicos gerais para as escolas de samba do Grupo Especial carioca.

As apresentações simulam os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí e se tornaram um dos momentos mais importantes do universo das agremiações e dos apaixonados pela festa maior da cultura popular no país.

Neste sábado, um início em azul e branco, com Unidos de Vila Isabel e a maior campeã da cidade, a Portela. Para fechar, uma das apontadas como favorita no concurso deste ano e dona de um samba aclamado, a Acadêmicos do Grande Rio.

Atraso. Programado para começar às 19h, o treino de abertura, da Vila, começou com quase meia hora de atraso. Problemas no carro de som adiaram o início do evento.

Para a escola de Caxias, sobrou. O carro de som, novamente com problemas, agora no gerador de energia, falhou, diversas vezes, comprometendo a apresentação que foi garantida, em termos de canto, pela força do gogó de seus componentes.

SRzd e Arpoador juntos

A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Sapucaí, nas instalações do camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e conferiu de perto tudo o que rolou. Veja o que eles disseram sobre cada uma das apresentações!

Alex Rangel (comissão de frente e passistas): Em seu enredo sobre assombração, a Vila Isabel trouxe na sua comissão de frente gatos pretos coreografados por Alex Neural e Márcio Jahú e contou no elenco com a participação do Gael, filho do mestre da bateria Macaco Branco, que abrilhantou a apresentação. É fato que no oficial veremos algo surpreendente!

Gostei muito da ala de passistas da Vila, com a disposição dos passistas masculinos em torno das passistas que trouxeram samba e charme com um figurino muito tradicional e cheio de brilho.

A comissão da Portela comandada por Kelly Siqueira e Leo Senna, abriu o ensaio da escola de Madureira trazendo seu elenco com um lindo figurino para homenagear Milton Nascimento, uma coreografia bem marcada, com adereços de mão e pegando pela emoção do público ao final de sua apresentação.

A ala de passistas da Portela como sempre dando o seu recado, com sua ala mesclada de malandros e cabrochas, dando show de graça e samba no pé. Salve Nilce Fran!

*Alex Rangel faz parte da comissão de frente da Grande Rio e, por questões éticas, não teceu comentários sobre essa escola.

Célia Souto (evolução e harmonia): A Vila abriu a noite dos ensaios técnicos trazendo para a Avenida componentes animados, cantando com segurança o samba, na totalidade, dançando e evoluindo com leveza. Apresentou um ensaio bastante sincronizado entre ritmo e melodia. Foi possível observar um ensaio comprometido, com ótimo desempenho e muito animado. A escola preencheu a Avenida com toda a sua musicalidade!

Em seguida, a Portela apresentou um ótimo desempenho, demonstrando habilidade e experiência na apresentação. O canto foi destacado, com os componentes mostrando entusiasmo e comprometimento com a performance. A escola mostrou uma evolução fluida e sincronizada, refletindo a dedicação e o trabalho sério dos componentes juntamente com os demais.

A Grande Rio encerrou os ensaios técnicos da noite com a maioria dos componentes cantando o samba. O andamento do canto, juntamente com a evolução, foi se desenvolvendo ao longo do desfile com regularidade. A escola demonstrou que está se preparando para o desfile oficial.

Eliane Souza (MSPB): “A minha Vila sempre foi bicho papão, por isso, me encantei com esse feitiço, que hoje causa reboliço arrastando a multidão”. Baianas evoluindo com a graça sem medo de se entregar. Velha Guarda, como um capitão maquinista, impondo a ancestralidade da escola na avenida. Ala de passistas entregando com empenho seu trabalho, com destaque para os passistas masculinos! Um coral em procissão, num canto potente, que nos invadindo, obrigava a gente a cantar. Que é isso, Vila Isabel? Bruxaria no samba! Coisa boa de apreciar! Casais dançando com elegância e determinação. Muito lindo observar o bailado de Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, com sua performance moderna e plena dos movimentos característicos. Gosto demais de assistir meu belo Jackson Senhorinho cortejar a potente Barbara Dionísio!!! E que mimoso o terceiro casal Kayo Figueiredo e Rayra Guarinho! Voltando ao início, não pude deixar de me encantar com os felinos da comissão de frente, cuidadosa com o filhotinho Gaelzinho (bisavô Jaiminho e bisavó D. Lourdes plenamente contemplados, axé!), que arrasou na performance! A Vila Isabel passou virada na bruxaria! Um ensaio técnico de arrepiar”.

“Num milagre ser farol e continuar
Quem acredita na vida não deixa de amar”!

Um manto azul, enfeitado por milhares de girassóis, em canto forte da comunidade, assim foi o ensaio técnico da Portela. No carro de som, a belíssima Ledjane Motta, ao lados dos interpretes, com toda força seu canto! A eterna Vilma Nascimento deslizando com sua dança no cortejo. Baianas em seu ritual e Velha Guarda sempre empenhada em trazer o melhor! Linda performance do primeiro casal – Marlon Lamar e Squel Jorgea – confirmando seu conhecimento e destreza na execução do bailado. Encantadores!

Segundo casal – Emmanuel Lima e Thainara Mathias – em dupla jornada, pois formam o primeiro par da Unidos da Ponte, singelos e elegantes, em trajes e gestos, deslizando pela avenida! Bonito de apreciar a passagem de Vinícius Jesus e Osanna Baptista, o terceiro casal da escola. Rememorando o cortejo, não podemos esquecer: Tia Surica, desfilando no elemento alegórico que trouxe para o ensaio a Águia altaneira. A escola fez uma bonita passagem, no qual se destacou o forte cantar da comunidade. Fechando o ensaio técnico, as “Herdeiras do Samba” lideradas por Geisa, a filha de Zé Keti, um portelense fervoroso!

“A mesma Lua da Turquia
Na travessia foi encantada
Maresia me guia sem medo”

Com uma ala grande de mestre-sala e porta- bandeira executando uma dança em acordo com a letra do samba e uma Ala de Passistas exuberante em gestos e passos, a escola fez seu ensaio técnico.

A bateria chamando a comunidade a dançar e entregar seu canto com alegria. O primeiro casal – Daniel Werneck e Taciana Couto – apresentaram a dança com galhardia, executando movimentos característicos do bailado acrescentados por outros passos, em acordo com a letra do samba e com a proposta do enredo. Um ensaio técnico realizado com empenho e dedicação da comunidade de Caxias.

Cláudio Francioni (samba-enredo): Assim como já havia feito em 2023, a Vila Isabel optou por um samba-enredo com características típicas dos desfiles assinados por seu carnavalesco, Paulo Barros. Samba alegre com toques de irreverência, inclusive destoando da onda atual de sambas mais densos. Naquele ano, o samba rendeu boas notas para os quesitos de chão, porém foi despontuada no quesito.

A Portela, assim como a Vila Isabel, optou por não seguir a onda de sambas mais densos e escolheu uma obra quase toda em tom maior e com versos mais espaçados do que o habitual dos tempos atuais. Gilsinho, que tradicionalmente encaixa bem nos sambas escolhidos pela escola, mais uma vez conduziu de forma corretíssima a merecida homenagem a Milton Nascimento.

O bom samba da Grande Rio vinha em um bom desempenho na voz de Evandro Malandro quando o carro de som começou a silenciar antes ainda da bateria sair do primeiro recuo. Com o som indo e voltando, a escola segurou muito bem o canto em alguns setores da escola.

Bruno Moraes (bateria): A bateria da Vila Isabel, comandada pelo Mestre Macaco Branco fez um excelente ensaio, com uma “pegada” firme, grave e muito segura. As bossas foram executadas com perfeição. Uma bateria tradicional, dando um show de ritmo.

A bateria da Portela se apresentou muito bem nessa noite de ensaio técnico. Mestre Nilo já tem uma fórmula, com um andamento mais confortável e bossas com sua identidade. Experiência que se fala, né?

Mestre Fafá estava ligado nos 220 volts! Que energia! A bateria da Grande Rio entendeu o recado do Mestre e fez um baita ensaio nesse fechamento de noite. Mesmo com o som falhando diversas vezes, os ritmistas fizeram tudo de forma impecável e resultou em um casamento perfeito com o samba. Bossas, ritmo, marcações, peças leves, tudo onde devia estar. Que clima!

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): “Abre os braços, amor! Olha a Vila Isabel aí!”. Assim começou o agito do Povo do Samba neste sábado de ensaios técnicos! Espera levantar a poeira e exorcizar fantasmas com o enredo que é puro néctar de Carnaval: “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”. Assombrações para todo lado, a Vila quer garantir a diversão do público com o seu desfile oficial. O caldeirão vai ferver!

A proposta do seu ensaio técnico foi bem cumprida por sua comunidade que estava virada na bruxaria! Sem medo de ser feliz, cantou forte e se divertiu, deixando um recado claro para os críticos: “Cara feia para ela é fome”, afirmando que quer ser o “bicho-papão” de 2025! Pela alegria contagiante da comunidade, parece que teremos um oásis de diversão garantida com o seu desfile oficial. Boa sorte, Vila, e faça o favor de soltar o bicho, as bruxas e a alegria nessa Avenida”.

Portela: No ensaio técnico, a Águia de Madureira alçou voo, celebrando o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”. A Avenida se transformou em um “trem azul”, com a comunidade cantando o samba-enredo com orgulho e força, como um verdadeiro coral. O orgulho e o amor à agremiação eram evidentes em cada rosto.

O samba, porém, não emocionou como o do ano anterior, faltando aquele arrepio contagiante. Um enredo com tamanha força emocional pedia um samba mais arrebatador. A química do Carnaval é surpreendente, e a explosão que não aconteceu neste ensaio pode estar reservada para o dia do desfile oficial”.

Com um atraso de quase uma hora e meia, a Grande Rio finalmente iniciou seu ensaio técnico, trazendo para a Avenida a magia da Feitiçaria Parawara com o enredo “Pororocas Parawaras – As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”.

A comunidade de Caxias, com seu canto apaixonado, foi o destaque do ensaio técnico.

No entanto, nem mesmo a força dos voduns, caboclos e Orixás foi capaz de evitar um problema com o carro de som, que teimava em apresentar um som baixo. A comunidade, porém, não se deixou abater e, com garra e a força de suas vozes, superou as dificuldades, chegando a momentos em que, sem o apoio do intérprete, algumas passagens pareciam se embolar em meio à dificuldade de pronúncia.

Apesar dos percalços, o ensaio técnico serviu para mostrar a força do canto da comunidade e a paixão dos componentes da Grande Rio. Afinal, ensaio é para isso mesmo. Agora, resta à diretoria fazer os agrados certos aos encantados e às entidades das matas e dos rios, para que tudo corra como esperado no desfile oficial.

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Folia que segue, veja a sequência do calendário!

15/2

19h – Salgueiro
20h30 – Imperatriz Leopoldinense
22h – Viradouro

21/2 (teste de luz e som):

21h – Unidos de Padre Miguel
22h40 – Unidos da Tijuca
0h30 – Mocidade Independente
1h40 – Paraíso do Tuiuti

22/2 (teste de luz e som):

18h – Lavagem
19h – Beija-Flor
20h30 – Mangueira
22h10 – Vila Isabel
23h50 – Portela

23/2 (teste de luz e som):

19h – Salgueiro
20h30 – Grande Rio
22h10 – Imperatriz Leopoldinense
23h50 – Viradouro

*Fotos: Juliana Dias/SRzd

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