Beija-Flor declara luto por tempo indeterminado: ‘Laíla permanecerá eternamente na memória’

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

A Beija-Flor de Nilópolis, escola cuja história se confunde com Laíla, que morreu nesta sexta-feira (18), emitiu nota oficial lamentando a perda do sambista. A agremiação relembrou a importância do diretor de Carnaval para a agremiação e para a folia carioca e decretou luto por tempo indeterminado. Leia a nota oficial: Com tristeza e pesar, […]

POR Redação SRzd18/06/2021|5 min de leitura

Beija-Flor declara luto por tempo indeterminado: ‘Laíla permanecerá eternamente na memória’
| Siga-nos Google News

A Beija-Flor de Nilópolis, escola cuja história se confunde com Laíla, que morreu nesta sexta-feira (18), emitiu nota oficial lamentando a perda do sambista.

A agremiação relembrou a importância do diretor de Carnaval para a agremiação e para a folia carioca e decretou luto por tempo indeterminado.

Leia a nota oficial:

Com tristeza e pesar, a Beija-Flor de Nilópolis informa aos sambistas e à sociedade nilopolitana e fluminense a morte de seu ex-diretor de Carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, aos 78 anos, nesta sexta-feira, 18. Acometido pela Covid-19, ele estava internado desde sábado, 12, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte.

Laíla havia recebido as duas doses do imunizante contra o coronavírus ao longo do primeiro semestre deste ano, após meses de isolamento em casa se protegendo da doença. Ainda assim, acabou infectado e não resistiu às complicações da infecção. Além da própria família, sua grande paixão além do Carnaval, Laíla deixa uma legião de admiradores que o viram revolucionar o espetáculo da Marquês de Sapucaí ao longo de mais de 50 anos.

Na Beija-Flor, onde permanecerá eternamente na memória de cada componente, Laíla atuou por quase três décadas — a dedicação ocorreu em três passagens diferentes: entre 1975 e 1980, 1987 e 1992 e, por fim, 1994 e 2018.

No período mais recente e duradouro, o laço se manteve por 23 anos e somou oito vitórias da Deusa da Passarela com Laíla comandando a brilhante Comissão de Carnaval que transformou em arte enredos célebres como “Manaus, Amazônia, Terra Santa (…)”, de 2004; “Áfricas (…)”, de 2007 e “A simplicidade de um Rei”, de 2011.

A perda de Laíla coloca em luto oficial, por tempo indeterminado, toda a família Beija-Flor (aqui representada pelo presidente de honra Anísio Abraão David e o presidente Almir Reis) ao mesmo tempo em que mobiliza toda a comunidade carnavalesca, já tão impactada com outras partidas significativas em meio à pandemia.

Conhecido pela genialidade e a personalidade forte, Laíla carregou consigo o mérito de ter transformado os desfiles da Beija-Flor em um “rolo compressor” capaz de cruzar a Avenida sem perder décimos em praticamente todos os quesitos, principalmente os “de chão” (Harmonia e Evolução, intimamente ligados ao canto e a dança).

Também merecem destaque o luxo e a suntuosidade das alegorias e fantasias que deixaram o barracão da Beija-Flor rumo ao estrelato diante de milhares de foliões.

Os resultados foram reflexo de uma equipe que Laíla reuniu e manteve firme Carnaval após Carnaval, sempre com o apaixonado coração azul e branco trabalhando em prol do melhor para a Beija-Flor.

Mesmo fora da azul e branca nas duas últimas temporadas de desfile, Laíla permaneceu querido por todas as pessoas que compõem a instituição. Despediu-se, em 2018, em meio à gratidão do povo de Nilópolis. Agora, chega à eternidade embalado da mesma maneira.

A Beija-Flor agradece a todas essas agremiações, e suas outras coirmãs, pelo carinho com que trataram Laíla ao longo dos anos e por encontrarem nele uma referência sobre as melhores maneiras de se colocar um Carnaval na rua.

Em seu retorno à Passarela do Samba ao fim da pandemia, quando for possível desfilar em segurança, a Beija-Flor estará com Laíla no coração e em pensamento. Os ensinamentos do mestre guiarão cada passo do futuro nilopolitano.

Uma pessoa de fé, sempre fiel à própria religião, Laíla será recebido pela espiritualidade com luz e preces dos torcedores da Beija-Flor em todo o país. Assistirá, de onde quer que esteja, à continuidade de seu legado na festa profana que o santificou.

A mesma Beija-Flor que lamenta a perda de Laíla é a Beija-Flor que celebrará, para sempre, a vida de seu eterno dirigente.

Nossa solidariedade à mulher de Laíla, Marli, seus filhos e toda a família. Que o carinho das multidões por Laíla possa acalmar o coração de cada um.

Obrigado, mestre Laíla. Até um dia.

ADEUS A LAÍLA

Laíla. Beija-Flor. Foto: Henrique Matos
Laíla. Foto: Henrique Matos

+ Luto no samba! Laíla morre aos 78 anos

+ Laíla e suas forças ocultas na terra e no céu, por Sidney Rezende

+ ‘Se eu parar de trabalhar eu vou morrer’, disse Laíla em última entrevista ao SRzd

+ ‘Polêmico, enérgico, curioso, líder e genial’: Salgueiro lamenta morte de Laíla

+ ‘O melhor diretor de Carnaval de todos os tempos’, diz Neguinho da Beija-Flor

+ Gabriel David sobre Laíla: ‘Um dos caras mais importantes da minha vida’

+ ‘Maior perda que a gente podia ter no Carnaval’, diz mestre da Águia de Ouro sobre Laíla

+ Governador do Rio, Cláudio Castro fala sobre Laíla: ‘Deixa um legado histórico’

A Beija-Flor de Nilópolis, escola cuja história se confunde com Laíla, que morreu nesta sexta-feira (18), emitiu nota oficial lamentando a perda do sambista.

A agremiação relembrou a importância do diretor de Carnaval para a agremiação e para a folia carioca e decretou luto por tempo indeterminado.

Leia a nota oficial:

Com tristeza e pesar, a Beija-Flor de Nilópolis informa aos sambistas e à sociedade nilopolitana e fluminense a morte de seu ex-diretor de Carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, aos 78 anos, nesta sexta-feira, 18. Acometido pela Covid-19, ele estava internado desde sábado, 12, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, Zona Norte.

Laíla havia recebido as duas doses do imunizante contra o coronavírus ao longo do primeiro semestre deste ano, após meses de isolamento em casa se protegendo da doença. Ainda assim, acabou infectado e não resistiu às complicações da infecção. Além da própria família, sua grande paixão além do Carnaval, Laíla deixa uma legião de admiradores que o viram revolucionar o espetáculo da Marquês de Sapucaí ao longo de mais de 50 anos.

Na Beija-Flor, onde permanecerá eternamente na memória de cada componente, Laíla atuou por quase três décadas — a dedicação ocorreu em três passagens diferentes: entre 1975 e 1980, 1987 e 1992 e, por fim, 1994 e 2018.

No período mais recente e duradouro, o laço se manteve por 23 anos e somou oito vitórias da Deusa da Passarela com Laíla comandando a brilhante Comissão de Carnaval que transformou em arte enredos célebres como “Manaus, Amazônia, Terra Santa (…)”, de 2004; “Áfricas (…)”, de 2007 e “A simplicidade de um Rei”, de 2011.

A perda de Laíla coloca em luto oficial, por tempo indeterminado, toda a família Beija-Flor (aqui representada pelo presidente de honra Anísio Abraão David e o presidente Almir Reis) ao mesmo tempo em que mobiliza toda a comunidade carnavalesca, já tão impactada com outras partidas significativas em meio à pandemia.

Conhecido pela genialidade e a personalidade forte, Laíla carregou consigo o mérito de ter transformado os desfiles da Beija-Flor em um “rolo compressor” capaz de cruzar a Avenida sem perder décimos em praticamente todos os quesitos, principalmente os “de chão” (Harmonia e Evolução, intimamente ligados ao canto e a dança).

Também merecem destaque o luxo e a suntuosidade das alegorias e fantasias que deixaram o barracão da Beija-Flor rumo ao estrelato diante de milhares de foliões.

Os resultados foram reflexo de uma equipe que Laíla reuniu e manteve firme Carnaval após Carnaval, sempre com o apaixonado coração azul e branco trabalhando em prol do melhor para a Beija-Flor.

Mesmo fora da azul e branca nas duas últimas temporadas de desfile, Laíla permaneceu querido por todas as pessoas que compõem a instituição. Despediu-se, em 2018, em meio à gratidão do povo de Nilópolis. Agora, chega à eternidade embalado da mesma maneira.

A Beija-Flor agradece a todas essas agremiações, e suas outras coirmãs, pelo carinho com que trataram Laíla ao longo dos anos e por encontrarem nele uma referência sobre as melhores maneiras de se colocar um Carnaval na rua.

Em seu retorno à Passarela do Samba ao fim da pandemia, quando for possível desfilar em segurança, a Beija-Flor estará com Laíla no coração e em pensamento. Os ensinamentos do mestre guiarão cada passo do futuro nilopolitano.

Uma pessoa de fé, sempre fiel à própria religião, Laíla será recebido pela espiritualidade com luz e preces dos torcedores da Beija-Flor em todo o país. Assistirá, de onde quer que esteja, à continuidade de seu legado na festa profana que o santificou.

A mesma Beija-Flor que lamenta a perda de Laíla é a Beija-Flor que celebrará, para sempre, a vida de seu eterno dirigente.

Nossa solidariedade à mulher de Laíla, Marli, seus filhos e toda a família. Que o carinho das multidões por Laíla possa acalmar o coração de cada um.

Obrigado, mestre Laíla. Até um dia.

ADEUS A LAÍLA

Laíla. Beija-Flor. Foto: Henrique Matos
Laíla. Foto: Henrique Matos

+ Luto no samba! Laíla morre aos 78 anos

+ Laíla e suas forças ocultas na terra e no céu, por Sidney Rezende

+ ‘Se eu parar de trabalhar eu vou morrer’, disse Laíla em última entrevista ao SRzd

+ ‘Polêmico, enérgico, curioso, líder e genial’: Salgueiro lamenta morte de Laíla

+ ‘O melhor diretor de Carnaval de todos os tempos’, diz Neguinho da Beija-Flor

+ Gabriel David sobre Laíla: ‘Um dos caras mais importantes da minha vida’

+ ‘Maior perda que a gente podia ter no Carnaval’, diz mestre da Águia de Ouro sobre Laíla

+ Governador do Rio, Cláudio Castro fala sobre Laíla: ‘Deixa um legado histórico’

Notícias Relacionadas

Ver tudo