Carnaval 2025: Mocidade chuta os problemas e fecha 1ª noite de ensaios na Sapucaí

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Rio. Começou, na noite deste sábado (25), a temporada de ensaios técnicos gerais para as escolas de samba do Grupo Especial carioca. As apresentações simulam os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí e se tornaram um dos momentos mais importantes do universo das agremiações e dos apaixonados pela festa maior da cultura popular no país. […]

POR Redação SRzd26/01/2025|13 min de leitura

Carnaval 2025: Mocidade chuta os problemas e fecha 1ª noite de ensaios na Sapucaí

Ensaios técnicos – Rio de Janeiro 2025. Foto: Juliana Dias/SRdz

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Rio. Começou, na noite deste sábado (25), a temporada de ensaios técnicos gerais para as escolas de samba do Grupo Especial carioca.

As apresentações simulam os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí e se tornaram um dos momentos mais importantes do universo das agremiações e dos apaixonados pela festa maior da cultura popular no país.

Neste sábado, Unidos de Padre Miguel, que fez suas estreia na Avenida por esta divisão após o inédito título no Acesso em 2024, Unidos da Tijuca e Mocidade Independente de Padre Miguel, finalmente mataram a saudade do público em ver o samba comer solto no sambódromo.

Em noite de abertura dos treinos na Avenida, um tema se destacou. O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, falou ao SRzd sobre a ausência de Lexa, que deixou o cargo de Rainha de Bateria da Tijuca por conta de complicações na sua gravidez. A substituta, não foi anunciada (veja abaixo).

Fechando a primeira rodada de testes na Sapucaí, a Mocidade, das mais populares escolas da cidade, jogou para o espaço sideral a dor do luto pela perda precoce de sua carnavalesca, Márcia Lage, e os problemas envolvendo seus dirigentes, sobretudo, o patrono Rogério de Andrade.

SRzd e Arpoador juntos

A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Sapucaí, nas instalações do camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e conferiu de perto tudo o que rolou. Veja o que eles disseram sobre cada uma das apresentações!

Alex Rangel (comissão de frente e passistas): Começamos os ensaios técnicos e a Unidos de Padre Miguel abriu com sua Comissão de Frente coreografada por Sergio Lobato, bem vestida como no minidesfile e com algumas adaptações. Dessa vez vieram Orixás interagindo com a coreografia bem forte do elenco e trouxeram novamente o tripé representando o terreiro da casa branca.

A Unidos da Tijuca trouxe em sua Comissão coreografada por Ariadne Lax e Bruna Lopes uma coreografia bem ensaiada com o momento final do pivô em cima do tripé que estendia um tecido nas cores da Escola, acredito que tenha algo mais para o desfile oficial.

A Mocidade fechou a noite do primeiro dia de ensaios técnicos com a comissão do Marcelo Misailidis vestindo um figurino futurista cheio de luzes, executando uma coreografia bem sincronizada com variações de desenhos e sequências de canons maravilhosas. Não contaram com auxílio de tripé que não fez a mínima falta.  Agora, vamos aguardar pra ver o que nos reservam para o desfile oficial.

Eliane Souza (MSPB): “Gira a saia ayabá!”. Como nos anos anteriores, o ensaio da UPM foi vibrante, comunidade potente, tocando, cantando e dançando! Ala das Baianas impecavelmente trajada, abadas e torsos, preanunciando o que trará no desfile. A Velha Guarda, sagrada ala da escola, com suas damas trazendo leques, flor na lapela e singelas bolsas. Alegria e samba bem cantado. Emoção na performance dos casais: Emerson Faustino cortejando Joana Falcão com elegância numa dança permeada de passos e gestos em acordo com o samba-enredo, trouxeram o segundo pavilhão! E conduzidos pela coreógrafa e apresentadora Vânia Reis, o potente primeiro casal, Vinícius Antunes e Jessica Ferreira, seguindo as regras de Vânia, trouxeram a “cereja do bolo”, com uma coreografia bem ensaiada na qual, aos passos característicos do bailado foram acrescentados movimentos relativos ao enredo, seguindo a poesia do samba-enredo.

Morando na subida de uma comunidade suburbana, muito me afeta ouvir que “a juventude do Borel, desce o morro”. Ah, Tijuca! Uma beleza a Ala das Baianas, multicoloridas e dançantes! Deslizando pela pista. Alas coreografadas celebrando o santo menino. Canto forte. O giro elaborado da segunda porta-bandeira, a bela Thainá Teixeira, mediante a elegante condução de seu cavalheiro, Diego Jenkins, um lindo mestre-sala que domina com maestria a cena com seu bastão! É coisa linda de apreciar, a completude da performance de Matheus André, o primeiro mestre-sala que, executa com grande habilidade os movimentos característicos do bailado, conduzindo a dança e a dama, a sestrosa Lucinha Nobre, com manuseio de bastão, e seguindo a orientação moderna, trouxe para a cena, movimentos e gestos pautados na letra do samba! Valeu apreciar!

“A juventude vai crer. Que toda estrela pode renascer”, sim! pode renascer! Com uma singela homenagem, em seu abre-alas, a Marcia Lage, recente estrela no céu a zelar pelo espaço do samba, a Mocidade sonhou! Atravessou a avenida, brincando e feliz! Ala da Velha Guarda evoluindo aos pares: elas de verde limão, eles de verde água! Passistas vibrantes e muito samba. Bateria, não teve “mais quente”, neste primeiro dia de ensaios técnicos. Seguindo a potência da procissão verde-branca, o primeiro casal, Diogo Jesus e Bruna Santos, muito bem acompanhado pela coreógrafa Ana Paula Lessa, apresentou toda destreza na performance, que atualizada, não desprezou os movimentos característicos do bailado na encenação. A naturalidade da performance do segundo casal, Diego Moreira e Isabella Moura, me envolveu! Ela, no Balanço sem apoio, ele cortejando e elaborando suas letras! Destreza e grande habilidade. Encantador e natural, numa performance radiante, surgiu o terceiro casal, numa rememoração de movimentos e passos executados pelo mestre-sala, que nos permitiu recitar a poesia maravilhosa do nosso bailado ancestral! Axé, Jeferson Pereira e Layne Ribeiro!

Célia Souto (evolução e harmonia): A UPM entrou na Avenida com empenho e seriedade, demonstrando um bom desempenho no canto do samba-enredo. Os componentes mostraram um bom domínio da totalidade do samba, com um canto forte e sincronizado. Os componentes demonstraram um canto forte e sincronizado, com uma boa entonação e ritmo.

A evolução foi equilibrada e bem desenvolvida, com movimentos corporais que complementaram o samba-enredo. Os componentes mostraram concentração e seriedade durante o ensaio, com um empenho genuíno em relação ao canto e à evolução.

A UPM fez uma apresentação no ensaio técnico, demonstrando um trabalho cuidadoso e bem desenvolvido. Com essa apresentação, a escola mostra que está se preparando para o desfile, porém, é necessário garra, empolgação e força para pisar na Avenida.

A Tijuca entrou na Avenida com um canto bem executado, apresentando boa melodia, andamento e ritmo. No entanto, alguns momentos de entrosamento, força e fluidez são intercalados com perdas de tonicidade.

Os componentes demonstram empenho na maior parte do samba, mas alguns estão desconcentrados, destacando algumas partes com mais ênfase em relação a outras. A evolução dos componentes entre as alas apresenta movimentos cadenciados e ritmados. As alas anteriores à bateria estão mais presentes, mas as alas posteriores perdem a interação com o desfile, resultando em pouco canto e oscilação no ritmo.

A Unidos da Tijuca apresentou um ensaio com momentos de destaque, mas também com áreas para melhoria. Com ajustes na concentração dos componentes e na interação entre as alas, a escola pode melhorar sua performance e apresentar um desfile mais consistente.

A Mocidade Independente de Padre Miguel encerrou o primeiro ensaio técnico da temporada. Os componentes entram na Avenida dando o tom da animação e empenho para cantar o samba juntamente com o ritmo bem elaborado e cadenciado com a melodia e dança. Foi possível perceber a intenção de investir num chão que vem demonstrando uma proposta de leveza e fluidez. A escola apresentou um ensaio equilibrado entre as alas, estruturada, demonstra maturidade e segurança para trazer para o Carnaval um desfile emocionante.

Bruno Moraes (bateria): Ensaio em alto nível da bateria da Unidos de Padre Miguel, com destaque para as bossas muito bem encaixadas no samba. Mestre Dinho trouxe uma bateria de nível do Grupo Especial.

O que a bateria da Unidos da Tijuca fez nesse ensaio foi “sacanagem”, nível altíssimo e um ritmo que chegou a emocionar de tão bom. Casagrande, tu é gigante!

A bateria da Mocidade se encontrou nesses últimos anos, principalmente após entrar na pista, a bateria deu um show de paradinhas. Mestre Dudu está com a bateria na mão.

Cláudio Francioni (samba-enredo): A Unidos de Padre Miguel correspondeu às expectativas em seu primeiro ensaio técnico no Grupo Especial muito por conta do rendimento de seu bom samba. A obra recebeu uma boa execução do carro de som da escola e o refrão pegou muito bem no público presente.

O bom samba da Unidos da Tijuca teve um ótimo desempenho, como sempre com auxílio do canto forte de sua comunidade.

Depois de apostar em um samba popular no ano passado (e ser penalizado injustamente), a Mocidade optou por um samba mais clássico, menos explosivo. Seu rendimento no ensaio técnico foi bom, bem superior ao que se ouve na gravação oficial, com ótimo desempenho de Zé Paulo apoiado pelo forte canto de toda a escola.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): O terreiro da UPM, com a força ancestral dos macumbeiros da Vila Vintém, ecoou. Filhos de Iyá Nassô, imbuídos do Candomblé da Casa Branca, pisaram o asfalto com a alma em festa, a estreia tão sonhada no Especial. O canto uníssono da comunidade, a organização impecável, brilharam. Um ensaio promissor, mas a chama, ainda tímida, não incendiou. Agradou, sem arrebatar os corações.

A juventude do Borel, ecoando os tambores dos Candomblés da Tijuca, saudou Logun Edé, o Orixá menino que o velho respeita, no ensaio técnico. A comunidade chegou animada e cantou com garra o seu samba. A apresentação fluiu com perfeição. Pairava a expectativa: o samba, com a assinatura de Anitta, incendiaria a Avenida? A dúvida pairava no ar… Talvez a grande expectativa tenha criado uma barreira. Foi bom, inegavelmente, mas a explosão tão aguardada não se concretizou. O samba fluiu bem, mas não arrepiou.

Encerrando o primeiro dia de ensaios, a Mocidade Independente de Padre Miguel ascendeu. Seu refrão, um convite divino para testemunhar a magia da escola sendo recriada, emocionou. É raro ver Deus convidado a desfilar nos sambas. No ‘pede passagem’, uma homenagem luminosa a Márcia Lage, estrela que agora brilha no céu, tocou profundamente. Um enredo que ousadamente sonha com o futuro, distanciando-se das raízes ancestrais. Belo samba, digno de ser cantado com força pelo Independente. No entanto, onde está a vibração de outrora, o fervor de campeã? Que a paixão floresça no desfile oficial. O Mago retornou, Deus desfilará, Mocidade, a Avenida aguarda seu renascimento luminoso. Alô, Independente, o desafio está lançado.

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Folia que segue, veja a sequência do calendário!

1°/2

19h – Paraíso do Tuiuti
20h30 – Beija-Flor
22h – Mangueira

8/2

19h – Vila Isabel
20h30 – Portela
22h – Grande Rio

15/2

19h – Salgueiro
20h30 – Imperatriz Leopoldinense
22h – Viradouro

21/2 (teste de luz e som):

21h – Unidos de Padre Miguel
22h40 – Unidos da Tijuca
0h30 – Mocidade Independente
1h40 – Paraíso do Tuiuti

22/2 (teste de luz e som):

18h – Lavagem
19h – Beija-Flor
20h30 – Mangueira
22h10 – Vila Isabel
23h50 – Portela

23/2 (teste de luz e som):

19h – Salgueiro
20h30 – Grande Rio
22h10 – Imperatriz Leopoldinense
23h50 – Viradouro

*Fotos: Juliana Dias/SRzd

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

Rio. Começou, na noite deste sábado (25), a temporada de ensaios técnicos gerais para as escolas de samba do Grupo Especial carioca.

As apresentações simulam os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí e se tornaram um dos momentos mais importantes do universo das agremiações e dos apaixonados pela festa maior da cultura popular no país.

Neste sábado, Unidos de Padre Miguel, que fez suas estreia na Avenida por esta divisão após o inédito título no Acesso em 2024, Unidos da Tijuca e Mocidade Independente de Padre Miguel, finalmente mataram a saudade do público em ver o samba comer solto no sambódromo.

Em noite de abertura dos treinos na Avenida, um tema se destacou. O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, falou ao SRzd sobre a ausência de Lexa, que deixou o cargo de Rainha de Bateria da Tijuca por conta de complicações na sua gravidez. A substituta, não foi anunciada (veja abaixo).

Fechando a primeira rodada de testes na Sapucaí, a Mocidade, das mais populares escolas da cidade, jogou para o espaço sideral a dor do luto pela perda precoce de sua carnavalesca, Márcia Lage, e os problemas envolvendo seus dirigentes, sobretudo, o patrono Rogério de Andrade.

SRzd e Arpoador juntos

A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Sapucaí, nas instalações do camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e conferiu de perto tudo o que rolou. Veja o que eles disseram sobre cada uma das apresentações!

Alex Rangel (comissão de frente e passistas): Começamos os ensaios técnicos e a Unidos de Padre Miguel abriu com sua Comissão de Frente coreografada por Sergio Lobato, bem vestida como no minidesfile e com algumas adaptações. Dessa vez vieram Orixás interagindo com a coreografia bem forte do elenco e trouxeram novamente o tripé representando o terreiro da casa branca.

A Unidos da Tijuca trouxe em sua Comissão coreografada por Ariadne Lax e Bruna Lopes uma coreografia bem ensaiada com o momento final do pivô em cima do tripé que estendia um tecido nas cores da Escola, acredito que tenha algo mais para o desfile oficial.

A Mocidade fechou a noite do primeiro dia de ensaios técnicos com a comissão do Marcelo Misailidis vestindo um figurino futurista cheio de luzes, executando uma coreografia bem sincronizada com variações de desenhos e sequências de canons maravilhosas. Não contaram com auxílio de tripé que não fez a mínima falta.  Agora, vamos aguardar pra ver o que nos reservam para o desfile oficial.

Eliane Souza (MSPB): “Gira a saia ayabá!”. Como nos anos anteriores, o ensaio da UPM foi vibrante, comunidade potente, tocando, cantando e dançando! Ala das Baianas impecavelmente trajada, abadas e torsos, preanunciando o que trará no desfile. A Velha Guarda, sagrada ala da escola, com suas damas trazendo leques, flor na lapela e singelas bolsas. Alegria e samba bem cantado. Emoção na performance dos casais: Emerson Faustino cortejando Joana Falcão com elegância numa dança permeada de passos e gestos em acordo com o samba-enredo, trouxeram o segundo pavilhão! E conduzidos pela coreógrafa e apresentadora Vânia Reis, o potente primeiro casal, Vinícius Antunes e Jessica Ferreira, seguindo as regras de Vânia, trouxeram a “cereja do bolo”, com uma coreografia bem ensaiada na qual, aos passos característicos do bailado foram acrescentados movimentos relativos ao enredo, seguindo a poesia do samba-enredo.

Morando na subida de uma comunidade suburbana, muito me afeta ouvir que “a juventude do Borel, desce o morro”. Ah, Tijuca! Uma beleza a Ala das Baianas, multicoloridas e dançantes! Deslizando pela pista. Alas coreografadas celebrando o santo menino. Canto forte. O giro elaborado da segunda porta-bandeira, a bela Thainá Teixeira, mediante a elegante condução de seu cavalheiro, Diego Jenkins, um lindo mestre-sala que domina com maestria a cena com seu bastão! É coisa linda de apreciar, a completude da performance de Matheus André, o primeiro mestre-sala que, executa com grande habilidade os movimentos característicos do bailado, conduzindo a dança e a dama, a sestrosa Lucinha Nobre, com manuseio de bastão, e seguindo a orientação moderna, trouxe para a cena, movimentos e gestos pautados na letra do samba! Valeu apreciar!

“A juventude vai crer. Que toda estrela pode renascer”, sim! pode renascer! Com uma singela homenagem, em seu abre-alas, a Marcia Lage, recente estrela no céu a zelar pelo espaço do samba, a Mocidade sonhou! Atravessou a avenida, brincando e feliz! Ala da Velha Guarda evoluindo aos pares: elas de verde limão, eles de verde água! Passistas vibrantes e muito samba. Bateria, não teve “mais quente”, neste primeiro dia de ensaios técnicos. Seguindo a potência da procissão verde-branca, o primeiro casal, Diogo Jesus e Bruna Santos, muito bem acompanhado pela coreógrafa Ana Paula Lessa, apresentou toda destreza na performance, que atualizada, não desprezou os movimentos característicos do bailado na encenação. A naturalidade da performance do segundo casal, Diego Moreira e Isabella Moura, me envolveu! Ela, no Balanço sem apoio, ele cortejando e elaborando suas letras! Destreza e grande habilidade. Encantador e natural, numa performance radiante, surgiu o terceiro casal, numa rememoração de movimentos e passos executados pelo mestre-sala, que nos permitiu recitar a poesia maravilhosa do nosso bailado ancestral! Axé, Jeferson Pereira e Layne Ribeiro!

Célia Souto (evolução e harmonia): A UPM entrou na Avenida com empenho e seriedade, demonstrando um bom desempenho no canto do samba-enredo. Os componentes mostraram um bom domínio da totalidade do samba, com um canto forte e sincronizado. Os componentes demonstraram um canto forte e sincronizado, com uma boa entonação e ritmo.

A evolução foi equilibrada e bem desenvolvida, com movimentos corporais que complementaram o samba-enredo. Os componentes mostraram concentração e seriedade durante o ensaio, com um empenho genuíno em relação ao canto e à evolução.

A UPM fez uma apresentação no ensaio técnico, demonstrando um trabalho cuidadoso e bem desenvolvido. Com essa apresentação, a escola mostra que está se preparando para o desfile, porém, é necessário garra, empolgação e força para pisar na Avenida.

A Tijuca entrou na Avenida com um canto bem executado, apresentando boa melodia, andamento e ritmo. No entanto, alguns momentos de entrosamento, força e fluidez são intercalados com perdas de tonicidade.

Os componentes demonstram empenho na maior parte do samba, mas alguns estão desconcentrados, destacando algumas partes com mais ênfase em relação a outras. A evolução dos componentes entre as alas apresenta movimentos cadenciados e ritmados. As alas anteriores à bateria estão mais presentes, mas as alas posteriores perdem a interação com o desfile, resultando em pouco canto e oscilação no ritmo.

A Unidos da Tijuca apresentou um ensaio com momentos de destaque, mas também com áreas para melhoria. Com ajustes na concentração dos componentes e na interação entre as alas, a escola pode melhorar sua performance e apresentar um desfile mais consistente.

A Mocidade Independente de Padre Miguel encerrou o primeiro ensaio técnico da temporada. Os componentes entram na Avenida dando o tom da animação e empenho para cantar o samba juntamente com o ritmo bem elaborado e cadenciado com a melodia e dança. Foi possível perceber a intenção de investir num chão que vem demonstrando uma proposta de leveza e fluidez. A escola apresentou um ensaio equilibrado entre as alas, estruturada, demonstra maturidade e segurança para trazer para o Carnaval um desfile emocionante.

Bruno Moraes (bateria): Ensaio em alto nível da bateria da Unidos de Padre Miguel, com destaque para as bossas muito bem encaixadas no samba. Mestre Dinho trouxe uma bateria de nível do Grupo Especial.

O que a bateria da Unidos da Tijuca fez nesse ensaio foi “sacanagem”, nível altíssimo e um ritmo que chegou a emocionar de tão bom. Casagrande, tu é gigante!

A bateria da Mocidade se encontrou nesses últimos anos, principalmente após entrar na pista, a bateria deu um show de paradinhas. Mestre Dudu está com a bateria na mão.

Cláudio Francioni (samba-enredo): A Unidos de Padre Miguel correspondeu às expectativas em seu primeiro ensaio técnico no Grupo Especial muito por conta do rendimento de seu bom samba. A obra recebeu uma boa execução do carro de som da escola e o refrão pegou muito bem no público presente.

O bom samba da Unidos da Tijuca teve um ótimo desempenho, como sempre com auxílio do canto forte de sua comunidade.

Depois de apostar em um samba popular no ano passado (e ser penalizado injustamente), a Mocidade optou por um samba mais clássico, menos explosivo. Seu rendimento no ensaio técnico foi bom, bem superior ao que se ouve na gravação oficial, com ótimo desempenho de Zé Paulo apoiado pelo forte canto de toda a escola.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): O terreiro da UPM, com a força ancestral dos macumbeiros da Vila Vintém, ecoou. Filhos de Iyá Nassô, imbuídos do Candomblé da Casa Branca, pisaram o asfalto com a alma em festa, a estreia tão sonhada no Especial. O canto uníssono da comunidade, a organização impecável, brilharam. Um ensaio promissor, mas a chama, ainda tímida, não incendiou. Agradou, sem arrebatar os corações.

A juventude do Borel, ecoando os tambores dos Candomblés da Tijuca, saudou Logun Edé, o Orixá menino que o velho respeita, no ensaio técnico. A comunidade chegou animada e cantou com garra o seu samba. A apresentação fluiu com perfeição. Pairava a expectativa: o samba, com a assinatura de Anitta, incendiaria a Avenida? A dúvida pairava no ar… Talvez a grande expectativa tenha criado uma barreira. Foi bom, inegavelmente, mas a explosão tão aguardada não se concretizou. O samba fluiu bem, mas não arrepiou.

Encerrando o primeiro dia de ensaios, a Mocidade Independente de Padre Miguel ascendeu. Seu refrão, um convite divino para testemunhar a magia da escola sendo recriada, emocionou. É raro ver Deus convidado a desfilar nos sambas. No ‘pede passagem’, uma homenagem luminosa a Márcia Lage, estrela que agora brilha no céu, tocou profundamente. Um enredo que ousadamente sonha com o futuro, distanciando-se das raízes ancestrais. Belo samba, digno de ser cantado com força pelo Independente. No entanto, onde está a vibração de outrora, o fervor de campeã? Que a paixão floresça no desfile oficial. O Mago retornou, Deus desfilará, Mocidade, a Avenida aguarda seu renascimento luminoso. Alô, Independente, o desafio está lançado.

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1°/2

19h – Paraíso do Tuiuti
20h30 – Beija-Flor
22h – Mangueira

8/2

19h – Vila Isabel
20h30 – Portela
22h – Grande Rio

15/2

19h – Salgueiro
20h30 – Imperatriz Leopoldinense
22h – Viradouro

21/2 (teste de luz e som):

21h – Unidos de Padre Miguel
22h40 – Unidos da Tijuca
0h30 – Mocidade Independente
1h40 – Paraíso do Tuiuti

22/2 (teste de luz e som):

18h – Lavagem
19h – Beija-Flor
20h30 – Mangueira
22h10 – Vila Isabel
23h50 – Portela

23/2 (teste de luz e som):

19h – Salgueiro
20h30 – Grande Rio
22h10 – Imperatriz Leopoldinense
23h50 – Viradouro

*Fotos: Juliana Dias/SRzd

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