Conheça o enredo e a sinopse da Imperadores Rubro-Negros para o Carnaval 2021

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Enredo: ‘Olélé, Olélé: Uma herança do continente africano’ Num tempo de calmaria – antes da chegada e fixação dos portugueses em Guiné-Bissau – na paz das águas mansas de uma comunidade chamada Cacheu, rodeada por um rio de mesmo nome, habitavam negros pesqueiros que sobreviviam com o muito que a natureza oferecia. A comunidade era […]

POR Redação SRzd18/05/2020|6 min de leitura

Conheça o enredo e a sinopse da Imperadores Rubro-Negros para o Carnaval 2021

Logo do enredo da Imperadores Rubro-Negros para 2021. Foto: Divulgação

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Enredo: ‘Olélé, Olélé: Uma herança do continente africano’

Num tempo de calmaria – antes da chegada e fixação dos portugueses em Guiné-Bissau – na paz das águas mansas de uma comunidade chamada Cacheu, rodeada por um rio de mesmo nome, habitavam negros pesqueiros que sobreviviam com o muito que a natureza oferecia.

A comunidade era cercada por belos rituais cheios de cores das estamparias do lugar e era embalada por cantorias, danças e batuques.

Nossa agremiação em 2021 vem se inspirar numa tradicional cantiga deste povo negro.

Narram os ancestrais que na época anual da cheia, quando as águas subiam, as comunidades das áreas mais baixas compreendiam que era a hora de deixar tudo para trás e buscar lugares mais altos.

Para encorajar a todos, o Kala – homem mais velho da aldeia, ser de luz dotado de toda sabedoria ancestral, guia espiritual e também a liderança do lugar – entoava o cântico “olelé, olelé” e todos entendiam que a partida para novos horizontes estava chegando, mas que para isso era preciso entrar na canoa e remar forte nesta intensa e perigosa travessia.

Por serem pescadores, desde a infância, todos construíam suas próprias canoas para a caça e também para atenderem aos avisos do Kala.

Sempre que a água deixava a mansidão para invadir a comunidade, Kala pedia coragem para todos partirem, migrarem para lugares melhores e seguros. Andando com calmaria pela aldeia, o guia entoava um canto que se repetia:

Olélé olélé moliba makasi
mboka na yé
Mboka mboka Kasai
A correnteza está forte
Ei barqueiro
Pegue seus remos
E empurre a água para trás de você

Houve um dia, porém, que o Kala avistou a chegada de homens brancos portugueses em uma margem do Cacheu. A força da ventania avisou ao sábio que uma partida fora do tempo estaria chegando.

Os portugueses chegaram para construir um forte que assegurava a presença militar portuguesa na região, fomentando o comércio de negros para as então terras do Maranhão, no Brasil. Ao cair da tarde, Kala tomou a decisão: “olelé moliba makasi”. O anúncio era para que todos embarcassem para a travessia em busca de lugares mais altos. E assim foram, remaram sem parar até um ponto de paz.

Kala tinha razão. Sua sabedoria salvou os negros de sua aldeia do comércio da escravidão.

Muitas outras aldeias foram capturadas pelo colonizador e seus negros partiram da Guiné, aportando, também, no Maranhão, momento em que foram comercializados.

Ao chegarem ao Brasil, semearam sua cultura e não abandonaram seus cantos de alegria, seus costumes e seus batuques, e então também se encheram de coragem, sorrindo, para não sucumbirem.

O negro, se veste de encorajamento, alegria e empoderamento em todas as profundas travessias.

O sentimento “moliba makasi” nos fortalece para esta escalada, para a nossa subida por lugares mais altos. A coragem do sábio Kala acomete nossa comunidade para este momento de forte desafio. Que tenhamos força, sabedoria e união para esta travessia. É hora de remar! E nossa história rubro-negra já é consagrada por estas vitórias.

Remamos!

Remamos com a força dos nossos ancestrais negros.

Remamos com a força dos nossos esportistas rubro-negros.

Remamos guiados pela sabedoria do Kala.

Remamos guiados com a coragem dos canoeiros do nosso clube de regatas.

Podemos escutar um chamado: OLÉLÉ MOLIBA MAKASI, IMPERADORES.

Se a correnteza está forte, não tenhamos medo, sejamos unidos na luta por vencer, vencer e vencer.

“O meu maior prazer, é vê-lo brilhar, seja na terra, seja no mar… vencer, vencer, vencer”.

A travessia de agora é para a chegada à nova avenida: a Marquês de Sapucaí.

OLÉLÉ MOLIBA MAKASI, IMPERADORES. É o nosso mantra da vitória.

Olelê
A correnteza está forte
Barqueiro! Você rema forte!
Você rema rápido!
Sua canoa desliza na água!

Vamos, Imperadores. Cantando para vencer. Sorrindo para vencer. Remando para vencer.

Coragem na travessia, rubro-negros.

MOLIBA MAKASI, IMPERADORES.

Logo do enredo da Imperadores Rubro-Negros para 2021. Foto: Divulgação

Informações importantes sobre a pronúncia:

OLÉLÉ MOLIBA MAKASI se lê: olêlê molibá makássí
MBOKA NA YÉ se lê: boca na iê
MBOKA MBOKA KASAI se lê: boca boca kássaí
KALA se lê: Kálá

Setorização

1º SETOR

Comissão de frente – Ritual ao Kala – a hora da travessia
Mestre-sala e Porta-bandeira – Sabedoria ancestral do povo negro
Ala 1 (Baianas) – A harmonia entre as comunidades do Cacheu
Tripé –África de paz
Ala 2 – Paz entre todos os povos
Carro 1 – Culto à africanidade ancestral

2º SETOR

Ala 3 – Liberdade para além da África
Ala 4 – Os poderes medicinais para curar os males
Ala 5 – Kala – o senhor da coragem
Ala 6 (Passistas) – Moliba Makasi: guerreiros da travessia
Ala 7 (Bateria) – A imposição da fé do homem branco
Ala 8 – A chegada do colonizador deu origem a diáspora

3º SETOR

Carro 2 – Uma nova África florescerá
Ala 9 – O torpor da saudade da Guiné
Ala 10 – A chegada ao Maranhão encarnado
Ala 11 – O artesanato africano se faz presente
Ala 12 – Os cânticos ancestrais promovem nossa fé
Ala 13 – A arte africana através da sua estamparia
Ala 14 – Olelé Olelé! Uma herança musical do continente africano
Ala 15 (Velha Guarda) – Os descendentes de Kala

Dedicatória

Este texto é também uma homenagem aos negros da Guiné-Bissau e de todo continente
africano. É uma homenagem ainda aos rituais, cânticos e danças deste povo negro, forte, valente
e resistente.

Referências

Musicografia

– Olelê moliba makasi – ARBMusic

Enredo: ‘Olélé, Olélé: Uma herança do continente africano’

Num tempo de calmaria – antes da chegada e fixação dos portugueses em Guiné-Bissau – na paz das águas mansas de uma comunidade chamada Cacheu, rodeada por um rio de mesmo nome, habitavam negros pesqueiros que sobreviviam com o muito que a natureza oferecia.

A comunidade era cercada por belos rituais cheios de cores das estamparias do lugar e era embalada por cantorias, danças e batuques.

Nossa agremiação em 2021 vem se inspirar numa tradicional cantiga deste povo negro.

Narram os ancestrais que na época anual da cheia, quando as águas subiam, as comunidades das áreas mais baixas compreendiam que era a hora de deixar tudo para trás e buscar lugares mais altos.

Para encorajar a todos, o Kala – homem mais velho da aldeia, ser de luz dotado de toda sabedoria ancestral, guia espiritual e também a liderança do lugar – entoava o cântico “olelé, olelé” e todos entendiam que a partida para novos horizontes estava chegando, mas que para isso era preciso entrar na canoa e remar forte nesta intensa e perigosa travessia.

Por serem pescadores, desde a infância, todos construíam suas próprias canoas para a caça e também para atenderem aos avisos do Kala.

Sempre que a água deixava a mansidão para invadir a comunidade, Kala pedia coragem para todos partirem, migrarem para lugares melhores e seguros. Andando com calmaria pela aldeia, o guia entoava um canto que se repetia:

Olélé olélé moliba makasi
mboka na yé
Mboka mboka Kasai
A correnteza está forte
Ei barqueiro
Pegue seus remos
E empurre a água para trás de você

Houve um dia, porém, que o Kala avistou a chegada de homens brancos portugueses em uma margem do Cacheu. A força da ventania avisou ao sábio que uma partida fora do tempo estaria chegando.

Os portugueses chegaram para construir um forte que assegurava a presença militar portuguesa na região, fomentando o comércio de negros para as então terras do Maranhão, no Brasil. Ao cair da tarde, Kala tomou a decisão: “olelé moliba makasi”. O anúncio era para que todos embarcassem para a travessia em busca de lugares mais altos. E assim foram, remaram sem parar até um ponto de paz.

Kala tinha razão. Sua sabedoria salvou os negros de sua aldeia do comércio da escravidão.

Muitas outras aldeias foram capturadas pelo colonizador e seus negros partiram da Guiné, aportando, também, no Maranhão, momento em que foram comercializados.

Ao chegarem ao Brasil, semearam sua cultura e não abandonaram seus cantos de alegria, seus costumes e seus batuques, e então também se encheram de coragem, sorrindo, para não sucumbirem.

O negro, se veste de encorajamento, alegria e empoderamento em todas as profundas travessias.

O sentimento “moliba makasi” nos fortalece para esta escalada, para a nossa subida por lugares mais altos. A coragem do sábio Kala acomete nossa comunidade para este momento de forte desafio. Que tenhamos força, sabedoria e união para esta travessia. É hora de remar! E nossa história rubro-negra já é consagrada por estas vitórias.

Remamos!

Remamos com a força dos nossos ancestrais negros.

Remamos com a força dos nossos esportistas rubro-negros.

Remamos guiados pela sabedoria do Kala.

Remamos guiados com a coragem dos canoeiros do nosso clube de regatas.

Podemos escutar um chamado: OLÉLÉ MOLIBA MAKASI, IMPERADORES.

Se a correnteza está forte, não tenhamos medo, sejamos unidos na luta por vencer, vencer e vencer.

“O meu maior prazer, é vê-lo brilhar, seja na terra, seja no mar… vencer, vencer, vencer”.

A travessia de agora é para a chegada à nova avenida: a Marquês de Sapucaí.

OLÉLÉ MOLIBA MAKASI, IMPERADORES. É o nosso mantra da vitória.

Olelê
A correnteza está forte
Barqueiro! Você rema forte!
Você rema rápido!
Sua canoa desliza na água!

Vamos, Imperadores. Cantando para vencer. Sorrindo para vencer. Remando para vencer.

Coragem na travessia, rubro-negros.

MOLIBA MAKASI, IMPERADORES.

Logo do enredo da Imperadores Rubro-Negros para 2021. Foto: Divulgação

Informações importantes sobre a pronúncia:

OLÉLÉ MOLIBA MAKASI se lê: olêlê molibá makássí
MBOKA NA YÉ se lê: boca na iê
MBOKA MBOKA KASAI se lê: boca boca kássaí
KALA se lê: Kálá

Setorização

1º SETOR

Comissão de frente – Ritual ao Kala – a hora da travessia
Mestre-sala e Porta-bandeira – Sabedoria ancestral do povo negro
Ala 1 (Baianas) – A harmonia entre as comunidades do Cacheu
Tripé –África de paz
Ala 2 – Paz entre todos os povos
Carro 1 – Culto à africanidade ancestral

2º SETOR

Ala 3 – Liberdade para além da África
Ala 4 – Os poderes medicinais para curar os males
Ala 5 – Kala – o senhor da coragem
Ala 6 (Passistas) – Moliba Makasi: guerreiros da travessia
Ala 7 (Bateria) – A imposição da fé do homem branco
Ala 8 – A chegada do colonizador deu origem a diáspora

3º SETOR

Carro 2 – Uma nova África florescerá
Ala 9 – O torpor da saudade da Guiné
Ala 10 – A chegada ao Maranhão encarnado
Ala 11 – O artesanato africano se faz presente
Ala 12 – Os cânticos ancestrais promovem nossa fé
Ala 13 – A arte africana através da sua estamparia
Ala 14 – Olelé Olelé! Uma herança musical do continente africano
Ala 15 (Velha Guarda) – Os descendentes de Kala

Dedicatória

Este texto é também uma homenagem aos negros da Guiné-Bissau e de todo continente
africano. É uma homenagem ainda aos rituais, cânticos e danças deste povo negro, forte, valente
e resistente.

Referências

Musicografia

– Olelê moliba makasi – ARBMusic

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