‘Cortejo aos Reis do Congo’ é o enredo da Chatuba de Mesquita para o Carnaval 2022

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A Chatuba de Mesquita, filiada à Liga LIVRES, anunciou seu enredo para o Carnaval 2022: “Cortejo aos Reis do Congo”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Matheus Rodrigues. A agremiação informou aos compositores que a entrega dos sambas concorrentes para o concurso de samba-enredo será no dia 18 de setembro, a partir das 10 horas, com […]

POR Redação SRzd16/07/2021|3 min de leitura

‘Cortejo aos Reis do Congo’ é o enredo da Chatuba de Mesquita para o Carnaval 2022

Desfile da Chatuba de Mesquita em 2020. Foto: Divulgação

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A Chatuba de Mesquita, filiada à Liga LIVRES, anunciou seu enredo para o Carnaval 2022: “Cortejo aos Reis do Congo”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Matheus Rodrigues.

A agremiação informou aos compositores que a entrega dos sambas concorrentes para o concurso de samba-enredo será no dia 18 de setembro, a partir das 10 horas, com café da manhã na quadra. Será preciso entregar um CD gravado e dez cópias da letra do samba.

Confira a sinopse do enredo:

Quem sou eu? Eu sou a festividade do povo negro.
Surgiu muitos anos atrás, no reino de Congo, no seio da minha mãe África.
Entre paços, cores, sons e batuques, me fizeram presente na pele negra em grandes cortejos.
Presenciei momentos em que os livros muitas vezes não contam, mas me mantive resistente a tudo e a todos.
Migrei para o outro lado do atlântico, aportando na América, especialmente em Recife, Ali eu vi com o passar do tempo à luta do negro por justiça, por respeito e igualdade.
Passei a viver escondido dentro de engenhos de cana de açúcar e fazendas, mas nos pés da negra eu surgia em meio a seus temperos e sabores a seus senhores.
Quando o sol caía e a lua subia aos céus eu surgia com roupas elegantes, cheias de colares a sons de palmas da mão igualando atabaques.
Um belo dia estava aos pés da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, acompanhei meus irmãos negros em uma grande missa.
Logo depois eu surgi no meio deles, me senti tão feliz, era tão lindo ver o sorriso estampado no rosto de quem sofria tanto por ali.
Saímos cantando, dançando, pulando pelas ruas de Pernambuco. Os olhares pelas janelas não entendiam o porquê da nossa felicidade.
Afinal, somos únicos, somos a força que carrega um país, somos a garra que se ergue e levanta o grito de uma cultura em um novo país.
Após a abolição dos escravos eu tive mais liberdade, em uma grande festa me juntei com outros meus irmãos festeiros vindos da África onde criamos um verdadeiro carnaval de cores e fantasias.
Ganhei outros nomes: Rural, Nação, Baque-Virado, eu sentia que estavam sendo valorizados meus passos, agora eu pertencia a pessoas que me admiravam.
De repente me tornei imortalizado na Cultura Popular Brasileira, ganhei um monumento em minha homenagem. Quando me deparei estava em um grande caldeirão cultural Pernambucano com a Congada, Frevo, Samba de Roda, Afoxé, Catira, Maculelê e o Samba.

Afinal, Eu sou o Maracatu!

Autor da Sinopse: Matheus Rodrigues

Logo do enredo da Chatuba de Mesquita para o Carnaval 2022. Foto: Divulgação

A Chatuba de Mesquita, filiada à Liga LIVRES, anunciou seu enredo para o Carnaval 2022: “Cortejo aos Reis do Congo”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Matheus Rodrigues.

A agremiação informou aos compositores que a entrega dos sambas concorrentes para o concurso de samba-enredo será no dia 18 de setembro, a partir das 10 horas, com café da manhã na quadra. Será preciso entregar um CD gravado e dez cópias da letra do samba.

Confira a sinopse do enredo:

Quem sou eu? Eu sou a festividade do povo negro.
Surgiu muitos anos atrás, no reino de Congo, no seio da minha mãe África.
Entre paços, cores, sons e batuques, me fizeram presente na pele negra em grandes cortejos.
Presenciei momentos em que os livros muitas vezes não contam, mas me mantive resistente a tudo e a todos.
Migrei para o outro lado do atlântico, aportando na América, especialmente em Recife, Ali eu vi com o passar do tempo à luta do negro por justiça, por respeito e igualdade.
Passei a viver escondido dentro de engenhos de cana de açúcar e fazendas, mas nos pés da negra eu surgia em meio a seus temperos e sabores a seus senhores.
Quando o sol caía e a lua subia aos céus eu surgia com roupas elegantes, cheias de colares a sons de palmas da mão igualando atabaques.
Um belo dia estava aos pés da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, acompanhei meus irmãos negros em uma grande missa.
Logo depois eu surgi no meio deles, me senti tão feliz, era tão lindo ver o sorriso estampado no rosto de quem sofria tanto por ali.
Saímos cantando, dançando, pulando pelas ruas de Pernambuco. Os olhares pelas janelas não entendiam o porquê da nossa felicidade.
Afinal, somos únicos, somos a força que carrega um país, somos a garra que se ergue e levanta o grito de uma cultura em um novo país.
Após a abolição dos escravos eu tive mais liberdade, em uma grande festa me juntei com outros meus irmãos festeiros vindos da África onde criamos um verdadeiro carnaval de cores e fantasias.
Ganhei outros nomes: Rural, Nação, Baque-Virado, eu sentia que estavam sendo valorizados meus passos, agora eu pertencia a pessoas que me admiravam.
De repente me tornei imortalizado na Cultura Popular Brasileira, ganhei um monumento em minha homenagem. Quando me deparei estava em um grande caldeirão cultural Pernambucano com a Congada, Frevo, Samba de Roda, Afoxé, Catira, Maculelê e o Samba.

Afinal, Eu sou o Maracatu!

Autor da Sinopse: Matheus Rodrigues

Logo do enredo da Chatuba de Mesquita para o Carnaval 2022. Foto: Divulgação

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