De rubro-negro, Estácio joga pra galera e entra na briga pelo título
Gol de placa! Rebaixada para a Série Ouro no último carnaval, a Estácio de Sá foi a terceira escola a desfilar nesta quinta-feira (21). Ovacionada desde o setor 1, a agremiação apresentou o enredo Cobra Coral, Papagaio-Vintém. #VestiRubroNegro Não Tem Pra Ninguém, uma reedição do Carnaval de 1995. + Galeria de fotos do desfile da Estácio […]
POR Caroline Gonçalves22/04/2022|11 min de leitura
Gol de placa! Rebaixada para a Série Ouro no último carnaval, a Estácio de Sá foi a terceira escola a desfilar nesta quinta-feira (21). Ovacionada desde o setor 1, a agremiação apresentou o enredo Cobra Coral, Papagaio-Vintém. #VestiRubroNegro Não Tem Pra Ninguém, uma reedição do Carnaval de 1995.
Há 27 anos o Leão levou para a Avenida o enredo em homenagem ao centenário do time rubro-negro carioca. Na ocasião, a escola desfilava pelo Grupo Especial e ficou em 7º lugar. Até hoje o samba é cantado pela torcida do Flamengo, em todos os jogos.
Dessa vez, o enredo foi desenvolvido pelos carnavalescos Mauro Leite e Wagner Gonçalves que apresentaram um belíssimo trabalho na Avenida. O canto forte da comunidade unido ao entusiasmo do público foi o grande destaque do desfile.
Fala, Rachel!
“Hoje em desfile melhor que o de 1995, a Estácio alternou pontos altos e baixos em sua apresentação. Destaco o figurino da bateria, os imprevisíveis samurais que bateram bem como de hábito. Outro ponto notável foi a contagiante alegria dos empurradores de carros alegóricos, numerosos e animados. Pra mim isso é Carnaval”.
Fala, Luiz!
“Temos uma grande escola que é a Estácio de Sá… Então, eu até coloco o seguinte: são duas grandes bandeiras; uma bandeira da escola de samba Estácio de Sá e a outra bandeira do Clube de Regatas Flamengo. Falo isso muito a vontade, porque eu sou tricolor, eu não sou flamenguista, mas é muito bonito a gente ver. Você olha para o desfile e você começa a entender o que está acontecendo. O enredo foi muito claro. Gostei muito do desfile e achava mesmo que seria a única escola que poderia suplantar a União da Ilha, melhor da primeira noite“.
Comissão de frente
A comissão de frente da Estácio retratava o clima de pré-jogo no vestiário. Sob o olhar atento da coreógrafa Ariadne Lax, 15 componentes apresentaram performances bem sincronizadas e que empolgaram o público.
Utilizando um elemento cenográfico que representava o vestiário do Flamengo, os integrantes misturaram dança com encenação.
Em certo momento da apresentação, todos trocavam de roupa e passavam a vestir uma camisa do clube, simbolizando o ato de vestir rubro-negro, citado no samba. Neste mesmo momento, o manto sagrado passava a sobrevoar a comissão, o que levou o público ao delírio. Ao fim da apresentação, bolas foram arremessadas para a plateia.
“O estilo da coreógrafa Ariadne Lax é inconfundível. Coreografias muito ágeis que brincam de uma forma muito inteligente com melodia e tempo coreográfico. Seus integrantes precisaram de muita energia pra aguentar o rojão! E aguentaram e o público veio junto. Um tripé que de longe lembrava um troféu se transformou em um vestiário em frente aos jurados. Ela trouxe a contemporaneidade das danças urbanas e misturou com a energia da torcida rubro-negra. Escolha mais uma vez inteligente . Um drone com a camisa do flamengo representava o “16° integrante” e levantou a torcida na Marquês”, disse Márcio Moura, comentarista do SRzd.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Feliciano Junior e Alcione Carvalho, realizou apresentações que encantaram o público por conta da elegância e entrosamento do par. Em certos momentos, o mestre-sala fazia gestos em referência a jogadores do Flamengo.
O figurino do casal carregava as cores do clube homenageado, além de alguns detalhes na cor laranja. Na cabeça, a porta-bandeira estava com uma trança que remetia a cobra-coral.
“Feliciano Júnior trouxe a Carrapeta e o Meio Sapateado permeados de passos que remetiam aos movimentos de pés e pernas dos jogadores de futebol. Muito ágil e demonstrando segurança, fez surgir um dançarino moderno, mas que não desprezou a tradição do bailado. Lindo de apreciar o novo estilo do mestre-sala! Rodopiando com segurança na execução do Abano e deslizando no Balanço, Alcione ratificou o perfeito domínio de sua coreografia, com total sincronismo aos movimentos de seu par, em especial na Apresentação da Bandeira, realizada de forma gentil. O entrosamento e a sintonia na danca, ficaram evidenciadas durante a exibição do casal”, disse a comentarista do SRzd, Eliane Souza.
Alegorias e adereços
A Estácio levou para a Avenida alegorias com bom acabamento e boa plástica. O leão, símbolo da escola, veio na parte da frente do abre-alas.
Já o urubu, símbolo do clube, estava na parte traseira da alegoria. Uma bola vazada estava no topo do carro que carregava as cores preto e vermelho, além de tons em cinza. Na lateral, integrantes carregavam bandeiras das cores do time.
A segunda alegoria simbolizava os trunfos do Flamengo na terra e no mar. Parte do carro remetia ao fundo do mar, com muitas cores e decorações de cavalos-marinhos e ouriços-do-mar. Já na parte traseira, revestida de um amarelo cor de ouro, estavam os taças representando os títulos.
A terceira alegoria remetia a festa na favela, frase utilizada pelos torcedores sempre que o clube garante a vitória no jogo. Motoboys, motoqueiras e funkeiros compunham o carro. Figuras que sempre marcam presença nas arquibancadas, como os torcedores que se vestem de Chapolin e anjo, estavam na parte superior da alegoria.
A escola também levou para a Avenida um tripé que representava a celebração da vitória de 1981. Destaque do tripé foi o ex-jogador Adílio, que marcou o segundo gol no jogo que garantiu ao clube o título de campeão mundial.
“As alegorias foram grandes e bem acabadas com um projeto de fácil leitura, seguindo a defesa fornecida. No tripé ‘agora seu povo pede o mundo’, onde veio o jogador Adilio, substituindo o Zico, um medalhão estava coberto com tecido drapeado, deveria ser o brasão rubro, mas que eles foram impedidos de apresentar”, comentou Jaime Cezario,
Fantasias
Com fantasias belíssimas e com ótimo acabamento, a agremiação se garantiu nesse quesito. Todas de fácil entendimento e que apresentavam muito bem o enredo proposto.
“Estácio de Sá trouxe como enredo uma reedição sobre o time mais popular do Rio de Janeiro: o Flamengo. As fantasias foram bem diretas e didáticas, tudo explicado na defesa apresentada, tinha requintadas fantasias e outras soluções bem baratas como a dos esportes aquáticos, mas que trouxeram entendimento a história apresentada sem maiores problemas. Foi sentida a falta do brasão rubro-negro no desfile, mas pelo que soube a entidade proibiu a escola de usá-lo, algo lamentável para um time tão popular”, comentou Jaime Cezario.
Enredo
A agremiação recriou um desfile que empolgou a arquibancada e deixou o torcedor feliz. Mesclando o passado e o presente do time rubro-negro carioca, a escola desfilou desde a fundação do clube até os dias atuais, apresentando suas conquistas, títulos e todas suas glórias.
“A histórica Estácio de Sá revisitou seu enredo de 1995, o qual homenageou o Flamengo narrando sua constituição e seus grandes feitos, títulos. A apresentação foi dividida em quatro setores, os quais congregaram o surgimento do clube, a paixão dos torcedores e os grandes títulos. Nesta de raciocínio, o título mundial logicamente não foi esquecido, sendo lembrado pela fantasia da bateria que remetia ao Japão. Sendo assim, conclui-se que o enredo foi apresentado satisfatoriamente”, disse Marcelo Masô, comentarista do SRzd.
Samba-enredo
A Estácio de Sá levou para a Avenida um samba que é um clássico e que atualmente faz parte das arquibancadas rubro-negras, o que ajudou no canto forte dos componentes. De 1995, o samba é de autoria de David Corrêa, Adilson Torres, Déo e Caruso.
Para apresentação em 2022, houve modificação somente em uma frase do samba. “Cem anos de primavera”, do samba original, foi substituído por “Campeã da nova era”.
“Não tem muito o que falar sobre uma reedição. Samba bem conhecido que facilitou bastante o canto da escola. Andamento bom para o desfile, sem correria, Serginho do Porto subiu algumas notas, nada que causasse qualquer desconforto”, disse o comentarista do SRzd, Cadu Zugliani.
Bateria
Representando a conquista do mundial de 1981 no Japão, os ritmistas da Medalha de Ouro utilizaram trajes japoneses. À frente da bateria, a rainha Jack Maia usava um figurino na cor dourada que simbolizava também o triunfo em Tóquio.
A bateria do mestre Chuvisco deu um show na Avenida e realizou uma apresentação fantástica, como analisou o comentarista Bruno Moraes.
“A bateria Medalha de Ouro fez uma apresentação simplesmente fantástica, seja nos módulos de julgamento ou no ritmo ao longo da pista! Mestre chuvisco estava tão seguro, que no último módulo executou 4 bossas, levantando a apoteose. Ao entrar na pista, o andamento ficou confortável, ajudando na execução das caixas, repiques e tamborim”.
Harmonia
Se você junta um samba clássico – reedição -, a paixão dos flamenguistas e a comunidade da Estácio, não tem como dar errado.
Essa foi a fórmula ‘de milhões’ usada pela vermelha e branco, vestindo rubro-negro, para conseguir êxito no quesito. O resultado não poderia ser diferente: uma excelente, vibrante e animada passagem da escola na pista. Para nenhum juiz marcar falta ou botar defeito: “Excelente desempenho do canto. A escola demonstrou segurança, vibração e um um excelente entrosamento entre ritmo e melodia”, disse Célia Souto, comentarista do SRzd.
Evolução
Componentes animados, impulsionados pelo ótimo desempenho de samba, bateria e carro de som. A escola fluiu com empolgação e contagiou as arquibancadas da Sapucaí. Andamento correto e sem clarões ou graves defeitos de buracos ou espaçamento: “A evolução foi bem desenvolvida apresentando leveza e regularidade entre as alas que estavam empolgadas e comprometidas com o chão da escola”, comentou Célia.
Ficha técnica
Enredo: “Cobra Coral, Papagaio-vintém. #VESTIRUBRONEGRO não tem pra ninguém” Presidente: Leziário Nascimento Carnavalesco: Mauro Leite e Wagner Gonçalves Intérprete: Serginho do Porto Mestre de Bateria: Chuvisco Rainha de Bateria: Jaqueline Maia Comissão de Frente: Ariadne Lax Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Feliciano Junior e Alcione Carvalho
Gol de placa! Rebaixada para a Série Ouro no último carnaval, a Estácio de Sá foi a terceira escola a desfilar nesta quinta-feira (21). Ovacionada desde o setor 1, a agremiação apresentou o enredo Cobra Coral, Papagaio-Vintém. #VestiRubroNegro Não Tem Pra Ninguém, uma reedição do Carnaval de 1995.
Há 27 anos o Leão levou para a Avenida o enredo em homenagem ao centenário do time rubro-negro carioca. Na ocasião, a escola desfilava pelo Grupo Especial e ficou em 7º lugar. Até hoje o samba é cantado pela torcida do Flamengo, em todos os jogos.
Dessa vez, o enredo foi desenvolvido pelos carnavalescos Mauro Leite e Wagner Gonçalves que apresentaram um belíssimo trabalho na Avenida. O canto forte da comunidade unido ao entusiasmo do público foi o grande destaque do desfile.
Fala, Rachel!
“Hoje em desfile melhor que o de 1995, a Estácio alternou pontos altos e baixos em sua apresentação. Destaco o figurino da bateria, os imprevisíveis samurais que bateram bem como de hábito. Outro ponto notável foi a contagiante alegria dos empurradores de carros alegóricos, numerosos e animados. Pra mim isso é Carnaval”.
Fala, Luiz!
“Temos uma grande escola que é a Estácio de Sá… Então, eu até coloco o seguinte: são duas grandes bandeiras; uma bandeira da escola de samba Estácio de Sá e a outra bandeira do Clube de Regatas Flamengo. Falo isso muito a vontade, porque eu sou tricolor, eu não sou flamenguista, mas é muito bonito a gente ver. Você olha para o desfile e você começa a entender o que está acontecendo. O enredo foi muito claro. Gostei muito do desfile e achava mesmo que seria a única escola que poderia suplantar a União da Ilha, melhor da primeira noite“.
Comissão de frente
A comissão de frente da Estácio retratava o clima de pré-jogo no vestiário. Sob o olhar atento da coreógrafa Ariadne Lax, 15 componentes apresentaram performances bem sincronizadas e que empolgaram o público.
Utilizando um elemento cenográfico que representava o vestiário do Flamengo, os integrantes misturaram dança com encenação.
Em certo momento da apresentação, todos trocavam de roupa e passavam a vestir uma camisa do clube, simbolizando o ato de vestir rubro-negro, citado no samba. Neste mesmo momento, o manto sagrado passava a sobrevoar a comissão, o que levou o público ao delírio. Ao fim da apresentação, bolas foram arremessadas para a plateia.
“O estilo da coreógrafa Ariadne Lax é inconfundível. Coreografias muito ágeis que brincam de uma forma muito inteligente com melodia e tempo coreográfico. Seus integrantes precisaram de muita energia pra aguentar o rojão! E aguentaram e o público veio junto. Um tripé que de longe lembrava um troféu se transformou em um vestiário em frente aos jurados. Ela trouxe a contemporaneidade das danças urbanas e misturou com a energia da torcida rubro-negra. Escolha mais uma vez inteligente . Um drone com a camisa do flamengo representava o “16° integrante” e levantou a torcida na Marquês”, disse Márcio Moura, comentarista do SRzd.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Feliciano Junior e Alcione Carvalho, realizou apresentações que encantaram o público por conta da elegância e entrosamento do par. Em certos momentos, o mestre-sala fazia gestos em referência a jogadores do Flamengo.
O figurino do casal carregava as cores do clube homenageado, além de alguns detalhes na cor laranja. Na cabeça, a porta-bandeira estava com uma trança que remetia a cobra-coral.
“Feliciano Júnior trouxe a Carrapeta e o Meio Sapateado permeados de passos que remetiam aos movimentos de pés e pernas dos jogadores de futebol. Muito ágil e demonstrando segurança, fez surgir um dançarino moderno, mas que não desprezou a tradição do bailado. Lindo de apreciar o novo estilo do mestre-sala! Rodopiando com segurança na execução do Abano e deslizando no Balanço, Alcione ratificou o perfeito domínio de sua coreografia, com total sincronismo aos movimentos de seu par, em especial na Apresentação da Bandeira, realizada de forma gentil. O entrosamento e a sintonia na danca, ficaram evidenciadas durante a exibição do casal”, disse a comentarista do SRzd, Eliane Souza.
Alegorias e adereços
A Estácio levou para a Avenida alegorias com bom acabamento e boa plástica. O leão, símbolo da escola, veio na parte da frente do abre-alas.
Já o urubu, símbolo do clube, estava na parte traseira da alegoria. Uma bola vazada estava no topo do carro que carregava as cores preto e vermelho, além de tons em cinza. Na lateral, integrantes carregavam bandeiras das cores do time.
A segunda alegoria simbolizava os trunfos do Flamengo na terra e no mar. Parte do carro remetia ao fundo do mar, com muitas cores e decorações de cavalos-marinhos e ouriços-do-mar. Já na parte traseira, revestida de um amarelo cor de ouro, estavam os taças representando os títulos.
A terceira alegoria remetia a festa na favela, frase utilizada pelos torcedores sempre que o clube garante a vitória no jogo. Motoboys, motoqueiras e funkeiros compunham o carro. Figuras que sempre marcam presença nas arquibancadas, como os torcedores que se vestem de Chapolin e anjo, estavam na parte superior da alegoria.
A escola também levou para a Avenida um tripé que representava a celebração da vitória de 1981. Destaque do tripé foi o ex-jogador Adílio, que marcou o segundo gol no jogo que garantiu ao clube o título de campeão mundial.
“As alegorias foram grandes e bem acabadas com um projeto de fácil leitura, seguindo a defesa fornecida. No tripé ‘agora seu povo pede o mundo’, onde veio o jogador Adilio, substituindo o Zico, um medalhão estava coberto com tecido drapeado, deveria ser o brasão rubro, mas que eles foram impedidos de apresentar”, comentou Jaime Cezario,
Fantasias
Com fantasias belíssimas e com ótimo acabamento, a agremiação se garantiu nesse quesito. Todas de fácil entendimento e que apresentavam muito bem o enredo proposto.
“Estácio de Sá trouxe como enredo uma reedição sobre o time mais popular do Rio de Janeiro: o Flamengo. As fantasias foram bem diretas e didáticas, tudo explicado na defesa apresentada, tinha requintadas fantasias e outras soluções bem baratas como a dos esportes aquáticos, mas que trouxeram entendimento a história apresentada sem maiores problemas. Foi sentida a falta do brasão rubro-negro no desfile, mas pelo que soube a entidade proibiu a escola de usá-lo, algo lamentável para um time tão popular”, comentou Jaime Cezario.
Enredo
A agremiação recriou um desfile que empolgou a arquibancada e deixou o torcedor feliz. Mesclando o passado e o presente do time rubro-negro carioca, a escola desfilou desde a fundação do clube até os dias atuais, apresentando suas conquistas, títulos e todas suas glórias.
“A histórica Estácio de Sá revisitou seu enredo de 1995, o qual homenageou o Flamengo narrando sua constituição e seus grandes feitos, títulos. A apresentação foi dividida em quatro setores, os quais congregaram o surgimento do clube, a paixão dos torcedores e os grandes títulos. Nesta de raciocínio, o título mundial logicamente não foi esquecido, sendo lembrado pela fantasia da bateria que remetia ao Japão. Sendo assim, conclui-se que o enredo foi apresentado satisfatoriamente”, disse Marcelo Masô, comentarista do SRzd.
Samba-enredo
A Estácio de Sá levou para a Avenida um samba que é um clássico e que atualmente faz parte das arquibancadas rubro-negras, o que ajudou no canto forte dos componentes. De 1995, o samba é de autoria de David Corrêa, Adilson Torres, Déo e Caruso.
Para apresentação em 2022, houve modificação somente em uma frase do samba. “Cem anos de primavera”, do samba original, foi substituído por “Campeã da nova era”.
“Não tem muito o que falar sobre uma reedição. Samba bem conhecido que facilitou bastante o canto da escola. Andamento bom para o desfile, sem correria, Serginho do Porto subiu algumas notas, nada que causasse qualquer desconforto”, disse o comentarista do SRzd, Cadu Zugliani.
Bateria
Representando a conquista do mundial de 1981 no Japão, os ritmistas da Medalha de Ouro utilizaram trajes japoneses. À frente da bateria, a rainha Jack Maia usava um figurino na cor dourada que simbolizava também o triunfo em Tóquio.
A bateria do mestre Chuvisco deu um show na Avenida e realizou uma apresentação fantástica, como analisou o comentarista Bruno Moraes.
“A bateria Medalha de Ouro fez uma apresentação simplesmente fantástica, seja nos módulos de julgamento ou no ritmo ao longo da pista! Mestre chuvisco estava tão seguro, que no último módulo executou 4 bossas, levantando a apoteose. Ao entrar na pista, o andamento ficou confortável, ajudando na execução das caixas, repiques e tamborim”.
Harmonia
Se você junta um samba clássico – reedição -, a paixão dos flamenguistas e a comunidade da Estácio, não tem como dar errado.
Essa foi a fórmula ‘de milhões’ usada pela vermelha e branco, vestindo rubro-negro, para conseguir êxito no quesito. O resultado não poderia ser diferente: uma excelente, vibrante e animada passagem da escola na pista. Para nenhum juiz marcar falta ou botar defeito: “Excelente desempenho do canto. A escola demonstrou segurança, vibração e um um excelente entrosamento entre ritmo e melodia”, disse Célia Souto, comentarista do SRzd.
Evolução
Componentes animados, impulsionados pelo ótimo desempenho de samba, bateria e carro de som. A escola fluiu com empolgação e contagiou as arquibancadas da Sapucaí. Andamento correto e sem clarões ou graves defeitos de buracos ou espaçamento: “A evolução foi bem desenvolvida apresentando leveza e regularidade entre as alas que estavam empolgadas e comprometidas com o chão da escola”, comentou Célia.
Ficha técnica
Enredo: “Cobra Coral, Papagaio-vintém. #VESTIRUBRONEGRO não tem pra ninguém” Presidente: Leziário Nascimento Carnavalesco: Mauro Leite e Wagner Gonçalves Intérprete: Serginho do Porto Mestre de Bateria: Chuvisco Rainha de Bateria: Jaqueline Maia Comissão de Frente: Ariadne Lax Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Feliciano Junior e Alcione Carvalho