Mocidade Independente 2019: Com Elza no abre-alas e bateria impecável, escola encerra os desfiles na Sapucaí
“Vi na minha Mocidade, o raiar de um novo dia”, cantava a verde e branco enquanto o sol nascia e iluminava o Sambódromo. Mocidade Independente do Padre Miguel fechou os desfiles do Grupo Especial, na madrugada da terça (05), às 5h33, com o enredo “Eu sou o tempo. Tempo é vida”, do carnavalesco Alexandre Louzada. […]
POR Bernardo Laranja05/03/2019|9 min de leitura
“Vi na minha Mocidade, o raiar de um novo dia”, cantava a verde e branco enquanto o sol nascia e iluminava o Sambódromo. Mocidade Independente do Padre Miguel fechou os desfiles do Grupo Especial, na madrugada da terça (05), às 5h33, com o enredo “Eu sou o tempo. Tempo é vida”, do carnavalesco Alexandre Louzada. Apesar da última posição ser sempre um desafio para manter a energia, a escola levantou o público num desfile simples, mas animado.
Um dos destaque da escola foi quando Elza Soares passou pela Sapucaí arrancando aplausos no carro abre-alas. A cantora, que participou da gravação do samba deste ano, foi confirmada pelo presidente da Agremiação como enredo da verde e branco para o Carnaval de 2020. Além dela, outro ponto que chamou a atenção do público foi a passagem da bateria “não existe mais quente”, do mestre Dudu, que realizou paradinhas bem recebidas e manteve o bom desempenho já característico dos ritmistas da Mocidade, dando um verdadeiro show na Avenida.
Comissão de frente
Com 15 integrantes, a comissão de frente da escola de Padre Miguel trouxe um teatro interessante com um tripé gigante que representava uma máquina do tempo. Coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, a apresentação se iniciava com cientistas que dançavam na frente do tripé vestidos de jalecos brancos com detalhes verdes.
No desenrolar da performance, a máquina começa a soltar fumaça e dela sai um carro, que dá umas voltas e se transforma num robô, no estilo do filme “Transformers”. Daí, o carro volta para o tripé, passando a ideia de que veio do futuro. Logo após, os cientistas entram na máquina, da qual sai um trem com os integrantes dentro vestidos de roupas de época.
A dança continua, sempre muito teatralizada e, depois, a máquina volta andar. Nesse momento, o último truque acontece, saem 4 componentes do tripé representando os estágios da evolução humana, desde o macaco até o homo sapiens.
A comissão “A máquina do tempo do carnaval: “Eu conto o tempo para te ver passar” teve uma boa resposta do público, mas o tripé exibia alguns problemas no acabamento e a recorrência de truques de ilusão na Avenida acabam reduzindo o efeito esperado.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
Com figurino roxo com preto e detalhes prateados, Marcinho Siqueira e Cristine Caldas desfilaram com muita elegância pela Sapucaí. Fantasiados de “A centelha divina”, o casal realizou performances excelentes para os jurados e mostraram que podem angariar muitas notas altas na quarta-feira.
Para a comentarista do SRzd no quesito, Eliane Santos Souza, o casal da Mocidade Independente de Padre Miguel exibiu uma bela sintonia:
“Com tranquilidade, o casal deslizou pela Passarela, cumprimentando o público. Marcinho Siqueira cortês e elegante, conduziu a dança, apresentando suas “ letras”, giros, fugas e meneios. Ele fez a ‘apresentação da bandeira’ de forma gentil e realizou o ‘cruzado’ com um beija-flor suave e fluente, enquanto Cristiane Caldas realizava o ‘abano’ em movimento de rotação, centralizada, para depois se deslocar em translação. O ‘aviãozinho’ da porta-bandeira foi praticado com segurança, em giros no sentido original, após a ‘pegada de mão’ que foi feita simplificada. Ficou bonito de ver a ação, que foi desenvolvida com sintonia e total sincronismo dos movimentos coordenados do casal”.
Alegorias e adereços
Dispondo de 6 carros, o conjunto alegórico da escola veio em compasso com a hora em que a escola passou. Os carros, que vinham com trabalhos de cor impecáveis, reluziam sob o sol que se colocava sobre a Sapucaí. Apesar de começarem grandes e, ao decorrer do desfile, terem diminuído de tamanho e de qualidade, as alegorias contaram bem a história sobre o tempo proposta por Alexandre Louzada.
O abre-alas, maior carro do desfile, falava sobre Cronos, o senhor do tempo, e passou bem pela Avenida, atraindo diversos aplausos com a cantora Elza Soares em sua frente.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Hélio Rainho, o conjunto alegórico da Mocidade Independente de Padre Miguel agradou:
O tradicional esmero com que Alexandre Louzada concebe e finaliza seus carros voltou a aparecer na avenida, tanto no requinte quanto no dimensionamento, com muitos efeitos e movimento. Esculturas de muita qualidade e uma projeção de cores perfeita para uma escola que desfilou com o dia clareando.
Fantasias
As fantasias da verde e branco vieram simples, de maneira que representaram bem o que era proposto e possibilitou uma fácil interpretação pelos espectadores. Com 29 alas e 6 setores, os figurinos apresentavam um bom trabalho de acabamento e, assim como o conjunto alegórico, mostravam um trabalho de cor exuberante.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Wallace Safra, o conjunto de fantasias da Mocidade Independente de Padre Miguel foi bem desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada:
“A Escola apresentou o enredo ‘Eu sou o tempo, tempo é vida’, do carnavalesco Alexandre Louzada. Com uma plástica homogênea, a agremiação apesar de ter iniciado seu desfile com a paleta escura, transitou por tons vibrantes e neons durante seu desfile, fechando com os tons mais claros. Louzada desenvolveu um bom trabalho no acabamento das placas e na composição das artes plumarias. O carnavalesco também utilizou muitos materiais diferenciais e alternativos para somar ao seu processo criativo, que resultou em um bom resultado. Parabéns ao carnavalesco”.
Enredo
“Eu sou tempo, tempo é vida”, foi a proposta de Alexandre Louzada para o desfile da Mocidade Independente em 2019. Apesar de não abusar de muita originalidade, o tema apresentou uma pegada interessante na Avenida, entrando em diferentes aspectos da história da concepção do tempo.
As alegorias e fantasias simples ajudaram para que a mensagem fosse transmitida de maneira mais fácil para o público presente na Sapucaí.
Ainda assim, para o comentarista do SRzd no quesito, Hélio Rainho, o enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel pode ter sido muito subjetivo:
“Alexandre Louzada apresentou um enredo temático, encadeando aspectos referentes ao tempo e sua relação com o homem. O nível de subjetividade do enredo não facilitou muito a empatia com o público, embora no passo a passo do roteiro houvesse pontos interessantes de abordagem temática”.
Samba-enredo
Quesito que pode levar muitas notas 10 durante a apuração, o samba-enredo da Mocidade de 2019, “Eu sou o tempo, tempo é vida”, já figurava entre os mais ouvidos da temporada antes do Carnaval.
Na Avenida, a composição de Jefinho Rodrigues, Diego Nicolau, Marquinho Índio, Jonas Marques, Richard Valença, Roni Pitstop, Orlando Ambrósio e Cabeça do Ajax contagiou o público que cantava junto com os componentes da escola. Puxado por Wander Pires, a escola levou o samba para a Sapucaí de forma exemplar.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Rômulo Ramos, o samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel “aconteceu, foi bem cantado pela voz guia e pelo chão da escola”.
Bateria
Como já é tradicional nos desfiles da verde e branco, a bateria “Não Existe Mais Quente” teve um desempenho excepcional no Sambódromo e fez o samba-enredo funcionar na Avenida. A bateria do mestre Dudu Oliveira veio de “Tempo é dinheiro: vamos dar corda na alegria” e soltou uma fumaça verde em determinados pontos da apresentação, gerando um lindo efeito visual. As paradinhas foram muito bem recebidas pelo público, que cantava o samba e aplaudia enquanto a bateria passava.
Camila Silva, rainha de bateria da escola, veio com uma linda fantasia dourada de “Bela tentação” à frente dos ritmistas e mostrou que, apesar da hora, ainda tinha muito samba no pé.
Harmonia
A escola foi muito bem conduzida pela Sapucaí e desfilou animada. Os componentes cantavam o samba com muita garra e não pareciam estar cansados pelo horário do desfile. Contagiando o público nas arquibancadas, a harmonia da agremiação foi um ponto alto da Mocidade em sua passagem pelo Sambódromo.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Rômulo Ramos, a “Direção de Harmonia da Mocidade Independente de Padre Miguel tem a Escola na mão, mostrou ao colocá-la na Armação e conduzir bem o seu desfile”.
Evolução
Apesar de ter demorado em alguns momentos, e depois ter feito uma passagem muito rápida, terminando bem antes dos 75 minutos permitidos, a escola não apresentou grandes problemas no quesito e evoluiu adequadamente pela Sapucaí.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Rômulo Ramos, a evolução da Mocidade Independente de Padre Miguel deu certo: “Cantando e dançando com garbo, evoluíram bem pois o ritmo encontrado da Bateria ajudou nesse quesito”.
“Vi na minha Mocidade, o raiar de um novo dia”, cantava a verde e branco enquanto o sol nascia e iluminava o Sambódromo. Mocidade Independente do Padre Miguel fechou os desfiles do Grupo Especial, na madrugada da terça (05), às 5h33, com o enredo “Eu sou o tempo. Tempo é vida”, do carnavalesco Alexandre Louzada. Apesar da última posição ser sempre um desafio para manter a energia, a escola levantou o público num desfile simples, mas animado.
Um dos destaque da escola foi quando Elza Soares passou pela Sapucaí arrancando aplausos no carro abre-alas. A cantora, que participou da gravação do samba deste ano, foi confirmada pelo presidente da Agremiação como enredo da verde e branco para o Carnaval de 2020. Além dela, outro ponto que chamou a atenção do público foi a passagem da bateria “não existe mais quente”, do mestre Dudu, que realizou paradinhas bem recebidas e manteve o bom desempenho já característico dos ritmistas da Mocidade, dando um verdadeiro show na Avenida.
Comissão de frente
Com 15 integrantes, a comissão de frente da escola de Padre Miguel trouxe um teatro interessante com um tripé gigante que representava uma máquina do tempo. Coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, a apresentação se iniciava com cientistas que dançavam na frente do tripé vestidos de jalecos brancos com detalhes verdes.
No desenrolar da performance, a máquina começa a soltar fumaça e dela sai um carro, que dá umas voltas e se transforma num robô, no estilo do filme “Transformers”. Daí, o carro volta para o tripé, passando a ideia de que veio do futuro. Logo após, os cientistas entram na máquina, da qual sai um trem com os integrantes dentro vestidos de roupas de época.
A dança continua, sempre muito teatralizada e, depois, a máquina volta andar. Nesse momento, o último truque acontece, saem 4 componentes do tripé representando os estágios da evolução humana, desde o macaco até o homo sapiens.
A comissão “A máquina do tempo do carnaval: “Eu conto o tempo para te ver passar” teve uma boa resposta do público, mas o tripé exibia alguns problemas no acabamento e a recorrência de truques de ilusão na Avenida acabam reduzindo o efeito esperado.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
Com figurino roxo com preto e detalhes prateados, Marcinho Siqueira e Cristine Caldas desfilaram com muita elegância pela Sapucaí. Fantasiados de “A centelha divina”, o casal realizou performances excelentes para os jurados e mostraram que podem angariar muitas notas altas na quarta-feira.
Para a comentarista do SRzd no quesito, Eliane Santos Souza, o casal da Mocidade Independente de Padre Miguel exibiu uma bela sintonia:
“Com tranquilidade, o casal deslizou pela Passarela, cumprimentando o público. Marcinho Siqueira cortês e elegante, conduziu a dança, apresentando suas “ letras”, giros, fugas e meneios. Ele fez a ‘apresentação da bandeira’ de forma gentil e realizou o ‘cruzado’ com um beija-flor suave e fluente, enquanto Cristiane Caldas realizava o ‘abano’ em movimento de rotação, centralizada, para depois se deslocar em translação. O ‘aviãozinho’ da porta-bandeira foi praticado com segurança, em giros no sentido original, após a ‘pegada de mão’ que foi feita simplificada. Ficou bonito de ver a ação, que foi desenvolvida com sintonia e total sincronismo dos movimentos coordenados do casal”.
Alegorias e adereços
Dispondo de 6 carros, o conjunto alegórico da escola veio em compasso com a hora em que a escola passou. Os carros, que vinham com trabalhos de cor impecáveis, reluziam sob o sol que se colocava sobre a Sapucaí. Apesar de começarem grandes e, ao decorrer do desfile, terem diminuído de tamanho e de qualidade, as alegorias contaram bem a história sobre o tempo proposta por Alexandre Louzada.
O abre-alas, maior carro do desfile, falava sobre Cronos, o senhor do tempo, e passou bem pela Avenida, atraindo diversos aplausos com a cantora Elza Soares em sua frente.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Hélio Rainho, o conjunto alegórico da Mocidade Independente de Padre Miguel agradou:
O tradicional esmero com que Alexandre Louzada concebe e finaliza seus carros voltou a aparecer na avenida, tanto no requinte quanto no dimensionamento, com muitos efeitos e movimento. Esculturas de muita qualidade e uma projeção de cores perfeita para uma escola que desfilou com o dia clareando.
Fantasias
As fantasias da verde e branco vieram simples, de maneira que representaram bem o que era proposto e possibilitou uma fácil interpretação pelos espectadores. Com 29 alas e 6 setores, os figurinos apresentavam um bom trabalho de acabamento e, assim como o conjunto alegórico, mostravam um trabalho de cor exuberante.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Wallace Safra, o conjunto de fantasias da Mocidade Independente de Padre Miguel foi bem desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada:
“A Escola apresentou o enredo ‘Eu sou o tempo, tempo é vida’, do carnavalesco Alexandre Louzada. Com uma plástica homogênea, a agremiação apesar de ter iniciado seu desfile com a paleta escura, transitou por tons vibrantes e neons durante seu desfile, fechando com os tons mais claros. Louzada desenvolveu um bom trabalho no acabamento das placas e na composição das artes plumarias. O carnavalesco também utilizou muitos materiais diferenciais e alternativos para somar ao seu processo criativo, que resultou em um bom resultado. Parabéns ao carnavalesco”.
Enredo
“Eu sou tempo, tempo é vida”, foi a proposta de Alexandre Louzada para o desfile da Mocidade Independente em 2019. Apesar de não abusar de muita originalidade, o tema apresentou uma pegada interessante na Avenida, entrando em diferentes aspectos da história da concepção do tempo.
As alegorias e fantasias simples ajudaram para que a mensagem fosse transmitida de maneira mais fácil para o público presente na Sapucaí.
Ainda assim, para o comentarista do SRzd no quesito, Hélio Rainho, o enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel pode ter sido muito subjetivo:
“Alexandre Louzada apresentou um enredo temático, encadeando aspectos referentes ao tempo e sua relação com o homem. O nível de subjetividade do enredo não facilitou muito a empatia com o público, embora no passo a passo do roteiro houvesse pontos interessantes de abordagem temática”.
Samba-enredo
Quesito que pode levar muitas notas 10 durante a apuração, o samba-enredo da Mocidade de 2019, “Eu sou o tempo, tempo é vida”, já figurava entre os mais ouvidos da temporada antes do Carnaval.
Na Avenida, a composição de Jefinho Rodrigues, Diego Nicolau, Marquinho Índio, Jonas Marques, Richard Valença, Roni Pitstop, Orlando Ambrósio e Cabeça do Ajax contagiou o público que cantava junto com os componentes da escola. Puxado por Wander Pires, a escola levou o samba para a Sapucaí de forma exemplar.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Rômulo Ramos, o samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel “aconteceu, foi bem cantado pela voz guia e pelo chão da escola”.
Bateria
Como já é tradicional nos desfiles da verde e branco, a bateria “Não Existe Mais Quente” teve um desempenho excepcional no Sambódromo e fez o samba-enredo funcionar na Avenida. A bateria do mestre Dudu Oliveira veio de “Tempo é dinheiro: vamos dar corda na alegria” e soltou uma fumaça verde em determinados pontos da apresentação, gerando um lindo efeito visual. As paradinhas foram muito bem recebidas pelo público, que cantava o samba e aplaudia enquanto a bateria passava.
Camila Silva, rainha de bateria da escola, veio com uma linda fantasia dourada de “Bela tentação” à frente dos ritmistas e mostrou que, apesar da hora, ainda tinha muito samba no pé.
Harmonia
A escola foi muito bem conduzida pela Sapucaí e desfilou animada. Os componentes cantavam o samba com muita garra e não pareciam estar cansados pelo horário do desfile. Contagiando o público nas arquibancadas, a harmonia da agremiação foi um ponto alto da Mocidade em sua passagem pelo Sambódromo.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Rômulo Ramos, a “Direção de Harmonia da Mocidade Independente de Padre Miguel tem a Escola na mão, mostrou ao colocá-la na Armação e conduzir bem o seu desfile”.
Evolução
Apesar de ter demorado em alguns momentos, e depois ter feito uma passagem muito rápida, terminando bem antes dos 75 minutos permitidos, a escola não apresentou grandes problemas no quesito e evoluiu adequadamente pela Sapucaí.
Para o comentarista do SRzd no quesito, Rômulo Ramos, a evolução da Mocidade Independente de Padre Miguel deu certo: “Cantando e dançando com garbo, evoluíram bem pois o ritmo encontrado da Bateria ajudou nesse quesito”.