Porto da Pedra pisa firme na Sapucaí com desfile forte e sonha com primeiras posições
Quarta escola a desfilar no primeiro dia de desfiles das escolas de samba da Série Ouro, já na madrugada desta quinta-feira (21), a Porto da Pedra levantou o público da Sapucaí. + veja as fotos do desfile da Unidos do Porto da Pedra Com o enredo O Caçador Que Traz Alegrias, desenvolvido pela carnavalesca Annik […]
POR Caroline Gonçalves21/04/2022|10 min de leitura
Quarta escola a desfilar no primeiro dia de desfiles das escolas de samba da Série Ouro, já na madrugada desta quinta-feira (21), a Porto da Pedra levantou o público da Sapucaí.
Com o enredo O Caçador Que Traz Alegrias, desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon, a agremiação de São Gonçalo contou a história de Mãe Stella de Oxóssi. Ela foi líder religiosa, defendeu e lutou pelo respeito ao Candomblé.
A escola passou muito bem, apresentou belíssimas fantasias, além do canto forte. Porém, foi possível notar que o carro abre-alas e a segunda alegoria passaram com as luzes apagadas.
Fala, Rachel!
“A escola se apresentou bastante equilibrada, com bom desempenho. Uma ou outra falha, como problemas na iluminação e acabamento dos carros, não comprometeram o bom desfile”.
Fala, Luiz!
“Gostei muito. A melhor escola até agora. Acho que pode disputar o Carnaval. A gente vê a assinatura da carnavalesca Annik. Plástica original e com soluções muito boas. Um sambaço e um enredo muito bem desenvolvido.”
Comissão de frente
A comissão de frente do coreógrafo Paulo Pinna foi um dos destaques do desfile da Porto da Pedra. Na apresentação, eles utilizaram um elemento cenográfico que representava a árvore Apaoká. Sob a árvore, Mãe Stella apontava sua flecha em direção a escola.
Composta por 15 integrantes que vestiam roupas em tons de marrom, eles representavam as raízes da árvore que sustentavam o corpo de Mãe Stella. Durante a apresentação, elas revelavam saias azuis e também portavam flechas. As apresentações foram marcadas por coreografias muito bem sincronizadas. Ao final da apresentação, o elemento realizava um giro e revelava um livro com a foto de Mãe Stella e a frase “O que não se registra, o vento leva”.
“Coreografia forte, desenhos criativos e muito bem ensaiada. Os corpos femininos e masculinos fundem-se num coletivo muito agradável de se ver. Figurino e elemento alegórico que casam muito bem com a proposta. Aliás, o figurino merece uma menção especial, pois com a troca de saia continua dialogando com o elemento alegórico, multiplicando a imagem da caçadora Mãe Stella”, disse Márcio Moura, comentarista do SRzd.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo França e Cintya Santos, encantou a Sapucaí com suas apresentações. Ovacionados pelo público, as performances do casal foram marcadas pela elegância e entrosamento.
Com um bailado seguro e leve, eles realizaram com perfeição o trabalho. Ambos utilizavam roupas com alguns recortes coloridos. Na saia da porta-bandeira, plumas vermelhas e pretas.
Segundo a comentarista do SRzd, Eliane Souza, o casal repetiu o feito realizado no ensaio técnico e que deu certo. “O casal esbanjou equilíbrio e segurança na realização do bailado. Rodrigo França executou o Cruzado, a Carrapeta com piruetas duplas, permitindo que a dançarina rodopiasse livremente no Abano; o Meio Sapateado, ligeiramente ‘plantado’ para poder olhar e cortejar a dama e reverenciar o pavilhão! Cintya Santos, exuberante em seu gestual – a mão, ora plantada na cintura, ora em movimento ondulantes – executou o Balanço sem apoio do mestre-sala, deslocando-se livremente pelo espaço, sempre cortejada por seu par. Eles fizeram uma linda Apresentação da Bandeira e, para encerrar a performance, Cintya Santos recebeu um beijo na mão, uma gentileza de Rodrigo França”, disse ela.
Alegorias e adereços
A agremiação abriu seu desfile trazendo o tigre, símbolo da escola, no abre-alas. Realizando pequenos movimentos na cabeça e nas patas, a primeira alegoria representava a mata virgem.
O segundo carro fazia referência a quem antecedeu Mãe Stella nos cuidados da casa de Xangô. Na frente do carro, havia quatro esculturas que representavam as zeladoras da morada.
Já a última alegoria retratava o legado de Mãe Stella, revelando o Candomblé como um ambiente de educação. Além de remeter a sua luta pelo respeito à religião e as culturas africanas.
“As alegorias foram caprichadas e o destaque vai para o grandioso Tigre no abre-alas que vinha meio da mata. O detalhe negativo foi que a iluminação deste carro se apagou logo que entrou no setor 1”, disse Jaime Cezario, comentarista do SRzd.
Fantasias
Com belíssimas fantasias, a Porto da Pedra não demonstrou nenhum problema no quesito. Todas de fácil entendimento e muito bem acabadas. As alas com cores variadas produziram um belo efeito visual.
Segundo o comentarista do SRzd, Jaime Cezario, a escola foi inteligente por utilizar tecidos padronizados em formas geométricas: “A Porto da Pedra com sua homenagem a Mãe Stella de Oxóssi explorou nas fantasias das alas a temática afro, onde se destacou os tecidos com padrões geométricas. E essa inteligente utilização, trouxe boas soluções, com destaque para as baianas que basicamente foi constituída de tecidos, onde as padrões se complementavam gerando um belo efeito visual. É o que chamaríamos do bom, bonito e barato”.
Enredo
“A Porto da Pedra elaborou seu enredo tendo como tema a vida religiosa e literária de Mãe Stella de Oxóssi. O Tigre de São Gonçalo mostrou sua força na avenida, o enredo teve como fios condutores a vida religiosa da Mãe de Santo Baiana e sua intensa atividade como escritora, pois uma grande preocupação de Mãe Stella era preservar a oralidade inerente ao Candomblé através dos livros, eternizando-o no mundo das letras. É primordial destacar a excelência do desenvolvimento do enredo. A Porto da Pedra apresentou de forma muito clara os dois eixos centrais do desfile, o Ilê de Mãe Stella, sua íntima ligação com Oxóssi e o seu viés literário. Merece destaque especial a ala que retratou o título de Doutora Honoris Causa concedido à mãe Stella pela Universidade Federal da Bahia e o lindo abre-alas com o Tigre Cinético”, disse Marcelo Masô, comentarista do SRzd.
Samba-enredo
Um dos melhores sambas da Série Ouro comprovou sua qualidade numa excelente passagem pela Sapucaí. Vale destacar o excelente desempenho do intéprete Pitty de Menezes e seu carro de som.
A obra composta por Obá Adriano Abiodun, Guga Martins, Passos Júnior, Abílio Jr., Nando Tavares, Wagner Rodrigues, Clairton Fonseca, Leandro Gaúcho e Ailson Picanço foi um dos trunfos do tigre, como analisou o comentarista Cadu Zugliani.
“O samba, que eu acho um dos melhores do grupo, foi ‘atropelado’ pelo andamento da bateria. Por não ser um samba de palavras fáceis, deveria ter tido um andamento um pouco mais pra trás, não atrapalharia em nada o bom desfile da escola, pelo contrário. Mas o destaque foi o desempenho do Pitty e do carro de som, mesmo com o samba acelerado, mantiveram a afinação, a força, a pegada e carregaram a comunidade, nota 10.”
Bateria
A bateria da Porto da Pedra realizou um bom trabalho na Avenida. À sua frente, mestre Pablo veio com uma fantasia de tigre. A rainha de bateria, Tati Minerato, vestia uma fantasia cor de ouro e plumas amarelas.
Para o comentarista do SRzd, Bruno Moraes, o destaque da bateria foi o conjunto de bossas. “A Bateria Ritmo Feroz fez um ótimo desfile. Com um andamento mais pra frente, mas sem perder o swing. Destaque para o conjunto de bossas, que certamente é um dos mais originais do carnaval. Ao longo da pista, a bateria teve pequenos deslizes, porém sem prejudicar a escola. Um dos melhores anos do Mestre Pablo, que mais uma vez inovou com uma fantasia bastante elaborada. Padrão é uma palavra que essa bateria não segue, e isso é muito bom”, comentou ele.
Harmonia
A melhor escola no quesito até então. A comunidade pisou firme e mostrou a garra e o comprometimento que já são características dos componentes de São Gonçalo. Vale ressaltar o ótimo entrosamento entre componentes, carro de som e bateria, impulsionados pelo ótimo samba-enredo.
“A escola apresentou um excelente desfile, clareza no canto, componentes comprometidos em cantar o samba na sua totalidade, ótima sincronia entre ritmo e melodia. O canto soou forte e fluiu durante todo o desfile”, disse a comentarista do SRzd, Célia Souto.
Evolução
Uma passagem coesa pela pista, tanto em relação ao desempenho da comunidade quanto ao trabalho dos diretores em levar uma escola coesa e organizada. Pequenas falhas de espaçamento foram observadas, mas nada que tire o brilho da agremiação no quesito.
“Ótimo desempenho, apenas uma leve dispersão entre a ala que antecede a bateria, no mais, um excelente desempenho no ritmo da escola”, finalizou Célia Souto.
Ficha técnica
Enredo: “O Caçador que Traz Alegrias” Presidente: Fábio Montibelo Carnavalesco: Annik Salmon Intérprete: Pitty de Menezes Mestre de Bateria: Pablo Rainha de Bateria: Tati Minerato Comissão de Frente: Paulo Pinna Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Rodrigo França e Cintya Santos
Quarta escola a desfilar no primeiro dia de desfiles das escolas de samba da Série Ouro, já na madrugada desta quinta-feira (21), a Porto da Pedra levantou o público da Sapucaí.
Com o enredo O Caçador Que Traz Alegrias, desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon, a agremiação de São Gonçalo contou a história de Mãe Stella de Oxóssi. Ela foi líder religiosa, defendeu e lutou pelo respeito ao Candomblé.
A escola passou muito bem, apresentou belíssimas fantasias, além do canto forte. Porém, foi possível notar que o carro abre-alas e a segunda alegoria passaram com as luzes apagadas.
Fala, Rachel!
“A escola se apresentou bastante equilibrada, com bom desempenho. Uma ou outra falha, como problemas na iluminação e acabamento dos carros, não comprometeram o bom desfile”.
Fala, Luiz!
“Gostei muito. A melhor escola até agora. Acho que pode disputar o Carnaval. A gente vê a assinatura da carnavalesca Annik. Plástica original e com soluções muito boas. Um sambaço e um enredo muito bem desenvolvido.”
Comissão de frente
A comissão de frente do coreógrafo Paulo Pinna foi um dos destaques do desfile da Porto da Pedra. Na apresentação, eles utilizaram um elemento cenográfico que representava a árvore Apaoká. Sob a árvore, Mãe Stella apontava sua flecha em direção a escola.
Composta por 15 integrantes que vestiam roupas em tons de marrom, eles representavam as raízes da árvore que sustentavam o corpo de Mãe Stella. Durante a apresentação, elas revelavam saias azuis e também portavam flechas. As apresentações foram marcadas por coreografias muito bem sincronizadas. Ao final da apresentação, o elemento realizava um giro e revelava um livro com a foto de Mãe Stella e a frase “O que não se registra, o vento leva”.
“Coreografia forte, desenhos criativos e muito bem ensaiada. Os corpos femininos e masculinos fundem-se num coletivo muito agradável de se ver. Figurino e elemento alegórico que casam muito bem com a proposta. Aliás, o figurino merece uma menção especial, pois com a troca de saia continua dialogando com o elemento alegórico, multiplicando a imagem da caçadora Mãe Stella”, disse Márcio Moura, comentarista do SRzd.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo França e Cintya Santos, encantou a Sapucaí com suas apresentações. Ovacionados pelo público, as performances do casal foram marcadas pela elegância e entrosamento.
Com um bailado seguro e leve, eles realizaram com perfeição o trabalho. Ambos utilizavam roupas com alguns recortes coloridos. Na saia da porta-bandeira, plumas vermelhas e pretas.
Segundo a comentarista do SRzd, Eliane Souza, o casal repetiu o feito realizado no ensaio técnico e que deu certo. “O casal esbanjou equilíbrio e segurança na realização do bailado. Rodrigo França executou o Cruzado, a Carrapeta com piruetas duplas, permitindo que a dançarina rodopiasse livremente no Abano; o Meio Sapateado, ligeiramente ‘plantado’ para poder olhar e cortejar a dama e reverenciar o pavilhão! Cintya Santos, exuberante em seu gestual – a mão, ora plantada na cintura, ora em movimento ondulantes – executou o Balanço sem apoio do mestre-sala, deslocando-se livremente pelo espaço, sempre cortejada por seu par. Eles fizeram uma linda Apresentação da Bandeira e, para encerrar a performance, Cintya Santos recebeu um beijo na mão, uma gentileza de Rodrigo França”, disse ela.
Alegorias e adereços
A agremiação abriu seu desfile trazendo o tigre, símbolo da escola, no abre-alas. Realizando pequenos movimentos na cabeça e nas patas, a primeira alegoria representava a mata virgem.
O segundo carro fazia referência a quem antecedeu Mãe Stella nos cuidados da casa de Xangô. Na frente do carro, havia quatro esculturas que representavam as zeladoras da morada.
Já a última alegoria retratava o legado de Mãe Stella, revelando o Candomblé como um ambiente de educação. Além de remeter a sua luta pelo respeito à religião e as culturas africanas.
“As alegorias foram caprichadas e o destaque vai para o grandioso Tigre no abre-alas que vinha meio da mata. O detalhe negativo foi que a iluminação deste carro se apagou logo que entrou no setor 1”, disse Jaime Cezario, comentarista do SRzd.
Fantasias
Com belíssimas fantasias, a Porto da Pedra não demonstrou nenhum problema no quesito. Todas de fácil entendimento e muito bem acabadas. As alas com cores variadas produziram um belo efeito visual.
Segundo o comentarista do SRzd, Jaime Cezario, a escola foi inteligente por utilizar tecidos padronizados em formas geométricas: “A Porto da Pedra com sua homenagem a Mãe Stella de Oxóssi explorou nas fantasias das alas a temática afro, onde se destacou os tecidos com padrões geométricas. E essa inteligente utilização, trouxe boas soluções, com destaque para as baianas que basicamente foi constituída de tecidos, onde as padrões se complementavam gerando um belo efeito visual. É o que chamaríamos do bom, bonito e barato”.
Enredo
“A Porto da Pedra elaborou seu enredo tendo como tema a vida religiosa e literária de Mãe Stella de Oxóssi. O Tigre de São Gonçalo mostrou sua força na avenida, o enredo teve como fios condutores a vida religiosa da Mãe de Santo Baiana e sua intensa atividade como escritora, pois uma grande preocupação de Mãe Stella era preservar a oralidade inerente ao Candomblé através dos livros, eternizando-o no mundo das letras. É primordial destacar a excelência do desenvolvimento do enredo. A Porto da Pedra apresentou de forma muito clara os dois eixos centrais do desfile, o Ilê de Mãe Stella, sua íntima ligação com Oxóssi e o seu viés literário. Merece destaque especial a ala que retratou o título de Doutora Honoris Causa concedido à mãe Stella pela Universidade Federal da Bahia e o lindo abre-alas com o Tigre Cinético”, disse Marcelo Masô, comentarista do SRzd.
Samba-enredo
Um dos melhores sambas da Série Ouro comprovou sua qualidade numa excelente passagem pela Sapucaí. Vale destacar o excelente desempenho do intéprete Pitty de Menezes e seu carro de som.
A obra composta por Obá Adriano Abiodun, Guga Martins, Passos Júnior, Abílio Jr., Nando Tavares, Wagner Rodrigues, Clairton Fonseca, Leandro Gaúcho e Ailson Picanço foi um dos trunfos do tigre, como analisou o comentarista Cadu Zugliani.
“O samba, que eu acho um dos melhores do grupo, foi ‘atropelado’ pelo andamento da bateria. Por não ser um samba de palavras fáceis, deveria ter tido um andamento um pouco mais pra trás, não atrapalharia em nada o bom desfile da escola, pelo contrário. Mas o destaque foi o desempenho do Pitty e do carro de som, mesmo com o samba acelerado, mantiveram a afinação, a força, a pegada e carregaram a comunidade, nota 10.”
Bateria
A bateria da Porto da Pedra realizou um bom trabalho na Avenida. À sua frente, mestre Pablo veio com uma fantasia de tigre. A rainha de bateria, Tati Minerato, vestia uma fantasia cor de ouro e plumas amarelas.
Para o comentarista do SRzd, Bruno Moraes, o destaque da bateria foi o conjunto de bossas. “A Bateria Ritmo Feroz fez um ótimo desfile. Com um andamento mais pra frente, mas sem perder o swing. Destaque para o conjunto de bossas, que certamente é um dos mais originais do carnaval. Ao longo da pista, a bateria teve pequenos deslizes, porém sem prejudicar a escola. Um dos melhores anos do Mestre Pablo, que mais uma vez inovou com uma fantasia bastante elaborada. Padrão é uma palavra que essa bateria não segue, e isso é muito bom”, comentou ele.
Harmonia
A melhor escola no quesito até então. A comunidade pisou firme e mostrou a garra e o comprometimento que já são características dos componentes de São Gonçalo. Vale ressaltar o ótimo entrosamento entre componentes, carro de som e bateria, impulsionados pelo ótimo samba-enredo.
“A escola apresentou um excelente desfile, clareza no canto, componentes comprometidos em cantar o samba na sua totalidade, ótima sincronia entre ritmo e melodia. O canto soou forte e fluiu durante todo o desfile”, disse a comentarista do SRzd, Célia Souto.
Evolução
Uma passagem coesa pela pista, tanto em relação ao desempenho da comunidade quanto ao trabalho dos diretores em levar uma escola coesa e organizada. Pequenas falhas de espaçamento foram observadas, mas nada que tire o brilho da agremiação no quesito.
“Ótimo desempenho, apenas uma leve dispersão entre a ala que antecede a bateria, no mais, um excelente desempenho no ritmo da escola”, finalizou Célia Souto.
Ficha técnica
Enredo: “O Caçador que Traz Alegrias” Presidente: Fábio Montibelo Carnavalesco: Annik Salmon Intérprete: Pitty de Menezes Mestre de Bateria: Pablo Rainha de Bateria: Tati Minerato Comissão de Frente: Paulo Pinna Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Rodrigo França e Cintya Santos