Eliminatórias: Processo de escolha dos sambas ainda empolga ou modelo precisa ser revisto?

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As escolas de samba do Rio de Janeiro vivem um dos momentos mais importantes desta fase de pré-Carnaval; a escolha do hino para os desfiles na Avenida. Por tratar-se de um espetáculo destacadamente musical e visual, a canção é um dos elementos fundamentais. É ela quem conduz os desfilantes na pista, canta a história proposta […]

POR Redação SRzd22/09/2022|3 min de leitura

Eliminatórias: Processo de escolha dos sambas ainda empolga ou modelo precisa ser revisto?

Disputa de samba da Beija-Flor. Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação

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As escolas de samba do Rio de Janeiro vivem um dos momentos mais importantes desta fase de pré-Carnaval; a escolha do hino para os desfiles na Avenida.

Por tratar-se de um espetáculo destacadamente musical e visual, a canção é um dos elementos fundamentais. É ela quem conduz os desfilantes na pista, canta a história proposta pelos carnavalescos e ainda tem a missão de proporcionar a comunicação com o público no sambódromo.


Leia também:

+ Palavra de campeão: bastidores, título, 2023 e o legado para o Carnaval, por Fafá


Ao longo das décadas, esse processo foi passando por muitas modificações. No último ano, devido a pandemia de Covid-19, as sempre quentes eliminatórias migraram para um estúdio de televisão.

Nas quadras, interferências de dirigentes nos resultados e na própria criação dos poetas, além dos altos custos para tornar uma parceria competitiva, são ingredientes que foram fomentando a discussão sobre o formato.

As alas de compositores das escolas, antes um pilar cultural dentro de cada agremiação, assistem a invasão de grupos, as chamadas firmas, que concorrem indiscriminadamente em diferentes concursos, criando uma certa “reserva de mercado”.

+ Ouça os sambas concorrentes no Rio para 2023

Como resultado, não são raros os casos de descontentamento com a condução e o resultado das disputas. Isso também se reflete em quem acompanha o Carnaval o ano todo e olha bem de perto esse momento importante, embora ainda distante na medida temporal do grande dia de Carnaval.

É também tema de reflexão que esses aspectos todos tem contribuído para que a folia não produza os famosos clássicos. Sambas de enredo que ultrapassavam os limites da passarela e das comunidades e tomavam o país. A amplitude destas criações era tamanha, que merecia, inclusive, regravações nas vozes de grandes nomes da música popular brasileira.

Uma suposta queda na qualidade e engessamento do processo criativo, somado a ausência gradual deste
repertório no rádio e na televisão, acabaram por levar os sambas cada vez mais para consumo do segmento e para o desfile do ano.

Entre os fãs de Carnaval, ainda existe um outro cenário de desconforto; as disputas geralmente acontecem nas madrugadas, são longas e impõem aos sambistas energia, disponibilidade e muita paciência. Até para uma cobertura da imprensa, no modelo atual, a dificuldade de dar visibilidade ao processo, se torna cada vez maior. Na sua opinião, o modelo deve ser revisto? Deixe seu comentário na página do SRzd ou nas redes sociais.

As escolas de samba do Rio de Janeiro vivem um dos momentos mais importantes desta fase de pré-Carnaval; a escolha do hino para os desfiles na Avenida.

Por tratar-se de um espetáculo destacadamente musical e visual, a canção é um dos elementos fundamentais. É ela quem conduz os desfilantes na pista, canta a história proposta pelos carnavalescos e ainda tem a missão de proporcionar a comunicação com o público no sambódromo.


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Ao longo das décadas, esse processo foi passando por muitas modificações. No último ano, devido a pandemia de Covid-19, as sempre quentes eliminatórias migraram para um estúdio de televisão.

Nas quadras, interferências de dirigentes nos resultados e na própria criação dos poetas, além dos altos custos para tornar uma parceria competitiva, são ingredientes que foram fomentando a discussão sobre o formato.

As alas de compositores das escolas, antes um pilar cultural dentro de cada agremiação, assistem a invasão de grupos, as chamadas firmas, que concorrem indiscriminadamente em diferentes concursos, criando uma certa “reserva de mercado”.

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Como resultado, não são raros os casos de descontentamento com a condução e o resultado das disputas. Isso também se reflete em quem acompanha o Carnaval o ano todo e olha bem de perto esse momento importante, embora ainda distante na medida temporal do grande dia de Carnaval.

É também tema de reflexão que esses aspectos todos tem contribuído para que a folia não produza os famosos clássicos. Sambas de enredo que ultrapassavam os limites da passarela e das comunidades e tomavam o país. A amplitude destas criações era tamanha, que merecia, inclusive, regravações nas vozes de grandes nomes da música popular brasileira.

Uma suposta queda na qualidade e engessamento do processo criativo, somado a ausência gradual deste
repertório no rádio e na televisão, acabaram por levar os sambas cada vez mais para consumo do segmento e para o desfile do ano.

Entre os fãs de Carnaval, ainda existe um outro cenário de desconforto; as disputas geralmente acontecem nas madrugadas, são longas e impõem aos sambistas energia, disponibilidade e muita paciência. Até para uma cobertura da imprensa, no modelo atual, a dificuldade de dar visibilidade ao processo, se torna cada vez maior. Na sua opinião, o modelo deve ser revisto? Deixe seu comentário na página do SRzd ou nas redes sociais.

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