Em meio ao ambiente de incerteza em torno da realização do Carnaval nas mais diversas partes do país por conta do avanço da variante Ômicron e surtos de gripe, as escolas de samba do Rio de Janeiro, donas do maior espetáculo da Terra, estão pleiteando a realização do evento marcado para o próximo mês.
A Estácio de Sá, um dos principais símbolos do samba nacional, publicou em suas redes sociais manifesto em favor da festa, em defesa da cultura e contra aqueles que pedem o adiamento dos desfiles:
“O samba é resistência desde a sua concepção. Mais do que isto, é traço fundamental de identificação da cultura preta e de periferia. Conheça e respeite a história de quem, por amor, enfrenta chuva, sangra, canta e bate no peito para defender a nossa cultura. Respeite a voz do surdo, o choro da cuíca e, acima de tudo, essa gente que sempre lutou para conquistar seu espaço.
Por ser democrática, a escola de samba abraça o branco, o preto, o pobre, o rico, as pessoas. Isso é escola de samba e aqui não há lugar para aquele que diz que luta por nós mas que nos aponta o dedo sem argumentos reais para nos calar, até porque isto não vai acontecer.
Sem consciência coletiva? Foram mais de 500 mil máscaras feitas pelas mãos das nossas costureiras, toneladas e mais toneladas de alimentos distribuídos por movimentos formados pelos sambistas. Levante-se e faça algo real, sem politicagem, por essa gente que trabalha, que sonha e que, assim como qualquer trabalhador, vai defender o seu ganha pão todos os dias. O Covid não está somente na escola de samba, ele está em todos os lugares. Sem demagogia… Deixa Falar”, diz o comunicado.
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