Festa do CD: grandes apresentações, show de intérpretes e sacode de Salgueiro, Portela e Viradouro
Como de costume, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) comemorou o Dia Nacional do Samba (2) com a festa de lançamento do CD do Grupo Especial. Também como de costume, a festa foi fechada para convidados, sortudos que puderam presenciar grandes apresentações. Os destaques ficaram para o alto nível dos sambas e excelentes […]
POR Redação SRzd04/12/2019|10 min de leitura
Como de costume, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) comemorou o Dia Nacional do Samba (2) com a festa de lançamento do CD do Grupo Especial. Também como de costume, a festa foi fechada para convidados, sortudos que puderam presenciar grandes apresentações. Os destaques ficaram para o alto nível dos sambas e excelentes exibições dos intérpretes. No geral, Salgueiro, Portela e Viradouro se sobressaíram, mas ninguém ficou tão abaixo.
O evento aconteceu na quadra do Salgueiro, já que a Cidade do Samba está interditada para eventos. A produção manteve o padrão dos últimos anos: tudo muito chique, bem arrumado, com direito a telão de LED que mostrava a capa do CD, a logo da Liesa e de cada escola durante sua apresentação.
As 13 agremiações subiram no palco na ordem contrária a do álbum, começando pela Estácio de Sá, 13ª faixa do disco, e terminando na Mangueira, responsável por abrir o CD. Cada escola levou intérprete, rainha de bateria ou musa, casal, compositores e diretores de Carnaval e Harmonia. A campeã, que fez show de encerramento, se apresentou também com baianas, passistas, destaques e comissão de frente, além da sua bateria, que tocou durante toda a festa, sendo comandada pelo mestre de cada escola que se apresentava no momento.
Estácio de Sá
Com a missão de abrir o show, a vermelha e branca de São Carlos cantou seu samba que não é nenhuma obra-prima, mas também não compromete. Com a ótima atuação de Serginho do Porto, cada dia mais identificado com a agremiação, a obra tende a crescer até o desfile oficial. Destaque para a belíssima roupa da porta-bandeira Alcione, muito bem com seu mestre-sala.
Ponto alto: Serginho do Porto
São Clemente
Segunda a subir ao palco, a preto e amarelo contou com a empolgação dos compositores campeões, como o ator Marcelo Adnet, efusivo durante toda a apresentação. Giovanna e Fabrício provaram mais uma vez que formam um casal com potencial de ser um dos melhores da atualidade. A combinação do carro de som – Bruno Ribas, Leozinho Nunes e Grazzi Brasil – ainda pode evoluir durante os ensaios, assim com a obra clementiana, que altera entre bons momentos e outros onde cai de rendimento.
Ponto alto: Giovanna e Fabricio
Beija-Flor
Acostumada a ser uma das últimas a se apresentar, a Beija-Flor subiu ao palco da Academia do Samba sem Neguinho da Beija-Flor, que não chegou a tempo do show da azul e branca. Coube a Bakaninha, Nego Lindo e Igor Pita defenderem a grandiosa obra da escola, que teve ótima passagem na festa. O samba cresce consideravelmente na segunda parte e no refrão, e promete cair como uma luva pra comunidade no desfile. Rainha de bateria, Raissa de Oliveira nem parece que deu à luz há três meses. A majestade sambou como quem troca de roupa. Selminha e Claudinho dispensam apresentações e só a presença do casal já vale o espetáculo.
Ponto alto: Samba-enredo
União da Ilha
O samba que muita gente estranhou quando foi escolhido vem tomando corpo a cada apresentação. Com a ajuda do sempre incorporado Ito Melodia, a obra insulana teve grande passagem na quadra do Salgueiro. Destaque para o casal Phelipe e Dandara, muito bem vestidos e com bela coreografia. O desfalque ficou por conta da rainha de bateria Gracyanne Barbosa. Sempre presente nos eventos, a majestade não compareceu à festa do CD.
Ponto alto: Ito Melodia
Grande Rio
Dona de uma dos melhores, se não o melhor samba do álbum, a Grande Rio fez uma das maiores apresentações da festa. Thiago Monteiro, diretor de Carnaval, comandou do palco com entusiasmo a passagem da escola. Destaques para a bela interpretação de Evandro Malandro e para a exibição do casal Taciana e Daniel, vestidos com um lindíssimo figurino, no clima do enredo sobre Joãozinho da Gomeia.
Ponto alto: Samba-enredo
Paraíso do Tuiuti
Logo de cara, Celsinho Mody, intérprete da agremiação, agradeceu, em nome do presidente Renato Thor, ao presidente da Liesa, Jorge Castanheira, e aos sócios beneméritos da liga Anísio Abraão David e Capitão Guimarães. Reeditando a parceria de 2018, Celsinho teve Nino do Milênio ao seu lado dividindo o microfone principal. O que deu certo há dois anos vem dando certo novamente. Sintonia, entusiasmo e ótima interpretação da dupla. Recém empossada rainha de bateria, Lívia Andrade esbanjou carisma e mostrou porque conquistou a comunidade de São Cristóvão.
Ponto alto: Celsinho Mody e Nino do Milênio
Unidos da Tijuca
Fruto de encomenda, o samba da Unidos da Tijuca passou no teste e combinou com a voz de Wantuir, que por si só já é a cara da azul e amarela. A boa exibição da escola contou com duas presenças bastante animadas no palco do Salgueiro: o compositor Dudu Nobre e a rainha de bateria Lexa. A nova majestade vem provando que a agremiação não precisará mais se preocupar com quem está à frente da Pura Cadência.
Ponto alto: Wantuir
Mocidade Independente
Wander Pires é um acontecimento, não só pela voz. O intérprete investe no visual como quem vai a uma apresentação nas maiores premiações de música. Todo de preto brilhoso e com um topete sem um fio fora do lugar, o cantor já vale o próprio show. Pra ajudar, a verde e branca ainda tem um dos melhores sambas do ano, em homenagem à cantora Elza Soares. Sandra de Sá, um das compositoras que assina a obra, também era só alegria no palco do Salgueiro. Quem perdeu foi a rainha de bateria Giovanna Angélica, que não compareceu.
Ponto alto: Wander Pires
Salgueiro
Jogando em casa, ficou fácil para a vermelha e branca dar um sacode na sua própria quadra. Motivo teve de sobra. A começar pelo samba-enredo, que pode não ser uma maravilha, mas rende que é uma beleza. Emerson Dias e Quinho deram mais certo do que todos esperavam quando foram anunciados no final do ano passado. No palco, a dupla se vestiu de palhaço mímico, com direito a cara pintada, suspensório e camisa listrada, e divertiram o público. O casal Sidclei e Marcella também entraram no clima circense e se apresentaram vestidos de mágico e bailarina. Toda de vermelho, Viviane Araújo fez seu papel de encantar o respeitável público.
Ponto alto: Emerson Dias e Quinho
Portela
Pra quem já foi chamada de toada, a obra portelense deu um banho de samba-enredo na festa de lançamento do CD. A composição ganhou uma nova roupagem na voz marcante de Gilsinho e tem tantos pontos fortes que é difícil achar um momento em que a obra caia. A passagem animou o público, que também pôde assistir a uma linda apresentação de Lucinha Nobre e Marlon Lamar, e um espetáculo de samba no pé de Bianca Monteiro.
Ponto alto: Samba-enredo
Vila Isabel
Pra quem tinha dúvidas se a composição da Vila Isabel aguentava o pique, por ser grande em letra, Tinga respondeu muito bem na festa da Liesa. O intérprete, preferido em disputas de samba, levanta até defunto. Não seria diferente com a obra azul e branca – que é ótima e está longe de estar morta. A exibição da agremiação foi vibrante, assim como sua nova rainha de bateria, Aline Riscado. A beldade que sofreu rejeição de início teve presença de palco, ousou no figurino e está empenhada em evoluir no samba no pé.
Ponto alto: Tinga
Viradouro
Acostumada a produzir grandes espetáculos em sua quadra, a Viradouro foi pronta para realizar grande apresentação no palco da coirmã e cumpriu com objetivo. Destaque para os figurinos, bonitos e dentro do enredo sobre as Ganhadeiras de Itapuã. Na parte musical, excelente desempenho de Zé Paulo, que já se tornou a cara e a voz da agremiação. O famoso refrão do ‘ensaboa’ fez o que todo mundo já sabe que ele vai fazer: conquistar o povo. É difícil não cantar essa parte e no Salgueiro não foi diferente.
Ponto alto: Figurinos
Mangueira
Pode ser clichê, mas de fato a Mangueira encerrou a festa com chave de ouro. Última a se apresentar, a verde e rosa provou que seu samba, tão criticado pelas mudanças após a disputa, rende melhor da forma atual, e tem tudo para passar muito bem na Avenida. Rainha de bateria, Evelyn Bastos surpreendeu no figurino e mostrou seu já tão exaltado samba no pé. Após a obra de 2020, a agremiação ainda cantou os sambas campeões de 2019 e 2016 e fez seu show particular com todos os segmentos.
Ponto alto: Samba-enredo
Como de costume, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) comemorou o Dia Nacional do Samba (2) com a festa de lançamento do CD do Grupo Especial. Também como de costume, a festa foi fechada para convidados, sortudos que puderam presenciar grandes apresentações. Os destaques ficaram para o alto nível dos sambas e excelentes exibições dos intérpretes. No geral, Salgueiro, Portela e Viradouro se sobressaíram, mas ninguém ficou tão abaixo.
O evento aconteceu na quadra do Salgueiro, já que a Cidade do Samba está interditada para eventos. A produção manteve o padrão dos últimos anos: tudo muito chique, bem arrumado, com direito a telão de LED que mostrava a capa do CD, a logo da Liesa e de cada escola durante sua apresentação.
As 13 agremiações subiram no palco na ordem contrária a do álbum, começando pela Estácio de Sá, 13ª faixa do disco, e terminando na Mangueira, responsável por abrir o CD. Cada escola levou intérprete, rainha de bateria ou musa, casal, compositores e diretores de Carnaval e Harmonia. A campeã, que fez show de encerramento, se apresentou também com baianas, passistas, destaques e comissão de frente, além da sua bateria, que tocou durante toda a festa, sendo comandada pelo mestre de cada escola que se apresentava no momento.
Estácio de Sá
Com a missão de abrir o show, a vermelha e branca de São Carlos cantou seu samba que não é nenhuma obra-prima, mas também não compromete. Com a ótima atuação de Serginho do Porto, cada dia mais identificado com a agremiação, a obra tende a crescer até o desfile oficial. Destaque para a belíssima roupa da porta-bandeira Alcione, muito bem com seu mestre-sala.
Ponto alto: Serginho do Porto
São Clemente
Segunda a subir ao palco, a preto e amarelo contou com a empolgação dos compositores campeões, como o ator Marcelo Adnet, efusivo durante toda a apresentação. Giovanna e Fabrício provaram mais uma vez que formam um casal com potencial de ser um dos melhores da atualidade. A combinação do carro de som – Bruno Ribas, Leozinho Nunes e Grazzi Brasil – ainda pode evoluir durante os ensaios, assim com a obra clementiana, que altera entre bons momentos e outros onde cai de rendimento.
Ponto alto: Giovanna e Fabricio
Beija-Flor
Acostumada a ser uma das últimas a se apresentar, a Beija-Flor subiu ao palco da Academia do Samba sem Neguinho da Beija-Flor, que não chegou a tempo do show da azul e branca. Coube a Bakaninha, Nego Lindo e Igor Pita defenderem a grandiosa obra da escola, que teve ótima passagem na festa. O samba cresce consideravelmente na segunda parte e no refrão, e promete cair como uma luva pra comunidade no desfile. Rainha de bateria, Raissa de Oliveira nem parece que deu à luz há três meses. A majestade sambou como quem troca de roupa. Selminha e Claudinho dispensam apresentações e só a presença do casal já vale o espetáculo.
Ponto alto: Samba-enredo
União da Ilha
O samba que muita gente estranhou quando foi escolhido vem tomando corpo a cada apresentação. Com a ajuda do sempre incorporado Ito Melodia, a obra insulana teve grande passagem na quadra do Salgueiro. Destaque para o casal Phelipe e Dandara, muito bem vestidos e com bela coreografia. O desfalque ficou por conta da rainha de bateria Gracyanne Barbosa. Sempre presente nos eventos, a majestade não compareceu à festa do CD.
Ponto alto: Ito Melodia
Grande Rio
Dona de uma dos melhores, se não o melhor samba do álbum, a Grande Rio fez uma das maiores apresentações da festa. Thiago Monteiro, diretor de Carnaval, comandou do palco com entusiasmo a passagem da escola. Destaques para a bela interpretação de Evandro Malandro e para a exibição do casal Taciana e Daniel, vestidos com um lindíssimo figurino, no clima do enredo sobre Joãozinho da Gomeia.
Ponto alto: Samba-enredo
Paraíso do Tuiuti
Logo de cara, Celsinho Mody, intérprete da agremiação, agradeceu, em nome do presidente Renato Thor, ao presidente da Liesa, Jorge Castanheira, e aos sócios beneméritos da liga Anísio Abraão David e Capitão Guimarães. Reeditando a parceria de 2018, Celsinho teve Nino do Milênio ao seu lado dividindo o microfone principal. O que deu certo há dois anos vem dando certo novamente. Sintonia, entusiasmo e ótima interpretação da dupla. Recém empossada rainha de bateria, Lívia Andrade esbanjou carisma e mostrou porque conquistou a comunidade de São Cristóvão.
Ponto alto: Celsinho Mody e Nino do Milênio
Unidos da Tijuca
Fruto de encomenda, o samba da Unidos da Tijuca passou no teste e combinou com a voz de Wantuir, que por si só já é a cara da azul e amarela. A boa exibição da escola contou com duas presenças bastante animadas no palco do Salgueiro: o compositor Dudu Nobre e a rainha de bateria Lexa. A nova majestade vem provando que a agremiação não precisará mais se preocupar com quem está à frente da Pura Cadência.
Ponto alto: Wantuir
Mocidade Independente
Wander Pires é um acontecimento, não só pela voz. O intérprete investe no visual como quem vai a uma apresentação nas maiores premiações de música. Todo de preto brilhoso e com um topete sem um fio fora do lugar, o cantor já vale o próprio show. Pra ajudar, a verde e branca ainda tem um dos melhores sambas do ano, em homenagem à cantora Elza Soares. Sandra de Sá, um das compositoras que assina a obra, também era só alegria no palco do Salgueiro. Quem perdeu foi a rainha de bateria Giovanna Angélica, que não compareceu.
Ponto alto: Wander Pires
Salgueiro
Jogando em casa, ficou fácil para a vermelha e branca dar um sacode na sua própria quadra. Motivo teve de sobra. A começar pelo samba-enredo, que pode não ser uma maravilha, mas rende que é uma beleza. Emerson Dias e Quinho deram mais certo do que todos esperavam quando foram anunciados no final do ano passado. No palco, a dupla se vestiu de palhaço mímico, com direito a cara pintada, suspensório e camisa listrada, e divertiram o público. O casal Sidclei e Marcella também entraram no clima circense e se apresentaram vestidos de mágico e bailarina. Toda de vermelho, Viviane Araújo fez seu papel de encantar o respeitável público.
Ponto alto: Emerson Dias e Quinho
Portela
Pra quem já foi chamada de toada, a obra portelense deu um banho de samba-enredo na festa de lançamento do CD. A composição ganhou uma nova roupagem na voz marcante de Gilsinho e tem tantos pontos fortes que é difícil achar um momento em que a obra caia. A passagem animou o público, que também pôde assistir a uma linda apresentação de Lucinha Nobre e Marlon Lamar, e um espetáculo de samba no pé de Bianca Monteiro.
Ponto alto: Samba-enredo
Vila Isabel
Pra quem tinha dúvidas se a composição da Vila Isabel aguentava o pique, por ser grande em letra, Tinga respondeu muito bem na festa da Liesa. O intérprete, preferido em disputas de samba, levanta até defunto. Não seria diferente com a obra azul e branca – que é ótima e está longe de estar morta. A exibição da agremiação foi vibrante, assim como sua nova rainha de bateria, Aline Riscado. A beldade que sofreu rejeição de início teve presença de palco, ousou no figurino e está empenhada em evoluir no samba no pé.
Ponto alto: Tinga
Viradouro
Acostumada a produzir grandes espetáculos em sua quadra, a Viradouro foi pronta para realizar grande apresentação no palco da coirmã e cumpriu com objetivo. Destaque para os figurinos, bonitos e dentro do enredo sobre as Ganhadeiras de Itapuã. Na parte musical, excelente desempenho de Zé Paulo, que já se tornou a cara e a voz da agremiação. O famoso refrão do ‘ensaboa’ fez o que todo mundo já sabe que ele vai fazer: conquistar o povo. É difícil não cantar essa parte e no Salgueiro não foi diferente.
Ponto alto: Figurinos
Mangueira
Pode ser clichê, mas de fato a Mangueira encerrou a festa com chave de ouro. Última a se apresentar, a verde e rosa provou que seu samba, tão criticado pelas mudanças após a disputa, rende melhor da forma atual, e tem tudo para passar muito bem na Avenida. Rainha de bateria, Evelyn Bastos surpreendeu no figurino e mostrou seu já tão exaltado samba no pé. Após a obra de 2020, a agremiação ainda cantou os sambas campeões de 2019 e 2016 e fez seu show particular com todos os segmentos.