‘Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei’ é o enredo da Lins Imperial

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Rio. Buscando uma vaga na Série Prata, a Lins Imperial, em 2025, terá como enredo Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei. “A narrativa, debruçada na tradição oral, abordará o ideal de liberdade que emana do mitológico Galanga Muzinga das Áfricas, o Chico Rei das Minas Gerais. Serão abordados aspectos da cultura banto, da […]

POR Redação SRzd18/07/2024|3 min de leitura

‘Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei’ é o enredo da Lins Imperial

Lins Imperial 2025

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Rio. Buscando uma vaga na Série Prata, a Lins Imperial, em 2025, terá como enredo Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei.

“A narrativa, debruçada na tradição oral, abordará o ideal de liberdade que emana do mitológico Galanga Muzinga das Áfricas, o Chico Rei das Minas Gerais. Serão abordados aspectos da cultura banto, da qual Muzinga teria se originado, bem como a sua trajetória mítica por Minas – tornando-se o libertador de escravizados a partir de seu trabalho na Mina da Encardideira – e a sua contribuição para a formação da identidade preta mineira, sobretudo, ouropretana, como por meio da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de Santa Ifigênia dos Homens Pretos e por meio da celebração do Reinado”, informou a escola na tarde desta quinta-feira (18).

“A ideia de enredo surgiu em 2022, com uma viagem da equipe a Ouro Preto para fazermos pesquisa de campo. Ouvimos pesquisadores ouropretanos que estudam o mítico Chico Rei, como Kedison Geraldo, capitão da Guarda de Moçambique, a historiadora e pesquisadora Sidnea Santos, bem como Toninho Lima, o atual zelador da Mina do Chico Rei. Após essa imersão na cultura preta mineira, decidimos, por certo, adotar novamente uma narrativa afrocentrada, o que vem gerando bons enredos e sambas em nossa escola. Estamos confiantes de que nossa escolha nos levará à Série Prata”, disse o presidente Flávio Mello.

Para o enredista e diretor cultural Mateus Pranto, popularizou-se, no imaginário coletivo, a ideia de que Chico Rei escondia ouro em seus cabelos.

“Pretendemos combatê-lo ao mostrar que, na verdade, Chico Rei, a partir do fruto do seu trabalho incessante na Mina da Encardideira, conseguiu negociar a sua alforria e a de outros escravizados”, explicou.

“A prática de alforria entre escravizados era comum na Velha Minas. Embora não haja uma comprovação histórica de que um homem chamado Chico Rei tenha realmente existido, é fato que existiram muitos outros que tiveram uma trajetória semelhante à de Muzinga. É a partir desse imaginário, de um personagem que representa uma coletividade, que nos debruçamos para a construção do enredo. A luta é ancestral”, informou o enredista e diretor cultural Raphael Homem.

O cartaz, assinado pelo designer Rodrigo Cardoso, é inspirado nos estandartes coloridos muito comuns nos reinados ouropretanos. Ao centro, representando Chico Rei altivo sob Ouro Preto, está Jackson Senhorinho o primeiro mestre-sala da agremiação.

Lins Imperial 2025
Lins Imperial 2025

A Lins Imperial será a 4ª a desfilar, na sexta-feira, 7 de março, pela Série Bronze. O samba-enredo, que será encomendado e a sinopse, serão divulgados em agosto.

Folia

Rio. Buscando uma vaga na Série Prata, a Lins Imperial, em 2025, terá como enredo Galanga Muzinga – A saga de Chico Rei.

“A narrativa, debruçada na tradição oral, abordará o ideal de liberdade que emana do mitológico Galanga Muzinga das Áfricas, o Chico Rei das Minas Gerais. Serão abordados aspectos da cultura banto, da qual Muzinga teria se originado, bem como a sua trajetória mítica por Minas – tornando-se o libertador de escravizados a partir de seu trabalho na Mina da Encardideira – e a sua contribuição para a formação da identidade preta mineira, sobretudo, ouropretana, como por meio da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de Santa Ifigênia dos Homens Pretos e por meio da celebração do Reinado”, informou a escola na tarde desta quinta-feira (18).

“A ideia de enredo surgiu em 2022, com uma viagem da equipe a Ouro Preto para fazermos pesquisa de campo. Ouvimos pesquisadores ouropretanos que estudam o mítico Chico Rei, como Kedison Geraldo, capitão da Guarda de Moçambique, a historiadora e pesquisadora Sidnea Santos, bem como Toninho Lima, o atual zelador da Mina do Chico Rei. Após essa imersão na cultura preta mineira, decidimos, por certo, adotar novamente uma narrativa afrocentrada, o que vem gerando bons enredos e sambas em nossa escola. Estamos confiantes de que nossa escolha nos levará à Série Prata”, disse o presidente Flávio Mello.

Para o enredista e diretor cultural Mateus Pranto, popularizou-se, no imaginário coletivo, a ideia de que Chico Rei escondia ouro em seus cabelos.

“Pretendemos combatê-lo ao mostrar que, na verdade, Chico Rei, a partir do fruto do seu trabalho incessante na Mina da Encardideira, conseguiu negociar a sua alforria e a de outros escravizados”, explicou.

“A prática de alforria entre escravizados era comum na Velha Minas. Embora não haja uma comprovação histórica de que um homem chamado Chico Rei tenha realmente existido, é fato que existiram muitos outros que tiveram uma trajetória semelhante à de Muzinga. É a partir desse imaginário, de um personagem que representa uma coletividade, que nos debruçamos para a construção do enredo. A luta é ancestral”, informou o enredista e diretor cultural Raphael Homem.

O cartaz, assinado pelo designer Rodrigo Cardoso, é inspirado nos estandartes coloridos muito comuns nos reinados ouropretanos. Ao centro, representando Chico Rei altivo sob Ouro Preto, está Jackson Senhorinho o primeiro mestre-sala da agremiação.

Lins Imperial 2025
Lins Imperial 2025

A Lins Imperial será a 4ª a desfilar, na sexta-feira, 7 de março, pela Série Bronze. O samba-enredo, que será encomendado e a sinopse, serão divulgados em agosto.

Folia

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