Conheça a história de Chacal do Sax, o saxofonista do samba
Chacal do Sax foi uma das atrações da última Feijoada da Família Portelense, realizada no último sábado (6). Tocando o seu saxofone, o músico levanta plateias por onde passa. Tanto que, enquanto tocava algumas músicas, como “Trem das Onze” e “Gostava Tanto de Você”, os portelenses não ficaram parados. Mas nem sempre foi assim. Nascido […]
PORRedação SRzd8/5/2017|
3 min de leitura
Chacal do Sax. Foto: Tamara Muniz
| Siga-nos
Chacal do Sax foi uma das atrações da última Feijoada da Família Portelense, realizada no último sábado (6). Tocando o seu saxofone, o músico levanta plateias por onde passa. Tanto que, enquanto tocava algumas músicas, como “Trem das Onze” e “Gostava Tanto de Você”, os portelenses não ficaram parados.
Mas nem sempre foi assim. Nascido e criado no Complexo do Lins, na comunidade do Barro Vermelho, Jonathan Fernandes Vieira não imaginava em se envolver com o mundo da música. Antes de se tornar conhecido, Chacal se lembra de ter visto muita violência em sua comunidade.
“Eu não imaginava ir para o mundo da música, ainda mais do saxofone, que é pouco conhecido na comunidade. Se não fosse a música, eu nem imagino o que seria”, contou ao SRzd.
Chacal do Sax. Foto: Tamara Cronopio
Tudo começou quando Chacal entrou na Casa do Pequeno Jornaleiro, um colégio interno, e foi apresentado à música. Após demonstrar muito esforço e talento, o músico ganhou da mãe, mesmo vivendo de salário mínimo, um saxofone.
“Esse foi o momento em que eu decidi o que iria fazer da minha vida”, declarou.
O próximo passo na carreira de Chacal do Sax foi entrar no mundo do samba. Depois de tocar muito em portinha de loja, onde chegou a ganhar R$ 30, o saxofonista se apresentou com alguns grupos, como, por exemplo, o Fundo de Quintal.
Quando perguntado se em algum momento pensou em desistir da música, o saxofonista respondeu sem titubear: “Nunca!”. Mas confessa que muitos não acreditavam em seu trabalho.
Chacal do Sax. Foto: Tamara Cronopio
“Já tomei muita porrada. Muitas pessoas não acreditavam. Muitas vezes eu chegava para pedir uma oportunidade e ficavam me enrolando. Acabava o pagode e o cara não me chamava para subir no palco. Passei muito por isso”, lembrou Chacal.
Certa vez, ele foi convidado a uma roda de samba. No dia da evento, depois de descobrir o instrumento que Chacal toca, o diretor de palco só permitiu a execução de uma música, com medo de que o público se espantasse. Depois de tocar o primeiro samba, a plateia reagiu positivamente e pediu para que ele continuasse.
O reconhecimento, no entanto, chegou quando o músico conheceu Neguinho da Beija-Flor. Depois de ver o talento de Chacal, o sambista o convidou para uma turnê pela Europa durante três meses.
“O mais importante é que não desisti, sempre acreditei muito e mostrei para as pessoas que tinha como dar certo”, confessou o saxofonista.
Mesmo com a agenda cheia, o músico criou uma escolinha de futebol no Complexo do Lins. Para entrar, todas as crianças e adolescentes precisam estar matriculados no colégio.
Hoje, Chacal do Sax é referência dentro e fora da comunidade onde nasceu. O seu sopro não sacode apenas quadras de escolas e shows, mas também os sonhos de muitos jovens que desejam por uma vida melhor.
Chacal do Sax. Foto: Tamara Cronopio
Chacal do Sax foi uma das atrações da última Feijoada da Família Portelense, realizada no último sábado (6). Tocando o seu saxofone, o músico levanta plateias por onde passa. Tanto que, enquanto tocava algumas músicas, como “Trem das Onze” e “Gostava Tanto de Você”, os portelenses não ficaram parados.
Mas nem sempre foi assim. Nascido e criado no Complexo do Lins, na comunidade do Barro Vermelho, Jonathan Fernandes Vieira não imaginava em se envolver com o mundo da música. Antes de se tornar conhecido, Chacal se lembra de ter visto muita violência em sua comunidade.
“Eu não imaginava ir para o mundo da música, ainda mais do saxofone, que é pouco conhecido na comunidade. Se não fosse a música, eu nem imagino o que seria”, contou ao SRzd.
Chacal do Sax. Foto: Tamara Cronopio
Tudo começou quando Chacal entrou na Casa do Pequeno Jornaleiro, um colégio interno, e foi apresentado à música. Após demonstrar muito esforço e talento, o músico ganhou da mãe, mesmo vivendo de salário mínimo, um saxofone.
“Esse foi o momento em que eu decidi o que iria fazer da minha vida”, declarou.
O próximo passo na carreira de Chacal do Sax foi entrar no mundo do samba. Depois de tocar muito em portinha de loja, onde chegou a ganhar R$ 30, o saxofonista se apresentou com alguns grupos, como, por exemplo, o Fundo de Quintal.
Quando perguntado se em algum momento pensou em desistir da música, o saxofonista respondeu sem titubear: “Nunca!”. Mas confessa que muitos não acreditavam em seu trabalho.
Chacal do Sax. Foto: Tamara Cronopio
“Já tomei muita porrada. Muitas pessoas não acreditavam. Muitas vezes eu chegava para pedir uma oportunidade e ficavam me enrolando. Acabava o pagode e o cara não me chamava para subir no palco. Passei muito por isso”, lembrou Chacal.
Certa vez, ele foi convidado a uma roda de samba. No dia da evento, depois de descobrir o instrumento que Chacal toca, o diretor de palco só permitiu a execução de uma música, com medo de que o público se espantasse. Depois de tocar o primeiro samba, a plateia reagiu positivamente e pediu para que ele continuasse.
O reconhecimento, no entanto, chegou quando o músico conheceu Neguinho da Beija-Flor. Depois de ver o talento de Chacal, o sambista o convidou para uma turnê pela Europa durante três meses.
“O mais importante é que não desisti, sempre acreditei muito e mostrei para as pessoas que tinha como dar certo”, confessou o saxofonista.
Mesmo com a agenda cheia, o músico criou uma escolinha de futebol no Complexo do Lins. Para entrar, todas as crianças e adolescentes precisam estar matriculados no colégio.
Hoje, Chacal do Sax é referência dentro e fora da comunidade onde nasceu. O seu sopro não sacode apenas quadras de escolas e shows, mas também os sonhos de muitos jovens que desejam por uma vida melhor.