Mocidade de Lage: escola retoma na veia estilo hightec para tentar se reencontrar
Carnaval 2025. Teve sequência, nesta terça-feira (4), o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025. E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí […]
PORRedação SRzd4/3/2025|
5 min de leitura
Desfile das escolas de samba do Rio 2025. Foto: SRzd/Juliana Dias
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Carnaval 2025. Teve sequência, nesta terça-feira (4), o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025.
E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí também na terça-feira de Carnaval (veja a ordem completa mais abaixo).
Abrindo a inédita terceira noite, a sempre aguardada Mocidade Independente de Padre Miguel.
+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)
Na Avenida, cantou o enredo Voltando para o futuro, não há limites para sonhar, assinado por Renato Lage e Márcia Lage (in memorian).
O samba-enredo leva a assinatura de Paulo Cesar Feital, Cláudio Russo, Alex Saraiça, Denílson Rozario, Carlinhos da Chácara, Marcelo Casa Nossa, Rogerinho, Nito de Souza, Dr Castilho e Léo Peres.
OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.
Eliane Souza (MSPB): Fiquei triste! O elemento alegórico da comissão de frente fez “sombra” impedindo que eu apreciasse a performance de Diogo Jesus e Bruna Santos, o primeiro casal da escola. Ao sair do espaço de apresentação a cabine julgadora, a dupla, sob orientação da coreógrafa Ana Paula Lessa, deslizou pela Avenida, reverenciando o público, garbosos e seguros!
O segundo casal – Diego Moreira e Isabella Moura – “brincou” alegremente na passarela, com muita gentileza e cortesia do mestre-sala, que em performance atualizada, deixou preservado o bailado. Ah! Diego está em dupla jornada, pois desfilou no Botafogo Social Clube!
Jeferson Pereira e Layne Ribeiro, terceiro casal, com simpatia cumprimentava o público, exibindo com naturalidade os movimentos do bailado, em performance reveladora do sincronismo dos movimentos característicos de cada um dos dançarinos! O mestre-sala (que eu adoro ver dançar) conduziu a dengosa (e ciumenta) Layne, que com destreza portava, desfraldando o pavilhão! Estavam felizes! A APRESENTAÇÃO DO PAVILHÃO foi realizada com delicadeza e o mestre-sala exibiu sua bem realizada pirueta com agachamento! Fiz um CRUZADO miúdo e um MEIO SAPATEADO ágil! A singeleza com a qual o casal se exibiu, permitiu a leitura da poesia escrita em sua passagem! Adorei.
Célia Souto (evolução e harmonia): Mocidade Independente de Padre Miguel: Lá vem a Mocidade! A escola entrou na Avenida e logo no início do desfile foi possível sentir a energia do canto e o tom musical do samba-enredo; pulso firme, garra, vibração, clareza na interpretação do samba.
Os componentes cantaram e evoluíram com cadencia preenchendo a Sapucaí com ritmo e melodia.
A escola se entregou de corpo e alma para defender o canto que soou forte. As alas evoluíram dançando com leveza. Parabéns Mocidade, me emocionei!
Bruno Moraes (bateria): A Bateria da Mocidade fez um baita desfile, com suas caixas de guerra falando bem alto, tamborins e chocalhos muito bem tocados. Um andamento bem confortável, que se manteve desde o início do desfile, já subiu dessa forma e assim se manteve. As paradinhas tiveram boa comunicação com o público.
Cláudio Francioni (samba-enredo): A Mocidade não tinha um samba à altura de algumas de suas coirmãs, mas o combo andamento da bateria, enorme qualidade de Zé Paulo e instrumentos de cordas sem invencionices, o botou em um lugar de conforto. Passou bem e conduziu a escola de maneira uniforme durante todo o desfile.
Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): Um mar de estrelas trouxe a primeira escola deste último dia de desfiles. Um verdadeiro cometa de luz foi a entrada da Mocidade Independente, com o enredo: “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar”.
A história faz do homem a figura central do enredo como criador. E a Mocidade fez uma viagem especial capitaneada pela sua estrela guia. Uma viagem intergaláctica para se reconectar com seu brilho intenso, mostrando o passado, olhando o presente e dando um alerta para podermos ter um futuro melhor de preservação do meio ambiente e das relações humanas.
Quem duvidava do retorno criativo do Mago Renato Lage… que resposta maravilhosa foi dada! Ainda estou sob o impacto da comissão de frente… que foi aquilo, Mago?
Um enredo com uma bela mensagem, fantasias alegres, criativas e com clareza, sem precisar buscar livros decodificadores para entender. Um conjunto visual lindíssimo, cores bem usadas, com uma ótima sucessão de blocos cromáticos.
E as alegorias? Ah, o mais puro suco do hightec do bom gosto “renatolageano”. Destaco o abre-alas com cometas trazendo a estrela guia. Iria descrever os que mais se destacaram, mas teria que descrever todos, pois cada um com uma beleza e uma mensagem diferenciada. Amigos leitores, confesso que estou emocionado. Nós que amamos o Carnaval e o desfile das escolas de samba, depois de ver um desfile desses, digo que a Mocidade fez o céu clarear para a Zona Oeste! E pela boa energia, afirmo que Deus aceitou o convite!
Parabéns ao Mago, pois fez novamente a Estrela de Padre Miguel ser a mais brilhante nesse céu de Carnaval.
+ veja o desempenho da escola nos últimos seis carnavais:
+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Grupo Especial 2025):
Domingo, 2 de março:
1ª – Unidos de Padre Miguel
2ª – Imperatriz Leopoldinense
3ª – Unidos do Viradouro
4ª – Estação Primeira de Mangueira
Segunda-feira, 3 de março:
1ª – Unidos da Tijuca
2ª – Beija-Flor de Nilópolis
3ª – Acadêmicos do Salgueiro
4ª – Unidos de Vila Isabel
Terça-feira, 4 de março:
1ª – Mocidade Independente de Padre Miguel
2ª – Paraíso do Tuiuti
3ª – Acadêmicos do Grande Rio
4ª – Portela
Carnaval 2025. Teve sequência, nesta terça-feira (4), o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025.
E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí também na terça-feira de Carnaval (veja a ordem completa mais abaixo).
Abrindo a inédita terceira noite, a sempre aguardada Mocidade Independente de Padre Miguel.
+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)
Na Avenida, cantou o enredo Voltando para o futuro, não há limites para sonhar, assinado por Renato Lage e Márcia Lage (in memorian).
O samba-enredo leva a assinatura de Paulo Cesar Feital, Cláudio Russo, Alex Saraiça, Denílson Rozario, Carlinhos da Chácara, Marcelo Casa Nossa, Rogerinho, Nito de Souza, Dr Castilho e Léo Peres.
OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.
Eliane Souza (MSPB): Fiquei triste! O elemento alegórico da comissão de frente fez “sombra” impedindo que eu apreciasse a performance de Diogo Jesus e Bruna Santos, o primeiro casal da escola. Ao sair do espaço de apresentação a cabine julgadora, a dupla, sob orientação da coreógrafa Ana Paula Lessa, deslizou pela Avenida, reverenciando o público, garbosos e seguros!
O segundo casal – Diego Moreira e Isabella Moura – “brincou” alegremente na passarela, com muita gentileza e cortesia do mestre-sala, que em performance atualizada, deixou preservado o bailado. Ah! Diego está em dupla jornada, pois desfilou no Botafogo Social Clube!
Jeferson Pereira e Layne Ribeiro, terceiro casal, com simpatia cumprimentava o público, exibindo com naturalidade os movimentos do bailado, em performance reveladora do sincronismo dos movimentos característicos de cada um dos dançarinos! O mestre-sala (que eu adoro ver dançar) conduziu a dengosa (e ciumenta) Layne, que com destreza portava, desfraldando o pavilhão! Estavam felizes! A APRESENTAÇÃO DO PAVILHÃO foi realizada com delicadeza e o mestre-sala exibiu sua bem realizada pirueta com agachamento! Fiz um CRUZADO miúdo e um MEIO SAPATEADO ágil! A singeleza com a qual o casal se exibiu, permitiu a leitura da poesia escrita em sua passagem! Adorei.
Célia Souto (evolução e harmonia): Mocidade Independente de Padre Miguel: Lá vem a Mocidade! A escola entrou na Avenida e logo no início do desfile foi possível sentir a energia do canto e o tom musical do samba-enredo; pulso firme, garra, vibração, clareza na interpretação do samba.
Os componentes cantaram e evoluíram com cadencia preenchendo a Sapucaí com ritmo e melodia.
A escola se entregou de corpo e alma para defender o canto que soou forte. As alas evoluíram dançando com leveza. Parabéns Mocidade, me emocionei!
Bruno Moraes (bateria): A Bateria da Mocidade fez um baita desfile, com suas caixas de guerra falando bem alto, tamborins e chocalhos muito bem tocados. Um andamento bem confortável, que se manteve desde o início do desfile, já subiu dessa forma e assim se manteve. As paradinhas tiveram boa comunicação com o público.
Cláudio Francioni (samba-enredo): A Mocidade não tinha um samba à altura de algumas de suas coirmãs, mas o combo andamento da bateria, enorme qualidade de Zé Paulo e instrumentos de cordas sem invencionices, o botou em um lugar de conforto. Passou bem e conduziu a escola de maneira uniforme durante todo o desfile.
Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): Um mar de estrelas trouxe a primeira escola deste último dia de desfiles. Um verdadeiro cometa de luz foi a entrada da Mocidade Independente, com o enredo: “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar”.
A história faz do homem a figura central do enredo como criador. E a Mocidade fez uma viagem especial capitaneada pela sua estrela guia. Uma viagem intergaláctica para se reconectar com seu brilho intenso, mostrando o passado, olhando o presente e dando um alerta para podermos ter um futuro melhor de preservação do meio ambiente e das relações humanas.
Quem duvidava do retorno criativo do Mago Renato Lage… que resposta maravilhosa foi dada! Ainda estou sob o impacto da comissão de frente… que foi aquilo, Mago?
Um enredo com uma bela mensagem, fantasias alegres, criativas e com clareza, sem precisar buscar livros decodificadores para entender. Um conjunto visual lindíssimo, cores bem usadas, com uma ótima sucessão de blocos cromáticos.
E as alegorias? Ah, o mais puro suco do hightec do bom gosto “renatolageano”. Destaco o abre-alas com cometas trazendo a estrela guia. Iria descrever os que mais se destacaram, mas teria que descrever todos, pois cada um com uma beleza e uma mensagem diferenciada. Amigos leitores, confesso que estou emocionado. Nós que amamos o Carnaval e o desfile das escolas de samba, depois de ver um desfile desses, digo que a Mocidade fez o céu clarear para a Zona Oeste! E pela boa energia, afirmo que Deus aceitou o convite!
Parabéns ao Mago, pois fez novamente a Estrela de Padre Miguel ser a mais brilhante nesse céu de Carnaval.
+ veja o desempenho da escola nos últimos seis carnavais:
+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Grupo Especial 2025):