Parceiro de Anitta em samba na Tijuca detalha convite e racismo

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Rio. O cantor Feyjão, pela primeira vez, tem um samba concorrente na Unidos da Tijuca e está nessa com outra estreante, a cantora Anitta. Feyjão contou como o samba 16 para o enredo Logun Edé – Santo menino que velho respeita chegou até ele e incluiu Anitta entre os compositores. O que aconteceu? Feyjão foi convidado […]

POR Redação SRzd17/07/2024|3 min de leitura

Parceiro de Anitta em samba na Tijuca detalha convite e racismo

Anitta. Foto: Reprodução de vídeo

| Siga-nos Google News

Rio. O cantor Feyjão, pela primeira vez, tem um samba concorrente na Unidos da Tijuca e está nessa com outra estreante, a cantora Anitta.

Feyjão contou como o samba 16 para o enredo Logun Edé – Santo menino que velho respeita chegou até ele e incluiu Anitta entre os compositores.

O que aconteceu? Feyjão foi convidado por Fred Camacho, seu colega na banda de Maria Rita. Camacho é tetracampeão de samba-enredo no Salgueiro.

A ideia de convidar Anitta para compor o samba surgiu porque a cantora é filha do Orixá. Por esse motivo também, Estevão Ciavatta, pesquisador e marido de Regina Casé, foi convidado.

“Não é questão de subestimar a capacidade de uma pessoa que ocupa o lugar que ela ocupa, dá para saber que ela é inteligente, que ela é um gênio real, que ninguém chega àquele tamanho à toa. Mas era um assunto muito específico. Eu particularmente não sabia que ela tinha tanto conhecimento sobre o comportamento e a história do orixá. Ela domina muito a parte musical, as melodias. Ela dizia: ‘Vamos para cima, aqui nesse lugar está muito para baixo, muda o tom, não gosto dessa frase’. Tem várias coisas que são trechos dela na composição. Ficou bem colaborativo mesmo. Ela foi ativa de verdade nesse processo criativo”, detalhou.

Feyjão criticou ainda os ataques racistas que surgiram após o lançamento do clipe “Aceita”, em que Anitta representa diferentes religiões, inclusive, o Candomblé.

“Só a parte da religião de matriz africana foi atacada. Já sabemos o porquê desses ataques. É um racismo velado atrás de um moralismo que, na verdade, é racismo. Uma coisa que está muito ligada na outra. Eu vejo o Carnaval como uma grande potência educativa. As pesquisas de samba-enredo são muito engrandecedoras e estão sempre ensinando algo sobre uma manifestação religiosa, sobre uma personalidade histórica, sobre uma região do país. Todos os temas têm alguma relevância histórica e educativa. É uma grande ferramenta para despertar do interesse dos indivíduos”, ressaltou em entrevista publicada hoje pelo UOL.

+ conheça o samba:

Folia

Rio. O cantor Feyjão, pela primeira vez, tem um samba concorrente na Unidos da Tijuca e está nessa com outra estreante, a cantora Anitta.

Feyjão contou como o samba 16 para o enredo Logun Edé – Santo menino que velho respeita chegou até ele e incluiu Anitta entre os compositores.

O que aconteceu? Feyjão foi convidado por Fred Camacho, seu colega na banda de Maria Rita. Camacho é tetracampeão de samba-enredo no Salgueiro.

A ideia de convidar Anitta para compor o samba surgiu porque a cantora é filha do Orixá. Por esse motivo também, Estevão Ciavatta, pesquisador e marido de Regina Casé, foi convidado.

“Não é questão de subestimar a capacidade de uma pessoa que ocupa o lugar que ela ocupa, dá para saber que ela é inteligente, que ela é um gênio real, que ninguém chega àquele tamanho à toa. Mas era um assunto muito específico. Eu particularmente não sabia que ela tinha tanto conhecimento sobre o comportamento e a história do orixá. Ela domina muito a parte musical, as melodias. Ela dizia: ‘Vamos para cima, aqui nesse lugar está muito para baixo, muda o tom, não gosto dessa frase’. Tem várias coisas que são trechos dela na composição. Ficou bem colaborativo mesmo. Ela foi ativa de verdade nesse processo criativo”, detalhou.

Feyjão criticou ainda os ataques racistas que surgiram após o lançamento do clipe “Aceita”, em que Anitta representa diferentes religiões, inclusive, o Candomblé.

“Só a parte da religião de matriz africana foi atacada. Já sabemos o porquê desses ataques. É um racismo velado atrás de um moralismo que, na verdade, é racismo. Uma coisa que está muito ligada na outra. Eu vejo o Carnaval como uma grande potência educativa. As pesquisas de samba-enredo são muito engrandecedoras e estão sempre ensinando algo sobre uma manifestação religiosa, sobre uma personalidade histórica, sobre uma região do país. Todos os temas têm alguma relevância histórica e educativa. É uma grande ferramenta para despertar do interesse dos indivíduos”, ressaltou em entrevista publicada hoje pelo UOL.

+ conheça o samba:

Folia

Notícias Relacionadas

Ver tudo