Paulo Barros taca fogo no mundo do Carnaval: desfiles iguais e repetição de enredos afro

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Carnaval. O carnavalesco Paulo Barros tacou fogo no debate sobre a escolha das temáticas dos enredos das escolas de samba, em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo. Um dos maiores nomes do Carnaval carioca e considerado um revolucionário na estética de seus desfiles, ele tocou num dos pontos mais sensíveis […]

POR Redação SRzd25/02/2025|3 min de leitura

Paulo Barros taca fogo no mundo do Carnaval: desfiles iguais e repetição de enredos afro

Paulo Barros. Foto: Juliana Dias/SRzd

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Carnaval. O carnavalesco Paulo Barros tacou fogo no debate sobre a escolha das temáticas dos enredos das escolas de samba, em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo.

Um dos maiores nomes do Carnaval carioca e considerado um revolucionário na estética de seus desfiles, ele tocou num dos pontos mais sensíveis nas discussões sobre as histórias contadas pelas escolas na Avenida; os enredos.

“As pessoas ficam dizendo que temos que valorizar a cultura brasileira. Egípcio é brasileiro? Elefantes? Gregos? Tigres? O que você mais vê na Avenida são essas figuras colocadas como nossas, mas que não são. Que continuem me colocando na berlinda. Vão ter que aturar ‘Monstros S.A.’ nesse ano”, disparou.

Barros avalia que a festa é atualmente um espetáculo pasteurizado por causa da repetição de símbolos na Avenida.

“São 12 escolas. Provavelmente você vai ver dez desfiles iguais. A maioria dos enredos desse ano são afros, tudo já foi visto e revisto, e eu posso te garantir que 90% de quem está assistindo o desfile não vai entender nada”, avaliou.

“Quando eu pego pra ver como vai ser a trama que uma escola vai contar sobre um Orixá, é uma confusão danada. Um apaixonado por fulano, tendo filho de ciclano. Filho de quem? Orixá de outro? É o que rege a cabeça de quem? Sinto muito, eu não assimilo. Eu sou brasileiro, então sou meio macumbeiro, meio católico, meio budista, tudo junto. Todo bom católico é um ótimo macumbeiro”, diz.

Sabendo que seria alvo de críticas ao dizer o que pensa, respondeu. “Aprendi a não revidar, a não responder. Antigamente, quando eu era mais novo, me diziam um desaforo e eu devolvia. Para quê? Aprendi com o Zeca Camargo: a partir do momento em que você revida, dá voz a quem não tem”.

Paulo Barros ainda afirma não ter medo “de nada” quando o assunto é a opinião pública.

“Não preciso entrar nesse tipo de discussão e causar qualquer tipo de coisa que não seja produtiva. Eu não vou colocar um tema para ser polêmico. Não quero ser polêmico. Ouvi muito no passado que eu ia acabar com a tradição do Carnaval. Mas, se ela acabar, eu morro”, finalizou.

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

Carnaval. O carnavalesco Paulo Barros tacou fogo no debate sobre a escolha das temáticas dos enredos das escolas de samba, em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo.

Um dos maiores nomes do Carnaval carioca e considerado um revolucionário na estética de seus desfiles, ele tocou num dos pontos mais sensíveis nas discussões sobre as histórias contadas pelas escolas na Avenida; os enredos.

“As pessoas ficam dizendo que temos que valorizar a cultura brasileira. Egípcio é brasileiro? Elefantes? Gregos? Tigres? O que você mais vê na Avenida são essas figuras colocadas como nossas, mas que não são. Que continuem me colocando na berlinda. Vão ter que aturar ‘Monstros S.A.’ nesse ano”, disparou.

Barros avalia que a festa é atualmente um espetáculo pasteurizado por causa da repetição de símbolos na Avenida.

“São 12 escolas. Provavelmente você vai ver dez desfiles iguais. A maioria dos enredos desse ano são afros, tudo já foi visto e revisto, e eu posso te garantir que 90% de quem está assistindo o desfile não vai entender nada”, avaliou.

“Quando eu pego pra ver como vai ser a trama que uma escola vai contar sobre um Orixá, é uma confusão danada. Um apaixonado por fulano, tendo filho de ciclano. Filho de quem? Orixá de outro? É o que rege a cabeça de quem? Sinto muito, eu não assimilo. Eu sou brasileiro, então sou meio macumbeiro, meio católico, meio budista, tudo junto. Todo bom católico é um ótimo macumbeiro”, diz.

Sabendo que seria alvo de críticas ao dizer o que pensa, respondeu. “Aprendi a não revidar, a não responder. Antigamente, quando eu era mais novo, me diziam um desaforo e eu devolvia. Para quê? Aprendi com o Zeca Camargo: a partir do momento em que você revida, dá voz a quem não tem”.

Paulo Barros ainda afirma não ter medo “de nada” quando o assunto é a opinião pública.

“Não preciso entrar nesse tipo de discussão e causar qualquer tipo de coisa que não seja produtiva. Eu não vou colocar um tema para ser polêmico. Não quero ser polêmico. Ouvi muito no passado que eu ia acabar com a tradição do Carnaval. Mas, se ela acabar, eu morro”, finalizou.

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