Rio de Janeiro. A Polícia Federal, em conjunto com Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu, nesta sexta-feira (1), Aílton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães.

De acordo com a PF, uma organização criminosa chefiada por ele é voltada para a prática de homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo.

Ex-militar, Guimarães acumula histórico de embates com o judiciário desde os tempos de capitão do Exército, quando ele servia no Destacamento de Operações de Informações (DOI), no Rio de Janeiro, uma das principais unidades da repressão política durante a Ditadura Militar (1964 – 1985).

Hoje, Guimarães foi encontrado pelos agentes em sua casa. Cerca de 100 policiais federais participam da Operação Mahya, que visa cumprir 13 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão.

A investigação é um desdobramento da Operação Sicários, deflagrada em 7 de dezembro do ano passado, contra três núcleos criminosos, supostamente subordinados a Guimarães, que controlam o monopólio de jogos de azar e exploração de bingos clandestinos na Ilha do Governador, nas cidades de Niterói, de São Gonçalo e no Estado do Espírito Santo. Durante a Operação, foram encontrados R$ 1 mi em espécie e outras 13 pessoas foram denunciadas:

Ailton Guimarães Jorge, Capitão Guimarães – em prisão domiciliar
Allan Pinheiro Coutinho, policial militar
Alzino Carvalho de Souza, policial civil
André Luiz Miranda Furtado, Mestre
Daniel Jacinto Vieira, Mineiro
Fagner Batista Pardin, policial militar
Francisco Carlos de Oliveira, Chiquinho
Gilberto Ferreira Pereira, policial federal aposentado – preso no ES
Glaucio Raimundo Cardoso
Jorge Antônio dos Santos, Jorjão
Marcel Rios Werneck – preso
Patrik Roger Correa Vieira
Rodrigo de Paiva Sousa, Leitão

Capitão Guimarães foi presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) e patrono da Unidos de Vila Isabel.