Quem tem medo de Paulo Barros? Vila ‘assombra’ Sapucaí

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Carnaval 2025. Teve sequência, nesta segunda-feira (3) o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025. E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí […]

POR Redação SRzd04/03/2025|7 min de leitura

Quem tem medo de Paulo Barros? Vila ‘assombra’ Sapucaí

Desfile 2025 da Vila Isabel. Foto: SRzd/Juliana Dias

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Carnaval 2025. Teve sequência, nesta segunda-feira (3) o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025.

E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí também na terça-feira de Carnaval (veja a ordem completa mais abaixo).

Fechando a segunda noite, a Unidos de Vila Isabel.

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)

Na Avenida, cantou o enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece, assinado por Paulo Barros.

O samba-enredo leva a assinatura de Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo & Gigi da Estiva.

Nos dias que antecederam o desfile, o carnavalesco Paulo Barros tacou fogo no debate sobre a escolha das temáticas dos enredos das escolas de samba, em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo.

Um dos maiores nomes do Carnaval carioca e considerado um revolucionário na estética de seus desfiles, foi direto num dos pontos mais sensíveis nas discussões sobre as histórias contadas pelas escolas na Avenida; os enredos.

“As pessoas ficam dizendo que temos que valorizar a cultura brasileira. Egípcio é brasileiro? Elefantes? Gregos? Tigres? O que você mais vê na Avenida são essas figuras colocadas como nossas, mas que não são. Que continuem me colocando na berlinda. Vão ter que aturar ‘Monstros S.A.’ nesse ano”, disparou. Nesta noite, reafirmou seus conceitos e mostrou mais uma vez ser um agente importante do espetáculo que se tornou o desfile das escolas de samba.

Ih, rapaz! A comissão de frente da Vila Isabel, intitulada “O homem que enganou o Diabo… virou assombração!” reuniu elementos como um drone, pirotecnia e o ator José Loreto representando um diabo. O drone que representava uma abóbora voadora, entretanto, acabou caindo.

Após a queda da alegoria, componentes retiraram ela da pista. O registro, não pode ser publicado.

OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.

Eliane Souza (MSPB): Marcinho Siqueira e Cris Caldas, pois então! Um bailado naturalmente realizado, com os movimentos característicos realizados de forma atualizada! Cris Caldas perfeita nos giros do ABANO, nos dois sentidos do horário, abrindo espaço para o mestre-sala dançar! E ele, um dançarino, assume seu protagonismo e cumpre sua função de defender e proteger, o pavilhão e a dama com sua performance. A coreografia foi preservada e mantida, todavia assentada em técnicas de dança e em uma preparação física por Bruno Germano e na orientação coreográfica de Ana Formighieri!

Foi lindo poder ver a “dança bastante específica” do mestre- sala e porta-bandeira, prevista no Manual do Julgador 2025, ser apresentada num formato moderno, a luz do conhecimento e estudo sobre os movimentos coreográficos! Observei a performance do cavalheiro, a suavidade de sua movimentação, sem perder a potência das ações: o CRUZADO, o MEIO SAPATEADO ao estilo de Siqueira, uma APRESENTAÇÃO DA BANDEIRA ao público e ao julgador simultaneamente. Gostei muito.

Segundo casal: Jackson Senhorinho e Bárbara Dionísio bailando! Atualizados ao performar, não se afastaram da coreografia primeira, evoluindo com destreza, o mestre-sala com seu estilo “dança de rua” , uma permissão dada ao dançarino a quem cabe inovar, utilizou um leque como adereço de mão, para conduzir a dama e a dança! Ui, que emoção ao vê-los em cena!

Kayo Figueiredo e Rayra Guarinho, o terceiro casal, igualmente capacitados para conduzir o pavilhão, desfilaram garbosos pela Avenida. Lindos casais, Vila!

Célia Souto (evolução e harmonia): “Solta o bicho…”. A Vila chegou cantando o seu samba-enredo com muita energia e alegria.

Quanto mais o samba tocava, os componentes foram dançando com leveza e no ritmo do samba fazendo um desfile divertido e carismático!

Os componentes demonstraram entrosamento com o carro de som e a evolução das alas fluiu com regularidade e não tem jeito, a Vila vai te pegar.

Bruno Moraes (bateria): A bateria do “Vampiro” Macaco Branco estava como seu nome, com uma swingueira danada. A largada foi incendiada pelo Tinga num andamento bem alto, mas já na segunda passada assentou e, daí pra frente, foi um show de ritmo.

A bateria da Vila está com um padrão técnico elevadíssimo, seja ele em qual naipe for analisado. As bossas funcionaram bem, interagindo com o público e com os desfilantes. O desafio era grande em função do samba, mas a bateria segurou tudo com muito talento!

Cláudio Francioni (samba-enredo): O samba da Vila Isabel, criticado por muita gente no pré-Carnaval, realmente não tem compromisso com poesia nem com melodia rebuscada.

O único intuito do samba é potencializar a comunicação com o público, característica muito forte de seu carnavalesco, numa tentativa de repetir o feito do “Evoé”, de 2023.

E graças ao monstro Tinga e à aceleração do andamento da bateria com relação ao que foi apresentado no ensaio técnico, objetivo alcançado. Escola cantando demais e público vindo junto.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): O último “suspiro” da segunda noite de desfiles foi um espetáculo de bruxaria e samba. A Vila Isabel, com o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!”, transformou a Sapucaí em um caldeirão de alegria e criatividade, dissipando o cansaço do público.

O enredo, tipicamente carnavalesco, apresentou assombrações de diversas origens: do folclore brasileiro às profundezas dos rios, passando por castelos assombrados, medos infantis e, finalmente, um baile fantasmagórico com direito a bruxaria.

A escola priorizou a diversão, oferecendo um grande espetáculo de Carnaval. As fantasias, cada uma mais criativa que a outra, e as maquiagens teatrais demonstravam o engajamento dos componentes com seus personagens. A clareza das alegorias dispensava o uso do livro abre-alas para a compreensão do enredo.

A Vila Isabel trouxe de volta o Carnaval diversão, com alegorias luxuosas, efeitos visuais e encenações que prenderam a atenção do público do início ao fim. A ousadia da escola em resgatar a essência do Carnaval diversão foi um bálsamo revigorante. Parabéns, Vila Isabel, pelo desfile divertido, bonito e carnavalesco!

Vila Isabel 2025

+ veja o desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Grupo Especial 2025):

Domingo, 2 de março:

1ª – Unidos de Padre Miguel

2ª – Imperatriz Leopoldinense

3ª – Unidos do Viradouro

4ª – Estação Primeira de Mangueira

Segunda-feira, 3 de março:

1ª – Unidos da Tijuca

2ª – Beija-Flor de Nilópolis

3ª – Acadêmicos do Salgueiro

4ª – Unidos de Vila Isabel

Terça-feira, 4 de março:

1ª – Mocidade Independente de Padre Miguel

2ª – Paraíso do Tuiuti

3ª – Acadêmicos do Grande Rio

4ª – Portela

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

Carnaval 2025. Teve sequência, nesta segunda-feira (3) o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025.

E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí também na terça-feira de Carnaval (veja a ordem completa mais abaixo).

Fechando a segunda noite, a Unidos de Vila Isabel.

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)

Na Avenida, cantou o enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece, assinado por Paulo Barros.

O samba-enredo leva a assinatura de Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo & Gigi da Estiva.

Nos dias que antecederam o desfile, o carnavalesco Paulo Barros tacou fogo no debate sobre a escolha das temáticas dos enredos das escolas de samba, em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo.

Um dos maiores nomes do Carnaval carioca e considerado um revolucionário na estética de seus desfiles, foi direto num dos pontos mais sensíveis nas discussões sobre as histórias contadas pelas escolas na Avenida; os enredos.

“As pessoas ficam dizendo que temos que valorizar a cultura brasileira. Egípcio é brasileiro? Elefantes? Gregos? Tigres? O que você mais vê na Avenida são essas figuras colocadas como nossas, mas que não são. Que continuem me colocando na berlinda. Vão ter que aturar ‘Monstros S.A.’ nesse ano”, disparou. Nesta noite, reafirmou seus conceitos e mostrou mais uma vez ser um agente importante do espetáculo que se tornou o desfile das escolas de samba.

Ih, rapaz! A comissão de frente da Vila Isabel, intitulada “O homem que enganou o Diabo… virou assombração!” reuniu elementos como um drone, pirotecnia e o ator José Loreto representando um diabo. O drone que representava uma abóbora voadora, entretanto, acabou caindo.

Após a queda da alegoria, componentes retiraram ela da pista. O registro, não pode ser publicado.

OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.

Eliane Souza (MSPB): Marcinho Siqueira e Cris Caldas, pois então! Um bailado naturalmente realizado, com os movimentos característicos realizados de forma atualizada! Cris Caldas perfeita nos giros do ABANO, nos dois sentidos do horário, abrindo espaço para o mestre-sala dançar! E ele, um dançarino, assume seu protagonismo e cumpre sua função de defender e proteger, o pavilhão e a dama com sua performance. A coreografia foi preservada e mantida, todavia assentada em técnicas de dança e em uma preparação física por Bruno Germano e na orientação coreográfica de Ana Formighieri!

Foi lindo poder ver a “dança bastante específica” do mestre- sala e porta-bandeira, prevista no Manual do Julgador 2025, ser apresentada num formato moderno, a luz do conhecimento e estudo sobre os movimentos coreográficos! Observei a performance do cavalheiro, a suavidade de sua movimentação, sem perder a potência das ações: o CRUZADO, o MEIO SAPATEADO ao estilo de Siqueira, uma APRESENTAÇÃO DA BANDEIRA ao público e ao julgador simultaneamente. Gostei muito.

Segundo casal: Jackson Senhorinho e Bárbara Dionísio bailando! Atualizados ao performar, não se afastaram da coreografia primeira, evoluindo com destreza, o mestre-sala com seu estilo “dança de rua” , uma permissão dada ao dançarino a quem cabe inovar, utilizou um leque como adereço de mão, para conduzir a dama e a dança! Ui, que emoção ao vê-los em cena!

Kayo Figueiredo e Rayra Guarinho, o terceiro casal, igualmente capacitados para conduzir o pavilhão, desfilaram garbosos pela Avenida. Lindos casais, Vila!

Célia Souto (evolução e harmonia): “Solta o bicho…”. A Vila chegou cantando o seu samba-enredo com muita energia e alegria.

Quanto mais o samba tocava, os componentes foram dançando com leveza e no ritmo do samba fazendo um desfile divertido e carismático!

Os componentes demonstraram entrosamento com o carro de som e a evolução das alas fluiu com regularidade e não tem jeito, a Vila vai te pegar.

Bruno Moraes (bateria): A bateria do “Vampiro” Macaco Branco estava como seu nome, com uma swingueira danada. A largada foi incendiada pelo Tinga num andamento bem alto, mas já na segunda passada assentou e, daí pra frente, foi um show de ritmo.

A bateria da Vila está com um padrão técnico elevadíssimo, seja ele em qual naipe for analisado. As bossas funcionaram bem, interagindo com o público e com os desfilantes. O desafio era grande em função do samba, mas a bateria segurou tudo com muito talento!

Cláudio Francioni (samba-enredo): O samba da Vila Isabel, criticado por muita gente no pré-Carnaval, realmente não tem compromisso com poesia nem com melodia rebuscada.

O único intuito do samba é potencializar a comunicação com o público, característica muito forte de seu carnavalesco, numa tentativa de repetir o feito do “Evoé”, de 2023.

E graças ao monstro Tinga e à aceleração do andamento da bateria com relação ao que foi apresentado no ensaio técnico, objetivo alcançado. Escola cantando demais e público vindo junto.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): O último “suspiro” da segunda noite de desfiles foi um espetáculo de bruxaria e samba. A Vila Isabel, com o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!”, transformou a Sapucaí em um caldeirão de alegria e criatividade, dissipando o cansaço do público.

O enredo, tipicamente carnavalesco, apresentou assombrações de diversas origens: do folclore brasileiro às profundezas dos rios, passando por castelos assombrados, medos infantis e, finalmente, um baile fantasmagórico com direito a bruxaria.

A escola priorizou a diversão, oferecendo um grande espetáculo de Carnaval. As fantasias, cada uma mais criativa que a outra, e as maquiagens teatrais demonstravam o engajamento dos componentes com seus personagens. A clareza das alegorias dispensava o uso do livro abre-alas para a compreensão do enredo.

A Vila Isabel trouxe de volta o Carnaval diversão, com alegorias luxuosas, efeitos visuais e encenações que prenderam a atenção do público do início ao fim. A ousadia da escola em resgatar a essência do Carnaval diversão foi um bálsamo revigorante. Parabéns, Vila Isabel, pelo desfile divertido, bonito e carnavalesco!

Vila Isabel 2025

+ veja o desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Grupo Especial 2025):

Domingo, 2 de março:

1ª – Unidos de Padre Miguel

2ª – Imperatriz Leopoldinense

3ª – Unidos do Viradouro

4ª – Estação Primeira de Mangueira

Segunda-feira, 3 de março:

1ª – Unidos da Tijuca

2ª – Beija-Flor de Nilópolis

3ª – Acadêmicos do Salgueiro

4ª – Unidos de Vila Isabel

Terça-feira, 4 de março:

1ª – Mocidade Independente de Padre Miguel

2ª – Paraíso do Tuiuti

3ª – Acadêmicos do Grande Rio

4ª – Portela

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

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