Carnaval. A Unidos de Padre Miguel anunciou, nesta quarta-feira (30), o enredo que vai cantar na Marquês de Sapucaí em 2026.

Kunhã-Eté: O Sopro Sagrado da Jurema, é assinado pelo carnavalesco Lucas Milato e pelos enredistas Clark Mangabeira e Victor Marques, e destaca o protagonismo de uma mulher que uniu bravura, espiritualidade e identidade indígena em plena resistência do século XVII.

“Batizada por jesuítas, Clara recebeu o nome cristão e o sobrenome do marido, o também guerreiro indígena Antônio Felipe Camarão — Poti, em tupi. Juntos, participaram de combates decisivos como a Batalha de Tejucupapo (1646) e a Primeira Batalha dos Guararapes (1648), tornando-se símbolos da luta contra o colonizador”, informou a escola.

“Clara Camarão representa a força da mulher brasileira, da mulher indígena, que defende seu povo, sua terra e sua identidade. É um enredo que exalta a nossa brasilidade e valoriza figuras apagadas pela história oficial. Temos orgulho de levar essa narrativa potente para a Sapucaí”, afirma a presidente da escola, Lara Mara.

A trajetória da heroína também se conecta à espiritualidade dos povos originários, especialmente às tradições do Toré e da Jurema, manifestações de fé e resistência que seguem vivas no Nordeste indígena.

Em breve, a escola divulgará a data da entrega da sinopse e o calendário oficial da disputa de samba-enredo.

 

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Na Avenida este ano a UPM cantou o enredo Egbé Iyá Nassô, desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, e amargou um contestado último lugar no Grupo Especial.

O samba-enredo leva a assinatura de Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrósio, Renan Diniz, Miguel Dibo, Cabeça Do Ajax, Chacal do Sax, Julio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Claudio Russo.