Mudanças. Construído nos anos 1960 o Elevado 31 de março tem seus dias contados.
Até o fim desta década, a região do Sambódromo vai passar por uma grande transformação. Sai o viaduto, entra o Boulevard do Samba, e ali chegam 40 mil novos moradores, além de comércio nos térreos de todos os novos prédios.
O número de pistas para os carros permanecerá o mesmo, mas ao colocá-las no nível do chão, a Prefeitura do Rio pretende tirar a barreira física entre os bairros de Santa Teresa e Catumbi.
A passarela do samba também vai ter novidades: oito setores passarão a ter anexos fixos do lado de fora, que poderão ser utilizados ao longo do ano, para eventos. Na concentração e na dispersão, duas estruturas serão criadas, ligadas ao Carnaval. E a Praça da Apoteose ganhará chafarizes no piso, para refrescar os alunos das escolas locais no período letivo.
Do outro lado da Presidente Vargas, mais um prédio residencial, em formato semelhante ao Congresso Nacional.
E um refresco: o Terreirão do Samba, uma das maiores ilhas de calor do Centro, vai virar um parque integrado ao Boulevard.
O projeto se conectará ao que já está em execução na Região da Leopoldina.
A Prefeitura ainda estuda o modelo a ser adotado para a licitação, mas a ideia é que a cessão dos terrenos para a construção dos imóveis residenciais sustente a operação. Para além disso, passaria a haver arrecadação de IPTU e ISS numa área que, atualmente, só gera custos.
Por outro lado, terá que lidar com as queixas dos motoristas durante o período de obras: pelo elevado trafegam 80 mil veículos diariamente (veja a animação):
