Sapucaí, 40: Oscar Niemeyer, o traço do gênio no palco da cultura popular

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O palco maior do Carnaval brasileiro vive um marco em sua história. O sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, está próximo de completar quatro décadas de espetáculo. Lá, aconteceu a consolidação dos desfiles das escolas de samba. A Passarela Professor Darcy Ribeiro começou a ser construída em 1983 e foi inaugurada no ano […]

POR Redação SRzd07/03/2023|5 min de leitura

Sapucaí, 40: Oscar Niemeyer, o traço do gênio no palco da cultura popular

Foto: Acervo do Museu Nacional/Arte: SRzd

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O palco maior do Carnaval brasileiro vive um marco em sua história. O sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, está próximo de completar quatro décadas de espetáculo. Lá, aconteceu a consolidação dos desfiles das escolas de samba.

A Passarela Professor Darcy Ribeiro começou a ser construída em 1983 e foi inaugurada no ano seguinte. Em 2024, chega aos 40 anos recebendo a diversidade da criação, a genialidade artística e musical de tantas mentes brilhantes e os traços tão importantes para a cultura popular do país.

Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional
Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional

O portal SRzd preparou uma série de reportagens sobre esse momento que serão publicadas nos próximos meses ao longo do ano. Na primeira, trata do criador; Oscar Niemeyer.

Desenho feito por Oscar Niemeyer da Marquês de Sapucaí. Foto: Acervo Museu Nacional
Desenho feito por Oscar Niemeyer da Marquês de Sapucaí. Foto: Acervo Museu Nacional

Nascido no Rio de Janeiro, em 15 de dezembro de 1907, é considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Morreu em 2012, aos 104 anos.

Genial, ficou conhecido pelos projetos de edifícios cívicos para Brasília, uma cidade planejada que se tornou a capital do Brasil em 1960, além de sua colaboração no grupo de arquitetos indicados pelos Estados-membros da ONU que projetaram a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Sua exploração das possibilidades construtivas do concreto armado foi altamente influente na época, tal como na arquitetura do final do século XX e início do século XXI.

Elogiado e criticado por alguns que lhe rotulavam como um “escultor de monumentos”, Niemeyer alegava que sua arquitetura foi fortemente influenciada por Le Corbusier.

Em 1956, Niemeyer foi convidado pelo então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, para projetar os prédios públicos da nova capital do país, que seria construída em tempo recorde. Seus projetos para o Congresso Nacional, Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e a Catedral de Brasília, todos concluídos anteriormente a 1960, foram, em grande parte, de natureza experimental e foram ligados por elementos de design comuns.

Esse trabalho levou à sua nomeação como diretor do departamento de arquitetura da Universidade de Brasília, bem como membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos. Devido à sua ideologia de esquerda e sua militância no Partido Comunista, Niemeyer deixou o país após o Golpe Militar de 1964 e, posteriormente, abriu um escritório em Paris.

No primeiro governo de Leonel Brizola, no Rio, foi chamado para emprestar seu talento para projetar o sambódromo. Além de mudar o patamar dos desfiles das escolas de samba, a construção ainda tinha como objetivo receber diferentes atividades artísticas e escolas de tempo integral, uma das marcas da gestão do pedetista.

Brizola e Oscar Niemeyer. Foto: Acervo Museu Nacional
Brizola e Oscar Niemeyer. Foto: Acervo Museu Nacional

Em 5 de junho de 2011, os camarotes do antigo Setor 2 foram derrubados para dar lugar a novas arquibancadas, seguindo o projeto original de Niemeyer. Com a reforma, a passarela passou a ser quase que totalmente simétrica, à exceção de sua primeira arquibancada.

Na época da construção, em 1983, o projeto de Niemeyer teve de ser modificado devido à existência de uma unidade industrial da Cervejaria Brahma no local.

Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional
Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional

As novas arquibancadas foram construídas a um custo de R$ 30 milhões, totalmente custeados pela Ambev, dona da fábrica, que, em contrapartida, pôde destombar a velha fábrica e ainda teve a autorização para construir um prédio no restante do terreno.

A nova passarela, após as reformas, teve sua capacidade aumentada de 60 para 72.500 pessoas e foi reinaugurada no dia 12 de fevereiro de 2012, a poucos dias do Carnaval daquele ano. Niemeyer, aos 104 anos, esteve no local para visitar as obras, concluindo, finalmente, sua criação original.

O palco maior do Carnaval brasileiro vive um marco em sua história. O sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, está próximo de completar quatro décadas de espetáculo. Lá, aconteceu a consolidação dos desfiles das escolas de samba.

A Passarela Professor Darcy Ribeiro começou a ser construída em 1983 e foi inaugurada no ano seguinte. Em 2024, chega aos 40 anos recebendo a diversidade da criação, a genialidade artística e musical de tantas mentes brilhantes e os traços tão importantes para a cultura popular do país.

Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional
Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional

O portal SRzd preparou uma série de reportagens sobre esse momento que serão publicadas nos próximos meses ao longo do ano. Na primeira, trata do criador; Oscar Niemeyer.

Desenho feito por Oscar Niemeyer da Marquês de Sapucaí. Foto: Acervo Museu Nacional
Desenho feito por Oscar Niemeyer da Marquês de Sapucaí. Foto: Acervo Museu Nacional

Nascido no Rio de Janeiro, em 15 de dezembro de 1907, é considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Morreu em 2012, aos 104 anos.

Genial, ficou conhecido pelos projetos de edifícios cívicos para Brasília, uma cidade planejada que se tornou a capital do Brasil em 1960, além de sua colaboração no grupo de arquitetos indicados pelos Estados-membros da ONU que projetaram a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Sua exploração das possibilidades construtivas do concreto armado foi altamente influente na época, tal como na arquitetura do final do século XX e início do século XXI.

Elogiado e criticado por alguns que lhe rotulavam como um “escultor de monumentos”, Niemeyer alegava que sua arquitetura foi fortemente influenciada por Le Corbusier.

Em 1956, Niemeyer foi convidado pelo então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, para projetar os prédios públicos da nova capital do país, que seria construída em tempo recorde. Seus projetos para o Congresso Nacional, Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e a Catedral de Brasília, todos concluídos anteriormente a 1960, foram, em grande parte, de natureza experimental e foram ligados por elementos de design comuns.

Esse trabalho levou à sua nomeação como diretor do departamento de arquitetura da Universidade de Brasília, bem como membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos. Devido à sua ideologia de esquerda e sua militância no Partido Comunista, Niemeyer deixou o país após o Golpe Militar de 1964 e, posteriormente, abriu um escritório em Paris.

No primeiro governo de Leonel Brizola, no Rio, foi chamado para emprestar seu talento para projetar o sambódromo. Além de mudar o patamar dos desfiles das escolas de samba, a construção ainda tinha como objetivo receber diferentes atividades artísticas e escolas de tempo integral, uma das marcas da gestão do pedetista.

Brizola e Oscar Niemeyer. Foto: Acervo Museu Nacional
Brizola e Oscar Niemeyer. Foto: Acervo Museu Nacional

Em 5 de junho de 2011, os camarotes do antigo Setor 2 foram derrubados para dar lugar a novas arquibancadas, seguindo o projeto original de Niemeyer. Com a reforma, a passarela passou a ser quase que totalmente simétrica, à exceção de sua primeira arquibancada.

Na época da construção, em 1983, o projeto de Niemeyer teve de ser modificado devido à existência de uma unidade industrial da Cervejaria Brahma no local.

Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional
Marquês de Sapucaí em construção. Foto: Acervo Museu Nacional

As novas arquibancadas foram construídas a um custo de R$ 30 milhões, totalmente custeados pela Ambev, dona da fábrica, que, em contrapartida, pôde destombar a velha fábrica e ainda teve a autorização para construir um prédio no restante do terreno.

A nova passarela, após as reformas, teve sua capacidade aumentada de 60 para 72.500 pessoas e foi reinaugurada no dia 12 de fevereiro de 2012, a poucos dias do Carnaval daquele ano. Niemeyer, aos 104 anos, esteve no local para visitar as obras, concluindo, finalmente, sua criação original.

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