Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil

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Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil: Rio 2024: Começou, na noite deste domingo (11), o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí com as apresentações do Grupo Especial carioca. Seis agremiações no cardápio da folia: Unidos do Porto da […]

POR Redação SRzd12/02/2024|7 min de leitura

Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil

Desfile das escolas de samba do Rio 2024. Foto: SRzd/Juliana Dias

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Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil:

Rio 2024: Começou, na noite deste domingo (11), o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí com as apresentações do Grupo Especial carioca.

Seis agremiações no cardápio da folia: Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense.

Terceira escola a entrar na Avenida, o Salgueiro chegou dando seu recado embalado pelo samba considerado um dos melhores da safra deste ano.

Enlutada pela morte do eterno intérprete Quinho, vestida e incorporada de um enredo necessário, teve pequenos problemas de evolução no início da pista com um espaçamento por conta do atraso no andamento do carro abre-alas. Na reta final, outro grande clarão foi registrado. Sai da Avenida com o maior campeonato possível: cumprir sua missão como agente social.

Veja o que disseram os comentaristas do SRzd sobre o desfile salgueirense, que quer quebrar um incomodo e longo jejum sem título no Grupo Especial do Rio. A última conquista aconteceu no já distante ano de 2009.

+ como foi o desfile?

Jaime Cezário: “A Academia do Samba trouxe o enredo Hutukara. Um grito de alerta que levantou a bandeira sobre o sofrimento do povo Yanomami com o desmatamento e o garimpo ilegal. O enredo contou desde a criação do mundo Yanomami, seus mitos e Deuses, a vida na floresta, a tragédia ocorrida, seu modo de enxergar a vida, e terminou exaltando a necessidade de respeitar os povos originários. O samba foi um dos acontecimentos do pré-Carnaval; expectativa lá nas alturas para essa apresentação. A plástica indígena é clara e definida, como eles mesmos intitularam: um Brasil de cocar. Assim foram suas alas. As cores usadas foram exuberantes e em profusão que causou uma certa confusão visual. As alegorias eram grandes, bem acabadas e grandiosas, usando o mesmo partido na temática e nas cores fortes e exuberantes. A expectativa era muito grande por esse Carnaval do Salgueiro e isso, na maioria das vezes, é um fator complicador. O Salgueiro desfilou correto, contou sua proposta de enredo em fantasias e alegorias. Vamos ver o que os envelopes irão revelar na Quarta-Feira de Cinzas”.

Wallace Safra: “A comissão de frente trouxe para a Avenida a luta pela sobrevivência do povo Yanomami e a defesa por sua terra. Com um desenho coregráfico forte, enérgico e impactante, o coreógrafo buscou elementos cenográficos individuais de menor porte que acompanharam os bailarinos e um elemento coreográfico de maior porte para ser base para a coreografia, gerando impacto com o público. O trabalho cênico foi bem conduzido e desenvolvido pelos bailarinos, que se mantiveram dentro do desenho coreográfico durante toda a apresentação. Trabalho criativo, engenhoso e muito bem desenvolvido”.

Célia Souto: “Acadêmicos do Salgueiro entra na Avenida acreditando no samba e aproveitando o ritmo forte para cantar com garra e animação. Os componentes demonstram comprometimento com o canto, evoluem com leveza e fluência movimentando o chão. Canto e dança bem desenvolvidos ajudam no desempenho do desfile. O canto da escola cresceu durante o desfile e a escola passa pela Avenida convicta e segura”.

Eliane Souza: “Descrever a passagem do primeiro casal da escola é falar de uma poesia tantas vezes recitada, todavia sempre atualizada pela forma entoada. É falar de uma escritura ancestral, cujas letras e palavras, em sintonia plena, poetiza o espaço na qual se assenta. O estilo particular de realizar os movimentos do bailado, estudados e decorados, faz surgir o estilo Sidclei Santos de bailar. Marcas pessoais na realização de cada um, mas, com destaque para o MEIO-SAPATEADO e a CARRAPETA, um plantado e o outro em deslocamento, no qual se evidencia a destreza e a agilidade em dançar! E tudo em perfeito sincronismo aos gestos, passos e movimentos da porta-bandeira que, dominando sua coreografia, permite que o mestre-sala dance e ocupe o protagonismo que lhe cabe na cena. A passagem do casal, neste desfile, ratificou seu feito no ensaio técnico e no ensaio de rua que tivemos a alegria de acompanhar. Cortesia malandra, piruetas feitas com segurança, reverências para saudar o pavilhão e acompanhar a dama! Um casal que conhece, respeita e preserva o bailado foi o que vi desfilar pela Avenida”.

Cláudio Francioni: “A Furiosa fez um ótimo desfile. Adotando um andamento um pouco abaixo do que vinha trazendo ultimamente, Mestres Gustavo e Guilherme abusaram do bom gosto na concepção do arranjo rítmico. Trata-se de uma bateria muito bem equalizada, com surdos graves dando o chão pra segurança das caixas, tamborins, repiques e chocalhos. Um show de execução de todos os instrumentos”.

Wallace Safra: “Com um samba explosivo, plural e de grande interação com o público, a ala de passistas do Salgueiro sempre faz um trabalho bonito, limpo e linear. Pude notar que a leveza do figurino contribuiu ainda mais com a boa evolução dos passistas que fizeram aquele show que nós já conhecemos. Os destaques à frente da ala (Rei e Rainha da ala) foram um presente por poder assistir passistas em posição de evidência, que é de fato o lugar deles. Bonito trabalho”.

+ VÍDEO: MELHORES MOMENTOS DO DESFILE

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE

+ ENTREVISTAS NO DESFILE

+ Carnaval 2024:

Hutukara, assinado por Edson Pereira. Este é o enredo da escola que ficou com o 7º lugar no Grupo Especial no Carnaval de 2023.

O samba é de autoria dos compositores Pedrinho da Flor, Marcelo Motta, Arlindinho Cruz, Renato Galante, Dudu Nobre, Leonardo Gallo, Ramon Via 13 e Ralfe Ribeiro.

+ desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ ordem oficial de desfiles do Grupo Especial 2024:

Domingo, 11 de fevereiro:

1º – Unidos do Porto da Pedra (Campeão do Acesso 2023)
2º – Beija-Flor de Nilópolis
3º – Acadêmicos do Salgueiro
4º – Acadêmicos do Grande Rio
5º – Unidos da Tijuca
6º – Imperatriz Leopoldinense (Campeã do Grupo Especial 2023)

Segunda-feira, 12 de fevereiro:

1º – Mocidade Independente de Padre Miguel (11ª colocada do Grupo Especial 2023)
2º – Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Estação Primeira de Mangueira
5º – Paraíso do Tuiuti
6º – Unidos do Viradouro

Se vai quebrar o jejum, é com os jurados! Salgueiro faz desfile necessário para o Brasil:

Rio 2024: Começou, na noite deste domingo (11), o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí com as apresentações do Grupo Especial carioca.

Seis agremiações no cardápio da folia: Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense.

Terceira escola a entrar na Avenida, o Salgueiro chegou dando seu recado embalado pelo samba considerado um dos melhores da safra deste ano.

Enlutada pela morte do eterno intérprete Quinho, vestida e incorporada de um enredo necessário, teve pequenos problemas de evolução no início da pista com um espaçamento por conta do atraso no andamento do carro abre-alas. Na reta final, outro grande clarão foi registrado. Sai da Avenida com o maior campeonato possível: cumprir sua missão como agente social.

Veja o que disseram os comentaristas do SRzd sobre o desfile salgueirense, que quer quebrar um incomodo e longo jejum sem título no Grupo Especial do Rio. A última conquista aconteceu no já distante ano de 2009.

+ como foi o desfile?

Jaime Cezário: “A Academia do Samba trouxe o enredo Hutukara. Um grito de alerta que levantou a bandeira sobre o sofrimento do povo Yanomami com o desmatamento e o garimpo ilegal. O enredo contou desde a criação do mundo Yanomami, seus mitos e Deuses, a vida na floresta, a tragédia ocorrida, seu modo de enxergar a vida, e terminou exaltando a necessidade de respeitar os povos originários. O samba foi um dos acontecimentos do pré-Carnaval; expectativa lá nas alturas para essa apresentação. A plástica indígena é clara e definida, como eles mesmos intitularam: um Brasil de cocar. Assim foram suas alas. As cores usadas foram exuberantes e em profusão que causou uma certa confusão visual. As alegorias eram grandes, bem acabadas e grandiosas, usando o mesmo partido na temática e nas cores fortes e exuberantes. A expectativa era muito grande por esse Carnaval do Salgueiro e isso, na maioria das vezes, é um fator complicador. O Salgueiro desfilou correto, contou sua proposta de enredo em fantasias e alegorias. Vamos ver o que os envelopes irão revelar na Quarta-Feira de Cinzas”.

Wallace Safra: “A comissão de frente trouxe para a Avenida a luta pela sobrevivência do povo Yanomami e a defesa por sua terra. Com um desenho coregráfico forte, enérgico e impactante, o coreógrafo buscou elementos cenográficos individuais de menor porte que acompanharam os bailarinos e um elemento coreográfico de maior porte para ser base para a coreografia, gerando impacto com o público. O trabalho cênico foi bem conduzido e desenvolvido pelos bailarinos, que se mantiveram dentro do desenho coreográfico durante toda a apresentação. Trabalho criativo, engenhoso e muito bem desenvolvido”.

Célia Souto: “Acadêmicos do Salgueiro entra na Avenida acreditando no samba e aproveitando o ritmo forte para cantar com garra e animação. Os componentes demonstram comprometimento com o canto, evoluem com leveza e fluência movimentando o chão. Canto e dança bem desenvolvidos ajudam no desempenho do desfile. O canto da escola cresceu durante o desfile e a escola passa pela Avenida convicta e segura”.

Eliane Souza: “Descrever a passagem do primeiro casal da escola é falar de uma poesia tantas vezes recitada, todavia sempre atualizada pela forma entoada. É falar de uma escritura ancestral, cujas letras e palavras, em sintonia plena, poetiza o espaço na qual se assenta. O estilo particular de realizar os movimentos do bailado, estudados e decorados, faz surgir o estilo Sidclei Santos de bailar. Marcas pessoais na realização de cada um, mas, com destaque para o MEIO-SAPATEADO e a CARRAPETA, um plantado e o outro em deslocamento, no qual se evidencia a destreza e a agilidade em dançar! E tudo em perfeito sincronismo aos gestos, passos e movimentos da porta-bandeira que, dominando sua coreografia, permite que o mestre-sala dance e ocupe o protagonismo que lhe cabe na cena. A passagem do casal, neste desfile, ratificou seu feito no ensaio técnico e no ensaio de rua que tivemos a alegria de acompanhar. Cortesia malandra, piruetas feitas com segurança, reverências para saudar o pavilhão e acompanhar a dama! Um casal que conhece, respeita e preserva o bailado foi o que vi desfilar pela Avenida”.

Cláudio Francioni: “A Furiosa fez um ótimo desfile. Adotando um andamento um pouco abaixo do que vinha trazendo ultimamente, Mestres Gustavo e Guilherme abusaram do bom gosto na concepção do arranjo rítmico. Trata-se de uma bateria muito bem equalizada, com surdos graves dando o chão pra segurança das caixas, tamborins, repiques e chocalhos. Um show de execução de todos os instrumentos”.

Wallace Safra: “Com um samba explosivo, plural e de grande interação com o público, a ala de passistas do Salgueiro sempre faz um trabalho bonito, limpo e linear. Pude notar que a leveza do figurino contribuiu ainda mais com a boa evolução dos passistas que fizeram aquele show que nós já conhecemos. Os destaques à frente da ala (Rei e Rainha da ala) foram um presente por poder assistir passistas em posição de evidência, que é de fato o lugar deles. Bonito trabalho”.

+ VÍDEO: MELHORES MOMENTOS DO DESFILE

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE

+ ENTREVISTAS NO DESFILE

+ Carnaval 2024:

Hutukara, assinado por Edson Pereira. Este é o enredo da escola que ficou com o 7º lugar no Grupo Especial no Carnaval de 2023.

O samba é de autoria dos compositores Pedrinho da Flor, Marcelo Motta, Arlindinho Cruz, Renato Galante, Dudu Nobre, Leonardo Gallo, Ramon Via 13 e Ralfe Ribeiro.

+ desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ ordem oficial de desfiles do Grupo Especial 2024:

Domingo, 11 de fevereiro:

1º – Unidos do Porto da Pedra (Campeão do Acesso 2023)
2º – Beija-Flor de Nilópolis
3º – Acadêmicos do Salgueiro
4º – Acadêmicos do Grande Rio
5º – Unidos da Tijuca
6º – Imperatriz Leopoldinense (Campeã do Grupo Especial 2023)

Segunda-feira, 12 de fevereiro:

1º – Mocidade Independente de Padre Miguel (11ª colocada do Grupo Especial 2023)
2º – Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Estação Primeira de Mangueira
5º – Paraíso do Tuiuti
6º – Unidos do Viradouro

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