Tradição sofre com problemas em série na abertura da 2ª noite do Acesso no Rio

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Carnaval 2025. Começou, neste sábado (1º), a segunda noite do desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025 no Rio de Janeiro. Chegou o momento do público acompanhar o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí produzido pelas agremiações da Série Ouro, o acesso carioca (veja a ordem completa mais abaixo). A primeira […]

POR Redação SRzd 1/3/2025| 6 min de leitura

Desfile 2025 da Tradição. Foto: Juliana Dias/SRzd

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Carnaval 2025. Começou, neste sábado (1º), a segunda noite do desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025 no Rio de Janeiro.

Chegou o momento do público acompanhar o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí produzido pelas agremiações da Série Ouro, o acesso carioca (veja a ordem completa mais abaixo).

A primeira escola a desfilar foi a Tradição, retornando ao sambódromo.

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)

Na Avenida, cantou o enredo Reza, assinado pelo carnavalesco Leandro Valente.

O samba-enredo tem assinatura de Fred Camacho, Pretinho da Serrinha e Diego Nicolau.

E logo na abertura, a agremiação teve sérios problemas. Na armação, componentes terminando de se fantasiar e destaques sendo colocados no carro abre-alas com o cronômetro já disparado. Ainda houve a inversão da colocação das composições na alegoria. Detalhe para a falta das patas da escultura do condor, símbolo da escola.

O carro 2 também teve dificuldades. Após sua entrada na pista, destaques ainda estavam subindo na alegoria. Também foram observadas alas com figurinos faltando partes, além de diversas falhas de acabamento. Por conta dos problemas em série, teve de acelerar muito o passo na reta final da apresentação (veja os registros):

OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.

Eliane Souza (MSPB): Jorge Vinícius e Verônica Lima, o primeiro casal da escola, desenvolveu sua dança reveladora de sua grande experiência, com pleno domínio dos movimentos característicos e em perfeito sincronismo nas finalizações! De forma elegante e garbosa, o mestre-sala conduziu a dama e a dança com o manuseio perfeito do adereço de mão, o leque. Verônica executou seus giros do ABANO com a habilidade de veterana evoluindo com destreza. Sempre lindo apreciar sua performance, suas nuances, gestos e passos!

Gabriel Galvão e Thaissa Soares, a luz do samba performando gestos e passos com alegria, o segundo casal brincou na avenida.

Ramon Lima e Vívian Colombo, trouxeram o terceiro pavilhão da escola, em dança livre, com base no bailado, deslizaram alegremente. O mestre-sala revelou muita cortesia e gentileza, a sua dama que portando com elegância a bandeira, esbanjou simpatia durante a performance.

Célia Souto (evolução e harmonia): Primeira escola a se apresentar na noite de sábado, a Tradição entrou na Avenida e foi possível ouvir que a maioria dos componentes estavam cantando o samba com animação e tenacidade, porém, alguns componentes não.

O canto soou equilibrado com o ritmo, sincronizado e bem pronunciado, demonstrou clareza na sua interpretação. A evolução fluiu com leveza e regularidade no andamento do chão. Animados, desfilaram cantando e evoluindo exibindo um bom entrosamento entre ritmo e canto.

Bruno Moraes (bateria): A bateria da Tradição retorna para a Sapucaí com um bom desempenho na apresentação aos julgadores e uma boa estreia do mestre Thiago Praxedes, que veio de São Paulo e com um bom ritmo

Cláudio Francioni (samba-enredo): Depois de dez anos longe da Sapucaí, a Tradição teve seu bom desfile embalado por um samba valente e empolgante, com destaque pra letra bem construída e pro refrão “Voa meu condor/Vai buscar o infinito/É tão bonito no altar o pavilhão/O azul e branco do meu samba abençoou/E a Tradição voltou”.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): A primeira escola de samba deste sábado foi a Tradição, com 15 minutos de atraso, e com a comunidade rezando forte para abrir seus caminhos nessa volta ao Templo Sagrado do Samba. Querendo expulsar todas as energias negativas, trouxe o enredo cujo título é “Reza”.

A história se desenrolava como um mosaico de fé e resistência. Vozes ancestrais ecoaram, celebrando a espiritualidade que une o humano ao divino. Uma sinfonia de crenças, onde a fé se entrelaçava com a luta, o sagrado com o profano, um enredo de celebração da vida e da diversidade humana.

Uma escola bem vestida de fantasias, onde percebemos um agradável estudo cromático com a passagem de suas alas. É muito bom ver que esse estudo ainda resiste na preocupação de alguns carnavalescos. A leitura não é fácil para o público em geral, mas trouxe encantamento pela beleza, pelo impacto visual causado pelo abuso de um colorido ousado, mas muito bem dosado.

As alegorias foram grandiosas, com destaque para o abre-alas, bons acabamentos, materiais bem usados, mesmo que alternativos para driblar a falta de recursos; o que foi feito com maestria. Grandes esculturas com movimentos deram um toque a mais no conjunto alegórico. Belos destaques ornamentavam as alegorias e, no chão, destaco as roupas das musas, que não pouparam recursos nas fantasias. Mas nem tudo foram flores, o Condor estava sem suas garras… que maldade Tradição! Na segunda alegoria tinha destaque faltando. Deslizes que vão custar décimos.

Visualmente, a Tradição nos encheu de esperança para termos um sábado visualmente melhor que o dia anterior. O que posso dizer para você leitor; pude confirmar o que diz a letra do samba: “a Tradição voltou”, e complementaria com “voltou para ficar!”. Parabéns, Tradição!

+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Série Ouro 2025):

28 de fevereiro (sexta-feira):

1º – Botafogo Samba Clube
2º – Arranco do Engenho de Dentro
3º – Inocentes de Belford Roxo
4º – Unidos da Ponte
5º – Estácio de Sá
6º – União de Maricá
7º – Em Cima da Hora
8º – União da Ilha do Governador

1º de março (sábado):

1º – Tradição
2º – União do Parque Acari
3º – Acadêmicos de Vigário Geral
4º – Unidos de Bangu
5º – Unidos do Porto da Pedra
6º – São Clemente
7º – Acadêmicos de Niterói
8º – Império Serrano

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

Carnaval 2025. Começou, neste sábado (1º), a segunda noite do desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025 no Rio de Janeiro.

Chegou o momento do público acompanhar o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí produzido pelas agremiações da Série Ouro, o acesso carioca (veja a ordem completa mais abaixo).

A primeira escola a desfilar foi a Tradição, retornando ao sambódromo.

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)

Na Avenida, cantou o enredo Reza, assinado pelo carnavalesco Leandro Valente.

O samba-enredo tem assinatura de Fred Camacho, Pretinho da Serrinha e Diego Nicolau.

E logo na abertura, a agremiação teve sérios problemas. Na armação, componentes terminando de se fantasiar e destaques sendo colocados no carro abre-alas com o cronômetro já disparado. Ainda houve a inversão da colocação das composições na alegoria. Detalhe para a falta das patas da escultura do condor, símbolo da escola.

O carro 2 também teve dificuldades. Após sua entrada na pista, destaques ainda estavam subindo na alegoria. Também foram observadas alas com figurinos faltando partes, além de diversas falhas de acabamento. Por conta dos problemas em série, teve de acelerar muito o passo na reta final da apresentação (veja os registros):

OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.

Eliane Souza (MSPB): Jorge Vinícius e Verônica Lima, o primeiro casal da escola, desenvolveu sua dança reveladora de sua grande experiência, com pleno domínio dos movimentos característicos e em perfeito sincronismo nas finalizações! De forma elegante e garbosa, o mestre-sala conduziu a dama e a dança com o manuseio perfeito do adereço de mão, o leque. Verônica executou seus giros do ABANO com a habilidade de veterana evoluindo com destreza. Sempre lindo apreciar sua performance, suas nuances, gestos e passos!

Gabriel Galvão e Thaissa Soares, a luz do samba performando gestos e passos com alegria, o segundo casal brincou na avenida.

Ramon Lima e Vívian Colombo, trouxeram o terceiro pavilhão da escola, em dança livre, com base no bailado, deslizaram alegremente. O mestre-sala revelou muita cortesia e gentileza, a sua dama que portando com elegância a bandeira, esbanjou simpatia durante a performance.

Célia Souto (evolução e harmonia): Primeira escola a se apresentar na noite de sábado, a Tradição entrou na Avenida e foi possível ouvir que a maioria dos componentes estavam cantando o samba com animação e tenacidade, porém, alguns componentes não.

O canto soou equilibrado com o ritmo, sincronizado e bem pronunciado, demonstrou clareza na sua interpretação. A evolução fluiu com leveza e regularidade no andamento do chão. Animados, desfilaram cantando e evoluindo exibindo um bom entrosamento entre ritmo e canto.

Bruno Moraes (bateria): A bateria da Tradição retorna para a Sapucaí com um bom desempenho na apresentação aos julgadores e uma boa estreia do mestre Thiago Praxedes, que veio de São Paulo e com um bom ritmo

Cláudio Francioni (samba-enredo): Depois de dez anos longe da Sapucaí, a Tradição teve seu bom desfile embalado por um samba valente e empolgante, com destaque pra letra bem construída e pro refrão “Voa meu condor/Vai buscar o infinito/É tão bonito no altar o pavilhão/O azul e branco do meu samba abençoou/E a Tradição voltou”.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): A primeira escola de samba deste sábado foi a Tradição, com 15 minutos de atraso, e com a comunidade rezando forte para abrir seus caminhos nessa volta ao Templo Sagrado do Samba. Querendo expulsar todas as energias negativas, trouxe o enredo cujo título é “Reza”.

A história se desenrolava como um mosaico de fé e resistência. Vozes ancestrais ecoaram, celebrando a espiritualidade que une o humano ao divino. Uma sinfonia de crenças, onde a fé se entrelaçava com a luta, o sagrado com o profano, um enredo de celebração da vida e da diversidade humana.

Uma escola bem vestida de fantasias, onde percebemos um agradável estudo cromático com a passagem de suas alas. É muito bom ver que esse estudo ainda resiste na preocupação de alguns carnavalescos. A leitura não é fácil para o público em geral, mas trouxe encantamento pela beleza, pelo impacto visual causado pelo abuso de um colorido ousado, mas muito bem dosado.

As alegorias foram grandiosas, com destaque para o abre-alas, bons acabamentos, materiais bem usados, mesmo que alternativos para driblar a falta de recursos; o que foi feito com maestria. Grandes esculturas com movimentos deram um toque a mais no conjunto alegórico. Belos destaques ornamentavam as alegorias e, no chão, destaco as roupas das musas, que não pouparam recursos nas fantasias. Mas nem tudo foram flores, o Condor estava sem suas garras… que maldade Tradição! Na segunda alegoria tinha destaque faltando. Deslizes que vão custar décimos.

Visualmente, a Tradição nos encheu de esperança para termos um sábado visualmente melhor que o dia anterior. O que posso dizer para você leitor; pude confirmar o que diz a letra do samba: “a Tradição voltou”, e complementaria com “voltou para ficar!”. Parabéns, Tradição!

+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Série Ouro 2025):

28 de fevereiro (sexta-feira):

1º – Botafogo Samba Clube
2º – Arranco do Engenho de Dentro
3º – Inocentes de Belford Roxo
4º – Unidos da Ponte
5º – Estácio de Sá
6º – União de Maricá
7º – Em Cima da Hora
8º – União da Ilha do Governador

1º de março (sábado):

1º – Tradição
2º – União do Parque Acari
3º – Acadêmicos de Vigário Geral
4º – Unidos de Bangu
5º – Unidos do Porto da Pedra
6º – São Clemente
7º – Acadêmicos de Niterói
8º – Império Serrano

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