Tuiuti incorpora causa, aposta em gigantismo alegórico e corre no final

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Carnaval 2025. Teve sequência, nesta terça-feira (4) o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025. E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí […]

POR Redação SRzd 5/3/2025| 5 min de leitura

Desfile das escolas de samba do Rio 2025. Foto: SRzd/Juliana Dias

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Carnaval 2025. Teve sequência, nesta terça-feira (4) o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025.

E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí também na terça-feira de Carnaval (veja a ordem completa mais abaixo).

Após a passagem da Mocidade, foi a vez do Paraíso do Tuiuti.

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)

Na Avenida, cantou o enredo Quem tem medo de Xica Manicongo?, assinado pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.

O samba-enredo foi encomendado e leva a assinatura Claudio Russo e Gustavo Clarão.

OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.

Eliane Souza (MSPB): Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane, o primeiro casal, com delicadeza cruzou a passarela! Ela, que tem um jeito especial de realizar os passos nos giros do ABANO, desfraldou com garbo o pavilhão, sempre cortejada pelo maravilhoso mestre-sala que recentemente se recuperou de uma grave lesão.

A dupla domina com maestria os movimentos característicos do bailado e fizeram uma singela APRESENTAÇÃO DE BANDEIRA, ação de responsabilidade do cavalheiro que revelou sua habilidade e firmeza na execução.

Leonardo Thomé e Mayara Bombom (representando Rebeca Tito, a quem desejo saúde, pronta recuperação) demonstrando tranquilidade – o segundo casal – desfilaram em performance natural e com preservação dos movimentos característicos da coreografia primeira do bailado. Distribuíram gentilezas e reverência ao público apresentando o pavilhão com elegância.

Célia Souto (evolução e harmonia): Canto e ritmo forte marcaram o a entrada da escola na Avenida, dominando o canto e a dança. A maioria dos componentes estavam cantando o samba na totalidade. As alas mantiveram o andamento do chão e seguraram a evolução com regularidade.

*nota da redação: a partir dos 60 minutos, a escola apertou o passo, acelerando sua evolução. Grandiosidade dos carros, que dificultou manobras para entrada na Avenida, atrasou a escola que cravou os 80 minutos máximos de desfile permitido por regulamento.

Bruno Moraes (bateria): Mestre Marcão é um grande personagem do Carnaval e, mais uma vez, apresentou uma bela bateria no desfile do Tuiuti.

Veio largando bossa atrás de bossa, sempre com muita qualidade na execução.

Infelizmente, mais uma vez, a harmonia da escola prejudicou a apresentação do último módulo de julgamento, já que os ritmistas tiveram que passar rápido. Tomara que o som que chegou na cabine não foi prejudicado.

Cláudio Francioni (samba-enredo): Com uma ótima interpretação de Pixulé, o samba do Tuiuti talvez tenha sido o grande destaque do desfile da escola. Composto em primeira pessoa, a letra tem a urgência necessária que o enredo levanta.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): A segunda a fazer a sua apresentação foi o Paraíso do Tuiuti com o enredo: “Quem tem medo de Xica Manicongo?”. Uma história muito oportuna para quebrar tabus e trazer respeito ao movimento Trans.

O seu desenvolvimento escolheu mostrar uma história de forma narrativa, começando nos tempos primordiais, trazendo um tripé dedicado ao “maioral”, uma escultura colossal do “capiroto”. Não consegui entender essa abertura, será que quis insinuar que ser Trans é coisa demoníaca?

Depois disso, vimos passagens na África, em Salvador no período colonial, um setor dedicado aos povos originários, onde vinha a bateria personificada de Curupira. Fiquei me perguntando, será que o Curupira era Trans? Enfim, assim seguiu seu desenvolvimento.

O espírito apimentado Pajuba veio na quarta alegoria, dedicada ao “Pombagirismo”, e no carro 5, dedicado ao Traviarcado, puro suco da personalidade Trans, quando passou, o povo veio abaixo. Bom, foi um desenvolvimento conservador do enredo, não translouqueceu como o exemplo do próprio samba. Mas seguiu de forma perfeita no sentido de sua defesa e roteiro.

As alas vieram grandes, bem acabadas, mas o entendimento não foi fácil.

As alegorias seguiram o mesmo padrão, grandes, bem acabadas, com belas composições e destaques. O entendimento ficou um pouco complicado, a não ser, como citei, as alegorias 4 e 5, que foram o puro suco do espírito Trans.

Logotipo do enredo 2025 do Paraíso do Tuiuti. Foto: Divulgação

+ veja o desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Grupo Especial 2025):

Domingo, 2 de março:

1ª – Unidos de Padre Miguel

2ª – Imperatriz Leopoldinense

3ª – Unidos do Viradouro

4ª – Estação Primeira de Mangueira

Segunda-feira, 3 de março:

1ª – Unidos da Tijuca

2ª – Beija-Flor de Nilópolis

3ª – Acadêmicos do Salgueiro

4ª – Unidos de Vila Isabel

Terça-feira, 4 de março:

1ª – Mocidade Independente de Padre Miguel

2ª – Paraíso do Tuiuti

3ª – Acadêmicos do Grande Rio

4ª – Portela

Arpoador

Rodapé - carnaval rio

Carnaval 2025. Teve sequência, nesta terça-feira (4) o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025.

E é histórico. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro passaram a ter mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e na segunda-feira, o público acompanha o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí também na terça-feira de Carnaval (veja a ordem completa mais abaixo).

Após a passagem da Mocidade, foi a vez do Paraíso do Tuiuti.

+ GALERIA DE FOTOS DO DESFILE (em breve)

Na Avenida, cantou o enredo Quem tem medo de Xica Manicongo?, assinado pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.

O samba-enredo foi encomendado e leva a assinatura Claudio Russo e Gustavo Clarão.

OPINIÃO: A equipe de comentaristas do portal SRzd esteve na Avenida conferindo todos os lances, instalada no camarote Arpoador, o maior do sambódromo, e avaliou a passagem da agremiação.

Eliane Souza (MSPB): Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane, o primeiro casal, com delicadeza cruzou a passarela! Ela, que tem um jeito especial de realizar os passos nos giros do ABANO, desfraldou com garbo o pavilhão, sempre cortejada pelo maravilhoso mestre-sala que recentemente se recuperou de uma grave lesão.

A dupla domina com maestria os movimentos característicos do bailado e fizeram uma singela APRESENTAÇÃO DE BANDEIRA, ação de responsabilidade do cavalheiro que revelou sua habilidade e firmeza na execução.

Leonardo Thomé e Mayara Bombom (representando Rebeca Tito, a quem desejo saúde, pronta recuperação) demonstrando tranquilidade – o segundo casal – desfilaram em performance natural e com preservação dos movimentos característicos da coreografia primeira do bailado. Distribuíram gentilezas e reverência ao público apresentando o pavilhão com elegância.

Célia Souto (evolução e harmonia): Canto e ritmo forte marcaram o a entrada da escola na Avenida, dominando o canto e a dança. A maioria dos componentes estavam cantando o samba na totalidade. As alas mantiveram o andamento do chão e seguraram a evolução com regularidade.

*nota da redação: a partir dos 60 minutos, a escola apertou o passo, acelerando sua evolução. Grandiosidade dos carros, que dificultou manobras para entrada na Avenida, atrasou a escola que cravou os 80 minutos máximos de desfile permitido por regulamento.

Bruno Moraes (bateria): Mestre Marcão é um grande personagem do Carnaval e, mais uma vez, apresentou uma bela bateria no desfile do Tuiuti.

Veio largando bossa atrás de bossa, sempre com muita qualidade na execução.

Infelizmente, mais uma vez, a harmonia da escola prejudicou a apresentação do último módulo de julgamento, já que os ritmistas tiveram que passar rápido. Tomara que o som que chegou na cabine não foi prejudicado.

Cláudio Francioni (samba-enredo): Com uma ótima interpretação de Pixulé, o samba do Tuiuti talvez tenha sido o grande destaque do desfile da escola. Composto em primeira pessoa, a letra tem a urgência necessária que o enredo levanta.

Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): A segunda a fazer a sua apresentação foi o Paraíso do Tuiuti com o enredo: “Quem tem medo de Xica Manicongo?”. Uma história muito oportuna para quebrar tabus e trazer respeito ao movimento Trans.

O seu desenvolvimento escolheu mostrar uma história de forma narrativa, começando nos tempos primordiais, trazendo um tripé dedicado ao “maioral”, uma escultura colossal do “capiroto”. Não consegui entender essa abertura, será que quis insinuar que ser Trans é coisa demoníaca?

Depois disso, vimos passagens na África, em Salvador no período colonial, um setor dedicado aos povos originários, onde vinha a bateria personificada de Curupira. Fiquei me perguntando, será que o Curupira era Trans? Enfim, assim seguiu seu desenvolvimento.

O espírito apimentado Pajuba veio na quarta alegoria, dedicada ao “Pombagirismo”, e no carro 5, dedicado ao Traviarcado, puro suco da personalidade Trans, quando passou, o povo veio abaixo. Bom, foi um desenvolvimento conservador do enredo, não translouqueceu como o exemplo do próprio samba. Mas seguiu de forma perfeita no sentido de sua defesa e roteiro.

As alas vieram grandes, bem acabadas, mas o entendimento não foi fácil.

As alegorias seguiram o mesmo padrão, grandes, bem acabadas, com belas composições e destaques. O entendimento ficou um pouco complicado, a não ser, como citei, as alegorias 4 e 5, que foram o puro suco do espírito Trans.

Logotipo do enredo 2025 do Paraíso do Tuiuti. Foto: Divulgação

+ veja o desempenho da escola nos últimos seis carnavais:

+ VEJA A ORDEM OFICIAL DE DESFILES (Grupo Especial 2025):

Domingo, 2 de março:

1ª – Unidos de Padre Miguel

2ª – Imperatriz Leopoldinense

3ª – Unidos do Viradouro

4ª – Estação Primeira de Mangueira

Segunda-feira, 3 de março:

1ª – Unidos da Tijuca

2ª – Beija-Flor de Nilópolis

3ª – Acadêmicos do Salgueiro

4ª – Unidos de Vila Isabel

Terça-feira, 4 de março:

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4ª – Portela

Arpoador

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