Um final de semana pra lavar a alma. Luz, som e emoção!

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*Por Junior Schall Vamos falar de Carnaval! Alô galera, alô eternos aprendizes da folia das Escolas de Samba. No término da Copa dos ensaios na Avenida, rodada dupla. Noites para se testar muitos equipamentos, apurar a técnica, transbordar emoção e, com toda a fé, pedir proteção. Sábado, antes dos ensaios de Vila Isabel e Viradouro, um ritual […]

POR Redação SRzd10/02/2023|5 min de leitura

Um final de semana pra lavar a alma. Luz, som e emoção!

Acadêmicos da Grande Rio 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

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*Por Junior Schall

Vamos falar de Carnaval! Alô galera, alô eternos aprendizes da folia das Escolas de Samba. No término da Copa dos ensaios na Avenida, rodada dupla. Noites para se testar muitos equipamentos, apurar a técnica, transbordar emoção e, com toda a fé, pedir proteção.

Sábado, antes dos ensaios de Vila Isabel e Viradouro, um ritual de purificação, uma prece coletiva repleta das melhores energias. A Lavagem da Sapucaí. Uma atividade de resistência cultural, com mais de uma década de existência, uma celebração de valor ímpar. Nunca, tão somente, uma tradição pré-Carnaval, sempre um ato de espiritualidade, representatividade, união e comunhão. As mães Baianas lavando a Marquês, a água benta, os bons fluídos, as vestes brancas, a bateria dos Mestres e todo o Axé precisam ser, de maneira vital, uma corrente única, de elos fortes, em prol do Pavilhão sagrado do Carnaval.

A benção no terreiro, dia 11, Oxalá, anuncia boas novas. Na jornada dos treinos das quatro agremiações teremos os testes de luz e som, algo, até então, restrito a noite final da passagem das Escolas pela passarela. Uma evolução, um viés muito positivo, fruto do debate e de muitas solicitações para ampliação do cenário, mais próximo do real, do campo oficial de jogo. A possibilidade de um terço das agremiações testarem luz e som é um passo valioso para toda a infra em torno dos desfiles.

Hoje a troca de ideias, possibilidades e caminhos acerca do espetáculo contar com mais recursos, principalmente no que tange a iluminação do Sambódromo, é uma realidade. Os fatores de ordem técnica geral envolvidos num treino com o som aberto por toda a extensão da passarela são bem importantes para o trabalho realizado nesta fase aguda da preparação. Com ação direta e imediata no resultado das apresentações e o fornecimento de feedbacks para (re)alinhamentos, caso necessário.

São da família das vantagens competitivas, de régua alta e linhas finas, daquele sarrafo bem lá de cima. Oportunidades que, quando bem exploradas, podem ofertar alguns belos diferenciais. Matéria rica, por exemplo, para harmonia, evolução, bateria e carro de som, com referência direta ao processo de maturação e evolução do samba enredo. A conexão, sempre ativa, destes quatro quesitos tem a sua potencialidade e alcance bem maiores com o suporte, nas condições ideias, do sistema de som.

Atualmente, com grades muito maiores de ensaios, as entidades carnavalescas ramificaram os formatos, modelos e direcionamentos dos seus treinos tanto para todo o do conjunto de componentes, bem como para cada nicho específico. Ensaios de alas, setores inteiros, integrantes de carros alegóricos no barracão e todos os itens que compõe o “chão” de uma Escola se tornaram naturais, presença certa nos calendários (mais extensos) de construção do Carnaval das agremiações.

Todos estes aspectos, de modo consciente e consistente, estão no plano de trabalho de Vila Isabel e Viradouro, Beija-Flor e Grande Rio. Neste grupo de campeãs do Carnaval carioca, a atual detentora do título, a Tricolor de Caxias e a vencedora de 2020, a vermelho e branco de Niterói, ao longo dos últimos anos, vem alicerçando seus carnavais em todos os aspectos que constituem o julgamento dos quesitos, com gabarito de excelência, nas questões técnicas e também plásticas. Tudo é interligado e necessita de lapidação e afinação casada, para a formação do desenho de um único universo. O conjunto, sempre o conjunto.

Vila Isabel e Beija-Flor possuem, como as outras duas coirmãs, equipes sólidas desde a criação até o desenvolvimento e a ação efetiva do desfile. A Deusa da Passarela, como quinta agremiação, a Viradouro fechando o Carnaval e a Escola da terra de Noel, como terceira da noite, estão na Segunda-feira. A Grande Rio, defendendo o campeonato, virá pelo lado do Balança, desfilando cedo, na posição de segunda de Domingo. Tudo conta, todas as linhas e estratégias. Mesmo para Pavilhões de peso que entendem bem as suas constituições internas e se debruçam com empenho na obtenção do melhor sumo das suas comunidades, o lado, o tempo de permanência na concentração, o volume dos seus conjuntos alegóricos e a comparação direta entre si são objetos de estudo exaustivo e “vivo”, por parte dos núcleos de direção de cada uma delas no que tange a mudança de rota, de modo literal, mesmo após a curva da Marquês.

Num final de semana com tantos testes técnicos “a caixa” dentro do peito dos apaixonados pela folia precisa estar pulsando numa boa cadência, na levada de um bom compasso e ao som de uma gostosa melodia. As emoções boas e espontâneas, multiplicadas por quatro, são obrigatórias. As Escolas que irão coroar o fechamento da temporada de treinos (que valem um jogo), narram em seus enredos, as festividades, a religiosidade, as questões raciais e sociais e as homenagens, diversos recortes para conteúdos ricos em suas abordagens e nas assinaturas dos artistas responsáveis por eles.

Os cortejos farão apresentações para rasgar o chão da Avenida, trazendo seus deveres de casa em dia, com suas particularidades e características presentes, sempre atentos ao passo da evolução geral da festa de Momo, provocando sorrisos e muitos testes pro coração de todos nós. De olho na pressão, com a alma lavada, seguimos sob as bênçãos dos Deuses do Carnaval!


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*Por Junior Schall

Vamos falar de Carnaval! Alô galera, alô eternos aprendizes da folia das Escolas de Samba. No término da Copa dos ensaios na Avenida, rodada dupla. Noites para se testar muitos equipamentos, apurar a técnica, transbordar emoção e, com toda a fé, pedir proteção.

Sábado, antes dos ensaios de Vila Isabel e Viradouro, um ritual de purificação, uma prece coletiva repleta das melhores energias. A Lavagem da Sapucaí. Uma atividade de resistência cultural, com mais de uma década de existência, uma celebração de valor ímpar. Nunca, tão somente, uma tradição pré-Carnaval, sempre um ato de espiritualidade, representatividade, união e comunhão. As mães Baianas lavando a Marquês, a água benta, os bons fluídos, as vestes brancas, a bateria dos Mestres e todo o Axé precisam ser, de maneira vital, uma corrente única, de elos fortes, em prol do Pavilhão sagrado do Carnaval.

A benção no terreiro, dia 11, Oxalá, anuncia boas novas. Na jornada dos treinos das quatro agremiações teremos os testes de luz e som, algo, até então, restrito a noite final da passagem das Escolas pela passarela. Uma evolução, um viés muito positivo, fruto do debate e de muitas solicitações para ampliação do cenário, mais próximo do real, do campo oficial de jogo. A possibilidade de um terço das agremiações testarem luz e som é um passo valioso para toda a infra em torno dos desfiles.

Hoje a troca de ideias, possibilidades e caminhos acerca do espetáculo contar com mais recursos, principalmente no que tange a iluminação do Sambódromo, é uma realidade. Os fatores de ordem técnica geral envolvidos num treino com o som aberto por toda a extensão da passarela são bem importantes para o trabalho realizado nesta fase aguda da preparação. Com ação direta e imediata no resultado das apresentações e o fornecimento de feedbacks para (re)alinhamentos, caso necessário.

São da família das vantagens competitivas, de régua alta e linhas finas, daquele sarrafo bem lá de cima. Oportunidades que, quando bem exploradas, podem ofertar alguns belos diferenciais. Matéria rica, por exemplo, para harmonia, evolução, bateria e carro de som, com referência direta ao processo de maturação e evolução do samba enredo. A conexão, sempre ativa, destes quatro quesitos tem a sua potencialidade e alcance bem maiores com o suporte, nas condições ideias, do sistema de som.

Atualmente, com grades muito maiores de ensaios, as entidades carnavalescas ramificaram os formatos, modelos e direcionamentos dos seus treinos tanto para todo o do conjunto de componentes, bem como para cada nicho específico. Ensaios de alas, setores inteiros, integrantes de carros alegóricos no barracão e todos os itens que compõe o “chão” de uma Escola se tornaram naturais, presença certa nos calendários (mais extensos) de construção do Carnaval das agremiações.

Todos estes aspectos, de modo consciente e consistente, estão no plano de trabalho de Vila Isabel e Viradouro, Beija-Flor e Grande Rio. Neste grupo de campeãs do Carnaval carioca, a atual detentora do título, a Tricolor de Caxias e a vencedora de 2020, a vermelho e branco de Niterói, ao longo dos últimos anos, vem alicerçando seus carnavais em todos os aspectos que constituem o julgamento dos quesitos, com gabarito de excelência, nas questões técnicas e também plásticas. Tudo é interligado e necessita de lapidação e afinação casada, para a formação do desenho de um único universo. O conjunto, sempre o conjunto.

Vila Isabel e Beija-Flor possuem, como as outras duas coirmãs, equipes sólidas desde a criação até o desenvolvimento e a ação efetiva do desfile. A Deusa da Passarela, como quinta agremiação, a Viradouro fechando o Carnaval e a Escola da terra de Noel, como terceira da noite, estão na Segunda-feira. A Grande Rio, defendendo o campeonato, virá pelo lado do Balança, desfilando cedo, na posição de segunda de Domingo. Tudo conta, todas as linhas e estratégias. Mesmo para Pavilhões de peso que entendem bem as suas constituições internas e se debruçam com empenho na obtenção do melhor sumo das suas comunidades, o lado, o tempo de permanência na concentração, o volume dos seus conjuntos alegóricos e a comparação direta entre si são objetos de estudo exaustivo e “vivo”, por parte dos núcleos de direção de cada uma delas no que tange a mudança de rota, de modo literal, mesmo após a curva da Marquês.

Num final de semana com tantos testes técnicos “a caixa” dentro do peito dos apaixonados pela folia precisa estar pulsando numa boa cadência, na levada de um bom compasso e ao som de uma gostosa melodia. As emoções boas e espontâneas, multiplicadas por quatro, são obrigatórias. As Escolas que irão coroar o fechamento da temporada de treinos (que valem um jogo), narram em seus enredos, as festividades, a religiosidade, as questões raciais e sociais e as homenagens, diversos recortes para conteúdos ricos em suas abordagens e nas assinaturas dos artistas responsáveis por eles.

Os cortejos farão apresentações para rasgar o chão da Avenida, trazendo seus deveres de casa em dia, com suas particularidades e características presentes, sempre atentos ao passo da evolução geral da festa de Momo, provocando sorrisos e muitos testes pro coração de todos nós. De olho na pressão, com a alma lavada, seguimos sob as bênçãos dos Deuses do Carnaval!


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