Assim como no Carnaval: resistir, criar e renovar

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

A jornalista Aurora Seles traz mais um texto para os leitores do SRzd. A coluna é publicada semanalmente, às terças-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe! Aplausos à democracia Labutar. Verbo intransitivo que significa, lutar, lidar e trabalhar. Empenhar-se, de um modo geral, seja por trabalho formal, autônomo ou voluntário. O […]

POR Redação SRzd 2/5/2017| 2 min de leitura

Placeholder Image

Criar. Foto: Arte

| Siga-nos Google News

A jornalista Aurora Seles traz mais um texto para os leitores do SRzd.

A coluna é publicada semanalmente, às terças-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

Aplausos à democracia

Labutar. Verbo intransitivo que significa, lutar, lidar e trabalhar. Empenhar-se, de um modo geral, seja por trabalho formal, autônomo ou voluntário.

O quadro atual nos deixa em alerta. São mais de 13 milhões de desempregados em um país que resiste, cria e renova, na vida, assim como no Carnaval.

Frequentemente, ouço que “vivemos em um país sem memória”. Vale recapitular. No período de abril de 1964 a março de 1985, o Brasil viveu sob a ditadura militar, e essa época ficou marcada na história nacional por meio de atos institucionais que colocavam em prática a censura em todos os meios de comunicação. A perseguição política, a eliminação de direitos constitucionais, a tortura, o exílio de dissidentes, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime, faziam parte do cotidiano.

A ditadura atingiu o alto de sua popularidade na década de setenta, com o “milagre econômico”. Por volta de 1980, o regime entrou em decadência quando o governo não conseguiu mais estimular a economia, controlar a inflação e os níveis crescentes de concentração de renda e pobreza, frutos do projeto econômico, e isso deu impulso ao movimento pró-democracia.

Foram anos amargos, insalubres. Fecho os olhos para recordar e me vem à mente a “Canção do Sal”, composta em 1966, por Milton Nascimento: “Trabalhando o sal / É amor, o suor que me sai / Vou viver cantando / O dia tão quente que faz…Trabalho o dia inteiro / Pra vida de gente levar… Encontrar a família a sorrir / Filho vir da escola / Problema maior de estudar / Que é pra não ter meu trabalho / E vida de gente levar”.

Faz mais de 30 anos que a ditadura acabou. A grafia em letra minúscula não diminui a inquietação. Tenho a impressão de um déjà-vu. Uma sensação de que já vi a esse filme. Olhos abertos. O gosto de fel foi substituído pela doçura de viver. Estamos em uma terra livre. Bora trabalhar e construir.

A jornalista Aurora Seles traz mais um texto para os leitores do SRzd.

A coluna é publicada semanalmente, às terças-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!

Aplausos à democracia

Labutar. Verbo intransitivo que significa, lutar, lidar e trabalhar. Empenhar-se, de um modo geral, seja por trabalho formal, autônomo ou voluntário.

O quadro atual nos deixa em alerta. São mais de 13 milhões de desempregados em um país que resiste, cria e renova, na vida, assim como no Carnaval.

Frequentemente, ouço que “vivemos em um país sem memória”. Vale recapitular. No período de abril de 1964 a março de 1985, o Brasil viveu sob a ditadura militar, e essa época ficou marcada na história nacional por meio de atos institucionais que colocavam em prática a censura em todos os meios de comunicação. A perseguição política, a eliminação de direitos constitucionais, a tortura, o exílio de dissidentes, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime, faziam parte do cotidiano.

A ditadura atingiu o alto de sua popularidade na década de setenta, com o “milagre econômico”. Por volta de 1980, o regime entrou em decadência quando o governo não conseguiu mais estimular a economia, controlar a inflação e os níveis crescentes de concentração de renda e pobreza, frutos do projeto econômico, e isso deu impulso ao movimento pró-democracia.

Foram anos amargos, insalubres. Fecho os olhos para recordar e me vem à mente a “Canção do Sal”, composta em 1966, por Milton Nascimento: “Trabalhando o sal / É amor, o suor que me sai / Vou viver cantando / O dia tão quente que faz…Trabalho o dia inteiro / Pra vida de gente levar… Encontrar a família a sorrir / Filho vir da escola / Problema maior de estudar / Que é pra não ter meu trabalho / E vida de gente levar”.

Faz mais de 30 anos que a ditadura acabou. A grafia em letra minúscula não diminui a inquietação. Tenho a impressão de um déjà-vu. Uma sensação de que já vi a esse filme. Olhos abertos. O gosto de fel foi substituído pela doçura de viver. Estamos em uma terra livre. Bora trabalhar e construir.

Notícias Relacionadas

Ver tudo