Capítulo 4, Versículo 3: o hino dos Racionais MC’s no enredo da Vai-Vai 2024

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Das composições do grupo de rap Racionais MC’s, “Capítulo 4, Versículo 3”, uma das mais executadas e expressivas serviu como base para a criação do título do enredo da escola de samba Vai-Vai para o Carnaval de 2024: “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”. A […]

POR Redação SRzd26/04/2023|4 min de leitura

Capítulo 4, Versículo 3: o hino dos Racionais MC’s no enredo da Vai-Vai 2024

Página de livro. Foto: Reprodução/Facebook/Racionais MC’s – Frases

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Das composições do grupo de rap Racionais MC’s, “Capítulo 4, Versículo 3”, uma das mais executadas e expressivas serviu como base para a criação do título do enredo da escola de samba Vai-Vai para o Carnaval de 2024: “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”.

A “Escola do Povo”, da rua, do gueto, pretende mostrar na Avenida que é porta-voz em um movimento que vai muito além do samba. A escola propõe uma nova ordem para a cultura de São Paulo.

“Lançada em 1994 pelos Racionais Mc’s, Capítulo 4 Versículo 3 é, também, um manifesto. Um retrato, um hino, um ícone que marca época, gerações e todo esse movimento cultural ao qual o Vai-Vai se refere no enredo. O título em si é uma rima, um verso, tem ritmo. E é esse ritmo que queremos levar pra Avenida, levar a cultura genuinamente popular para os holofotes, fazendo justa homenagem a todos os talentos que nunca receberam seu devido valor”, justifica Sidnei França, carnavalesco responsável pelo desenvolvimento do desfile que irá abrir a segunda noite do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi, no próximo ano.

Vai-Vai anuncia enredo para 2024. Foto: Reprodução/Vai-Vai
Vai-Vai anuncia enredo para 2024. Foto: Reprodução/Vai-Vai

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O desfile da maior detentora de títulos do samba paulistano, que já é um dos mais aguardados do próximo Carnaval, promete mostrar a rua como espaço em constante disputa pela arte na cidade de São Paulo e celebra ainda os 40 anos da cultura Hip Hop no Brasil, exaltando a arte urbana por meio de suas vertentes – DJ, MC, Break e Grafitti.

A proposta é trazer para o centro do palco da cidade as manifestações culturais que sempre ficaram à margem, escondidas nas periferias. Utilizando a linguagem popular dos MCs e DJs, por meio do Rap, o enredo reivindica a ocupação de espaços, assim como o reconhecimento pleno das expressões artísticas e culturais consideradas periféricas.

“Será um convite à insurgência contra a normatização elitista – em favor das mães solteiras, dos desvalidos, dos marginalizados, dos mendigos, das meretrizes, dos presidiários e de todos aqueles que Exu guarda na sua capa caótica e desordenada, mas com a certeza de que a verdade tarda… Mas não falha!”, diz trecho do texto explicativo do enredo compartilhado pela agremiação em suas páginas de redes sociais.

“Capítulo 4, Versículo 3”: a luta pela conscientização

A canção “Capítulo 4, Versículo 3” faz parte do álbum “Sobrevivendo no Inferno”, que rapidamente se tornou um marco da música brasileira, alçando Mano Brown, Edi Rock, KL Jay e Ice Blue ao título de maiores expoentes do estilo no país.

Com letras contundentes sobre o cotidiano da periferia e em presídios de São Paulo, o disco vendeu mais de um milhão de cópias, ganhou prêmios e um clipe marcante da música “Diário de Um Detento”, que narra a história do massacre do Carandiru por meio das memórias de um presidiário.

De maior destaque do álbum, “Capítulo 4, Versículo 3” começa de uma maneira diferente, denunciando uma série de dados negativos sobre violência e exclusão contra a população negra. Quase três décadas após o seu lançamento, a letra deste “hino” continua repercutindo por traduzir a situação do negro no Brasil e suas piores estatísticas em termos de vários indicadores sociais e econômicos.

Vai-Vai volta ao Grupo Especial após reeditar enredo 

Disputando o Grupo de Acesso 1 pela segunda vez em sua história, a Vai-Vai apostou no enredo “Eu também sou imortal”, sendo a quarta a desfilar no dia 20 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi. O tema, que exaltou a busca pela imortalidade, nas ciências, na religião, nos mistérios da vida e da morte, foi apresentado originalmente no Carnaval de 2005, quando a agremiação ficou na quinta colocação no Grupo Especial.

Das composições do grupo de rap Racionais MC’s, “Capítulo 4, Versículo 3”, uma das mais executadas e expressivas serviu como base para a criação do título do enredo da escola de samba Vai-Vai para o Carnaval de 2024: “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”.

A “Escola do Povo”, da rua, do gueto, pretende mostrar na Avenida que é porta-voz em um movimento que vai muito além do samba. A escola propõe uma nova ordem para a cultura de São Paulo.

“Lançada em 1994 pelos Racionais Mc’s, Capítulo 4 Versículo 3 é, também, um manifesto. Um retrato, um hino, um ícone que marca época, gerações e todo esse movimento cultural ao qual o Vai-Vai se refere no enredo. O título em si é uma rima, um verso, tem ritmo. E é esse ritmo que queremos levar pra Avenida, levar a cultura genuinamente popular para os holofotes, fazendo justa homenagem a todos os talentos que nunca receberam seu devido valor”, justifica Sidnei França, carnavalesco responsável pelo desenvolvimento do desfile que irá abrir a segunda noite do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi, no próximo ano.

Vai-Vai anuncia enredo para 2024. Foto: Reprodução/Vai-Vai
Vai-Vai anuncia enredo para 2024. Foto: Reprodução/Vai-Vai

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O desfile da maior detentora de títulos do samba paulistano, que já é um dos mais aguardados do próximo Carnaval, promete mostrar a rua como espaço em constante disputa pela arte na cidade de São Paulo e celebra ainda os 40 anos da cultura Hip Hop no Brasil, exaltando a arte urbana por meio de suas vertentes – DJ, MC, Break e Grafitti.

A proposta é trazer para o centro do palco da cidade as manifestações culturais que sempre ficaram à margem, escondidas nas periferias. Utilizando a linguagem popular dos MCs e DJs, por meio do Rap, o enredo reivindica a ocupação de espaços, assim como o reconhecimento pleno das expressões artísticas e culturais consideradas periféricas.

“Será um convite à insurgência contra a normatização elitista – em favor das mães solteiras, dos desvalidos, dos marginalizados, dos mendigos, das meretrizes, dos presidiários e de todos aqueles que Exu guarda na sua capa caótica e desordenada, mas com a certeza de que a verdade tarda… Mas não falha!”, diz trecho do texto explicativo do enredo compartilhado pela agremiação em suas páginas de redes sociais.

“Capítulo 4, Versículo 3”: a luta pela conscientização

A canção “Capítulo 4, Versículo 3” faz parte do álbum “Sobrevivendo no Inferno”, que rapidamente se tornou um marco da música brasileira, alçando Mano Brown, Edi Rock, KL Jay e Ice Blue ao título de maiores expoentes do estilo no país.

Com letras contundentes sobre o cotidiano da periferia e em presídios de São Paulo, o disco vendeu mais de um milhão de cópias, ganhou prêmios e um clipe marcante da música “Diário de Um Detento”, que narra a história do massacre do Carandiru por meio das memórias de um presidiário.

De maior destaque do álbum, “Capítulo 4, Versículo 3” começa de uma maneira diferente, denunciando uma série de dados negativos sobre violência e exclusão contra a população negra. Quase três décadas após o seu lançamento, a letra deste “hino” continua repercutindo por traduzir a situação do negro no Brasil e suas piores estatísticas em termos de vários indicadores sociais e econômicos.

Vai-Vai volta ao Grupo Especial após reeditar enredo 

Disputando o Grupo de Acesso 1 pela segunda vez em sua história, a Vai-Vai apostou no enredo “Eu também sou imortal”, sendo a quarta a desfilar no dia 20 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi. O tema, que exaltou a busca pela imortalidade, nas ciências, na religião, nos mistérios da vida e da morte, foi apresentado originalmente no Carnaval de 2005, quando a agremiação ficou na quinta colocação no Grupo Especial.

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