Carnavalesco mais experiente do Especial, Wagner Santos avalia 25 anos de carreira em São Paulo

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Atualmente, dos carnavalescos em atividade no Grupo Especial de São Paulo, Wagner Santos possui o título de de artista com mais trabalhos consecutivos. O sambista começou na folia paulistana no Carnaval de 1998, pela Mocidade Alegre, onde ficou até o ano de 2000. No ano seguinte, se transferiu para a Unidos de Vila Maria, sendo […]

POR Redação SRzd16/02/2023|5 min de leitura

Carnavalesco mais experiente do Especial, Wagner Santos avalia 25 anos de carreira em São Paulo

Wagner Santos, carnavalesco da Acadêmicos do Tatuapé. Foto: Guilherme Queiroz/SRzd

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Atualmente, dos carnavalescos em atividade no Grupo Especial de São Paulo, Wagner Santos possui o título de de artista com mais trabalhos consecutivos.

O sambista começou na folia paulistana no Carnaval de 1998, pela Mocidade Alegre, onde ficou até o ano de 2000. No ano seguinte, se transferiu para a Unidos de Vila Maria, sendo campeão do Grupo de Acesso 1 e consequentemente garantindo a vaga na divisão de elite do samba, de onde o profissional não saiu mais.

Além da “Vila Mais Famosa”, onde permaneceu até 2009, Wagner atuou pela Acadêmicos do Tucuruvi entre 2010 e 2017 e se mudou para a Acadêmicos do Tatuapé em 2018, já ajudando a azul e branca a conquistar o bicampeonato do Grupo Especial.


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Em entrevista ao repórter Guilherme Queiroz, o artista destacou toda sua dedicação neste período.

“Para se fazer Carnaval tem que ter dedicação, acima de tudo boa vontade, porque fazer Carnaval é muito difícil, hoje em dia a gente tem uma dificuldade maior, porque cada ano que passa menos mão de obra especializada a gente consegue, menos pessoas se dedicam ao espetáculo, não temos pessoas para substituir grandes profissionais que já se foram, então cada vez se torna mais difícil. Tem que se dedicar muito pra você permanecer 25 anos no Grupo Especial. É uma grande honra, porque faço parte da história do Carnaval”, disse.

Santos ainda recordou as dificuldades que enfrentou para colocar Carnavais na Avenida e do orgulho de jamais ter sido rebaixado para o Acesso.

“Já fiz Carnaval debaixo da ponte, em situações bem precárias. Tive a oportunidade de trazer a Vila Maria do Acesso para o Especial. Tive a oportunidade de trabalhar na Acadêmicos do Tucuruvi, que pra mim foi muito importante, um grande aprendizado, Seo Jamil é uma pessoa maravilhosa. Hoje estou na Acadêmicos do Tatuapé e pra mim é um orgulho muito grande, porque foi a escola que me deu oportunidade de conseguir meu primeiro título. Tenho orgulho de dizer que por todas as agremiações que já passei, consegui dar bons resultados. Nenhuma agremiação eu coloquei no Acesso, tenho muito orgulho do meu trabalho”, declarou.

Com tanta experiência no mundo das escolas de samba, o artista avaliou o atual momento e projetou o futuro do Carnaval.

“O mundo está atravessando uma fase difícil, mas acredito que o Carnaval vai ter seu momentos melhores. A cultura ficou paralisada durante muito tempo, o antigo presidente da República não era a favor da cultura, trabalhava contra a cultura, trabalhava contra tudo que é tudo que é arte, e isso não é legal. Um país que não tem cultura e arte, não tem memória, é um país que não tem o que contar para as futuras gerações que estão por vir”, atestou.

Desfile 2022 da Acadêmicos Do Tatuapé. Foto: Cesar R. Santos/SRzd
Desfile 2022 da Acadêmicos Do Tatuapé. Foto: Cesar R. Santos/SRzd

Questionado até quando pretende atuar na profissão, Wagner respondeu: “Acredito que até quando Deus quiser”.

“Gosto muito do que faço e seja o que Deus quiser. Uma hora vou ter que parar, porque a gente sempre tem que dar oportunidade pro novo, por isso que eu trabalho no Carnaval sempre ensinando, porque eu não tenho só missão de carnavalesco, também de ensinar as pessoas que trabalham comigo a levar essa cultura pra frente, deixar um legado para essas pessoas para que elas continuem desenvolvendo trabalhos como tive a oportunidade de fazer”, avaliou.

Ao final do bate-papo, o carnavalesco ressaltou as amizades que conquistou ao longo destes anos no Carnaval.

“Hoje eu me sinto orgulhoso porque eu encontro as pessoas e elas me contam dos momentos que eu trouxe muita felicidade para elas, isso tudo é muito bom. Eu acho que o que fica do Carnaval são esses momentos, são as amizades que você faz, você sair de uma escola e continuar sendo amigo daquela agremiação e não você ter raiva daquela agremiação, não guardar rancor. Confusão sempre vai existir, alguma coisa errada sempre vai existir, mas isso não é motivo pra você romper um relacionamento de amizade, que você demorou muito tempo pra construir. Amizade é a coisa mais importante disso tudo, a permanência da amizade, o carinho e respeito pela aquelas pessoas que um dia já trabalharam com você, que fez parte do seu trabalho, do seu projeto”, explicou.

Logo do enredo da Acadêmicos do Tatuapé para o Carnaval de 2023. Foto: Divulgação
Logo do enredo da Acadêmicos do Tatuapé para o Carnaval de 2023. Foto: Divulgação

A Acadêmicos do Tatuapé buscará seu terceiro campeonato com enredo “Do caminho do ouro a economia azul. Patrimônio mundial, cultura e biodiversidade. Paraty, cidade criativa da gastronomia”. A agremiação será a segunda a desfilar na sexta-feira, 17 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi.

Atualmente, dos carnavalescos em atividade no Grupo Especial de São Paulo, Wagner Santos possui o título de de artista com mais trabalhos consecutivos.

O sambista começou na folia paulistana no Carnaval de 1998, pela Mocidade Alegre, onde ficou até o ano de 2000. No ano seguinte, se transferiu para a Unidos de Vila Maria, sendo campeão do Grupo de Acesso 1 e consequentemente garantindo a vaga na divisão de elite do samba, de onde o profissional não saiu mais.

Além da “Vila Mais Famosa”, onde permaneceu até 2009, Wagner atuou pela Acadêmicos do Tucuruvi entre 2010 e 2017 e se mudou para a Acadêmicos do Tatuapé em 2018, já ajudando a azul e branca a conquistar o bicampeonato do Grupo Especial.


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Em entrevista ao repórter Guilherme Queiroz, o artista destacou toda sua dedicação neste período.

“Para se fazer Carnaval tem que ter dedicação, acima de tudo boa vontade, porque fazer Carnaval é muito difícil, hoje em dia a gente tem uma dificuldade maior, porque cada ano que passa menos mão de obra especializada a gente consegue, menos pessoas se dedicam ao espetáculo, não temos pessoas para substituir grandes profissionais que já se foram, então cada vez se torna mais difícil. Tem que se dedicar muito pra você permanecer 25 anos no Grupo Especial. É uma grande honra, porque faço parte da história do Carnaval”, disse.

Santos ainda recordou as dificuldades que enfrentou para colocar Carnavais na Avenida e do orgulho de jamais ter sido rebaixado para o Acesso.

“Já fiz Carnaval debaixo da ponte, em situações bem precárias. Tive a oportunidade de trazer a Vila Maria do Acesso para o Especial. Tive a oportunidade de trabalhar na Acadêmicos do Tucuruvi, que pra mim foi muito importante, um grande aprendizado, Seo Jamil é uma pessoa maravilhosa. Hoje estou na Acadêmicos do Tatuapé e pra mim é um orgulho muito grande, porque foi a escola que me deu oportunidade de conseguir meu primeiro título. Tenho orgulho de dizer que por todas as agremiações que já passei, consegui dar bons resultados. Nenhuma agremiação eu coloquei no Acesso, tenho muito orgulho do meu trabalho”, declarou.

Com tanta experiência no mundo das escolas de samba, o artista avaliou o atual momento e projetou o futuro do Carnaval.

“O mundo está atravessando uma fase difícil, mas acredito que o Carnaval vai ter seu momentos melhores. A cultura ficou paralisada durante muito tempo, o antigo presidente da República não era a favor da cultura, trabalhava contra a cultura, trabalhava contra tudo que é tudo que é arte, e isso não é legal. Um país que não tem cultura e arte, não tem memória, é um país que não tem o que contar para as futuras gerações que estão por vir”, atestou.

Desfile 2022 da Acadêmicos Do Tatuapé. Foto: Cesar R. Santos/SRzd
Desfile 2022 da Acadêmicos Do Tatuapé. Foto: Cesar R. Santos/SRzd

Questionado até quando pretende atuar na profissão, Wagner respondeu: “Acredito que até quando Deus quiser”.

“Gosto muito do que faço e seja o que Deus quiser. Uma hora vou ter que parar, porque a gente sempre tem que dar oportunidade pro novo, por isso que eu trabalho no Carnaval sempre ensinando, porque eu não tenho só missão de carnavalesco, também de ensinar as pessoas que trabalham comigo a levar essa cultura pra frente, deixar um legado para essas pessoas para que elas continuem desenvolvendo trabalhos como tive a oportunidade de fazer”, avaliou.

Ao final do bate-papo, o carnavalesco ressaltou as amizades que conquistou ao longo destes anos no Carnaval.

“Hoje eu me sinto orgulhoso porque eu encontro as pessoas e elas me contam dos momentos que eu trouxe muita felicidade para elas, isso tudo é muito bom. Eu acho que o que fica do Carnaval são esses momentos, são as amizades que você faz, você sair de uma escola e continuar sendo amigo daquela agremiação e não você ter raiva daquela agremiação, não guardar rancor. Confusão sempre vai existir, alguma coisa errada sempre vai existir, mas isso não é motivo pra você romper um relacionamento de amizade, que você demorou muito tempo pra construir. Amizade é a coisa mais importante disso tudo, a permanência da amizade, o carinho e respeito pela aquelas pessoas que um dia já trabalharam com você, que fez parte do seu trabalho, do seu projeto”, explicou.

Logo do enredo da Acadêmicos do Tatuapé para o Carnaval de 2023. Foto: Divulgação
Logo do enredo da Acadêmicos do Tatuapé para o Carnaval de 2023. Foto: Divulgação

A Acadêmicos do Tatuapé buscará seu terceiro campeonato com enredo “Do caminho do ouro a economia azul. Patrimônio mundial, cultura e biodiversidade. Paraty, cidade criativa da gastronomia”. A agremiação será a segunda a desfilar na sexta-feira, 17 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi.

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