‘Exu Mulher’ é o enredo da Pérola Negra para o Carnaval 2025
Definido o enredo da Pérola Negra para o Carnaval de 2025. “Exu Mulher” é o título do tema que será desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Meiners, estreante na agremiação da Vila Madalena. Com 28 anos, Meiners é carioca e oriundo de uma família de sambistas. Contabiliza passagens como assistente e projetista de vários carnavalescos no Rio de […]
POR Redação SRzd07/06/2024|3 min de leitura
Definido o enredo da Pérola Negra para o Carnaval de 2025. “Exu Mulher” é o título do tema que será desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Meiners, estreante na agremiação da Vila Madalena.
Com 28 anos, Meiners é carioca e oriundo de uma família de sambistas. Contabiliza passagens como assistente e projetista de vários carnavalescos no Rio de Janeiro. Em São Paulo atua como carnavalesco desde 2019, com passagens pela Mocidade Unida da Mooca e Barroca Zona Sul.
No Carnaval de 2024, foi um dos profissionais responsáveis pelo desfile apresentado pela Gaviões da Fiel, que conquistou o quarto lugar do Grupo Especial.
Axé! Laroyê!
+ leia o texto descritivo do enredo:
Em novembro de 2023, a autora Claudia Alexandre traz um debate sobre o estudo das tradições e religiosidades afro-brasileiras através do livro “Exu Mulher e o Matriarcado Nagô”.
A obra, inspirada na tese de doutorado da autora, exemplifica que na formação dos candomblés de tradição iorubá-nagô, cujos terreiros cultuam Exu/Legba/Elegbará, o racismo religioso ganha centralidade a partir da figura de Exu e reivindica seu lado feminino, algo pouco explorado na literatura.
A masculinização e a demonização foram as principais transformações que Exu sofreu na travessia atlântica. A ênfase na representação da divindade como símbolo de masculinidade, especialmente destacando o falo, acabou por excluir completamente qualquer traço de feminilidade.
Inicialmente, houve resistência por parte das lideranças mais antigas em iniciar filhos e filhas de Exu e as justificativas fornecidas apenas reforçavam a concepção demoníaca da divindade. Essas restrições podem ter levado ao ocultamento e silenciamento sobre a existência do aspecto feminino de Exu.
Ele é reconhecido como o senhor do movimento, responsável por manter o equilíbrio vital e distribuir igualmente o essencial para a fertilidade e a perpetuação da vida.
Escola quer dar a volta por cima
Após ficar na última colocação no Grupo de Acesso 1 neste Carnaval, a Pérola Negra disputará o Grupo de Acesso 2 no próximo ano. Correspondente a terceira divisão do Carnaval de São Paulo, a escola da Vila Madalena desfilou nesta divisão em duas oportunidades: 1974 (em seu primeiro desfile) e 1988.
A agremiação presidida por Sheila Monaco apresentou em 2024 o enredo “Pérola no encanto das Quebradeiras”. O desfile fez uma homenagem às mulheres quebradeiras de coco e à cultura que elas representam, valorizando sua força, sua resistência e seu papel fundamental na preservação da natureza e da tradição brasileira.
Definido o enredo da Pérola Negra para o Carnaval de 2025. “Exu Mulher” é o título do tema que será desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Meiners, estreante na agremiação da Vila Madalena.
Com 28 anos, Meiners é carioca e oriundo de uma família de sambistas. Contabiliza passagens como assistente e projetista de vários carnavalescos no Rio de Janeiro. Em São Paulo atua como carnavalesco desde 2019, com passagens pela Mocidade Unida da Mooca e Barroca Zona Sul.
No Carnaval de 2024, foi um dos profissionais responsáveis pelo desfile apresentado pela Gaviões da Fiel, que conquistou o quarto lugar do Grupo Especial.
Axé! Laroyê!
+ leia o texto descritivo do enredo:
Em novembro de 2023, a autora Claudia Alexandre traz um debate sobre o estudo das tradições e religiosidades afro-brasileiras através do livro “Exu Mulher e o Matriarcado Nagô”.
A obra, inspirada na tese de doutorado da autora, exemplifica que na formação dos candomblés de tradição iorubá-nagô, cujos terreiros cultuam Exu/Legba/Elegbará, o racismo religioso ganha centralidade a partir da figura de Exu e reivindica seu lado feminino, algo pouco explorado na literatura.
A masculinização e a demonização foram as principais transformações que Exu sofreu na travessia atlântica. A ênfase na representação da divindade como símbolo de masculinidade, especialmente destacando o falo, acabou por excluir completamente qualquer traço de feminilidade.
Inicialmente, houve resistência por parte das lideranças mais antigas em iniciar filhos e filhas de Exu e as justificativas fornecidas apenas reforçavam a concepção demoníaca da divindade. Essas restrições podem ter levado ao ocultamento e silenciamento sobre a existência do aspecto feminino de Exu.
Ele é reconhecido como o senhor do movimento, responsável por manter o equilíbrio vital e distribuir igualmente o essencial para a fertilidade e a perpetuação da vida.
Escola quer dar a volta por cima
Após ficar na última colocação no Grupo de Acesso 1 neste Carnaval, a Pérola Negra disputará o Grupo de Acesso 2 no próximo ano. Correspondente a terceira divisão do Carnaval de São Paulo, a escola da Vila Madalena desfilou nesta divisão em duas oportunidades: 1974 (em seu primeiro desfile) e 1988.
A agremiação presidida por Sheila Monaco apresentou em 2024 o enredo “Pérola no encanto das Quebradeiras”. O desfile fez uma homenagem às mulheres quebradeiras de coco e à cultura que elas representam, valorizando sua força, sua resistência e seu papel fundamental na preservação da natureza e da tradição brasileira.