João Carlos deixou carta comovente antes da partida; morte do mestre-sala causa consternação no Carnaval
São Paulo. O mundo do samba foi pego de surpresa no início da tarde desta terça-feira (10) com a notícia da morte do mestre-sala João Carlos Camargo, um dos mais renomados e queridos do Carnaval paulistano, aos 41 anos, vítima de câncer. João defendia o pavilhão da Águia de Ouro. Pelas redes sociais, a ex-Rainha […]
PORRedação SRzd10/6/2025|
3 min de leitura
João Carlos Camargo e Lyssandra Groothers. Foto: Guilherme Queiroz/SRzd
Pelas redes sociais, a ex-Rainha de Bateria da escola da Pompéia, Vanessa Alves, compartilhou um texto comovente deixado por ele há poucos dias atrás.
“Meus amigos, irmãos, parceiros de vida e de samba…
Infelizmente – ou felizmente – ainda não temos a evolução espiritual necessária para entender os desígnios de Deus e da vida.
A alguns anos, meu corpo adoeceu…
E desde então, lutei diariamente contra uma doença silenciosa, cruel e dolorosa.
Escolhi o silêncio como parte do meu processo.
Me reservei. Não quis preocupar.
Essa batalha era também espiritual, íntima, minha.
Peço que não me julguem… apenas me respeitem.
Foi um caminho difícil, cansativo e, muitas vezes, solitário.
Mas mesmo nos dias mais escuros, eu estive cercado de luz.
De pessoas que foram abrigo, amor, cuidado e paz.
E é a essas pessoas que agradeço do fundo da minha alma:
Minha irmã de alma, minha Rainha Vanessa Alves, que esteve ao meu lado até o meu último suspiro.
Meus amigos-irmãos: Ednei , Ewerton, Renato, Rodrigo, Babi e Adeilton.
Minha amada prima Beatriz que cuidou de mim com tanto amor…
A ela, deixo tudo o que conquistei.
Quero ser lembrado com um sorriso no rosto.
Pelo meu amor pela arte de bailar.
Pela história que construí.
Pelo legado que deixo:
eu lutei até o fim.
Honrei minha escola.
E mesmo à base de morfina, desfilei pela última vez.
E foi o desfile mais inesquecível da minha vida, porque eu sabia que seria o último.
Agradeço à minha comunidade da Pompeia,
À minha parceira de samba Mona e a todas parceiras que tive a honra de conduzir durante a minha trajetória,
E ao meu grande amigo e presidente Sidnei Carrioulo, por todo apoio e confiança.
À equipe da Dra. Larissa,
E a todos da oncologia do Hospital Beneficência Portuguesa,
Vocês, profissionais da enfermagem, fazem a diferença.
Com amor, dedicação e humanidade, transformaram dias de dor em momentos de acolhimento.
Que todos vocês sejam reconhecidos, valorizados e respeitados como merecem.
Obrigada por tanto cuidado.
E por fim… aos meus irmãos e irmãs de samba:
Não deixem nossa tradição morrer.
Honrem nossa ancestralidade.
Honrem a nossa história.
E que nunca falte entre vocês:
amor, alegria e paz.
Pelas redes sociais, a ex-Rainha de Bateria da escola da Pompéia, Vanessa Alves, compartilhou um texto comovente deixado por ele há poucos dias atrás.
“Meus amigos, irmãos, parceiros de vida e de samba…
Infelizmente – ou felizmente – ainda não temos a evolução espiritual necessária para entender os desígnios de Deus e da vida.
A alguns anos, meu corpo adoeceu…
E desde então, lutei diariamente contra uma doença silenciosa, cruel e dolorosa.
Escolhi o silêncio como parte do meu processo.
Me reservei. Não quis preocupar.
Essa batalha era também espiritual, íntima, minha.
Peço que não me julguem… apenas me respeitem.
Foi um caminho difícil, cansativo e, muitas vezes, solitário.
Mas mesmo nos dias mais escuros, eu estive cercado de luz.
De pessoas que foram abrigo, amor, cuidado e paz.
E é a essas pessoas que agradeço do fundo da minha alma:
Minha irmã de alma, minha Rainha Vanessa Alves, que esteve ao meu lado até o meu último suspiro.
Meus amigos-irmãos: Ednei , Ewerton, Renato, Rodrigo, Babi e Adeilton.
Minha amada prima Beatriz que cuidou de mim com tanto amor…
A ela, deixo tudo o que conquistei.
Quero ser lembrado com um sorriso no rosto.
Pelo meu amor pela arte de bailar.
Pela história que construí.
Pelo legado que deixo:
eu lutei até o fim.
Honrei minha escola.
E mesmo à base de morfina, desfilei pela última vez.
E foi o desfile mais inesquecível da minha vida, porque eu sabia que seria o último.
Agradeço à minha comunidade da Pompeia,
À minha parceira de samba Mona e a todas parceiras que tive a honra de conduzir durante a minha trajetória,
E ao meu grande amigo e presidente Sidnei Carrioulo, por todo apoio e confiança.
À equipe da Dra. Larissa,
E a todos da oncologia do Hospital Beneficência Portuguesa,
Vocês, profissionais da enfermagem, fazem a diferença.
Com amor, dedicação e humanidade, transformaram dias de dor em momentos de acolhimento.
Que todos vocês sejam reconhecidos, valorizados e respeitados como merecem.
Obrigada por tanto cuidado.
E por fim… aos meus irmãos e irmãs de samba:
Não deixem nossa tradição morrer.
Honrem nossa ancestralidade.
Honrem a nossa história.
E que nunca falte entre vocês:
amor, alegria e paz.