Papa Francisco foi tema de enredo no Carnaval de São Paulo

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Luto e comoção mundial. O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. A última aparição pública dele aconteceu no Domingo de Páscoa, durante a missa na Basílica de São Paulo. Agora, o Vaticano se prepara para o funeral. O pontífice, que ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, foi tema de desfile no Carnaval de […]

POR Redação SRzd 21/4/2025| 18 min de leitura

Alegoria da Dom Bosco de Itaquera. Foto: Instagram/Dom Bosco

Alegoria da Dom Bosco de Itaquera. Foto: Instagram/Dom Bosco

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Luto e comoção mundial. O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. A última aparição pública dele aconteceu no Domingo de Páscoa, durante a missa na Basílica de São Paulo. Agora, o Vaticano se prepara para o funeral.

O pontífice, que ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, foi tema de desfile no Carnaval de São Paulo. Em 2016, a escola de samba Dom Bosco de Itaquera apresentou o enredo “Francisco: de Assis à Roma…Eu vim para servir” foi desenvolvido pelo carnavalesco Babu Energia.

“Tive a honra de prestar essa linda homenagem a ele que, com hábitos simples, lutou para mudar a Igreja. Foi o primeiro papa latino-americano e deixa legado de tolerância e diálogo”, disse o artista ao SRzd.

Com 258,7 pontos, a agremiação ficou com a terceira colocação do Grupo 1 da União das Escolas de Samba Paulistanas, Uesp, atrás da vice-campeã Torcida Jovem e da campeã, Estrela do Terceiro Milênio.

Alegoria da Dom Bosco de Itaquera. Foto: Instagram/Dom Bosco
Alegoria da Dom Bosco de Itaquera. Foto: Instagram/Dom Bosco

Através de suas páginas de redes sociais, a escola da Zona Leste lembrou da homenagem feita ao Papa Francisco.

“Hoje o mundo se despede de um grande homem e ser humano. Papa Francisco foi símbolo de humildade, coragem e profunda humanidade. Um líder que escolheu caminhar ao lado dos mais pobres, que estendeu a mão ao povo e lutou por uma sociedade mais justa e em paz. Convidamos a todos para se unirem em oração por nosso querido Papa Francisco, para que sua alma descanse em paz e seu legado de compaixão continue a inspirar gerações”, diz o texto.

+ relembre o samba:

+ letra do samba:

TÁ NO CORPO, TA NA ALMA, TA NO CORAÇÃO
A ALEGRIA QUE O SAMBA TRAZ
DOM BOSCO HOJE CANTA EM DEVOÇÃO
SALVE FRANCISCO, O MENSAGEIRO DA PAZ

NOVAMENTE O SAMBA PEDE PASSAGEM
NESTA HOMENAGEM AO SER DE LUZ
LUXO, RIQUEZA, A BURGUESIA MOSTRAVA PODER
O JOVEM FRANCISCO EM ASSIS OSTENTAVA
PAIXÕES E VAIDADE EM SEU VIVER
NA GUERRA CONHECEU A DOR
ENFERMO A MÃO DIVINA CUROU
REVELANDO A VIDA UMA OUTRA VERDADE
SERVIR A DEUS É TER HUMILDADE

OUVIU UMA VOZ LA DO CÉU!
SENTIU UMA LUZ EM SEU INTERIOR
DAS PEDRAS RECONSTRUIU
A IGREJA SAGRADA DE NOSSO SENHOR

A PRIMEIRA ORDEM É FRATERNIDADE
CLARISSAS IRMÃS PRATICANDO A CARIDADE
AMANTE DA NATUREZA
COM BONDADE PROTEGEU OS ANIMAIS
O BEATO VIROU SANTO
COBRINDO COM SEU MANTO
TODO CAMINHO DA PAZ
ENTÃO, TEMPO PASSOU
EM ROMA OS CARDEAIS AO MUNDO ANUNCIAM
HABEMUS PAPA! O POVO APLAUDIU!
RENASCE A ESPERANÇA, É UMA NOVA ERA
PAPA FRANCISCO ABENÇOE ITAQUERA

+ fotos

Introdução da sinopse

Nesse Carnaval, nossa mensagem é falar do mensageiro…da paz. Sim, Francisco de Assis, é um marco importante para a Igreja, pois ele pontua o caminho da santidade como uma trajetória de renúncias, amor ao Pai Celestial e com muita força o amor ao próximo e aos animais.

É a síntese de quem ama o Criador também ama suas criaturas. Com isso, nossa homenagem começa com Francisco de Assis no século XII que atrai diversos seguidores no caminho da fé e contempla o Francisco de Roma que conquista fiéis do mundo inteiro no caminho da simplicidade para chegar ao Céu.

Para clarear ainda mais nosso entendimento segue uma reflexão:

“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
É Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna”.

Setor 1 – Uma vida de poder, luxo e riquezas

São Francisco de Assis, nasceu no dia 5 de julho de 1182, na cidade de Assis, Itália. Era filho de Pedro Bernadone, um rico comerciante de sedas, e dona Pica Baurlemounte, de origem francesa. A família fazia parte da rica burguesia de Assis e tinha prestígio no nome e nas posses financeiras.

Francisco cresceu e se tornou popular entre seus amigos devido a sua vida rebelde, as extravagâncias, bebedeiras, por suas roupas caras, esbanjar dinheiro e paixões por aventuras. Seu único compromisso com a vida era a com festas, ostentação e diversão. A vaidade sempre foi uma de suas características enquanto jovem.

Naquela época, a Itália como toda Europa, vivia uma fase bastante conflituosa da sua história, marcada pela passagem do sistema feudal (baseado na estabilidade, na servidão e nas relações desiguais entre vassalos e suseranos). De certa forma, isso atingiria a vida Francisco, uma vez que seu pai era um rico comerciante de tecidos. E com o advento da comercialização e o poder emergente de novas classes o poder dos senhores feudais passou a ser questionado. Daí então, surgem as batalhas e guerras pela legitimidade de poder e novos traços da economia da época. Assim, era obrigatória a ida de jovens como soldados defensores desses ideais.

Como todo jovem da sua época, Francisco desejara conquistar além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma dessas frequentes batalhas. No ano de 1201, incentivado pelo seu pai, que também ansiava pela fama e nobreza, Francisco partiu para mais uma Guerra que o senhores feudais, baseado na vizinha cidade de Peruzia haviam declarado contra comuna de Assis. Durante os combates, em uma tarde de inverno, Francisco foi capturado e passou cerca de um ano preso, a espera de ser resgatado…

Setor 2 – O chamado de Deus para a simplicidade

Ao ser libertado da Guerra, Francisco caiu doente. O tempo que ficou na prisão enfraqueceu seu organismo provocando uma grave enfermidade. Depois de longos meses, sem poder sair da cama, finalmente conseguiu melhorar. Ao levantar-se, porém, não era mais o mesmo. Sentiu-se diferente, sem poder compreender o porquê. A verdade é que a humilhação e o sofrimento da prisão, somado ao enfraquecimento causado pela doença, provocaram profundas mudanças no jovem Francisco. Foi o caminho que Deus escolheu para entrar mais profundamente em sua vida.

Já não sentia mais prazer nas cantigas e banquetes na companhia dos amigos. Começou a perceber a leviandade nos prazeres puramente terrenos, embora ainda não buscasse a Deus. Na verdade, Francisco não nasceu Santo, mas lutou muito para tornar-se. Mais uma Guerra…

Francisco havia perdido o gosto pelos prazeres mundanos, mas conservava ainda a ambição da fama, por esse motivo sonhava com a glória das armas e a nobreza, que se conquistavam nos campos de batalha. Por isso, aderiu prontamente ao exército que o Conde Gentili de Assis, estava organizando para ajudar o Papa Inocêncio III, na defesa dos interesses da Igreja. Contou para isso com a aprovação entusiasmada do Pai, que vislumbrava ai oportunidade tão longamente esperada de enobrecer sua família. Deus, porém, lhe reservava algumas surpresas…Antes de partir, no impulso de generosidade, Francisco cedeu a um amigo mais pobre os ricos trajes e armadura caríssima que havia preparado para si: Isso lhe valeu um sonho: viu um castelo repleto de armas, destinadas a ele e a seus companheiros.

Francisco não conseguiu entender o significado do sonho. Pensou que estava talvez, destinada a ser um famoso guerreiro. O Fato é que o sonho não lhe saia do pensamento. O chamado de Deus. Ao chegar ao povoado de Espoleto, Deus tornou a lhe falar em sonhos, desta vez com maior clareza de modo que ele reconheceu a voz divina que lhe perguntava: “- A quem queres servir…Ao servo ou a Senhor?” Francisco respondeu prontamente: “- Ao Senhor, é claro!”. A voz tornou-lhe a falar: “- Por que insiste então, servir ao Servo? Se queres servir ao Senhor, retorne a Assis. Lá te será dito o que deves fazer”. Francisco entendeu, então, que estava buscando apenas a glória humana e passageira.

Estava fazendo a vontade de pessoas ambiciosas e mesquinhas e não a vontade do Senhor do Universo. Retorno a Assis…Desafiando sorrisos de desdém dos vizinhos e a cólera de Pedro Bernadone, seu pai, contrariado dos seus projetos, Francisco retornou a Assis, dando prova da energia de seu carácter e do valor do seu ânimo, virtudes que se mostrariam valiosas mais tarde nos percalços de seu novo caminho. Começou a longa busca e a longa espera. “O que quer de mim? O que ele quer que eu faça?”.

Para tentar desvendar os desígnios de Deus, passou a se dedicar a oração e a meditação. Percorria campos e florestas em buscas de lugares mais tranquilos, em buscas de respostas para suas duvidas e inquietações. Para ele tudo passou a ter sentido. Passou a enxergar as coisas com outros olhos e outro coração. Beijo no Leproso…

Em 1206, Francisco viu um leproso que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença, sempre lhe havia causado invencível nojo, mas, então, como que movido por uma força superior, apeou o cavalo e colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro e aplicou ao leproso um beijo de amizade. Talvez a motivação para esse nobre e significativo gesto tenha sido a recordação daquela frase do Evangelho: “Tudo que fizerdes ao menor de meus irmãos, é a mim que o fazeis”. Mt 10, 42. Falando depois a respeito desse momento, ele diz: O que antes era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus.

O crucifixo de São Damião, o novo chamado Pouco depois, entrou para rezar e meditar na capela de São Damião, semi destruída pelo abandono. Estava ajoelhado, em oração aos pés de um crucifixo bizantino que a piedade popular ali venerava quando uma voz, saída do crucifixo lhe falou: “- Francisco, vai e reconstrói minha Igreja que está em ruínas”. Não percebendo alcance desse chamado e vendo que aquela igrejinha estava precisando de urgente reforma, Francisco regressou a Assis, tomou da loja paterna um grande fardo de fina fazenda e vendeu-a.

Retornando, colocou o dinheiro na mão do Sacerdote de São Damião, oferecendo-se para ajudar na reconstrução da capela com suas próprias mãos. Ao saber do acontecido, Pedro Bernadone ficou furioso ao ver desfalcada sua casa comercial e perdido seu dinheiro. Não bastava já o desfalque que dava ao entregar gratuitamente comida aos necessitados, mais essa agora. E Francisco teve que se esconder da fúria paterna.

Decidiu, então, mendigar o sustento de porta em porta na cidade de Assis. Para Bernadone isso já era demais. Como podia ele envergonhar de tal forma a sua família? Se seu filho havia perdido o juízo, era necessário encarcerá-lo, assim Francisco experimentou mais uma vez o cativeiro, desta feita num escuro cubículo, debaixo da escada de sua própria casa paterna.

Depois de alguns dias, movida pela compaixão, sua mãe abriu-lhe as escondidas, a porta e o deixou partir livremente para seguir o seu destino e fé. Assim, o pobre Francisco foi buscar refúgio junto ao Bispo. O Pai o seguiu e o acusou de dissipador de sua fortuna. Reclamando uma compensação pelo que ele havia tirado, sem licença da sua loja. Instaurou-se um julgamento, como nunca aconteceu na história de outro santo. O palco de julgamento foi a própria praça comunal de Assis, bem a vista de todos. Bernadone exigiu que seu filho devolvesse tudo o que recebera dele. Francisco, ciente da sentença de Cristo:

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim”. Mt 19,29. Sem vacilar um momento, se despojou de tudo até ficar nu. Jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai e exclamou: “- Até agora chamei de pai, Pedro Bernadone. Doravante, não terei outro pai senão o Pai Celeste”. O Bispo, então, o acolheu com seu manto. Daquele momento em diante, cantando, soa arauto do grande Rei Jesus Cristo. Afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos e a reconstrução das capelas e oratórios que cercavam a Cidade. Cada dia, percorria as ruas, mendigando seu pão e convidando as pessoas para que contribuísse com pedras e trabalho na restauração das casas de Deus que estavam em ruínas.

Francisco já estava terminando a restauração da última igrejinha da redondeza e perguntava-se o que faria depois. O que mais lhe pediria Deus? Não havia entendido ainda, que a Igreja que deveria restaurar não era a de Pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época pelas divisões, heresias e pelo apego de seus líderes as riquezas e ao poder.

Certo dia Francisco escutou durante a missa, a leitura do evangelho: Tratava-se da passagem que Cristo instruía seus apóstolos sobre o modo de “ir pelo mundo sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões e sem dinheiro no bolso…” Lc 9,3. Tais palavras, encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou cheio de alegrias:”- É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo coração” E sem demora começou a viver, como o faria em toda sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde para seus companheiros: Nossa regra de vida é viver o evangelho do nosso senhor Jesus Cristo. A aprovação da Igreja. No ano de 1210, Francisco e seus seguidores viajaram até Roma para buscar aprovação do Papa para seu modo de vida. Mas como aquele bando de mendigos, maltrapilhos e desconhecidos, seria recebido pelo severo Inocêncio III?

Francisco rezava e confiava. Afinal, não era o próprio Cristo que estava o conduzindo?

Por coincidência ou providencia divina encontrava-se em Roma nessa ocasião, o Bispo de Assis. Grande admirador de Francisco e graças a ele o Papa os recebeu. Inocêncio III ficou maravilhado com o propósito de vida daquele grupo e, especialmente, com a figura de Francisco, a clareza de sua opção e firmeza que demonstrava. Reconheceu nele, o homem que há pouco vira em sonhos, segurando as colunas da Igreja de Latrão. “A Igreja mãe de todas as igrejas do mundo, que ameaçava ruir. O papa reconheceu que era o próprio Deus que inspirava Francisco a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja, naquele tempo tão distancia dos Ensinamentos de Cristo. Por isso, deu ao seu modo de viver o Evangelho, a aprovação oficial da Igreja.

Autorizou Francisco e seus seguidores a pregar o Evangelho nas Igrejas e fora delas e os despediu com sua benção. Esse fato histórico ocorreu em 16 de abril de 1210, marcando o nascimento oficial da Primeira Ordem Franciscana. Uma Ordem de irmãos que assumiu uma missão de viver e pregar o Evangelho. Ramo Feminino da Ordem Franciscana: As Clarissas Francisco, além de fundar a primeira ordem franciscana masculina, foi também o fundando da segunda ordem franciscana, conhecida também por ordem de Santa Clara, abrindo assim a vivencia do ideal franciscano para o ramo feminino. A primeira religiosa franciscana foi a jovem Clara Ofreduccio, mais tarde chamada de Santa Clara de Assis. Jovem e de família nobre, admiradora de Francisco desde que o conhecera como Rei da Juventude, pelas ruas e festas de Assis.

Passou a admirá-lo mais ainda, quando se tornou o inflamado pregador da alegria e da Paz, da pobreza e do amor de Deus. Não só através das palavras, mas com o exemplo de sua própria vida. As irmãs clarissas, vivem um estilo de vida contemplativa, sendo enclausuradas, que dizer que não tem normalmente uma atividade pública no meio do povo. Dedicando-se mais a oração, a meditação e aos trabalhos internos dos mosteiros.

Francisco e Clara eram irmãos em Cristo e ficaram conhecidos como irmão sol e irmã lua. São Francisco: A natureza e os animais. “Olhai para as aves do céu que nem semeiam, nem cegam, nem ajuntam em celeiro e vosso Pai Celestial as alimenta”. Não tendes, vós mais valor do que elas? Olhai para os lírios dos campos, como eles crescem, não trabalham nem fiam, e vos digo que nem mesmo Salomão, em toda sua glória se vestiu como qualquer um deles”. Mt 6, 28.

Francisco amava todas as criaturas da natureza, falava com os animais e os tratava como irmãos.

Após toda sua luta e história de vida onde abdicou de todo ouro e toda a prata para estar junto da natureza e auxiliar pessoas pobres. Promovendo entre as pessoas o puro amor de Cristo. Aquele que dá sem receber nada em troca. Isso tudo não quer dizer que Francisco nasceu santo, ao contrário, retrata o poder da transformação. A luta em se espelhar na vida de Jesus, fez com que os desejos carnais fossem abstraídos pelo flagelo (se jogando em espinhos, se auto chicoteando quando os desejos vinham a sua cabeça) e assim alcançar a pureza de coração.

E no dia 3 de Outubro de 1226, morre São Francisco de Assis, dois anos após sua morte foi canonizado pelo papa Gregório IX. Em 1230, com a construção da nova basílica na cidade de Assis, suas relíquias foram transladadas para o altar desse Templo Sagrado. O mundo nunca esqueceu desse santo que no Brasil se tornou um dos santos mais populares sendo comemorado, 4 de outubro o dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais e mensageiro da paz.

O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Bergoglio enfatiza a humildade em sua vida pessoal, cozinhando sua própria comida, indo de ônibus para o trabalho em Buenos Aires. E uma de suas atitudes mais famosas espelha uma ação lendária de são Francisco de Assis.

Assim como o santo italiano da Idade Média cuidava dos leprosos e não tinha medo de beijá-los, Bergoglio ficou conhecido, em 2001, por lavar e beijar os pés de 12 pacientes com Aids que visitou no hospital. O Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, é o 265° sucessor de Pedro, assumindo o nome de Francisco I. Ele é o primeiro papa latino-americano da história. É também a primeira vez que o cargo é entregue a um membro da Companhia de Jesus.

O Papa Francisco é revelado com muita esperança, por diversas razões:

1) A Escolha do nome. A esperança e o apelo que o Senhor fez ao Santo de Assis: Francisco, vai e restaura minha casa! Muito significativa a referência feita insistentemente pelo novo Papa na temática da fraternidade, elemento central da Espiritualidade Franciscana. Em seu breve discurso, o Papa Francisco falou do sonho da grande fraternidade apoiada no amor, no respeito e na paz. E também deu ênfase ao trabalho conjunto de condução da Igreja, de cooperação entre os bispos e o povo.

2) O fato de dar ênfase a seu ministério como Bispo de Roma: sinaliza para uma condução da Igreja mais pautada nas peculiaridades das igrejas particulares sem, no entanto, que se perca a Comunhão com a Igreja de Roma, que tem o encargo de presidir a Igreja Universal na Caridade.

3) O emocionante gesto de se recomendar às orações do povo. Antes de conceder ao povo a bênção Urbi et Orbi, pediu à multidão presente na Praça de São Pedro que orasse por ele. Humildemente, Francisco abaixou a cabeça e recebeu com docilidade e reverência as preces daquele povo. Esta é a Igreja sonhada por Jesus, da participação efetiva do povo na missão confiada por Cristo.

Simpatia nas primeiras palavras. Depois da oração, o sumo pontífice pediu “paz e unidade à Igreja em todo o mundo” e pediu que a humanidade siga o “caminho da fraternidade”. Vamos sempre orar uns pelos outros. Vamos sempre orar com o mundo todo, pra que sempre haja bastante fraternidade”. Em seguida, pediu aos fiéis que orem por ele e abençoou os cristãos com a oração “De Roma para o mundo”.

Cronograma do Desfile

Setor 1 – Uma vida de Poder, luxo e riquezas

Comissão de Frente

Primeiro carro alegórico: Poder, luxo e riquezas

Ala 1: Farras e baile

Ala 2: Rica burguesia Feudal

Primeiro Casal – Irmão Sol e Irmã Lua

Entrada da Bateria – Papa Francisco

Ala 3: Guerras

Setor 2 – O chamado de Deus para a simplicidade

Ala 4: Rei da juventude

Ala 5: Leprosos e mendigos

Segundo carro alegórico: Igreja de São Damião

Ala 6: Comida para os necessitados

Ala 7: Pedras para reconstrução das Igrejas do Senhor

Ala 8: Primeira Ordem Fransciscana

Ala 9: As Clarissas

Ala 10: Francisco: A natureza e os animais

Ala 11: Baianas: Os lírios do campo

Ala 12: Auto Flagelo – a luta para ser Santo

Setor 3 – Em Roma: habemus Papam! É Francisco!

Ala 13: Respeitando as diferenças e buscando o mundo de amor, paz e igualdade

Ala 14: 4 de Outubro: Dia de São Franscisco

Ala 15: Retorno da Bateria – Papa Francisco

Terceiro carro alegórico: Tributo ao Papa Francisco

rodapé - carnaval sp

Luto e comoção mundial. O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. A última aparição pública dele aconteceu no Domingo de Páscoa, durante a missa na Basílica de São Paulo. Agora, o Vaticano se prepara para o funeral.

O pontífice, que ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, foi tema de desfile no Carnaval de São Paulo. Em 2016, a escola de samba Dom Bosco de Itaquera apresentou o enredo “Francisco: de Assis à Roma…Eu vim para servir” foi desenvolvido pelo carnavalesco Babu Energia.

“Tive a honra de prestar essa linda homenagem a ele que, com hábitos simples, lutou para mudar a Igreja. Foi o primeiro papa latino-americano e deixa legado de tolerância e diálogo”, disse o artista ao SRzd.

Com 258,7 pontos, a agremiação ficou com a terceira colocação do Grupo 1 da União das Escolas de Samba Paulistanas, Uesp, atrás da vice-campeã Torcida Jovem e da campeã, Estrela do Terceiro Milênio.

Alegoria da Dom Bosco de Itaquera. Foto: Instagram/Dom Bosco
Alegoria da Dom Bosco de Itaquera. Foto: Instagram/Dom Bosco

Através de suas páginas de redes sociais, a escola da Zona Leste lembrou da homenagem feita ao Papa Francisco.

“Hoje o mundo se despede de um grande homem e ser humano. Papa Francisco foi símbolo de humildade, coragem e profunda humanidade. Um líder que escolheu caminhar ao lado dos mais pobres, que estendeu a mão ao povo e lutou por uma sociedade mais justa e em paz. Convidamos a todos para se unirem em oração por nosso querido Papa Francisco, para que sua alma descanse em paz e seu legado de compaixão continue a inspirar gerações”, diz o texto.

+ relembre o samba:

+ letra do samba:

TÁ NO CORPO, TA NA ALMA, TA NO CORAÇÃO
A ALEGRIA QUE O SAMBA TRAZ
DOM BOSCO HOJE CANTA EM DEVOÇÃO
SALVE FRANCISCO, O MENSAGEIRO DA PAZ

NOVAMENTE O SAMBA PEDE PASSAGEM
NESTA HOMENAGEM AO SER DE LUZ
LUXO, RIQUEZA, A BURGUESIA MOSTRAVA PODER
O JOVEM FRANCISCO EM ASSIS OSTENTAVA
PAIXÕES E VAIDADE EM SEU VIVER
NA GUERRA CONHECEU A DOR
ENFERMO A MÃO DIVINA CUROU
REVELANDO A VIDA UMA OUTRA VERDADE
SERVIR A DEUS É TER HUMILDADE

OUVIU UMA VOZ LA DO CÉU!
SENTIU UMA LUZ EM SEU INTERIOR
DAS PEDRAS RECONSTRUIU
A IGREJA SAGRADA DE NOSSO SENHOR

A PRIMEIRA ORDEM É FRATERNIDADE
CLARISSAS IRMÃS PRATICANDO A CARIDADE
AMANTE DA NATUREZA
COM BONDADE PROTEGEU OS ANIMAIS
O BEATO VIROU SANTO
COBRINDO COM SEU MANTO
TODO CAMINHO DA PAZ
ENTÃO, TEMPO PASSOU
EM ROMA OS CARDEAIS AO MUNDO ANUNCIAM
HABEMUS PAPA! O POVO APLAUDIU!
RENASCE A ESPERANÇA, É UMA NOVA ERA
PAPA FRANCISCO ABENÇOE ITAQUERA

+ fotos

Introdução da sinopse

Nesse Carnaval, nossa mensagem é falar do mensageiro…da paz. Sim, Francisco de Assis, é um marco importante para a Igreja, pois ele pontua o caminho da santidade como uma trajetória de renúncias, amor ao Pai Celestial e com muita força o amor ao próximo e aos animais.

É a síntese de quem ama o Criador também ama suas criaturas. Com isso, nossa homenagem começa com Francisco de Assis no século XII que atrai diversos seguidores no caminho da fé e contempla o Francisco de Roma que conquista fiéis do mundo inteiro no caminho da simplicidade para chegar ao Céu.

Para clarear ainda mais nosso entendimento segue uma reflexão:

“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
É Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna”.

Setor 1 – Uma vida de poder, luxo e riquezas

São Francisco de Assis, nasceu no dia 5 de julho de 1182, na cidade de Assis, Itália. Era filho de Pedro Bernadone, um rico comerciante de sedas, e dona Pica Baurlemounte, de origem francesa. A família fazia parte da rica burguesia de Assis e tinha prestígio no nome e nas posses financeiras.

Francisco cresceu e se tornou popular entre seus amigos devido a sua vida rebelde, as extravagâncias, bebedeiras, por suas roupas caras, esbanjar dinheiro e paixões por aventuras. Seu único compromisso com a vida era a com festas, ostentação e diversão. A vaidade sempre foi uma de suas características enquanto jovem.

Naquela época, a Itália como toda Europa, vivia uma fase bastante conflituosa da sua história, marcada pela passagem do sistema feudal (baseado na estabilidade, na servidão e nas relações desiguais entre vassalos e suseranos). De certa forma, isso atingiria a vida Francisco, uma vez que seu pai era um rico comerciante de tecidos. E com o advento da comercialização e o poder emergente de novas classes o poder dos senhores feudais passou a ser questionado. Daí então, surgem as batalhas e guerras pela legitimidade de poder e novos traços da economia da época. Assim, era obrigatória a ida de jovens como soldados defensores desses ideais.

Como todo jovem da sua época, Francisco desejara conquistar além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma dessas frequentes batalhas. No ano de 1201, incentivado pelo seu pai, que também ansiava pela fama e nobreza, Francisco partiu para mais uma Guerra que o senhores feudais, baseado na vizinha cidade de Peruzia haviam declarado contra comuna de Assis. Durante os combates, em uma tarde de inverno, Francisco foi capturado e passou cerca de um ano preso, a espera de ser resgatado…

Setor 2 – O chamado de Deus para a simplicidade

Ao ser libertado da Guerra, Francisco caiu doente. O tempo que ficou na prisão enfraqueceu seu organismo provocando uma grave enfermidade. Depois de longos meses, sem poder sair da cama, finalmente conseguiu melhorar. Ao levantar-se, porém, não era mais o mesmo. Sentiu-se diferente, sem poder compreender o porquê. A verdade é que a humilhação e o sofrimento da prisão, somado ao enfraquecimento causado pela doença, provocaram profundas mudanças no jovem Francisco. Foi o caminho que Deus escolheu para entrar mais profundamente em sua vida.

Já não sentia mais prazer nas cantigas e banquetes na companhia dos amigos. Começou a perceber a leviandade nos prazeres puramente terrenos, embora ainda não buscasse a Deus. Na verdade, Francisco não nasceu Santo, mas lutou muito para tornar-se. Mais uma Guerra…

Francisco havia perdido o gosto pelos prazeres mundanos, mas conservava ainda a ambição da fama, por esse motivo sonhava com a glória das armas e a nobreza, que se conquistavam nos campos de batalha. Por isso, aderiu prontamente ao exército que o Conde Gentili de Assis, estava organizando para ajudar o Papa Inocêncio III, na defesa dos interesses da Igreja. Contou para isso com a aprovação entusiasmada do Pai, que vislumbrava ai oportunidade tão longamente esperada de enobrecer sua família. Deus, porém, lhe reservava algumas surpresas…Antes de partir, no impulso de generosidade, Francisco cedeu a um amigo mais pobre os ricos trajes e armadura caríssima que havia preparado para si: Isso lhe valeu um sonho: viu um castelo repleto de armas, destinadas a ele e a seus companheiros.

Francisco não conseguiu entender o significado do sonho. Pensou que estava talvez, destinada a ser um famoso guerreiro. O Fato é que o sonho não lhe saia do pensamento. O chamado de Deus. Ao chegar ao povoado de Espoleto, Deus tornou a lhe falar em sonhos, desta vez com maior clareza de modo que ele reconheceu a voz divina que lhe perguntava: “- A quem queres servir…Ao servo ou a Senhor?” Francisco respondeu prontamente: “- Ao Senhor, é claro!”. A voz tornou-lhe a falar: “- Por que insiste então, servir ao Servo? Se queres servir ao Senhor, retorne a Assis. Lá te será dito o que deves fazer”. Francisco entendeu, então, que estava buscando apenas a glória humana e passageira.

Estava fazendo a vontade de pessoas ambiciosas e mesquinhas e não a vontade do Senhor do Universo. Retorno a Assis…Desafiando sorrisos de desdém dos vizinhos e a cólera de Pedro Bernadone, seu pai, contrariado dos seus projetos, Francisco retornou a Assis, dando prova da energia de seu carácter e do valor do seu ânimo, virtudes que se mostrariam valiosas mais tarde nos percalços de seu novo caminho. Começou a longa busca e a longa espera. “O que quer de mim? O que ele quer que eu faça?”.

Para tentar desvendar os desígnios de Deus, passou a se dedicar a oração e a meditação. Percorria campos e florestas em buscas de lugares mais tranquilos, em buscas de respostas para suas duvidas e inquietações. Para ele tudo passou a ter sentido. Passou a enxergar as coisas com outros olhos e outro coração. Beijo no Leproso…

Em 1206, Francisco viu um leproso que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença, sempre lhe havia causado invencível nojo, mas, então, como que movido por uma força superior, apeou o cavalo e colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro e aplicou ao leproso um beijo de amizade. Talvez a motivação para esse nobre e significativo gesto tenha sido a recordação daquela frase do Evangelho: “Tudo que fizerdes ao menor de meus irmãos, é a mim que o fazeis”. Mt 10, 42. Falando depois a respeito desse momento, ele diz: O que antes era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus.

O crucifixo de São Damião, o novo chamado Pouco depois, entrou para rezar e meditar na capela de São Damião, semi destruída pelo abandono. Estava ajoelhado, em oração aos pés de um crucifixo bizantino que a piedade popular ali venerava quando uma voz, saída do crucifixo lhe falou: “- Francisco, vai e reconstrói minha Igreja que está em ruínas”. Não percebendo alcance desse chamado e vendo que aquela igrejinha estava precisando de urgente reforma, Francisco regressou a Assis, tomou da loja paterna um grande fardo de fina fazenda e vendeu-a.

Retornando, colocou o dinheiro na mão do Sacerdote de São Damião, oferecendo-se para ajudar na reconstrução da capela com suas próprias mãos. Ao saber do acontecido, Pedro Bernadone ficou furioso ao ver desfalcada sua casa comercial e perdido seu dinheiro. Não bastava já o desfalque que dava ao entregar gratuitamente comida aos necessitados, mais essa agora. E Francisco teve que se esconder da fúria paterna.

Decidiu, então, mendigar o sustento de porta em porta na cidade de Assis. Para Bernadone isso já era demais. Como podia ele envergonhar de tal forma a sua família? Se seu filho havia perdido o juízo, era necessário encarcerá-lo, assim Francisco experimentou mais uma vez o cativeiro, desta feita num escuro cubículo, debaixo da escada de sua própria casa paterna.

Depois de alguns dias, movida pela compaixão, sua mãe abriu-lhe as escondidas, a porta e o deixou partir livremente para seguir o seu destino e fé. Assim, o pobre Francisco foi buscar refúgio junto ao Bispo. O Pai o seguiu e o acusou de dissipador de sua fortuna. Reclamando uma compensação pelo que ele havia tirado, sem licença da sua loja. Instaurou-se um julgamento, como nunca aconteceu na história de outro santo. O palco de julgamento foi a própria praça comunal de Assis, bem a vista de todos. Bernadone exigiu que seu filho devolvesse tudo o que recebera dele. Francisco, ciente da sentença de Cristo:

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim”. Mt 19,29. Sem vacilar um momento, se despojou de tudo até ficar nu. Jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai e exclamou: “- Até agora chamei de pai, Pedro Bernadone. Doravante, não terei outro pai senão o Pai Celeste”. O Bispo, então, o acolheu com seu manto. Daquele momento em diante, cantando, soa arauto do grande Rei Jesus Cristo. Afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos e a reconstrução das capelas e oratórios que cercavam a Cidade. Cada dia, percorria as ruas, mendigando seu pão e convidando as pessoas para que contribuísse com pedras e trabalho na restauração das casas de Deus que estavam em ruínas.

Francisco já estava terminando a restauração da última igrejinha da redondeza e perguntava-se o que faria depois. O que mais lhe pediria Deus? Não havia entendido ainda, que a Igreja que deveria restaurar não era a de Pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época pelas divisões, heresias e pelo apego de seus líderes as riquezas e ao poder.

Certo dia Francisco escutou durante a missa, a leitura do evangelho: Tratava-se da passagem que Cristo instruía seus apóstolos sobre o modo de “ir pelo mundo sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões e sem dinheiro no bolso…” Lc 9,3. Tais palavras, encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou cheio de alegrias:”- É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo coração” E sem demora começou a viver, como o faria em toda sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde para seus companheiros: Nossa regra de vida é viver o evangelho do nosso senhor Jesus Cristo. A aprovação da Igreja. No ano de 1210, Francisco e seus seguidores viajaram até Roma para buscar aprovação do Papa para seu modo de vida. Mas como aquele bando de mendigos, maltrapilhos e desconhecidos, seria recebido pelo severo Inocêncio III?

Francisco rezava e confiava. Afinal, não era o próprio Cristo que estava o conduzindo?

Por coincidência ou providencia divina encontrava-se em Roma nessa ocasião, o Bispo de Assis. Grande admirador de Francisco e graças a ele o Papa os recebeu. Inocêncio III ficou maravilhado com o propósito de vida daquele grupo e, especialmente, com a figura de Francisco, a clareza de sua opção e firmeza que demonstrava. Reconheceu nele, o homem que há pouco vira em sonhos, segurando as colunas da Igreja de Latrão. “A Igreja mãe de todas as igrejas do mundo, que ameaçava ruir. O papa reconheceu que era o próprio Deus que inspirava Francisco a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja, naquele tempo tão distancia dos Ensinamentos de Cristo. Por isso, deu ao seu modo de viver o Evangelho, a aprovação oficial da Igreja.

Autorizou Francisco e seus seguidores a pregar o Evangelho nas Igrejas e fora delas e os despediu com sua benção. Esse fato histórico ocorreu em 16 de abril de 1210, marcando o nascimento oficial da Primeira Ordem Franciscana. Uma Ordem de irmãos que assumiu uma missão de viver e pregar o Evangelho. Ramo Feminino da Ordem Franciscana: As Clarissas Francisco, além de fundar a primeira ordem franciscana masculina, foi também o fundando da segunda ordem franciscana, conhecida também por ordem de Santa Clara, abrindo assim a vivencia do ideal franciscano para o ramo feminino. A primeira religiosa franciscana foi a jovem Clara Ofreduccio, mais tarde chamada de Santa Clara de Assis. Jovem e de família nobre, admiradora de Francisco desde que o conhecera como Rei da Juventude, pelas ruas e festas de Assis.

Passou a admirá-lo mais ainda, quando se tornou o inflamado pregador da alegria e da Paz, da pobreza e do amor de Deus. Não só através das palavras, mas com o exemplo de sua própria vida. As irmãs clarissas, vivem um estilo de vida contemplativa, sendo enclausuradas, que dizer que não tem normalmente uma atividade pública no meio do povo. Dedicando-se mais a oração, a meditação e aos trabalhos internos dos mosteiros.

Francisco e Clara eram irmãos em Cristo e ficaram conhecidos como irmão sol e irmã lua. São Francisco: A natureza e os animais. “Olhai para as aves do céu que nem semeiam, nem cegam, nem ajuntam em celeiro e vosso Pai Celestial as alimenta”. Não tendes, vós mais valor do que elas? Olhai para os lírios dos campos, como eles crescem, não trabalham nem fiam, e vos digo que nem mesmo Salomão, em toda sua glória se vestiu como qualquer um deles”. Mt 6, 28.

Francisco amava todas as criaturas da natureza, falava com os animais e os tratava como irmãos.

Após toda sua luta e história de vida onde abdicou de todo ouro e toda a prata para estar junto da natureza e auxiliar pessoas pobres. Promovendo entre as pessoas o puro amor de Cristo. Aquele que dá sem receber nada em troca. Isso tudo não quer dizer que Francisco nasceu santo, ao contrário, retrata o poder da transformação. A luta em se espelhar na vida de Jesus, fez com que os desejos carnais fossem abstraídos pelo flagelo (se jogando em espinhos, se auto chicoteando quando os desejos vinham a sua cabeça) e assim alcançar a pureza de coração.

E no dia 3 de Outubro de 1226, morre São Francisco de Assis, dois anos após sua morte foi canonizado pelo papa Gregório IX. Em 1230, com a construção da nova basílica na cidade de Assis, suas relíquias foram transladadas para o altar desse Templo Sagrado. O mundo nunca esqueceu desse santo que no Brasil se tornou um dos santos mais populares sendo comemorado, 4 de outubro o dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais e mensageiro da paz.

O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Bergoglio enfatiza a humildade em sua vida pessoal, cozinhando sua própria comida, indo de ônibus para o trabalho em Buenos Aires. E uma de suas atitudes mais famosas espelha uma ação lendária de são Francisco de Assis.

Assim como o santo italiano da Idade Média cuidava dos leprosos e não tinha medo de beijá-los, Bergoglio ficou conhecido, em 2001, por lavar e beijar os pés de 12 pacientes com Aids que visitou no hospital. O Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, é o 265° sucessor de Pedro, assumindo o nome de Francisco I. Ele é o primeiro papa latino-americano da história. É também a primeira vez que o cargo é entregue a um membro da Companhia de Jesus.

O Papa Francisco é revelado com muita esperança, por diversas razões:

1) A Escolha do nome. A esperança e o apelo que o Senhor fez ao Santo de Assis: Francisco, vai e restaura minha casa! Muito significativa a referência feita insistentemente pelo novo Papa na temática da fraternidade, elemento central da Espiritualidade Franciscana. Em seu breve discurso, o Papa Francisco falou do sonho da grande fraternidade apoiada no amor, no respeito e na paz. E também deu ênfase ao trabalho conjunto de condução da Igreja, de cooperação entre os bispos e o povo.

2) O fato de dar ênfase a seu ministério como Bispo de Roma: sinaliza para uma condução da Igreja mais pautada nas peculiaridades das igrejas particulares sem, no entanto, que se perca a Comunhão com a Igreja de Roma, que tem o encargo de presidir a Igreja Universal na Caridade.

3) O emocionante gesto de se recomendar às orações do povo. Antes de conceder ao povo a bênção Urbi et Orbi, pediu à multidão presente na Praça de São Pedro que orasse por ele. Humildemente, Francisco abaixou a cabeça e recebeu com docilidade e reverência as preces daquele povo. Esta é a Igreja sonhada por Jesus, da participação efetiva do povo na missão confiada por Cristo.

Simpatia nas primeiras palavras. Depois da oração, o sumo pontífice pediu “paz e unidade à Igreja em todo o mundo” e pediu que a humanidade siga o “caminho da fraternidade”. Vamos sempre orar uns pelos outros. Vamos sempre orar com o mundo todo, pra que sempre haja bastante fraternidade”. Em seguida, pediu aos fiéis que orem por ele e abençoou os cristãos com a oração “De Roma para o mundo”.

Cronograma do Desfile

Setor 1 – Uma vida de Poder, luxo e riquezas

Comissão de Frente

Primeiro carro alegórico: Poder, luxo e riquezas

Ala 1: Farras e baile

Ala 2: Rica burguesia Feudal

Primeiro Casal – Irmão Sol e Irmã Lua

Entrada da Bateria – Papa Francisco

Ala 3: Guerras

Setor 2 – O chamado de Deus para a simplicidade

Ala 4: Rei da juventude

Ala 5: Leprosos e mendigos

Segundo carro alegórico: Igreja de São Damião

Ala 6: Comida para os necessitados

Ala 7: Pedras para reconstrução das Igrejas do Senhor

Ala 8: Primeira Ordem Fransciscana

Ala 9: As Clarissas

Ala 10: Francisco: A natureza e os animais

Ala 11: Baianas: Os lírios do campo

Ala 12: Auto Flagelo – a luta para ser Santo

Setor 3 – Em Roma: habemus Papam! É Francisco!

Ala 13: Respeitando as diferenças e buscando o mundo de amor, paz e igualdade

Ala 14: 4 de Outubro: Dia de São Franscisco

Ala 15: Retorno da Bateria – Papa Francisco

Terceiro carro alegórico: Tributo ao Papa Francisco

rodapé - carnaval sp

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