Pensar no samba e Carnaval como algo pronto, por certo, é errado

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Entender os fatos históricos não é algo simples. Daí que até hoje estudamos filosofia a partir de marcos milenares e o período considerado moderno terminou na Revolução Francesa, ocorrida há 236 anos. Logo, pensar no samba e Carnaval como algo pronto, por certo, é errado. Mesmo com as primeiras manifestações carnavalescas tendo ocorrido no século […]

POR Luiz Sales 14/4/2025| 2 min de leitura

Fantasia da Mancha Verde para o Carnaval de 2025. Foto: Divulgação/Mancha Verde

Fantasia da Mancha Verde para o Carnaval de 2025. Foto: Divulgação/Mancha Verde

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Entender os fatos históricos não é algo simples. Daí que até hoje estudamos filosofia a partir de marcos milenares e o período considerado moderno terminou na Revolução Francesa, ocorrida há 236 anos.

Logo, pensar no samba e Carnaval como algo pronto, por certo, é errado.

Mesmo com as primeiras manifestações carnavalescas tendo ocorrido no século 19, a gênese do samba é considerada a partir da primeira gravação em disco, de Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, ocorrida em 1916 e sucesso no carnaval de 17.

Em São Paulo, um fato nem sempre lembrado é a fundação do Grupo Carnavalesco Barra Funda, em 1914.

Dito isso, fica claro que desde sempre o samba e o carnaval mudam por serem reflexo da sociedade.

Esta é a conclusão da leitura de “Metrópole em sinfonia”, livro sobre a música da capital paulista nos anos 30.

Um capítulo especial é dedicado à dobradinha samba-Carnaval. O autor, José Geraldo Vince de Moraes, de cara dá o tom: Influências culturais, a massificação por meio do rádio e o processo de profissionalização dos músicos mudaram o ritmo que havia surgido há pouco, tentando fazê-lo cair no gosto popular — entenda-se, ser consumido.

O livro traz ponderações de personagens históricos do samba de São Paulo, como Seu Livinho e Pé Rachado, do Vai Vai, e Seu Zezinho da Casa Verde.

Lembra também de pontos geográficos e locais pouco conhecidos para a manutenção do samba, como o Parque Antarctica, construído e mantido pela cervejaria do mesmo nome, e os “salões da raça” onde os pretos iam dançar.

Por fim, conclui: enquanto o samba rural, origem do ritmo paulista, era engolido pela modernidade e transformações da cidade, o samba do Rio de Janeiro se estabeleceu como padrão nacional.

Obra: Metrópole em sinfonia – História, cultura e música popular na São Paulo dos anos 30
Autor: José Geraldo Vinci de Moraes
Editora Estação Liberdade

Artigo de autoria de Luiz Sales – Jornalista, especializado em negócios da Comunicação, Planejamento e Gestão de Cidades. Foi responsável pela área de projetos e diretor da SPTuris, tendo atuado para a consecução do empreendimento Fábrica de Samba.

Entender os fatos históricos não é algo simples. Daí que até hoje estudamos filosofia a partir de marcos milenares e o período considerado moderno terminou na Revolução Francesa, ocorrida há 236 anos.

Logo, pensar no samba e Carnaval como algo pronto, por certo, é errado.

Mesmo com as primeiras manifestações carnavalescas tendo ocorrido no século 19, a gênese do samba é considerada a partir da primeira gravação em disco, de Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, ocorrida em 1916 e sucesso no carnaval de 17.

Em São Paulo, um fato nem sempre lembrado é a fundação do Grupo Carnavalesco Barra Funda, em 1914.

Dito isso, fica claro que desde sempre o samba e o carnaval mudam por serem reflexo da sociedade.

Esta é a conclusão da leitura de “Metrópole em sinfonia”, livro sobre a música da capital paulista nos anos 30.

Um capítulo especial é dedicado à dobradinha samba-Carnaval. O autor, José Geraldo Vince de Moraes, de cara dá o tom: Influências culturais, a massificação por meio do rádio e o processo de profissionalização dos músicos mudaram o ritmo que havia surgido há pouco, tentando fazê-lo cair no gosto popular — entenda-se, ser consumido.

O livro traz ponderações de personagens históricos do samba de São Paulo, como Seu Livinho e Pé Rachado, do Vai Vai, e Seu Zezinho da Casa Verde.

Lembra também de pontos geográficos e locais pouco conhecidos para a manutenção do samba, como o Parque Antarctica, construído e mantido pela cervejaria do mesmo nome, e os “salões da raça” onde os pretos iam dançar.

Por fim, conclui: enquanto o samba rural, origem do ritmo paulista, era engolido pela modernidade e transformações da cidade, o samba do Rio de Janeiro se estabeleceu como padrão nacional.

Obra: Metrópole em sinfonia – História, cultura e música popular na São Paulo dos anos 30
Autor: José Geraldo Vinci de Moraes
Editora Estação Liberdade

Artigo de autoria de Luiz Sales – Jornalista, especializado em negócios da Comunicação, Planejamento e Gestão de Cidades. Foi responsável pela área de projetos e diretor da SPTuris, tendo atuado para a consecução do empreendimento Fábrica de Samba.

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