Rafa do Cavaco analisa Gaviões da Fiel e mudanças no julgamento da parte musical dos desfiles

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Desde março de 2020 a ala musical da escola de samba Gaviões da Fiel conta com direção de Rafa do Cavaco. Compositor com várias obras que embalaram desfiles no Sambódromo do Anhembi, ele é um dos grandes nomes do segmento quando o assunto é samba-enredo. O músico, que é integrante do grupo “Segunda Sem Lei”, iniciou […]

POR Redação SRzd03/05/2023|7 min de leitura

Rafa do Cavaco analisa Gaviões da Fiel e mudanças no julgamento da parte musical dos desfiles

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

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Desde março de 2020 a ala musical da escola de samba Gaviões da Fiel conta com direção de Rafa do CavacoCompositor com várias obras que embalaram desfiles no Sambódromo do Anhembi, ele é um dos grandes nomes do segmento quando o assunto é samba-enredo.

O músico, que é integrante do grupo “Segunda Sem Lei”, iniciou carreira no Carnaval de São Paulo no ano 2000 na Leandro de Itaquera. Diretor musical da Tom Maior entre 2017 e 2020, mesma função que desempenhou na Unidos de Vila Maria, Rafa conversou com o SRzd sobre sua carreira, renovação de compromisso com a Gaviões de 2023 e avaliou as possíveis mudanças no regulamento dos desfiles, que podem ocorrer já no próximo ano.


Leia também:

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Após a apuração do Carnaval de 2023, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, informou que o critério de julgamento e os regulamentos dos desfiles serão revistos e poderão ser atualizados.

Vale destacar que as mudanças serão aprovadas em plenária após a apresentação de um relatório elaborado por um grupo de estudos realizados por profissionais de relevância do Carnaval paulistano. Este processo de revisão sobre os critérios de julgamento que vêm sendo adotados nos últimos anos, teve início no mês de março e as propostas e sugestões apresentadas, caso aprovadas, serão postas em prática em 2024.

Para Rafa do Cavaco, em se confirmando as alterações que estão sendo discutidas, aumentará a responsabilidade de parte musical das agremiações nas apresentações no Sambódromo do Anhembi.

“Eu espero que agora com essas mudanças possamos ter melhorias nos sambas de um modo geral, principalmente na parte de melodia dos sambas que é justamente onde será a maior mudança. E também teremos o julgamento de nossa parte que é o carro de som sendo executado na Avenida que aumenta ainda mais a responsabilidade do nosso trabalho musical pra que corra tudo bem e por fim trazer a nota máxima.

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco
Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

Confira a entrevista na íntegra:

SRzd: Como iniciou sua carreira como músico no Carnaval
Rafa do Cavaco: Comecei em 2000 tocando cavaquinho na Leandro de Itaquera. Na ocasião a intérprete era a Eliana de lima e o samba falava sobre o Reino do Ouro que era o ano na qual as escolas falavam dos 500 anos do Brasil

SRzd: Como iniciou sua carreira como compositor no Carnaval? Quantos sambas com sua assinatura já foram para a Avenida?
Rafa do Cavaco:  Como compositor iniciei em 2001 na própria Leandro de Itaquera e logo em 2002 tive a oportunidade de ganhar meu primeiro samba enredo da minha vida que foi sobre a história de Mário Covas. Sobre quantos sambas meus já foram pra avenida eu não sei dizer pq contar da azar. Porém desde o meu primeiro samba em 2002 até 2023 eu só fiquei três anos sem ter samba que foram 2008, 2011 e 2021 q não teve Carnaval. Então resumindo eu tive sambas meus em 18 carnavais de 21 que participei, contando todos os grupos Especial e Acesso de São Paulo e tbm do Rio. Mas falando em números, com a graça de Deus eu já passei dos 50 sambas que foram para Avenida.

SRzd: Como iniciou sua carreira como diretor musical no Carnaval?
Rafa do Cavaco: Em 2015 na Nenê de Vila Matilde eu já fazia um trabalho voltado para direção musical, porém não tinha ainda o cargo de diretor. Passei a ter esse cargo na Unidos de Vila maria em 2016 e de lá para cá, são sete Carnavais na direção musical.

SRzd: Como você consegue conciliar as três funções: músico, compositor e diretor musical?
Rafa do Cavaco: Hoje eu não consigo mais tocar o cavaco por conta dos detalhes que eu costumo colocar no samba, tanto nas cordas como no canto, sendo assim eu prefiro ficar lá embaixo perto dos cantores e da marcação para dar aquele clima e para a escola poder largar bem o samba e entrar com o pé direito na Avenida, mas tenho vontade de voltar a tocar. Quem sabe em 2024? E sobre compor não me atrapalha em nada pois as composições são feitas no meio do ano para as disputas, então fica tranquilo.

SRzd: Qual sua análise sobre o trabalho musical apresentado pela Gaviões em 2023?
Rafa do Cavaco: Posso dizer que foi um belo trabalho onde o principal era trazer o “chão” do Gaviões de volta e fazer a escola cantar e evoluir durante o desfile, através do nosso samba, da nossa largada, dos nossos arranjos e de todo um contexto musical junto a bateria através de bossas e paradinhas. Deu tudo muito certo graças a Deus.

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco
Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

SRzd: Fale sobre sua opção em seguir com o trabalho na agremiação
Rafa do Cavaco: Eu não escondo de ninguém que estar na Gaviões pra mim é um sonho de criança que eu tô realizando e procurando fazer o meu melhor. Fui muito bem recebido na escola pela direção, componentes, a galera da bateria, nosso intérprete Ernesto Teixeira e toda a comunidade da Fiel. Muita gente na escola veio me falar que os Gaviões precisava de um cara que nem eu por conta do meu trabalho e da minha dedicação nessa parte musical, porém eu também acho que precisava muito dos Gaviões pra eu poder concretizar de vez esse meu cargo de diretor musica. Aí não pensei duas vezes na hora de renovar pois além do trabalho, vem a paixão e o coração que é corintiano e que vem desde a época do meu Pai que hoje está no céu muito feliz por me ver aqui.

SRzd: Como você avalia as reuniões realizadas pela Liga-SP sobre possíveis mudanças no regulamento dos desfiles?
Rafa do Cavaco: No meu setor que é o samba-enredo eu espero que agora com essas mudanças possamos ter melhorias nos sambas de um modo geral, principalmente na parte de melodia dos sambas que é justamente onde será a maior mudança. E também teremos o julgamento de nossa parte que é o carro de som sendo executado na avenida que aumenta ainda mais a responsabilidade do nosso trabalho musical pra que corra tudo bem e por fim trazer a nota máxima.

SRzd: O que podemos esperar da ala musical fechada da Gaviões da Fiel para 2024?
Rafa do Cavaco: Acertei a pouco tempo a minha renovação e a direção da escola me pediu para esperar a definição de alguns contratos ainda e consequentemente a definição do nosso enredo. Aí sim começo o projeto de 2024 com a minha ala através de renovações e também de pessoas que possam chegar para enriquecer nosso time. Já estamos vendo algumas coisas por aí e o que eu posso dizer aqui é que teremos uma novidade em no nosso carro de som. Será uma surpresa bacana porém só irei divulgar quando realmente bater o martelo.

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco
Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

Em Nome do Pai, dos Filhos, dos Espíritos e dos Santos… Amém!  foi o enredo apresentado pela “Torcida que Samba” na Avenida, no encerramento da primeira noite do Grupo Especial, no dia 17 de fevereiro, e que rendeu apenas a modesta nona colocação na classificação final da tabela.

Desde março de 2020 a ala musical da escola de samba Gaviões da Fiel conta com direção de Rafa do CavacoCompositor com várias obras que embalaram desfiles no Sambódromo do Anhembi, ele é um dos grandes nomes do segmento quando o assunto é samba-enredo.

O músico, que é integrante do grupo “Segunda Sem Lei”, iniciou carreira no Carnaval de São Paulo no ano 2000 na Leandro de Itaquera. Diretor musical da Tom Maior entre 2017 e 2020, mesma função que desempenhou na Unidos de Vila Maria, Rafa conversou com o SRzd sobre sua carreira, renovação de compromisso com a Gaviões de 2023 e avaliou as possíveis mudanças no regulamento dos desfiles, que podem ocorrer já no próximo ano.


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Após a apuração do Carnaval de 2023, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, informou que o critério de julgamento e os regulamentos dos desfiles serão revistos e poderão ser atualizados.

Vale destacar que as mudanças serão aprovadas em plenária após a apresentação de um relatório elaborado por um grupo de estudos realizados por profissionais de relevância do Carnaval paulistano. Este processo de revisão sobre os critérios de julgamento que vêm sendo adotados nos últimos anos, teve início no mês de março e as propostas e sugestões apresentadas, caso aprovadas, serão postas em prática em 2024.

Para Rafa do Cavaco, em se confirmando as alterações que estão sendo discutidas, aumentará a responsabilidade de parte musical das agremiações nas apresentações no Sambódromo do Anhembi.

“Eu espero que agora com essas mudanças possamos ter melhorias nos sambas de um modo geral, principalmente na parte de melodia dos sambas que é justamente onde será a maior mudança. E também teremos o julgamento de nossa parte que é o carro de som sendo executado na Avenida que aumenta ainda mais a responsabilidade do nosso trabalho musical pra que corra tudo bem e por fim trazer a nota máxima.

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco
Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

Confira a entrevista na íntegra:

SRzd: Como iniciou sua carreira como músico no Carnaval
Rafa do Cavaco: Comecei em 2000 tocando cavaquinho na Leandro de Itaquera. Na ocasião a intérprete era a Eliana de lima e o samba falava sobre o Reino do Ouro que era o ano na qual as escolas falavam dos 500 anos do Brasil

SRzd: Como iniciou sua carreira como compositor no Carnaval? Quantos sambas com sua assinatura já foram para a Avenida?
Rafa do Cavaco:  Como compositor iniciei em 2001 na própria Leandro de Itaquera e logo em 2002 tive a oportunidade de ganhar meu primeiro samba enredo da minha vida que foi sobre a história de Mário Covas. Sobre quantos sambas meus já foram pra avenida eu não sei dizer pq contar da azar. Porém desde o meu primeiro samba em 2002 até 2023 eu só fiquei três anos sem ter samba que foram 2008, 2011 e 2021 q não teve Carnaval. Então resumindo eu tive sambas meus em 18 carnavais de 21 que participei, contando todos os grupos Especial e Acesso de São Paulo e tbm do Rio. Mas falando em números, com a graça de Deus eu já passei dos 50 sambas que foram para Avenida.

SRzd: Como iniciou sua carreira como diretor musical no Carnaval?
Rafa do Cavaco: Em 2015 na Nenê de Vila Matilde eu já fazia um trabalho voltado para direção musical, porém não tinha ainda o cargo de diretor. Passei a ter esse cargo na Unidos de Vila maria em 2016 e de lá para cá, são sete Carnavais na direção musical.

SRzd: Como você consegue conciliar as três funções: músico, compositor e diretor musical?
Rafa do Cavaco: Hoje eu não consigo mais tocar o cavaco por conta dos detalhes que eu costumo colocar no samba, tanto nas cordas como no canto, sendo assim eu prefiro ficar lá embaixo perto dos cantores e da marcação para dar aquele clima e para a escola poder largar bem o samba e entrar com o pé direito na Avenida, mas tenho vontade de voltar a tocar. Quem sabe em 2024? E sobre compor não me atrapalha em nada pois as composições são feitas no meio do ano para as disputas, então fica tranquilo.

SRzd: Qual sua análise sobre o trabalho musical apresentado pela Gaviões em 2023?
Rafa do Cavaco: Posso dizer que foi um belo trabalho onde o principal era trazer o “chão” do Gaviões de volta e fazer a escola cantar e evoluir durante o desfile, através do nosso samba, da nossa largada, dos nossos arranjos e de todo um contexto musical junto a bateria através de bossas e paradinhas. Deu tudo muito certo graças a Deus.

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco
Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

SRzd: Fale sobre sua opção em seguir com o trabalho na agremiação
Rafa do Cavaco: Eu não escondo de ninguém que estar na Gaviões pra mim é um sonho de criança que eu tô realizando e procurando fazer o meu melhor. Fui muito bem recebido na escola pela direção, componentes, a galera da bateria, nosso intérprete Ernesto Teixeira e toda a comunidade da Fiel. Muita gente na escola veio me falar que os Gaviões precisava de um cara que nem eu por conta do meu trabalho e da minha dedicação nessa parte musical, porém eu também acho que precisava muito dos Gaviões pra eu poder concretizar de vez esse meu cargo de diretor musica. Aí não pensei duas vezes na hora de renovar pois além do trabalho, vem a paixão e o coração que é corintiano e que vem desde a época do meu Pai que hoje está no céu muito feliz por me ver aqui.

SRzd: Como você avalia as reuniões realizadas pela Liga-SP sobre possíveis mudanças no regulamento dos desfiles?
Rafa do Cavaco: No meu setor que é o samba-enredo eu espero que agora com essas mudanças possamos ter melhorias nos sambas de um modo geral, principalmente na parte de melodia dos sambas que é justamente onde será a maior mudança. E também teremos o julgamento de nossa parte que é o carro de som sendo executado na avenida que aumenta ainda mais a responsabilidade do nosso trabalho musical pra que corra tudo bem e por fim trazer a nota máxima.

SRzd: O que podemos esperar da ala musical fechada da Gaviões da Fiel para 2024?
Rafa do Cavaco: Acertei a pouco tempo a minha renovação e a direção da escola me pediu para esperar a definição de alguns contratos ainda e consequentemente a definição do nosso enredo. Aí sim começo o projeto de 2024 com a minha ala através de renovações e também de pessoas que possam chegar para enriquecer nosso time. Já estamos vendo algumas coisas por aí e o que eu posso dizer aqui é que teremos uma novidade em no nosso carro de som. Será uma surpresa bacana porém só irei divulgar quando realmente bater o martelo.

Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco
Rafa do Cavaco. Foto: Reprodução/Facebook/Rafa do Cavaco

Em Nome do Pai, dos Filhos, dos Espíritos e dos Santos… Amém!  foi o enredo apresentado pela “Torcida que Samba” na Avenida, no encerramento da primeira noite do Grupo Especial, no dia 17 de fevereiro, e que rendeu apenas a modesta nona colocação na classificação final da tabela.

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