Com passagens por Dragões da Real (2015 – 2017 e 2022), Unidos do Viradouro (2017), além da própria São Clemente (2018 – 2020) – onde assina o projeto de 2023 – Jorge Silveira está desenvolvendo o enredo “Yasuke” na Mocidade Alegre.

Em conversa com o repórter Guilherme Queiroz, para o SRzd, o artista afirmou que trabalhar na agremiação dez vezes campeã do Carnaval de São Paulo tem o surpreendido positivamente.

“É uma surpresa muito grata a Mocidade Alegre. Sempre tive a escola como uma referência de competência e organização. Sempre estive do outro lado, como adversário duro de encarar e agora tenho a felicidade de ter este instrumental ao meu favor. E vendo pelo lado de dentro eu entendo a razão do porquê das dez  estrelas que ela carrega. É uma escola muito dedicada a fazer o melhor. Estou aprendendo muito neste processo, está sendo uma troca maravilhosa. Um barracão tranquilo de se trabalhar, a escola me dá todo o suporte”, disse.

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Com a finalização da Fábrica do Samba 1 – complexo que abriga os quatorze barracões das agremiações da divisão de elite – localizada no bairro do Bom Retiro, bem próximo do Sambódromo do Anhembi, a Morada do Samba – assim com outras seis coirmãs – puderam se transferir para o local em maio deste ano.

Para Silveira, sua experiência de já ter trabalhando no endereço – quando atuava pela Dragões – ajudou a Mocidade a se instalar no novo espaço.

“Tive a felicidade de trabalhar na Fábrica do Samba 1 por alguns anos, então na etapa inicial pude mostrar a eles como usar o prédio, onde cada setor funcional, onde colocar cada material. A escola já tem um sistema de organização muito eficiente e a gente está conseguindo otimizar isso no espaço. A Fábrica do Samba é toda pensanda para que possamos ter a melhor qualidade de trabalho possível e está sendo muito bom fazer este Carnaval por aqui”, declarou.

A verde, vermelha e branca será a quinta a desfilar no sábado, 18 de fevereiro. Segundo Jorge, o tema deste ano terá uma “mensagem de superação, garra e crescimento”.

“Yasuke é a história do primeiro negro que pisou no Japão há 500 anos e sua chegada causou um grande conflito cultural, a partir disso a cultura japonesa começar a olhar para as qualidades deste homem. Yasuke se torna um expoente desta cultura, ao ponto de se tornar o primeiro samurai negro da história. Ele traz consigo uma mensagem de superação, garra e crescimento e acho que isso estará muito claro no desfile da Mocidade Alegre”, finalizou.