Novo olhar e aprendizado: Tiguês avalia Império de Casa Verde e dez anos como diretor de Carnaval

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No Carnaval de 2024, Rogério Figueira, também conhecido como “Tiguês”, completará vinte anos como integrante da Império de Casa Verde, onde há uma década, exerce a função de diretor de Carnaval. Com vasta experiência como jurado de baterias universitárias, tendo sido o profissional que mais julgou competições desse tipo em todo o Brasil, ele fez um […]

POR Redação SRzd06/04/2023|6 min de leitura

Novo olhar e aprendizado: Tiguês avalia Império de Casa Verde e dez anos como diretor de Carnaval

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

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No Carnaval de 2024, Rogério Figueira, também conhecido como “Tiguês”, completará vinte anos como integrante da Império de Casa Verde, onde há uma década, exerce a função de diretor de Carnaval.

Com vasta experiência como jurado de baterias universitárias, tendo sido o profissional que mais julgou competições desse tipo em todo o Brasil, ele fez um balanço sobre sua trajetória na azul e branca e no samba, sem ficar em cima do muro ao responder, de forma bastante espontânea, algumas questões feitas pelo SRzd.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Não poderia faltar nesta conversa, uma análise sobre o desfile da Império de Casa Verde em 2023, quando a agremiação, que contabiliza três títulos no Grupo Especial, ficou na terceira colocação na classificação final, vendo a conquista do campeonato ficar novamente muito próxima.

Em meio a críticas de muitos ao julgamento do Carnaval de São Paulo em 2023, Tiguês, que é competitivo por natureza, avaliou o resultado como satisfatório, citando feitos da escola na Avenida e falhas que fizeram a taça do primeiro lugar não ser da Casa Verde.

“A avaliação é satisfatória levando em consideração que batemos na trave novamente. Segundo ano consecutivo na terceira colocação com o título passando muito muito perto de nossas mãos. O desfile em si, mais satisfatório ainda. Acredito que a gente tenha feito um grande espetáculo com um samba que funcionou muito bem, uma comunidade que cantou bastante. E arriscamos diversas vezes, né? Coreografia, apagão, um monte de coisa com relação a bateria e da escola. Ficamos felizes com o resultado pelo que a gente entregou na Avenida. Claro que o resultado depende também de parte técnica e segundo até a justificativa do jurado nós tivemos ali erros no quesito de evolução que custaram o título. No geral foi satisfatório.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Produzir um Carnaval com duas mudanças significativas ao longo do ano também devem ser levadas em consideração. Foi apenas a segunda temporada em que a escola desenvolveu em sua nova quadra e com um novo intérprete. Após doze anos, Carlos Junior deixou o microfone principal, que foi conduzido por Tinga.

“A nova quadra já é a segunda temporada. E é claro que a gente percebe aí um um novo povo né? Uma gente nova chegando que soma bastante. É realmente um desafio porque toda mudança de endereço implica numa série de coisas. Foi satisfatória também essa questão da quadra, não tivemos problemas. Com relação ao intérprete. Nós precisávamos substituir a altura e encontramos um cara muito parceiro, um cara sensacional mesmo, bom de trabalho, muito responsável e que deu conta pra caramba do recado. É essa nova voz aí do Império agora renovado para 2024. A gente está muito feliz com com este casamento. Deu muito certo. Além de ser um grande cantor, um grande parceiro, um grande profissional. Estamos bem felizes com ele”, contou.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Sobre a marca expressiva de quase uma década em uma função que exige muita dedicação, liderança e responsabilidade em uma escola de samba, o sambista imperiano olha para o passado e reconhece que tudo o que vivenciou e aprendeu, contribuiu para um amadurecimento que mudou a sua forma de atuar hoje, tanto no Carnaval como em sua vida particular.

Hoje me sinto um cara mais maduro

“Minha trajetória começou como diretor de Carnaval em 2013, mais precisamente no mês de julho, quando recebi o convite. Essa trajetória foi de muito amadurecimento e aprendizado. Eu procuro aprender todos os dias e tenho a consciência de que não sei tudo, de que a cada dia eu aprendo mais, seja dentro da escola, seja fora, é um aprendizado sempre muito grande. Hoje me sinto um cara mais maduro, mais atuante, um cara que procura se preocupar com tudo e também olhando mais também pro lado do espetáculo em si, não somente pra dentro da escola. Tenho um olhar também maior para a questão de critério de julgamento e as mudanças. Acho que tive uma evolução até mais participativa dentro de todo o cenário do Carnaval”, refletiu.

E o Carnaval 2024? No mundo do samba sabemos que acaba um espetáculo e já começa outro. Sobre os preparativos do “Tigre Guerreiro” para o próximo ano, o entrevistado demonstrou tranquilidade neste processo, principalmente ao fazer um comparativo com o ano passado.

“Estamos esperando a definição de de enredo. Temos algumas propostas aí. Mas estamos com um pouco mais de paciência e tranquilidade. O ano passado como acabou juntando, né? Um Carnaval no outro, acabou encavalando. Agora estamos com a cabeça no lugar aqui pra ver quais são as melhores opções ou qual é a melhor opção de enredo pra gente poder poder colocar na Avenida”, explicou.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Para finalizar o papo, Tiguês falou sobre o processo de revisão sobre os critérios de julgamento que está sendo realizado pela Liga-SP e citou as mortes de sambistas históricos para fazer uma reflexão.

“Precisamos pensar um pouco mais no espetáculo como um todo para fazer com que essa engrenagem toda que é o Carnaval tenha um pouco mais de destaque, principalmente na mídia que não é especializada em Carnaval. Tivemos recentemente a perda do mestre Neno, e outro dia perdemos também do Paulinho Sampagode, e não ouvimos falar nada em relação a eles na mídia geral. Os próprios sambistas acabam esquecendo de suas memórias. Precisamos pensar nisso, em um olhar mais direcionado para o Carnaval das escolas de samba”, finalizou.

A Império de Casa Verde foi a quarta escola a desfilar na madrugada de domingo, dia 19 de fevereiro, com o enredo “Império dos Tambores – Um Brasil Afromusical”, do carnavalesco Leandro Barbosa.

No Carnaval de 2024, Rogério Figueira, também conhecido como “Tiguês”, completará vinte anos como integrante da Império de Casa Verde, onde há uma década, exerce a função de diretor de Carnaval.

Com vasta experiência como jurado de baterias universitárias, tendo sido o profissional que mais julgou competições desse tipo em todo o Brasil, ele fez um balanço sobre sua trajetória na azul e branca e no samba, sem ficar em cima do muro ao responder, de forma bastante espontânea, algumas questões feitas pelo SRzd.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Não poderia faltar nesta conversa, uma análise sobre o desfile da Império de Casa Verde em 2023, quando a agremiação, que contabiliza três títulos no Grupo Especial, ficou na terceira colocação na classificação final, vendo a conquista do campeonato ficar novamente muito próxima.

Em meio a críticas de muitos ao julgamento do Carnaval de São Paulo em 2023, Tiguês, que é competitivo por natureza, avaliou o resultado como satisfatório, citando feitos da escola na Avenida e falhas que fizeram a taça do primeiro lugar não ser da Casa Verde.

“A avaliação é satisfatória levando em consideração que batemos na trave novamente. Segundo ano consecutivo na terceira colocação com o título passando muito muito perto de nossas mãos. O desfile em si, mais satisfatório ainda. Acredito que a gente tenha feito um grande espetáculo com um samba que funcionou muito bem, uma comunidade que cantou bastante. E arriscamos diversas vezes, né? Coreografia, apagão, um monte de coisa com relação a bateria e da escola. Ficamos felizes com o resultado pelo que a gente entregou na Avenida. Claro que o resultado depende também de parte técnica e segundo até a justificativa do jurado nós tivemos ali erros no quesito de evolução que custaram o título. No geral foi satisfatório.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Produzir um Carnaval com duas mudanças significativas ao longo do ano também devem ser levadas em consideração. Foi apenas a segunda temporada em que a escola desenvolveu em sua nova quadra e com um novo intérprete. Após doze anos, Carlos Junior deixou o microfone principal, que foi conduzido por Tinga.

“A nova quadra já é a segunda temporada. E é claro que a gente percebe aí um um novo povo né? Uma gente nova chegando que soma bastante. É realmente um desafio porque toda mudança de endereço implica numa série de coisas. Foi satisfatória também essa questão da quadra, não tivemos problemas. Com relação ao intérprete. Nós precisávamos substituir a altura e encontramos um cara muito parceiro, um cara sensacional mesmo, bom de trabalho, muito responsável e que deu conta pra caramba do recado. É essa nova voz aí do Império agora renovado para 2024. A gente está muito feliz com com este casamento. Deu muito certo. Além de ser um grande cantor, um grande parceiro, um grande profissional. Estamos bem felizes com ele”, contou.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Sobre a marca expressiva de quase uma década em uma função que exige muita dedicação, liderança e responsabilidade em uma escola de samba, o sambista imperiano olha para o passado e reconhece que tudo o que vivenciou e aprendeu, contribuiu para um amadurecimento que mudou a sua forma de atuar hoje, tanto no Carnaval como em sua vida particular.

Hoje me sinto um cara mais maduro

“Minha trajetória começou como diretor de Carnaval em 2013, mais precisamente no mês de julho, quando recebi o convite. Essa trajetória foi de muito amadurecimento e aprendizado. Eu procuro aprender todos os dias e tenho a consciência de que não sei tudo, de que a cada dia eu aprendo mais, seja dentro da escola, seja fora, é um aprendizado sempre muito grande. Hoje me sinto um cara mais maduro, mais atuante, um cara que procura se preocupar com tudo e também olhando mais também pro lado do espetáculo em si, não somente pra dentro da escola. Tenho um olhar também maior para a questão de critério de julgamento e as mudanças. Acho que tive uma evolução até mais participativa dentro de todo o cenário do Carnaval”, refletiu.

E o Carnaval 2024? No mundo do samba sabemos que acaba um espetáculo e já começa outro. Sobre os preparativos do “Tigre Guerreiro” para o próximo ano, o entrevistado demonstrou tranquilidade neste processo, principalmente ao fazer um comparativo com o ano passado.

“Estamos esperando a definição de de enredo. Temos algumas propostas aí. Mas estamos com um pouco mais de paciência e tranquilidade. O ano passado como acabou juntando, né? Um Carnaval no outro, acabou encavalando. Agora estamos com a cabeça no lugar aqui pra ver quais são as melhores opções ou qual é a melhor opção de enredo pra gente poder poder colocar na Avenida”, explicou.

Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira
Rogério Figueira (Tiguês). Foto: Reprodução/Facebook/Rogério Figueira

Para finalizar o papo, Tiguês falou sobre o processo de revisão sobre os critérios de julgamento que está sendo realizado pela Liga-SP e citou as mortes de sambistas históricos para fazer uma reflexão.

“Precisamos pensar um pouco mais no espetáculo como um todo para fazer com que essa engrenagem toda que é o Carnaval tenha um pouco mais de destaque, principalmente na mídia que não é especializada em Carnaval. Tivemos recentemente a perda do mestre Neno, e outro dia perdemos também do Paulinho Sampagode, e não ouvimos falar nada em relação a eles na mídia geral. Os próprios sambistas acabam esquecendo de suas memórias. Precisamos pensar nisso, em um olhar mais direcionado para o Carnaval das escolas de samba”, finalizou.

A Império de Casa Verde foi a quarta escola a desfilar na madrugada de domingo, dia 19 de fevereiro, com o enredo “Império dos Tambores – Um Brasil Afromusical”, do carnavalesco Leandro Barbosa.

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