Vai-Vai: Prefeitura nega pedido para trocar terreno da nova quadra
Impasse. Maior detentora de títulos do Carnaval de São Paulo, a escola de samba Vai-Vai deixou oficialmente no dia 21 de setembro de 2021 o endereço que ocupou por mais de 50 anos no bairro do Bixiga, após um acordo com as empresas contratadas pelo Governo do Estado para a construção da linha 6-Laranja do […]
PORRedação SRzd29/4/2025|
3 min de leitura
Quadra da Vai-Vai. Foto: SRzd - Wadson Henrique
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Impasse. Maior detentora de títulos do Carnaval de São Paulo, a escola de samba Vai-Vai deixou oficialmente no dia 21 de setembro de 2021 o endereço que ocupou por mais de 50 anos no bairro do Bixiga, após um acordo com as empresas contratadas pelo Governo do Estado para a construção da linha 6-Laranja do Metrô, que no local construirá uma estação.Comida e bebida carnavalescas
No local onde a agremiação realizava seus ensaios, ponto de encontro dos sambistas, será construída a nova Estação 14 Bis, formado pelas empresas e a construtora Acciona e a concessionária Linha Universidade. Depois de finalizada, a Linha 6 será operada pela Linha Uni por 19 anos.
Com a desapropriação, foi prometido pela Acciona, construtora responsável pela obra, a compra de outro terreno para a agremiação construir um novo espaço para ensaios.
O novo espaço para uso da escola de samba chegou a ser anunciado para a comunidade, no entanto, por estar localizado em uma área residencial, impede a realização de todas as atividades relacionadas ao Carnaval. Na prática, o endereço serviria apenas como uma sede social, e não como local de ensaios por causa do barulho.
Desde então, a agremiação realizou seus ensaios de forma improvisada na quadra do Sindicato dos Bancários, localizado na Rua Tabatinguera, 192, próximo a Praça da Sé e na quadra da coirmã Uirapuru da Mooca.
Quadra da Vai-Vai. Foto: SRzd – Wadson Henrique
Abaixo assinado
Considerando as limitações, a diretoria da escola entendeu que a única forma de se garantir a permanência da agremiação em seu bairro de origem, seria promover uma permuta com a Prefeitura de São Paulo, entregando o terreno na Rua Almirante Marques Leão para implementação de moradia social.
“Em contrapartida, demandamos que o Município desaproprie, para posterior cessão ao Vai-Vai, o imóvel vazio e concretado há 17 anos, que antes foi sede do Teatro Zaccaro (utilizado pela escola na década de 1980) e do Cine Rex, e o edifício anexo (ambos situados à Rua Rui Barbosa nos números 322, 294, 272 e 266 – Rua Utilizada para os ensaios da escola), garantindo-se, assim, não apenas a função social da propriedade, como também o cumprimento da diretriz estabelecida pelo Conpresp quando da aprovação das intervenções do Metrô no território, em reunião ocorrida em 22 de junho de 2022, quando se registrou a necessidade de ‘assegurar a permanência da Escola de Samba Vai-Vai em seu bairro de origem, um autêntico lugar de memória, da representatividade da memória negra, lugar do samba, fincado tradicionalmente na área central da cidade’”, diz trecho do comunicado divulgado nas redes sociais da Saracura, em junho do ano passado, quando um abaixo assinado foi lançado.
Ao negar o pedido, em decisão publicada nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial, a Prefeitura argumentou “falta de amparo legal” na proposta de permuta. Cabe recurso.
Segundo o site Metrópoles, as obras na Rua Almirante Marques Leão estão paralisadas desde setembro de 2023, quando uma decisão judicial acatou o pedido de suspensão feito por moradores ao Ministério Público de São Paulo.
Impasse. Maior detentora de títulos do Carnaval de São Paulo, a escola de samba Vai-Vai deixou oficialmente no dia 21 de setembro de 2021 o endereço que ocupou por mais de 50 anos no bairro do Bixiga, após um acordo com as empresas contratadas pelo Governo do Estado para a construção da linha 6-Laranja do Metrô, que no local construirá uma estação.Comida e bebida carnavalescas
No local onde a agremiação realizava seus ensaios, ponto de encontro dos sambistas, será construída a nova Estação 14 Bis, formado pelas empresas e a construtora Acciona e a concessionária Linha Universidade. Depois de finalizada, a Linha 6 será operada pela Linha Uni por 19 anos.
Com a desapropriação, foi prometido pela Acciona, construtora responsável pela obra, a compra de outro terreno para a agremiação construir um novo espaço para ensaios.
O novo espaço para uso da escola de samba chegou a ser anunciado para a comunidade, no entanto, por estar localizado em uma área residencial, impede a realização de todas as atividades relacionadas ao Carnaval. Na prática, o endereço serviria apenas como uma sede social, e não como local de ensaios por causa do barulho.
Desde então, a agremiação realizou seus ensaios de forma improvisada na quadra do Sindicato dos Bancários, localizado na Rua Tabatinguera, 192, próximo a Praça da Sé e na quadra da coirmã Uirapuru da Mooca.
Quadra da Vai-Vai. Foto: SRzd – Wadson Henrique
Abaixo assinado
Considerando as limitações, a diretoria da escola entendeu que a única forma de se garantir a permanência da agremiação em seu bairro de origem, seria promover uma permuta com a Prefeitura de São Paulo, entregando o terreno na Rua Almirante Marques Leão para implementação de moradia social.
“Em contrapartida, demandamos que o Município desaproprie, para posterior cessão ao Vai-Vai, o imóvel vazio e concretado há 17 anos, que antes foi sede do Teatro Zaccaro (utilizado pela escola na década de 1980) e do Cine Rex, e o edifício anexo (ambos situados à Rua Rui Barbosa nos números 322, 294, 272 e 266 – Rua Utilizada para os ensaios da escola), garantindo-se, assim, não apenas a função social da propriedade, como também o cumprimento da diretriz estabelecida pelo Conpresp quando da aprovação das intervenções do Metrô no território, em reunião ocorrida em 22 de junho de 2022, quando se registrou a necessidade de ‘assegurar a permanência da Escola de Samba Vai-Vai em seu bairro de origem, um autêntico lugar de memória, da representatividade da memória negra, lugar do samba, fincado tradicionalmente na área central da cidade’”, diz trecho do comunicado divulgado nas redes sociais da Saracura, em junho do ano passado, quando um abaixo assinado foi lançado.
Ao negar o pedido, em decisão publicada nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial, a Prefeitura argumentou “falta de amparo legal” na proposta de permuta. Cabe recurso.
Segundo o site Metrópoles, as obras na Rua Almirante Marques Leão estão paralisadas desde setembro de 2023, quando uma decisão judicial acatou o pedido de suspensão feito por moradores ao Ministério Público de São Paulo.