Brasília 2017: Baiano ‘Café com Canela’ injeta frescor ao festival

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Sempre político, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro se caracteriza já há meio século por suas produções polêmicas que invariavelmente levantam bandeiras e reivindicações. O caminho das pedras para que um filme seja selecionado nesta competição quase sempre passa pelas grandes questões nacionais. Por isso, foi com surpresa que o Cine Brasília exibiu na […]

POR Celso Sabadin20/09/2017|2 min de leitura

Brasília 2017: Baiano ‘Café com Canela’ injeta frescor ao festival

Café com Canela. Foto: Divulgação

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Sempre político, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro se caracteriza já há meio século por suas produções polêmicas que invariavelmente levantam bandeiras e reivindicações. O caminho das pedras para que um filme seja selecionado nesta competição quase sempre passa pelas grandes questões nacionais.

Por isso, foi com surpresa que o Cine Brasília exibiu na noite de segunda (18/09) o longa baiano “Café com Canela”, que entra na competição pelos troféus Candango sem usar as grandes questões da política brasileira como mote principal. Nesta simpática e bem-vinda produção baiana, o segredo estava em outra coisa: não mais nas palavras de ordem reivindicatórias, mas no sincero apelo por afetividade e humanidade.

A história une, no Recôncavo da Bahia, duas mulheres que se reencontram após um grande hiato de tempo: Margarida, que vive isolada e marcada pela dor da perda do filho, e Violeta que busca superar com determinação e bom humor os seus traumas do passado. O que mais encanta em ”Café com Canela”, porém não é exatamente sua trama – até bem singela – mas o estilo de direção da dupla Ary Rosa e Glenda Nicácio. Totalmente despojado, o filme prima pelo seu frescor narrativo e pela sua total despretensão. Exala verdade a cada cena, não hesita em misturar drama e comédia, extrai do seu elenco doses maciças de empatia, além de brincar com a câmera com um desprendimento juvenil. Como resultado, foi entusiasticamente aplaudido ao final da projeção.

Este sangue novo injetado no Festival por Ary Rosa e Glenda Nicácio veio da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde ambos se formaram em cinema e montaram a produtora Rosza Filmes. Após os curtas Dilma (2015), Curta casa (2013) e Tecendo nuvens e retalhos (2012), Café com Canela é o primeiro longa da dupla.

No elenco, Valdinéia Soriano, Aline Brunne, Babu Santana, Aldri Anunciação, Arlete Dias, Guilherme Silva, Antônio Fábio, Dona Dalva Damiana de Freitas, Michelle Mattiuzzi.

Sempre político, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro se caracteriza já há meio século por suas produções polêmicas que invariavelmente levantam bandeiras e reivindicações. O caminho das pedras para que um filme seja selecionado nesta competição quase sempre passa pelas grandes questões nacionais.

Por isso, foi com surpresa que o Cine Brasília exibiu na noite de segunda (18/09) o longa baiano “Café com Canela”, que entra na competição pelos troféus Candango sem usar as grandes questões da política brasileira como mote principal. Nesta simpática e bem-vinda produção baiana, o segredo estava em outra coisa: não mais nas palavras de ordem reivindicatórias, mas no sincero apelo por afetividade e humanidade.

A história une, no Recôncavo da Bahia, duas mulheres que se reencontram após um grande hiato de tempo: Margarida, que vive isolada e marcada pela dor da perda do filho, e Violeta que busca superar com determinação e bom humor os seus traumas do passado. O que mais encanta em ”Café com Canela”, porém não é exatamente sua trama – até bem singela – mas o estilo de direção da dupla Ary Rosa e Glenda Nicácio. Totalmente despojado, o filme prima pelo seu frescor narrativo e pela sua total despretensão. Exala verdade a cada cena, não hesita em misturar drama e comédia, extrai do seu elenco doses maciças de empatia, além de brincar com a câmera com um desprendimento juvenil. Como resultado, foi entusiasticamente aplaudido ao final da projeção.

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