‘El Amparo’ e as veias eternamente abertas da América Latina

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“El Amparo” é um filme que conquista aos poucos. Confesso que nos primeiros 15 minutos fiquei meio atônito diante das imagens pra lá de realistas de uma pequena vila de pescadores que leva o nome do filme, situada em algum lugar perdido entre Colômbia e Venezuela. Cheguei a pensar que era um documentário. Cheguei a […]

POR Celso Sabadin 11/10/2017| 2 min de leitura

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El Amparo. Foto: Divulgação

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“El Amparo” é um filme que conquista aos poucos. Confesso que nos primeiros 15 minutos fiquei meio atônito diante das imagens pra lá de realistas de uma pequena vila de pescadores que leva o nome do filme, situada em algum lugar perdido entre Colômbia e Venezuela. Cheguei a pensar que era um documentário. Cheguei a pensar que o filme não sairia daquilo. Porém, logo se percebe que este início de jeitão documental é fundamental para que se crie a necessária empatia com os moradores do local. Moradores que irão passar por uma situação violenta e de extrema injustiça causada por interesses políticos.

Parece uma sina tristemente inevitável desta nossa América Latina: o círculo vicioso que se cria entre a manipulação política, a desinformação, e uma justiça eternamente submetida aos interesses dos poderosos. A capacidade dos donos do poder em criar dúvidas e desconfianças capazes de dividir a mais unida das comunidades. Aqui, porém, o contraponto se estabelece na postura ética de um povo simples que tem em sua firmeza de caráter a sua maior riqueza. Talvez a única.

A indignação causada pela situação se potencializa ainda mais quando se revela que o filme foi baseado em acontecimentos reais ocorridos em 1988 naquele local. E que certamente continuam a ocorrer em várias outras localidades semelhantes dominadas por podres poderes semelhantes.

Premiado em Biarritz e Havana, “El Amparo” é uma coprodução entre Venezuela e Colômbia, e tem estreia brasileira nesta quinta, 12/10.

“El Amparo” é um filme que conquista aos poucos. Confesso que nos primeiros 15 minutos fiquei meio atônito diante das imagens pra lá de realistas de uma pequena vila de pescadores que leva o nome do filme, situada em algum lugar perdido entre Colômbia e Venezuela. Cheguei a pensar que era um documentário. Cheguei a pensar que o filme não sairia daquilo. Porém, logo se percebe que este início de jeitão documental é fundamental para que se crie a necessária empatia com os moradores do local. Moradores que irão passar por uma situação violenta e de extrema injustiça causada por interesses políticos.

Parece uma sina tristemente inevitável desta nossa América Latina: o círculo vicioso que se cria entre a manipulação política, a desinformação, e uma justiça eternamente submetida aos interesses dos poderosos. A capacidade dos donos do poder em criar dúvidas e desconfianças capazes de dividir a mais unida das comunidades. Aqui, porém, o contraponto se estabelece na postura ética de um povo simples que tem em sua firmeza de caráter a sua maior riqueza. Talvez a única.

A indignação causada pela situação se potencializa ainda mais quando se revela que o filme foi baseado em acontecimentos reais ocorridos em 1988 naquele local. E que certamente continuam a ocorrer em várias outras localidades semelhantes dominadas por podres poderes semelhantes.

Premiado em Biarritz e Havana, “El Amparo” é uma coprodução entre Venezuela e Colômbia, e tem estreia brasileira nesta quinta, 12/10.

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