‘Cherry – Inocência Perdida’: Tom Holland encara personagem desafiador em filme dos irmãos Russo
Em 2019, colhendo os louros de seus trabalhos para o Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), Anthony e Joe Russo produziram um longa-metragem sobre a luta de uma unidade especial para libertar o Iraque do Estado Islâmico, “Mosul” (Idem – 2019), disponível no catálogo da Netflix. Agora, os irmãos Russo voltam ao caos iraquiano como diretores […]
POR Ana Carolina Garcia14/03/2021|3 min de leitura
Em 2019, colhendo os louros de seus trabalhos para o Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), Anthony e Joe Russo produziram um longa-metragem sobre a luta de uma unidade especial para libertar o Iraque do Estado Islâmico, “Mosul” (Idem – 2019), disponível no catálogo da Netflix. Agora, os irmãos Russo voltam ao caos iraquiano como diretores de “Cherry – Inocência Perdida” (Cherry – 2021), lançado na última sexta-feira, dia 12, na Apple TV+.
Baseado na autobiografia homônima de Nico Walker, “Cherry – Inocência Perdida” conta a história de Cherry (Tom Holland), universitário que se alista para lutar no Iraque e, ao voltar para casa, não consegue lidar com as lembranças dolorosas, desenvolvendo transtorno pós-traumático, o que o leva aos opioides e à heroína. Envolvendo a esposa no vício e sem dinheiro suficiente para mantê-lo, Cherry começa a assaltar bancos, mergulhando de vez no fundo do poço.
Tecendo uma crítica à guerra e ao tratamento concedido aos veteranos, abandonados à própria sorte pelo governo após se arriscarem no Oriente Médio, “Cherry – Inocência Perdida” não aprofunda o drama o suficiente graças ao roteiro superficial de Angela Russo-Otstot e Jessica Goldberg. Mantendo impressa a assinatura de seus realizadores, sobretudo no que tange ao emprego da técnica, este novo trabalho dos irmãos Russo, que dirigiram Holland em produções do UCM, apresenta certa dificuldade em driblar as fragilidades da trama.
Com isso, toda a responsabilidade recai sobre os ombros de Tom Holland, que, no decorrer de quase duas horas e meia, oferece uma atuação impecável ao esmiuçar a dor de um jovem que testemunhou mais do que poderia suportar. É um trabalho maduro e desafiador que exigiu muito do ator física e emocionalmente, remetendo, por vezes, à sua entrega naquele que foi seu longa-metragem de estreia, “O Impossível” (Lo imposible – 2012, Espanha), outra história baseada em fatos reais, na qual viveu um adolescente que sobreviveu ao tsunami que devastou a Tailândia no final de 2004.
Dividido em capítulos, “Cherry – Inocência Perdida” é, no fim das contas, uma produção sobre como as circunstâncias afetam o indivíduo, para o bem e para o mal, oferecendo-lhe uma chance de redenção mesmo que de maneira um tanto inusitada.
Assista ao trailer oficial legendado:
Em 2019, colhendo os louros de seus trabalhos para o Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), Anthony e Joe Russo produziram um longa-metragem sobre a luta de uma unidade especial para libertar o Iraque do Estado Islâmico, “Mosul” (Idem – 2019), disponível no catálogo da Netflix. Agora, os irmãos Russo voltam ao caos iraquiano como diretores de “Cherry – Inocência Perdida” (Cherry – 2021), lançado na última sexta-feira, dia 12, na Apple TV+.
Baseado na autobiografia homônima de Nico Walker, “Cherry – Inocência Perdida” conta a história de Cherry (Tom Holland), universitário que se alista para lutar no Iraque e, ao voltar para casa, não consegue lidar com as lembranças dolorosas, desenvolvendo transtorno pós-traumático, o que o leva aos opioides e à heroína. Envolvendo a esposa no vício e sem dinheiro suficiente para mantê-lo, Cherry começa a assaltar bancos, mergulhando de vez no fundo do poço.
Tecendo uma crítica à guerra e ao tratamento concedido aos veteranos, abandonados à própria sorte pelo governo após se arriscarem no Oriente Médio, “Cherry – Inocência Perdida” não aprofunda o drama o suficiente graças ao roteiro superficial de Angela Russo-Otstot e Jessica Goldberg. Mantendo impressa a assinatura de seus realizadores, sobretudo no que tange ao emprego da técnica, este novo trabalho dos irmãos Russo, que dirigiram Holland em produções do UCM, apresenta certa dificuldade em driblar as fragilidades da trama.
Com isso, toda a responsabilidade recai sobre os ombros de Tom Holland, que, no decorrer de quase duas horas e meia, oferece uma atuação impecável ao esmiuçar a dor de um jovem que testemunhou mais do que poderia suportar. É um trabalho maduro e desafiador que exigiu muito do ator física e emocionalmente, remetendo, por vezes, à sua entrega naquele que foi seu longa-metragem de estreia, “O Impossível” (Lo imposible – 2012, Espanha), outra história baseada em fatos reais, na qual viveu um adolescente que sobreviveu ao tsunami que devastou a Tailândia no final de 2004.
Dividido em capítulos, “Cherry – Inocência Perdida” é, no fim das contas, uma produção sobre como as circunstâncias afetam o indivíduo, para o bem e para o mal, oferecendo-lhe uma chance de redenção mesmo que de maneira um tanto inusitada.