Disney+ disponibiliza clássicos com alerta de conteúdo
Na última terça-feira, dia 12, a Walt Disney lançou seu aguardado serviço de streaming, o Disney+, que promete fazer forte concorrência à Netflix. Em apenas 24 horas, a plataforma recebeu mais de 10 milhões de assinaturas nos países nos quais já está disponível (Estados Unidos, Canadá e Países Baixos), número que superou as expectativas da […]
POR Ana Carolina Garcia14/11/2019|4 min de leitura
Na última terça-feira, dia 12, a Walt Disney lançou seu aguardado serviço de streaming, o Disney+, que promete fazer forte concorrência à Netflix. Em apenas 24 horas, a plataforma recebeu mais de 10 milhões de assinaturas nos países nos quais já está disponível (Estados Unidos, Canadá e Países Baixos), número que superou as expectativas da empresa e ocasionou problemas técnicos no primeiro dia, segundo a Variety.
Com lançamento agendado para 19 de novembro na Austrália e na Nova Zelândia, o Disney+ oferece catálogo variado para o público de todas as idades, mas com alerta de conteúdo que surpreendeu alguns assinantes do serviço. Clássicos de animação como “Dumbo” (Idem – 1941), “Aristogatas” (The Aristocats – 1970) e “A Dama e o Vagabundo” (The Lady and The Tramp – 1955), que acaba de ganhar uma versão em live-action, disponível na nova plataforma de streaming da Casa do Mickey, contêm avisos sobre “representações culturais ultrapassadas”, pois são disponibilizados na íntegra e sem alterações, respeitando seus respectivos realizadores.
No entanto, o polêmico “A Canção do Sul” (Song of the South – 1946) não consta no catálogo. Dirigido por Harve Foster e Wilfred Jackson, o longa que mistura animação e live-action foi extremamente criticado por mostrar escravos libertos e submissos após a Guerra Civil Americana (1861 – 1865) no sul dos Estados Unidos. Vencedor do Oscar de melhor canção original por “Zip-A-Dee-Doo-Dah”, o filme baseado na obra de Joel Chandler Harris, rendeu a James Baskett o Oscar honorário por sua composição de Tio Remus, tornando-o o primeiro ator negro a receber a estatueta do Oscar – Sidney Poitier foi o primeiro a receber o prêmio pela competição de melhor ator pelo trabalho em “Uma Voz nas Sombras” (Lilies of the Field – 1963).
Com suas cenas cortadas da versão home video no mercado americano devido à polêmica em torno do longa, segundo o IMDB, James Baskett também foi pioneiro em receber a estatueta dourada atuando numa produção da Disney, apesar de ter sido impedido de participar da première em Atlanta (Geórgia) por causa da segregação racial. Fonte de inspiração para a Splash Mountain, uma das atrações mais procuradas dos parques da Disney, “A Canção do Sul” conta ainda com Hattie McDaniel (Tia Tempy), primeira negra a vencer o Oscar de melhor atriz coadjuvante por “… E O Vento Levou” (Gone With Wind – 1939).
Ao tomar a atitude de alertar os assinantes acerca do conteúdo de seus títulos, a Disney acabou seguindo os passos da concorrente Warner Bros. na Amazon Prime, que não apenas informa o usuário sobre o conteúdo que reflete a sociedade da época na qual foi produzido, sobretudo em termos étnicos e raciais, como também deixa a mensagem de que o preconceito era errado no passado tal qual é no presente.
Chamada de “marco histórico para a The Walt Disney Company” por Kevin Mayer, presidente do segmento Direct-to-Consumer & International, da The Walt Disney Company, a plataforma deve receber entre 60 milhões e 90 milhões de assinaturas até 2024, de acordo com as estimativas da empresa, divulgadas pela Variety. “Abrimos as portas à nossa próxima era de entretenimento, apresentando novas histórias dos melhores criadores do mundo que, com certeza, vão entreter e inspirar audiências de todas as idades nas décadas vindouras”, afirmou Mayer em comunicado oficial na última segunda-feira.
Custando US$ 6,99 por mês, o Disney+ deve chegar ao Brasil no segundo semestre de 2020, mas a empresa ainda não informou se será oferecido aos clientes brasileiros o pacote que atualmente apenas os americanos têm acesso, englobando, ao custo de US$ 12,99, Hulu e ESPN+, com direito à programação ao vivo de eventos esportivos.
Na última terça-feira, dia 12, a Walt Disney lançou seu aguardado serviço de streaming, o Disney+, que promete fazer forte concorrência à Netflix. Em apenas 24 horas, a plataforma recebeu mais de 10 milhões de assinaturas nos países nos quais já está disponível (Estados Unidos, Canadá e Países Baixos), número que superou as expectativas da empresa e ocasionou problemas técnicos no primeiro dia, segundo a Variety.
Com lançamento agendado para 19 de novembro na Austrália e na Nova Zelândia, o Disney+ oferece catálogo variado para o público de todas as idades, mas com alerta de conteúdo que surpreendeu alguns assinantes do serviço. Clássicos de animação como “Dumbo” (Idem – 1941), “Aristogatas” (The Aristocats – 1970) e “A Dama e o Vagabundo” (The Lady and The Tramp – 1955), que acaba de ganhar uma versão em live-action, disponível na nova plataforma de streaming da Casa do Mickey, contêm avisos sobre “representações culturais ultrapassadas”, pois são disponibilizados na íntegra e sem alterações, respeitando seus respectivos realizadores.
No entanto, o polêmico “A Canção do Sul” (Song of the South – 1946) não consta no catálogo. Dirigido por Harve Foster e Wilfred Jackson, o longa que mistura animação e live-action foi extremamente criticado por mostrar escravos libertos e submissos após a Guerra Civil Americana (1861 – 1865) no sul dos Estados Unidos. Vencedor do Oscar de melhor canção original por “Zip-A-Dee-Doo-Dah”, o filme baseado na obra de Joel Chandler Harris, rendeu a James Baskett o Oscar honorário por sua composição de Tio Remus, tornando-o o primeiro ator negro a receber a estatueta do Oscar – Sidney Poitier foi o primeiro a receber o prêmio pela competição de melhor ator pelo trabalho em “Uma Voz nas Sombras” (Lilies of the Field – 1963).
Com suas cenas cortadas da versão home video no mercado americano devido à polêmica em torno do longa, segundo o IMDB, James Baskett também foi pioneiro em receber a estatueta dourada atuando numa produção da Disney, apesar de ter sido impedido de participar da première em Atlanta (Geórgia) por causa da segregação racial. Fonte de inspiração para a Splash Mountain, uma das atrações mais procuradas dos parques da Disney, “A Canção do Sul” conta ainda com Hattie McDaniel (Tia Tempy), primeira negra a vencer o Oscar de melhor atriz coadjuvante por “… E O Vento Levou” (Gone With Wind – 1939).
Ao tomar a atitude de alertar os assinantes acerca do conteúdo de seus títulos, a Disney acabou seguindo os passos da concorrente Warner Bros. na Amazon Prime, que não apenas informa o usuário sobre o conteúdo que reflete a sociedade da época na qual foi produzido, sobretudo em termos étnicos e raciais, como também deixa a mensagem de que o preconceito era errado no passado tal qual é no presente.
Chamada de “marco histórico para a The Walt Disney Company” por Kevin Mayer, presidente do segmento Direct-to-Consumer & International, da The Walt Disney Company, a plataforma deve receber entre 60 milhões e 90 milhões de assinaturas até 2024, de acordo com as estimativas da empresa, divulgadas pela Variety. “Abrimos as portas à nossa próxima era de entretenimento, apresentando novas histórias dos melhores criadores do mundo que, com certeza, vão entreter e inspirar audiências de todas as idades nas décadas vindouras”, afirmou Mayer em comunicado oficial na última segunda-feira.
Custando US$ 6,99 por mês, o Disney+ deve chegar ao Brasil no segundo semestre de 2020, mas a empresa ainda não informou se será oferecido aos clientes brasileiros o pacote que atualmente apenas os americanos têm acesso, englobando, ao custo de US$ 12,99, Hulu e ESPN+, com direito à programação ao vivo de eventos esportivos.