No próximo domingo, dia 26, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizará a 89ª cerimônia de entrega do Oscar, no Dolby Theatre em Los Angeles. Assim como nos anos anteriores, considerando a importância do Oscar, que é o maior prêmio do cinema mundial, […]
POR Ana Carolina Garcia19/02/2017|5 min de leitura
No próximo domingo, dia 26, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizará a 89ª cerimônia de entrega do Oscar, no Dolby Theatre em Los Angeles. Assim como nos anos anteriores, considerando a importância do Oscar, que é o maior prêmio do cinema mundial, preparei um especial com análises das categorias principais (melhor filme, direção, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante) e um pequeno perfil de seus indicados, começando nesta segunda-feira, dia 20, pela categoria de melhor atriz coadjuvante.
A edição deste ano tem sido aguardada com bastante ansiedade desde a polêmica do chamado “Oscar so White” (Oscar tão branco, numa tradução literal) em 2016, que colocou a AMPAS no olho do furacão pela falta de representatividade dentre os indicados, sobretudo em relação a atores negros. Isto gerou uma grande onda de protestos na comunidade hollywoodiana e obrigou a presidente Cheryl Boone Isaacs a emitir um comunicado à imprensa, destacando a urgente necessidade de inclusão não apenas de raça, mas, também, de gênero, etnia e orientação sexual.
Tentando recuperar o prestígio de outrora junto à sociedade, à comunidade hollywoodiana e ao público, a AMPAS convidou 683 profissionais das mais diferentes áreas e nacionalidades (59 países ao todo), sendo que 41% não são caucasianos e 46% são mulheres, em junho de 2016. Na prática, pouco muda, pois o impacto em termos de quadro geral dos membros é mínimo (menos de 5%), mas isto reflete a preocupação de Isaacs após as duras críticas recebidas na edição passada. Mesmo com pouco impacto no que tange ao quadro geral, isto se refletiu na lista de indicados ao Oscar deste ano, marcada pela diversidade.
Ao longo dos meses que antecedem a cerimônia do Oscar é possível analisar as tendências da temporada de premiações e apontar os prováveis vencedores da tão cobiçada estatueta. Considerado uma prévia do prêmio da AMPAS e a segunda maior festa do cinema americano, o Globo de Ouro, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), impulsiona a campanha dos indicados ao Oscar, mas não exerce nenhuma influência sobre o resultado. Isto porque os membros da HFPA não integram a AMPAS, que tem nas premiações dos sindicatos seus verdadeiros termômetros.
Com isso, pode-se dizer que os agraciados pelo SAG Awards, DGA Awards e PGA Awards, por exemplo, têm mais chances de vitória nas categorias de atores, direção e filme, respectivamente. Seus resultados nos permitem fazer alguma predição, mas de vez em quando embolam a disputa. Foi o que aconteceu este ano em relação à categoria de melhor filme, que tem como maiores indicativos o PGA Awards e o Actor de melhor elenco, concedido pelo SAG Awards.
Queridinho da atual temporada e líder de indicações ao Oscar, 14 ao todo, “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016) venceu o PGA, mas não concorria ao Actor de elenco no SAG Awards, que ficou com “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures – 2016), um típico telefilme baseado em fatos reais que desperdiça a força da história que se propôs a contar ao optar pelo tom leve e simpático, bastante convencional e preso ao lugar comum das cinebiografias. Sua vitória no SAG Awards surpreendeu a todos e o colocou de fato na briga pela estatueta de melhor filme, mesmo com oponentes que são obras cinematográficas completas, inclusive um que aborda com muita eficiência o preconceito racial e a descoberta da homossexualidade por um menino vítima de bullying, “Moonlight: Sob a Luz do Luar” (Moonlight – 2016).
A cerimônia será apresentada por Jimmy Kimmel e transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT. Na TV aberta, o Oscar 2017 será exibido pela Rede Globo, mas na tarde de segunda-feira, dia 27, no horário do “Vídeo Show”, por causa do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A emissora carioca não exibirá a cerimônia na íntegra, somente seus melhores momentos, com comentários de Miguel Falabella e apresentação de Maria Beltrão e Artur Xexéo.
No próximo domingo, dia 26, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizará a 89ª cerimônia de entrega do Oscar, no Dolby Theatre em Los Angeles. Assim como nos anos anteriores, considerando a importância do Oscar, que é o maior prêmio do cinema mundial, preparei um especial com análises das categorias principais (melhor filme, direção, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante) e um pequeno perfil de seus indicados, começando nesta segunda-feira, dia 20, pela categoria de melhor atriz coadjuvante.
A edição deste ano tem sido aguardada com bastante ansiedade desde a polêmica do chamado “Oscar so White” (Oscar tão branco, numa tradução literal) em 2016, que colocou a AMPAS no olho do furacão pela falta de representatividade dentre os indicados, sobretudo em relação a atores negros. Isto gerou uma grande onda de protestos na comunidade hollywoodiana e obrigou a presidente Cheryl Boone Isaacs a emitir um comunicado à imprensa, destacando a urgente necessidade de inclusão não apenas de raça, mas, também, de gênero, etnia e orientação sexual.
Tentando recuperar o prestígio de outrora junto à sociedade, à comunidade hollywoodiana e ao público, a AMPAS convidou 683 profissionais das mais diferentes áreas e nacionalidades (59 países ao todo), sendo que 41% não são caucasianos e 46% são mulheres, em junho de 2016. Na prática, pouco muda, pois o impacto em termos de quadro geral dos membros é mínimo (menos de 5%), mas isto reflete a preocupação de Isaacs após as duras críticas recebidas na edição passada. Mesmo com pouco impacto no que tange ao quadro geral, isto se refletiu na lista de indicados ao Oscar deste ano, marcada pela diversidade.
Ao longo dos meses que antecedem a cerimônia do Oscar é possível analisar as tendências da temporada de premiações e apontar os prováveis vencedores da tão cobiçada estatueta. Considerado uma prévia do prêmio da AMPAS e a segunda maior festa do cinema americano, o Globo de Ouro, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), impulsiona a campanha dos indicados ao Oscar, mas não exerce nenhuma influência sobre o resultado. Isto porque os membros da HFPA não integram a AMPAS, que tem nas premiações dos sindicatos seus verdadeiros termômetros.
Com isso, pode-se dizer que os agraciados pelo SAG Awards, DGA Awards e PGA Awards, por exemplo, têm mais chances de vitória nas categorias de atores, direção e filme, respectivamente. Seus resultados nos permitem fazer alguma predição, mas de vez em quando embolam a disputa. Foi o que aconteceu este ano em relação à categoria de melhor filme, que tem como maiores indicativos o PGA Awards e o Actor de melhor elenco, concedido pelo SAG Awards.
Queridinho da atual temporada e líder de indicações ao Oscar, 14 ao todo, “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016) venceu o PGA, mas não concorria ao Actor de elenco no SAG Awards, que ficou com “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures – 2016), um típico telefilme baseado em fatos reais que desperdiça a força da história que se propôs a contar ao optar pelo tom leve e simpático, bastante convencional e preso ao lugar comum das cinebiografias. Sua vitória no SAG Awards surpreendeu a todos e o colocou de fato na briga pela estatueta de melhor filme, mesmo com oponentes que são obras cinematográficas completas, inclusive um que aborda com muita eficiência o preconceito racial e a descoberta da homossexualidade por um menino vítima de bullying, “Moonlight: Sob a Luz do Luar” (Moonlight – 2016).
A cerimônia será apresentada por Jimmy Kimmel e transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT. Na TV aberta, o Oscar 2017 será exibido pela Rede Globo, mas na tarde de segunda-feira, dia 27, no horário do “Vídeo Show”, por causa do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A emissora carioca não exibirá a cerimônia na íntegra, somente seus melhores momentos, com comentários de Miguel Falabella e apresentação de Maria Beltrão e Artur Xexéo.