‘Eternos Companheiros’: aprendizagem e propósitos

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Segundo ditado popular, o cachorro é o melhor amigo do homem, algo corroborado pelo cinema, sobretudo americano, em filmes como “Sempre ao Seu Lado” (Hachi: A Dog’s Tale – 2009) e “Amigos Para Sempre” (Far from Home: The Adventures of Yellow Dog – 1995), um dos clássicos da “Sessão da Tarde” aqui no Brasil. Nesta […]

POR Ana Carolina Garcia18/08/2021|3 min de leitura

‘Eternos Companheiros’: aprendizagem e propósitos

“Eternos Companheiros” é a adaptação cinematográfica do livro “The Life of Quill, the Seeing-Eye Dog” (Foto: Divulgação).

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Segundo ditado popular, o cachorro é o melhor amigo do homem, algo corroborado pelo cinema, sobretudo americano, em filmes como “Sempre ao Seu Lado” (Hachi: A Dog’s Tale – 2009) e “Amigos Para Sempre” (Far from Home: The Adventures of Yellow Dog – 1995), um dos clássicos da “Sessão da Tarde” aqui no Brasil. Nesta quinta-feira, dia 19, mais uma produção sobre este elo de amizade entra em cartaz nas salas brasileiras, “Eternos Companheiros” (Xiao Q – 2019, China / Hong Kong), adaptação cinematográfica do livro “The Life of Quill, the Seeing-Eye Dog”, de Ryohei Akimoto e Kengo Ishiguro.

 

Assim como ” Sempre ao Seu Lado “, “Eternos Companheiros” também é inspirado numa história verídica. Mas, neste longa, a trama gira em torno do labrador Little Q, cão-guia que transforma a vida de Li Baoting (Simon Yam), chef de cozinha consagrado que não aceita sua deficiência visual e se torna cada vez mais amargo, afastando a todos.

 

“Eternos Companheiros” mostra o treinamento de cães-guias (Foto: Divulgação).

 

Usando a mesma técnica de “Meu Amigo Enzo” (The Art of Racing in the Rain – 2019) ao colocar a câmera sob a perspectiva do cachorro, o longa faz uma bela homenagem a todos os cães-guias ao mostrar a importância de sua presença e atuação para o deficiente visual não apenas no que tange à segurança física, mas também como companhia e, até mesmo, suporte emocional. Isto é apresentado ao espectador por meio da evolução de Li Baoting enquanto ser humano. Em suas primeiras cenas, o chef é mostrado como um homem irascível que remete bastante ao Coronel Frank Slate, personagem de Al Pacino no aclamado “Perfume de Mulher” (Scent of a Woman – 1992), mas que aprende os verdadeiros significados de lealdade e amor incondicional, dando valor a cada momento da jornada de redescoberta e renascimento proporcionada a ele por Q. Contudo, há de se considerar o abismo existente entre as atuações de Pacino no clássico que lhe rendeu o Oscar de melhor ator e a de Yam, que não explora as camadas de seu personagem com afinco.

 

Bebendo da fonte do cinema made in Hollywood tanto na estética quanto na construção da narrativa, “Eternos Companheiros” é sobre aprendizagem, segunda chance e propósitos de vida, trabalhando a questão do destino como elemento fundamental tanto para Li quanto para Q. Com direção de Wing-Cheong Law, este é um filme que tem a emoção como força motriz, chamando a atenção pela escolha dos labradores que roubam a cena pela facilidade com a qual interagem com atores e câmeras, derrapando apenas na caracterização do elenco devido à passagem de tempo que foi ignorada pela equipe de maquiagem.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

Segundo ditado popular, o cachorro é o melhor amigo do homem, algo corroborado pelo cinema, sobretudo americano, em filmes como “Sempre ao Seu Lado” (Hachi: A Dog’s Tale – 2009) e “Amigos Para Sempre” (Far from Home: The Adventures of Yellow Dog – 1995), um dos clássicos da “Sessão da Tarde” aqui no Brasil. Nesta quinta-feira, dia 19, mais uma produção sobre este elo de amizade entra em cartaz nas salas brasileiras, “Eternos Companheiros” (Xiao Q – 2019, China / Hong Kong), adaptação cinematográfica do livro “The Life of Quill, the Seeing-Eye Dog”, de Ryohei Akimoto e Kengo Ishiguro.

 

Assim como ” Sempre ao Seu Lado “, “Eternos Companheiros” também é inspirado numa história verídica. Mas, neste longa, a trama gira em torno do labrador Little Q, cão-guia que transforma a vida de Li Baoting (Simon Yam), chef de cozinha consagrado que não aceita sua deficiência visual e se torna cada vez mais amargo, afastando a todos.

 

“Eternos Companheiros” mostra o treinamento de cães-guias (Foto: Divulgação).

 

Usando a mesma técnica de “Meu Amigo Enzo” (The Art of Racing in the Rain – 2019) ao colocar a câmera sob a perspectiva do cachorro, o longa faz uma bela homenagem a todos os cães-guias ao mostrar a importância de sua presença e atuação para o deficiente visual não apenas no que tange à segurança física, mas também como companhia e, até mesmo, suporte emocional. Isto é apresentado ao espectador por meio da evolução de Li Baoting enquanto ser humano. Em suas primeiras cenas, o chef é mostrado como um homem irascível que remete bastante ao Coronel Frank Slate, personagem de Al Pacino no aclamado “Perfume de Mulher” (Scent of a Woman – 1992), mas que aprende os verdadeiros significados de lealdade e amor incondicional, dando valor a cada momento da jornada de redescoberta e renascimento proporcionada a ele por Q. Contudo, há de se considerar o abismo existente entre as atuações de Pacino no clássico que lhe rendeu o Oscar de melhor ator e a de Yam, que não explora as camadas de seu personagem com afinco.

 

Bebendo da fonte do cinema made in Hollywood tanto na estética quanto na construção da narrativa, “Eternos Companheiros” é sobre aprendizagem, segunda chance e propósitos de vida, trabalhando a questão do destino como elemento fundamental tanto para Li quanto para Q. Com direção de Wing-Cheong Law, este é um filme que tem a emoção como força motriz, chamando a atenção pela escolha dos labradores que roubam a cena pela facilidade com a qual interagem com atores e câmeras, derrapando apenas na caracterização do elenco devido à passagem de tempo que foi ignorada pela equipe de maquiagem.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

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