Realizada no formato online devido à pandemia do novo coronavírus, a 48a edição do Festival de Gramado tem como um dos destaques de sua programação “La Frontera” (Idem – 2019). Dirigido, roteirizado e montado por David David, o longa colombiano foi exibido na noite do último sábado, dia 19, no Canal Brasil, responsável pela transmissão […]
PORAna Carolina Garcia20/9/2020|
3 min de leitura
Estrelado por Daylin Vega Moreno, “La Frontera” concorre ao Kikito de melhor longa estrangeiro (Foto: Divulgação).
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Realizada no formato online devido à pandemia do novo coronavírus, a 48a edição do Festival de Gramado tem como um dos destaques de sua programação “La Frontera” (Idem – 2019). Dirigido, roteirizado e montado por David David, o longa colombiano foi exibido na noite do último sábado, dia 19, no Canal Brasil, responsável pela transmissão do evento na TV por assinatura.
“La Frontera” marca a estreia de David David na direção de longas-metragens (Foto: Divulgação).
Concorrendo ao Kikito de melhor longa estrangeiro, “La Frontera” conta a história de Diana Ipuana (Daylin Vega Moreno), jovem indígena que rouba viajantes nas estradas ao lado de seu marido e irmão. Vivendo em condições precárias, sonha com uma vida melhor enquanto se prepara para dar à luz à sua primeira filha. Sozinha no mundo e no casebre da família, Diana vê sua vida mudar após dar abrigo a dois desconhecidos.
Ambientado na fronteira entre Colômbia e Venezuela, em meio à crise política-migratória, “La Frontera” chama a atenção para uma temática urgente, tecendo crítica à maneira com a qual a população é abandonada à própria sorte, sobretudo se pertencer às minorias, no caso, indígenas, potencializando polarizações e, consequentemente, tensões.
Produzido com poucos recursos, “La Frontera” tem como principal alicerce a atuação da estreante Daylin Vega Moreno. Esmiuçando as dores e medos de Diana, bem como seus sonhos, trabalhando a questão da realidade versus ilusão com naturalidade, a atriz oferece ao espectador uma interpretação honesta, sobretudo ao contracenar com a venezuelana Sheila Monterola (Chalis), que surge em cena como uma espécie de alívio cômico, suavizando o drama da protagonista que, aos poucos, começa a expandir sua visão de mundo.
Com uma fotografia que explora a luz natural, “La Frontera” é uma produção minimalista sobre as transformações do indivíduo em meio às adversidades, mostrando sua força em momentos de desesperança. É um filme sobre resiliência que tem como um de seus principais elementos a maternidade enquanto conectora de duas mulheres fortes, mas de estilos de vida distintos, que se complementam a partir do momento em que sua relação passa a ser guiada pela empatia.
Clique aquipara conferir a programação completa do Festival de Gramado 2020, que acontece até o próximo sábado, dia 26, quando serão anunciados os vencedores do Kikito.
Realizada no formato online devido à pandemia do novo coronavírus, a 48a edição do Festival de Gramado tem como um dos destaques de sua programação “La Frontera” (Idem – 2019). Dirigido, roteirizado e montado por David David, o longa colombiano foi exibido na noite do último sábado, dia 19, no Canal Brasil, responsável pela transmissão do evento na TV por assinatura.
“La Frontera” marca a estreia de David David na direção de longas-metragens (Foto: Divulgação).
Concorrendo ao Kikito de melhor longa estrangeiro, “La Frontera” conta a história de Diana Ipuana (Daylin Vega Moreno), jovem indígena que rouba viajantes nas estradas ao lado de seu marido e irmão. Vivendo em condições precárias, sonha com uma vida melhor enquanto se prepara para dar à luz à sua primeira filha. Sozinha no mundo e no casebre da família, Diana vê sua vida mudar após dar abrigo a dois desconhecidos.
Ambientado na fronteira entre Colômbia e Venezuela, em meio à crise política-migratória, “La Frontera” chama a atenção para uma temática urgente, tecendo crítica à maneira com a qual a população é abandonada à própria sorte, sobretudo se pertencer às minorias, no caso, indígenas, potencializando polarizações e, consequentemente, tensões.
Produzido com poucos recursos, “La Frontera” tem como principal alicerce a atuação da estreante Daylin Vega Moreno. Esmiuçando as dores e medos de Diana, bem como seus sonhos, trabalhando a questão da realidade versus ilusão com naturalidade, a atriz oferece ao espectador uma interpretação honesta, sobretudo ao contracenar com a venezuelana Sheila Monterola (Chalis), que surge em cena como uma espécie de alívio cômico, suavizando o drama da protagonista que, aos poucos, começa a expandir sua visão de mundo.
Com uma fotografia que explora a luz natural, “La Frontera” é uma produção minimalista sobre as transformações do indivíduo em meio às adversidades, mostrando sua força em momentos de desesperança. É um filme sobre resiliência que tem como um de seus principais elementos a maternidade enquanto conectora de duas mulheres fortes, mas de estilos de vida distintos, que se complementam a partir do momento em que sua relação passa a ser guiada pela empatia.
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