‘Morando com o Crush’: liberdade para amar a quem quiser
Comédias românticas destinadas ao público infanto-juvenil são extremamente populares, sobretudo no cinema americano, que investe nesse subgênero de maneira a obter o retorno almejado. Em sua maioria, são filmes calcados na leveza necessária para estabelecer o diálogo com a plateia, conquistando-a com rapidez por meio de situações que permitem aos jovens se identificarem com os […]
PORAna Carolina Garcia21/5/2024|
4 min de leitura
"Morando com o Crush" é protagonizado por Vitor Figueiredo e Giulia Benite (Foto: Divulgação).
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“Morando com o Crush” é dirigido por Hsu Chien (Foto: Divulgação).
Comédias românticas destinadas ao público infanto-juvenil são extremamente populares, sobretudo no cinema americano, que investe nesse subgênero de maneira a obter o retorno almejado. Em sua maioria, são filmes calcados na leveza necessária para estabelecer o diálogo com a plateia, conquistando-a com rapidez por meio de situações que permitem aos jovens se identificarem com os personagens que, assim como eles, também estão descobrindo o amor. Bebendo dessa fonte, “Morando com o Crush” (Morando com o Crush – 2024, Brasil) chega ao circuito comercial nesta quinta-feira (23) com a promessa de divertir espectadores de todas as idades, defendido por seus protagonistas, Vitor Figueiredo (Hugo) e Giulia Benite (Luana), mais conhecida como a Mônica da franquia “Turma da Mônica” (Turma da Mônica – iniciada em 2019, Brasil), uma das mais bem-sucedidas do cinema nacional.
Dirigido por Hsu Chien, que lança outro longa no circuito nesta quinta-feira, a comédia “De Repente, Miss!” (De Repente, Miss! – 2024, Brasil), também estrelada por Benite, “Morando com o Crush” conta a história dos adolescentes Luana e Hugo, que há tempos estão encantados um pelo outro, mas sem coragem de seguirem em frente. E quando realmente tomam coragem, descobrem que seus pais estão namorando e vão morar juntos em outra cidade, colocando os jovens numa situação atípica na qual optam por reprimir seus sentimentos por um tempo em prol da felicidade dos pais, que deixam seus novos vizinhos pensarem que Luana e Hugo são irmãos.
Explorando o carisma de Benite e Figueiredo, que esbanjam química em cena, “Morando com o Crush” consegue equilibrar romance e comédia de maneira bastante agradável, mérito do roteiro escrito por Sylvio Gonçalves, que faz rápida aparição, ao lado de Hsu Chien, remetendo, de certa forma, ao mestre Alfred Hitchcock, homenageado com referência explícita ao clássico “Janela Indiscreta” (Rear Window – 1954, EUA). Mas ao contrário do personagem de James Stewart, que ao observar a vizinhança se convence de que um crime gravíssimo foi cometido, a jovem interpretada por Julia Olliver (Priscilla) é movida pelo instinto fofoqueiro, potencializado pela ociosidade imposta pelas limitações de uma fratura e, também, pelo próprio recalque. Munida de câmera, Priscilla acompanha os “irmãos” para descobrir o que há de errado na relação deles, por vezes, bolando planos tão infalíveis quanto os do Cebolinha.
Marcos Pasquim, Carina Sacchelli, Vitor Figueiredo e Giulia Benite em cena de “Morando com o Crush” (Foto: Divulgação).
Referenciando visualmente “Embriagado de Amor” (Punch-Drunk Love – 2002, EUA) e “Homem-Aranha” (Spider-Man – 2002, EUA), respectivamente dirigidos por Paul Thomas Anderson e Sam Raimi, “Morando com o Crush” é uma produção que tem absolutamente todos os elementos necessários para conquistar seu público-alvo, não deixando nada a dever às comédias românticas juvenis americanas. É um filme que apresenta uma trama coesa e desenvolvida com cuidado para proporcionar uma experiência agradável e divertida ao espectador.
No entanto, há de se destacar em “Morando com o Crush” algo que vai além da comédia e do romance fofinho entre dois adolescentes que precisam se adaptar à nova realidade na qual estão inseridos: a mensagem de o indivíduo respeitar sua essência e ter liberdade para amar a quem quiser, sem medo de julgamentos precipitados e descabidos por parte de terceiros, defendida pelos pais dos protagonistas, Antônia (Carina Sacchelli) e Fábio (Marcos Pasquim).
Assista ao trailer oficial:
“Morando com o Crush” é dirigido por Hsu Chien (Foto: Divulgação).
Comédias românticas destinadas ao público infanto-juvenil são extremamente populares, sobretudo no cinema americano, que investe nesse subgênero de maneira a obter o retorno almejado. Em sua maioria, são filmes calcados na leveza necessária para estabelecer o diálogo com a plateia, conquistando-a com rapidez por meio de situações que permitem aos jovens se identificarem com os personagens que, assim como eles, também estão descobrindo o amor. Bebendo dessa fonte, “Morando com o Crush” (Morando com o Crush – 2024, Brasil) chega ao circuito comercial nesta quinta-feira (23) com a promessa de divertir espectadores de todas as idades, defendido por seus protagonistas, Vitor Figueiredo (Hugo) e Giulia Benite (Luana), mais conhecida como a Mônica da franquia “Turma da Mônica” (Turma da Mônica – iniciada em 2019, Brasil), uma das mais bem-sucedidas do cinema nacional.
Dirigido por Hsu Chien, que lança outro longa no circuito nesta quinta-feira, a comédia “De Repente, Miss!” (De Repente, Miss! – 2024, Brasil), também estrelada por Benite, “Morando com o Crush” conta a história dos adolescentes Luana e Hugo, que há tempos estão encantados um pelo outro, mas sem coragem de seguirem em frente. E quando realmente tomam coragem, descobrem que seus pais estão namorando e vão morar juntos em outra cidade, colocando os jovens numa situação atípica na qual optam por reprimir seus sentimentos por um tempo em prol da felicidade dos pais, que deixam seus novos vizinhos pensarem que Luana e Hugo são irmãos.
Explorando o carisma de Benite e Figueiredo, que esbanjam química em cena, “Morando com o Crush” consegue equilibrar romance e comédia de maneira bastante agradável, mérito do roteiro escrito por Sylvio Gonçalves, que faz rápida aparição, ao lado de Hsu Chien, remetendo, de certa forma, ao mestre Alfred Hitchcock, homenageado com referência explícita ao clássico “Janela Indiscreta” (Rear Window – 1954, EUA). Mas ao contrário do personagem de James Stewart, que ao observar a vizinhança se convence de que um crime gravíssimo foi cometido, a jovem interpretada por Julia Olliver (Priscilla) é movida pelo instinto fofoqueiro, potencializado pela ociosidade imposta pelas limitações de uma fratura e, também, pelo próprio recalque. Munida de câmera, Priscilla acompanha os “irmãos” para descobrir o que há de errado na relação deles, por vezes, bolando planos tão infalíveis quanto os do Cebolinha.
Marcos Pasquim, Carina Sacchelli, Vitor Figueiredo e Giulia Benite em cena de “Morando com o Crush” (Foto: Divulgação).
Referenciando visualmente “Embriagado de Amor” (Punch-Drunk Love – 2002, EUA) e “Homem-Aranha” (Spider-Man – 2002, EUA), respectivamente dirigidos por Paul Thomas Anderson e Sam Raimi, “Morando com o Crush” é uma produção que tem absolutamente todos os elementos necessários para conquistar seu público-alvo, não deixando nada a dever às comédias românticas juvenis americanas. É um filme que apresenta uma trama coesa e desenvolvida com cuidado para proporcionar uma experiência agradável e divertida ao espectador.
No entanto, há de se destacar em “Morando com o Crush” algo que vai além da comédia e do romance fofinho entre dois adolescentes que precisam se adaptar à nova realidade na qual estão inseridos: a mensagem de o indivíduo respeitar sua essência e ter liberdade para amar a quem quiser, sem medo de julgamentos precipitados e descabidos por parte de terceiros, defendida pelos pais dos protagonistas, Antônia (Carina Sacchelli) e Fábio (Marcos Pasquim).